Político do ano – Felipe Calderón
O Presidente mexicano assumiu o combate aos cartéis de droga, que minam o desenvolvimento do país, como uma prioridade do seu mandato. No ano em que espoleta esta “limpeza”, muitos civis já foram vítimas dos confrontos entre as forças da autoridade e os traficantes. Por outro lado, reconhecer, em público, que a polícia mexicana conta com um significativo número de agentes corruptos, por causa do tráfico de droga, é de uma coragem tremenda, dado o corporativismo existente.
Figura do ano – Barack Obama
Ganhou a nomeação democrata, quando se pensava pouco provável. Conquistou milhões de norte-americanos e muitos mais em todo o mundo com a sua campanha e foi eleito Presidente da maior potência mundial. Algo impensável há menos de um ano. Resta constatar que da sua retórica à prática há consonância e consequência. Pela Administração que constituiu há sinais de que os EUA vão regressar à era do dinamismo.
Esperança – Kevin Rudd
O sucessor do histórico John Howard à frente do Governo australiano imprimiu uma nova era de políticas, desde a valorização do Ambiente, conduzindo a Austrália ao clube de Kioto, com a harmonização histórica, tendo feito vários reparos com as minorias vítimas de um passado pouco digno da grande ilha austral.
Desilusão – Angela Merkel
Quando a crise financeira agravou-se e a resposta europeia era necessária, a Chanceler alemã, em vez de apostar na concertação dos 27, como é tradicional na política de Berlim, e Merkel assumiu deste que ascendeu à liderança Federal, preferiu, desta feita, a resposta nacional, sem ganhos para a Alemanha e para a UE.
Surpresa – Gordon Brown
Pelas razões inversas de Merkel. Desacreditado internamente, o Primeiro-Ministro britânico, dados os seus conhecimentos e experiência de 10 anos como homem da Fazenda britânica, reaparece, interna e externamente, devido à apresentação do programa europeu de resgate da economia.
Esperar para ver – Raúl Castro
Sucedeu ao irmão Fidel, como se previa. Desde cedo evidenciou pragmatismo. Deu os primeiros passos para a abertura económica e continua a seguir esse trilho. Em termos políticos, agrilhoou mais Cuba, como ainda há poucos dias se percebeu, com a criação de um novo organismo de controlo. Veremos até onde vai e que irá provocar a política de Raúl, mais inspirada na realidade do que a de Fidel.
Decrépito – Robert Mugabe
O ditador do Zimbabué faz de conta que nada se passa no país que desgoverna. À inflação que perdeu norte junta-se, agora, um surto de cólera incontrolável. Enquanto isso, diz que só sai quando Deus quiser. Trágico.
Bluff do ano – Mikail Saakashvili
O Presidente da Geórgia provocou um conflito no Cáucaso, instigando a Rússia a intervir militarmente, sem necessidade. Há pouco tempo admitiu que tinha desencadeado o confronto, apesar de ao longo de muito tempo ter culpado Moscovo. De rosto da mudança, na Revolução das Rosas em 2003, tornou-se o coveiro do desenvolvimento georgiano, com métodos democraticamente duvidosos, quando foi reeleito Chefe de Estado nos primeiros dias de 2008.
Derrotado do ano – Pervez Musharraf
Saiu da presidência do Paquistão sem honra nem glória. O militar que podia ter devolvido a estabilidade a um dos principais centros nevrálgicos do mundo acabou por não ter a mão de ferro forte que o acusavam de ter. Hoje não se sabe ao certo para onde caminha o Paquistão, com graves e imprevisíveis consequências para o mundo.
(Publicado no Câmara de Comuns)
Concordo inteiramente com a avaliação. Aproveito para desejar a continuação de Boas Festas um excelente ano novo. Um abraço do Raul
ResponderEliminarCaro Raul,
ResponderEliminarAgradeço e retribuo votos de um bom 2009!
Um abraço,
Carlos