O Egipto anunciou hoje uma proposta para um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, a ser seguida por negociações com vista à pacificação da Faixa de Gaza. A iniciativa prevê, entre outros aspectos, o fim do bloqueio ao território palestiniano e medidas para impedir o contrabando de armas transfronteiriço.
O documento não especifica os pormenores da proposta que vai ser apresentada às duas partes, limitando-se a fazer referência a um “cessar-fogo imediato por um período de tempo ilimitado” e a uma “reunião urgente” entre israelitas e palestinianos para resolver as causas na origem da “actual escalada”, nomeadamente o levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza e a reabertura das fronteiras”.
Com a ausência dos EUA (a mudar a Administração), a impotência da UE, o afastamento da Rússia e com a ONU anquilosada, restava o Egipto ou a Jordânia como potenciais intermediários do conflito.
Neste vazio de actores mundiais que consigam fomentar o diálogo, o Egipto assume-se como parte decisiva para travar o belicismo que arrasa Gaza nestes dias. Uma vez mais, Mubarak assume as despesas do jogo, e bem. Sem colocar o carro à frente dos bois, o Cairo lança uma proposta de tréguas, em aberto, aos campos em contenda. De Tel Aviv já surgiram sinais de analisar e debater as tréguas. Resta saber a disponibilidade do Hamas.
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