A 21ª cimeira árabe, que terminou hoje em Doha, rejeitou o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente sudanês, Omar el-Bechir, segundo a Declaração final lida pelo secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.
"Sublinhamos a nossa solidariedade com o Sudão e a nossa rejeição das decisões do TPI contra o presidente Bechir (...) e apoiamos a unidade do Sudão", afirma o texto.
"Rejeitamos as medidas que ameaçam os esforços para a paz", prossegue a Declaração.
O presidente Bechir usou depois da palavra para agradecer ao Qatar esta cimeira "frutuosa".
Dirigindo-se aos seus pares, saudou "o seu apoio ao Sudão e a recusa das decisões injustas" do TPI.
"Prometo-vos tudo fazer (...) para conseguir a estabilidade e a paz em todo o território sudanês", acrescentou.
O TPI emitiu a 04 de Março um mandado de detenção contra Bechir por crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Darfur, uma região do Sudão a braços com uma guerra civil desde 2003.
Al-Bashir tem todas as razões para sorrir e considerar "frutuosa" a Cimeira árabe. Depois dos líderes africanos mostrarem repúdio pela decisão do TPI, a Liga Árabe seguiu as passadas, na defesa do Presidente do Sudão, que continua rei e senhor de um país com uma catásfrofe humana no Darfur.
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