Ahmadinejad quer que EUA peçam perdão pelos seus “crimes”
O chefe de Estado iraniano sugeriu que os EUA “devem encontrar-se com as pessoas, falar com elas com respeito e pôr fim às políticas expansionistas”. E, “se querem mudança, devem pôr fim à sua presença militar no mundo, retirar as suas tropas e levá-las para o interior das suas próprias fronteiras.” Devem ainda, concluiu, “deixar de apoiar os sionistas [Israel], os fora-da-lei e os criminosos [implícita alusão aos dissidentes na sociedade civil e à resistência armada dos Mujahedin e-Khalq/Combatentes do Povo, recém-retirados pela UE da lista de grupos terroristas]; e não mais interferir nos assuntos de outros povos”.
No dia seguinte à primeira entrevista de Obama, como Presidente, dada ao canal árabe do Dubai, Al Arabyia, na qual o novo Presidente norte-americano reconheceu os erros do seu país em relação ao universo muçulmano, eis que no dia seguinte surge Ahmadinejad, não a estender a mão, mas a cerrá-la.
Talvez fosse melhor dizer (exigir?) que os EUA têm de pedir perdão e extirpar o Estado sionista, como sonha o flamejante de Teerão.
Por outro lado, não deixa de ter a sua graça ver Ahmadinejad a reclamar dos EUA aquilo que o Irão hoje pratica: implementar políticas expansionistas, no Iraque, na Líbia e em Gaza.
É preciso descaramento.
Obama bem pode querer dialogar com Teerão. Esse é um ponto que não interessa nem serve os propósitos do actual poder político iraniano.
(Publicado no Câmara de Comuns)
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