sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um processo democrático invertido

Buteflika se eterniza en Argelia
El presidente se presenta sin rivales de peso a un tercer mandato consecutivo


No país mais democrático do norte de África, a Argélia, o actual Presidente adopta o mesmo estilo dos seus vizinhos, nomeadamente o tunisino e o egípcio. Com a substancial diferença de no caso destas duas repúblicas a democracia ainda está por consolidar (Egipto) e alcançar (Tunísia). A Argélia, que podia amadurecer o sistema democrático, inverte a lógica e afunila.
Bouteflika ganhará, pela terceira vez, a eleição presidencial de Abril, sem grandes dificuldades.
Dado o seu débil estado de saúde e os desafios internos e externos que este gigante do Magreb conta, uma renovação política, que não um regresso ao radicalismo religioso, seria desejável.
O actual Chefe de Estado tem um papel determinante e inquestionável na História do país, com a contribuição decisiva para o fim da guerra sangrenta que se abateu sob o país, no seguimento da democratização empreendida em 1992. Mas tais méritos não são condição para perpetuar-se no poder.

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