A vitória era certa e o principal adversário era a abstenção: o chefe de Estado argelino, Abdelaziz Bouteflika, de 72 anos, foi reeleito para um terceiro mandato com 90,24 por cento dos votos na eleição de quinta-feira, anunciou hoje o ministro do Interior, Yazid Zerhouni. E a abstenção, segundo os números oficiais, foi bem menor do que se temia, com 74,54 dos mais de 20 milhões de eleitores a irem às urnas.
A vitória esmagadora sob forma de plebiscito de Bouteflika, eleito após ter feito alterar a Constituição para pôr fim ao limite de mandatos presidenciais, não teve nada de surpreendente. Supresas houve com a elevada participação: em 2004 tinham votado 58,07 por cento dos eleitores, desta vez votaram perto de 75 por cento.
O referendo presidencial de quinta-feira correu extremamente bem a Bouteflika. A maioria dos argelinos apoia a sua governação. Como os resultados demonstram.
Resta saber se o Presidente argelino continuará com frescura e força para dar reptos aos desafios que o país enfrenta, tanto em termos económicos como de segurança. E que dizem tanto respeito aos argelinos, em primeiro lugar, como aos europeus. Dada a proximidade cada vez maior entre as duas margens do Mediterrâneo.
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