quarta-feira, 11 de março de 2009

O mundo continua a girar

Uns dias sem blogar e muito mudou entretanto. Aqui ao lado, em Espanha, os populares voltaram ao poder na Galiza, como se aqui se suspeitou, e os socialistas estão à beira de governar, pela primeira vez, o País Basco, como aqui se referiu.
Na Áustria, a extrema-dereita de Haider sobreviveu ao seu recente desaparecimento e o BOZ, no primeiro e decisivo teste, já sem Haider, ganhou a eleição do land da Caríntia. Uma vez mais com as velhas bandeiras: contra a UE e contra a imigração.
Na Irlanda do Norte regressou o terror dos bandos marginais do IRA, com a tentativa de travar o processo de Paz. Felizmente, Governo britânico e irlandês, assim como o Sinn Fein condenaram as mortes do último domingo.
Mudanças podem ocorrer em breve na Dinamarca, com a forte possibilidade do actual Primeiro-Ministro, Anders Fogh Rasmussen, ser indicado para o lugar de Secretário-Geral da NATO.
Em África, e na sequência da previsível ordem de detenção do Presidente do Sudão, por parte do Tribunal Criminal Internacional, o continente foi quase unânime na recusa da decisão do Tribunal de Haia.
Onde as surpresas infelizmente não abundam é no Zimbabué, onde Mugabe, rei e senhor de um país esgotado e doente, vê o seu Primeiro-Ministro, Tsvangirai, ser alvo de um acidente (?) de carro, do qual ficou ferido e resultou na morte da sua mulher. Não sem antes, numa terra onde a fome prospera, o déspota de Harare comemorar o seu aniversário com um bolo de 85 quilos. Não há fome que dê fartura!
Na Guiné-Bissau, enterrados os assassinatos, a incerteza e a fragilidade do país continuam a perpetuar-se, sem qualquer sinal de saída para o estado calamitoso em que se encontra.
Das Américas vêm as melhores notícias, pois da Ásia, verifica-se um Presidente paquistanês sem mão no país (e a morte de uma equipa de cricket do Sri Lanka em solo paquistanês) apenas é mais um comprovativo de um Estado sem liderança reconhecida e respeitada e no qual o terror continua sem freio.
Na China, o Tibete volta a estar debaixo de atenções, com o Dalai Lama, no exílio, a trocar galhardetes com as autoridades de Pequim, donas da região que não querem autonomizar.
Não menos preocupante são os fechos de site de apoio à candidatura presidencial de Khatami no Irão.
Mas, como se referiu, das Américas vêm boas notícias. A começar nos EUA, com boas medidas de Obama, quer no retomar do financiamento público da investigação das células estaminais quer na profunda reforma na Educação, com o premiar dos docentes competentes e penalizar os medíocres. Também dos Estados Unidos vêm boas notícias nas relações com Cuba, com os primeiros sinais de flexibilização. E, de Havana, a resposta não se fez esperar. Dois dos mais importantes ministros da era Fidel saíram pela mão de Raúl. E em Abril pode haver sinais de encontro público entre responsáveis norte-americanos e cubanos. Veremos.
O que não acontece numa semana... e com tantos posts que ficaram por pingar!

1 comentário:

Pedro Cardoso disse...

Sempre em cima do acontecimento :)