quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O conflito pára quando o Hamas decidir

Israel on Wednesday rejected a French proposal for a 48-hour cease-fire in the Gaza Strip to allow the flow of humanitarian aid into the bombarded coastal territory.
The decision was reached by the members of the "kitchen cabinet," which includes Prime Minister Ehud Olmert, Defense Minister Ehud Barak, and Foreign Minister Tzipi Livni.
Meanwhile, Israel has decided to open the Kerem Shalom crossing to the Gaza Strip on Wednesday afternoon to allow 106 trucks filled with humanitarian aid supplied by foreign aid groups to enter the coastal territory.
Some 100 trucks carrying basic food and medical supplies entered Gaza on Tuesday through the same crossing. The supplies were donated by Jordan, Turkey and international organizations. Five ambulances were also permitted to enter.
Israel has promised Red Cross and United Nations relief organizations that it would assist the transfer of humanitarian aid as necessary.
"That proposal contained no guarantees of any kind that Hamas will stop the rockets and smuggling," Foreign Ministry spokesman Yigal Palmor said. "It is not realistic to expect Israel to cease fire unilaterally with no mechanism to enforce the cessation of shooting and terror from Hamas."
A cease-fire will not be conditioned on the return of kidnapped soldier Gilad Shalit, but Israel hopes a truce deal would increase the chances of concluding a prisoner exchange with Hamas.


A decisão de terminar com o actual conflito depende do Hamas. Não atacando Israel, e assumindo esse compromisso publicamente, as intervenções israelitas terminam.

2008 em pessoas

Político do ano – Felipe Calderón
O Presidente mexicano assumiu o combate aos cartéis de droga, que minam o desenvolvimento do país, como uma prioridade do seu mandato. No ano em que espoleta esta “limpeza”, muitos civis já foram vítimas dos confrontos entre as forças da autoridade e os traficantes. Por outro lado, reconhecer, em público, que a polícia mexicana conta com um significativo número de agentes corruptos, por causa do tráfico de droga, é de uma coragem tremenda, dado o corporativismo existente.

Figura do ano – Barack Obama
Ganhou a nomeação democrata, quando se pensava pouco provável. Conquistou milhões de norte-americanos e muitos mais em todo o mundo com a sua campanha e foi eleito Presidente da maior potência mundial. Algo impensável há menos de um ano. Resta constatar que da sua retórica à prática há consonância e consequência. Pela Administração que constituiu há sinais de que os EUA vão regressar à era do dinamismo.


Esperança – Kevin Rudd
O sucessor do histórico John Howard à frente do Governo australiano imprimiu uma nova era de políticas, desde a valorização do Ambiente, conduzindo a Austrália ao clube de Kioto, com a harmonização histórica, tendo feito vários reparos com as minorias vítimas de um passado pouco digno da grande ilha austral.



Desilusão – Angela Merkel
Quando a crise financeira agravou-se e a resposta europeia era necessária, a Chanceler alemã, em vez de apostar na concertação dos 27, como é tradicional na política de Berlim, e Merkel assumiu deste que ascendeu à liderança Federal, preferiu, desta feita, a resposta nacional, sem ganhos para a Alemanha e para a UE.



Surpresa – Gordon Brown
Pelas razões inversas de Merkel. Desacreditado internamente, o Primeiro-Ministro britânico, dados os seus conhecimentos e experiência de 10 anos como homem da Fazenda britânica, reaparece, interna e externamente, devido à apresentação do programa europeu de resgate da economia.


Esperar para ver – Raúl Castro
Sucedeu ao irmão Fidel, como se previa. Desde cedo evidenciou pragmatismo. Deu os primeiros passos para a abertura económica e continua a seguir esse trilho. Em termos políticos, agrilhoou mais Cuba, como ainda há poucos dias se percebeu, com a criação de um novo organismo de controlo. Veremos até onde vai e que irá provocar a política de Raúl, mais inspirada na realidade do que a de Fidel.


Decrépito – Robert Mugabe
O ditador do Zimbabué faz de conta que nada se passa no país que desgoverna. À inflação que perdeu norte junta-se, agora, um surto de cólera incontrolável. Enquanto isso, diz que só sai quando Deus quiser. Trágico.


Bluff do ano – Mikail Saakashvili
O Presidente da Geórgia provocou um conflito no Cáucaso, instigando a Rússia a intervir militarmente, sem necessidade. Há pouco tempo admitiu que tinha desencadeado o confronto, apesar de ao longo de muito tempo ter culpado Moscovo. De rosto da mudança, na Revolução das Rosas em 2003, tornou-se o coveiro do desenvolvimento georgiano, com métodos democraticamente duvidosos, quando foi reeleito Chefe de Estado nos primeiros dias de 2008.

Derrotado do ano – Pervez Musharraf
Saiu da presidência do Paquistão sem honra nem glória. O militar que podia ter devolvido a estabilidade a um dos principais centros nevrálgicos do mundo acabou por não ter a mão de ferro forte que o acusavam de ter. Hoje não se sabe ao certo para onde caminha o Paquistão, com graves e imprevisíveis consequências para o mundo.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Quem terá ganhos internos?

Caro Joshua,

As últimas horas devem ter provocado um repensar no sentido de votos de muitos israelitas. Os Trabalhistas podem ter ganho um novo fôlego. Apesar de considerar que não terão hipóteses de ganhar a eleição de Fevereiro, um bom resultado de Barak, a par de uma possível vitória do Kadima podem ser determinantes, pelo menos para ter um Governo em Tel Aviv que mantenha o interesse em manter vias de diálogo, em vez de um Governo do Likud, e de Netanyahu, que é menos dado a conservsações, ainda por cima se tiver, como é provável, a aliança e ajuda dos extremistas religiosos. Para acompanhar!

Caro José,

Naturalmente que o recuar prende-se com o parar da intervenção em Gaza. Como bem refere, com os radicais do Hamas todos os cuidados são poucos.

A ler

Num esforço para impedir que rockets artesanais atormentem os residentes de algumas das suas cidades no Sul, Israel parece ter insuflado nova vida ao decadente movimento islâmico na Palestina.
Há dois anos que o Hamas vinha a perder apoios, internos e externos.
Uma sondagem levada a cabo pelo Jerusalem Media and Communications Center, e patrocinada pela Fundação alemã Fredrich Ebert, mostra que, em Novembro, só 16,6 por cento dos palestinianos apoiavam o Hamas – 40 por cento eram mais favoráveis à Fatah. Por isso, quando os seis meses de cessar-fogo com Israel chegaram ao fim, o Hamas calculou – e bem – que nada tinha a ganhar em continuar a trégua


Já se percebera como este conflito interessava, em primeiro lugar, ao Hamas.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Israel deve começar a recuar

As tréguas não são um processo unilateral de Israel mas baseiam-se numa iniciativa originalmente proposta pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner. Este e o ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, debateram hoje a proposta por duas vezes, em dois telefonemas, precisou um responsável da diplomacia francesa.

A proposta de Kouchner vai ao encontro das pretensões israelitas, que em momento algum devem ter equacionada a invasão de Gaza, ainda que tivesse feito questão de manifestar essa hipótese. E são várias as razões para essa não missão terrestre. A primeira, pelo confronto, em terra, com a demografia de Gaza. A segunda, pela impossibilidade de numa intervenção militar terrestre justificar mais mortes de civis, quando apenas se pretende combater o Hamas. A ter lugar, o número de mortes dispararia. A terceira, e mais sensível para Israel, em particular para os seus governantes, a forte eventualidade de haver baixas. A poucas semanas das eleições, a morte de soldados israelitas seria o desacreditar das candidaturas do Kadima e Trabalhistas, que presentemente conduzem o Governo, e um claro reforço do já liderante Likud. Não creio, por isso, que haja uma intervenção terrestre.
De assinalar que nas últimas horas o Ministro da Defesa e líder trabalhista, Ehud Barak, tem recuperado algum do muito crédito político perdido, fruto dos conhecimentos da sua carreira militar a par da vasta experiência governativa que já tem (que diferença com Peretz, o sindicalista que liderou os trabalhistas e conduziu, na qualidade de Ministro da Defesa, a intervenção desatriculada e desastrada no Líbano há pouco mais de dois anos).
Israel já ultrapassou muito dos seus objectivos, de derrubar pontos estratégicos do Hamas em Gaza. Mostrado e sentido o rugido do leão, é hora de este abrandar, sob pena da sua intervenção poder meter água.
O tempo, em termos de política interna israelita, é de colher frutos por parte de cada um dos candidatos e, aqui, Livni e Barak têm mais argumentos do que Netanyahu.
Devo reconhecer que a Presidência francesa da UE actuou bem neste caso, surgindo com uma proposta concreta e atempadamente, ao contrário do que sucedera no conflito do Cáucaso, no Verão passado, quando apareceu tarde.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Um Estado apenas formal

Caro Luís,

Parece mentira, mas é verdade, a Somália tem Parlamento. Note qual a próxima tarefa parlamentar somali:

Somalia's Parliament has 30 days to elect a new president by secret ballot and the Parliament speaker will be president until a new leader is elected.

O futuro imediato do Brasil

Para Lula, un presidente saliente debe retirarse de la vida pública sin caer en la tentación de dar consejos a su sucesor. ¿Volverá a disputar las elecciones presidenciales en el futuro? Ahí, el ex tornero ha dejado la puerta abierta. Ha dicho que el tiempo dirá. Va a depender de la aprobación, aún durante su mandato, de una reforma constitucional que impida la reelección al mismo tiempo que alargue de cuatro a cinco los años de la presidencia. En ese caso, Lula podría presentarse en 2015 si para entonces siguiera viva su popularidad.
Las elecciones de 2010 serán las primeras que se disputen en 20 años y en las que Lula no aparecerá como candidato, algo que supone, políticamente, mucho para Brasil.


No ano em que o Brasil se afirmou como a grande potência emergente a actuar globalmente, o futuro imediato coloca vários desafios para as terras de Vera Cruz. E o futuro político é decisivo para a consolidação da potência regional sul-americana no quadro global. A ano e meio da eleição presidencial, Juan Arias apresenta uma interessante tese, no El País, com três cenários possíveis, para o futuro imediato do Brasil na era pós-Lula.
Não creio que Lula regresse mais tarde às lides políticas, não só por parte da reforma constitucional brasileira, a ter lugar, seja tão permissiva como o texto de Arias indica, mas também porque provavelmente o Brasil entrará num ciclo que será marcado por um duplo mandato de José Serra. Naturalmente, Serra terá de ganhar e não bastam as sondagens a dá-lo como sucessor de Lula, como na edição desta semana a revista Veja adiantava.
Por outro lado, noto como aqui ao lado, em Espanha, há um grande interesse com o gigante latino-americano e aqui, em Portugal, o destaque, por razões óbvias, mas também globais, o Brasil não mereça a mesma atenção dos media.

(Publicado no Câmara de Comuns)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Raúl a destruir o comunismo em Cuba

El presidente de Cuba, Raúl Castro, se pronunció a favor de la erradicación de las gratuidades indebidas y los subsidios excesivos para disminuir las distorsiones en el sistema salarial.
el mandatario cubano insistió este domingo en la necesidad de producir más para aumentar los aportes al presupuesto, ya que "de lo contrario, sencillamente las cuentas no cuadran".
"Dos más dos siempre suma cuatro, jamás cinco; hay que actuar con realismo y ajustar todos los sueños a las verdaderas posibilidades. Esto significa cumplir con el principio socialista de que cada cual reciba según su trabajo", subrayó el presidente cubano


O Camarada Raúl Castro está a destruir os princípios doutrinários do comunismo, do a cada um mediante a sua necessidade. E disse algo que se percebe, apesar dos comunistas portugueses, por exemplo, não querem entender, que há gratuitidades indevidas e subsídios excessivos que distorcem o sistema salarial.
Por outro lado, ao rasgo de lucidez, não podia haver ponto sem nó, de um regime que continua a preservar as amarras do regime autocrático. Assim, vai ser criado o Controlo Geral da República. Um organismo que ter poderes de controlo social.

A velha tese de Teerão

The final count down has started for the collapse of the Zionist regime, government spokesman, Gholam-Hossein Elham said on Monday.

Não tem muitos anos, mas já é velha no discurso do actual regime de Teerão, a tese segundo a qual Israel está à beira de desaparecer.
No Ocidente, em que tantos condenam os ataques israelitas, esquecem-se, por outro lado, destas palavras, e pretensões, bem nocivas, de alguns iranianos, a de exterminar um povo, ao mesmo tempo que negam o Holocausto.
Ainda se considera que o projecto nuclear iraniano é inócuo?

Último mandato de Saakashvili?

Mikhail Saakashvili will not run for the presidency any more, but does not intend to bow out now. Speaking on Sunday at a government meeting, dealing with social and economic development of the country, he said that “the term his powers at the presidential post expires early in 2013”.

Veremos se Saakashvili cumpre com a sua promessa. Até 2013 muita água vai correr debaixo da ponte e os avisos lançados há poucos dias por Moscovo, de poder recorrer à força militar, se a isso se sentir "necessitada", também podem ter a Geórgia como um dos alvos. A este propósito, da relação georgiana/russa, ler a entrevista dada há dias pelo antigo Presidente georgiano, Eduard Shevarnadze à Euronews.
Quanto ao actual Chefe de Estado da Geórgia, creio que cairá mais pelos insucessos internos do que pelos espasmos externos.

Um Estado de terror

El presidente de Somalia, Abdullahi Yusuf Ahmed, anunció en el Parlamento que dimitía "después de haber recibido presiones por parte de la comunidad internacional".

A Somália continua a ser um país falhado e ao total dispor do terrorismo, actualmente, tão presente na terra como no mar.

Israel continua a reforçar o Hamas

O objectivo da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, hoje no terceiro dia consecutivo, é fazer cair o regime do Hamas, anunciou hoje o vice primeiro-ministro israelita Haim Ramon na estação de televisão privada 10.

Tel Aviv sabe que está a pedir o impossível. O Hamas não vai cair na Faixa de Gaza e sujeita-se a conquistar a popularidade na Cisjordânia, com o enfraquecimento da Fatah.
Se o objectivo de Israel é procurar legitimar mais dias de intervenção em Gaza, não é com o argumento da defesa da queda do Hamas que vai merecer reconhecimento para continuar a intervir.
O enfraquecimento das respostas bélicas do Hamas por parte de Israel acaba por ser inversamente proporcional, no seio da comunidade muçulmana, ao apoio à causa do grupo que controla a Faixa de Gaza.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Abbas disse o que nas ruas do mundo não se quer entender

Mahmoud Abbas, the Palestinian president, has blamed Hamas for triggering Israel's deadly raids on Gaza, by not extending a six-month truce with the Jewish state.
He also blamed Hamas, which controls the coastal Gaza Strip territory, for disrupting national unity talks that could have paved the way for general and presidential elections.
"We have warned of this grave danger," he said in Cairo, Egypt, on Sunday.
"We talked to them [Hamas] and we told them, 'please, we ask you, do not end the truce. Let the truce continue and not stop", so that we could have avoided what happened."


Foi um Abbas, no Cairo, sentado junto de Mubarak, impotente perante a escalada bélica e a morte de muitos civis inocentes, que disse o que não se quer perceber em muitas ruas do mundo muçulmano e ocidental: ao não renovar a trégua e ao atacar Israel, o Hamas ia desencadear esta situação calamitosa.
O Hamas é o culpado da presente situação, da morte de centenas de pessoas.
Naturalmente, a ala radical do movimento que controla Gaza é isso que quer e os resultados que pretende estão a ser atingidos. Uma vez mais, e como sempre, à custa dos inocentes.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Mais um remendo

Num comunicado divulgado ao final da tarde, o rei Albert II revela que incumbiu Van Rompuy de formar Governo e que “este aceitou a missão” de substituir o ex-primeiro-ministro Yves Leterme, que apresentou a sua demissão há dez dias.

Ives Leterme sai do Governo belga como entrou: sem glória.
Depois de nove tentativas de sair do Executivo federal, em nove meses de mandato, depois de ter esperado nove meses para formar Governo na sequência das eleições, o monarca belga aceitou, ao décimo pedido, a carta de despedida de Leterme.
Apesar do clima de crispação entre as duas maiores comunidades - valã e flamenga - não ser hoje tão áspero como o de há um ano, a crise mundial a isso "ajuda" e o cansaço com o prolongar de uma situação política insustentável a isso conduz, pensei que Verhofstadt, pelas suas qualidades e experiência, assim como pela sua popularidade, regressaria à condução do Governo. Não foi esse o entendimento nem convite do Rei. Veremos o que se segue, mas não creio que van Rompuy seja mais bem sucedido que Leterme. Oxalá me engane.
Continuando presente o cenário de eleições antecipadas, dada a grande fragilidade do próximo Governo, é de verificar o comportamento dos diversos partidos, designadamente dos radicais flamengos, que pugnam pela cisão do país.

domingo, 28 de dezembro de 2008

As "raízes" de Chávez

A partir de entonces, mezclando reflexiones propias con lecturas de Marx, Lenin y panfletos revolucionarios latinoamericanos, al mismo tiempo que a su devoción por Bolívar añadía la fascinación por Fidel Castro, irá construyendo su peculiar ideología, una alianza de militarismo, marxismo y fascismo (...)
aunque se promueve a sí mismo con una retórica revolucionaria y marxista, tiene, por su componente militarista, vertical y sobre todo el culto irracional del héroe, una entraña fascista, y su semejanza mayor, en América latina, son Perón y el peronismo. (...)
No es menos extraordinario que en la resistencia a Chávez militen, en la vanguardia, los estudiantes universitarios, en su gran mayoría, y, sobre todo, los de las universidades públicas, es decir, los de origen social menos próspero.


Este artigo, do consagrado Mario Vargas Llosa, relativo à obra publicada pelo historiador e ensaísta mexicano Enrique Krauze: "O poder e o delírio", ajuda a compreender melhor a personalidade do Presidente da Venezuela, bem como a actual situação política e social deste país da América do Sul.

Atacar Israel para conquistar a Cisjordânia?

Khaled Meshaal, the political leader of Hamas, has called for Palestinians to wage a new intifada against Israel, including a return to suicide missions.

In an interview on Al Jazeera, Meshaal said: "We called for a military intifada against the enemy. Resistance will continue through suicide missions."

Meshaal said he was open to reconciliation with Abbas, but demanded that the Palestinian president cease peace negotiations with Israel."Neither rockets nor suicide operations are absure, but negotiations are," he said.


A chegada ao fim do período de tréguas serviu para o Hamas provocar Israel, em vésperas de um período delicado e decisivo tanto para Israel como para a Palestina, pelas eleições no horizonte das duas partes - a legislativa israelita decorre em Fevereiro e as presidenciais e legislativas palestinianas ainda estão por agendar.
O lançamento sucessivo de vários mísseis de Gaza para o sul de Israel ainda levou Livni ao Cairo para pressionar, via diplomática, o Hamas a cessar as suas ofensivas bélicas. Esta deslocação não obteve qualquer resultado e, como esperado e anunciado por Tel Aviv, Israel respondeu, de uma forma pesada, o que revela as marcas da guerra de 2006 no Líbano, na qual o Hezbollah não ficou fragilizado e de Israel não querer repetir o "resultado" desse conflito, desta feita, em Gaza - as realidades e condições também são diferentes.
Agora que Meshaal apela a nova intifada e manifesta disponibilidade para dialogar com Abbas, podem descortinar-se várias preocupações do líder do Hamas e algumas possíveis justificações para o interesse deste conflito por parte do Hamas; caso contrário, mesmo terminado o período de tréguas que motivo tem o Hamas para agredir Israel?
Tendo em conta as eleições que se avizinham, Meshaal quer granjear mais apoios entre palestinianos, nomeadamente na Cisjordânia, onde a Fatah tem o poder e o Hamas não goza de grande liberdade de movimento. Nada como juntar os palestinianos, de Gaza e Cisjordânia, em torno da mesma causa: a Palestina, que com este conflito parece apenas defendida pelo Hamas, grupo que controla o território que está a ser alvo de Israel. Estado que tende a ser encarado como o inimigo do povo palestiniano.
Abbas surge como um actor que tem pouco a ver com Gaza, na qual não tem o mínimo de controlo, enquanto nas ruas da Cisjordânia e em Jerusalém, os palestinianos saem às ruas em solidariedade com os seus irmãos de Gaza e, por consequência, com o Hamas, grupo que, ao fim e ao cabo, está a dar o peito neste confronto, apesar de se resguardar nas costas dos civis de Gaza.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Leitura sensata de Dacar

Em Paris o presidente do Senegal foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a apoiar os golpistas explicou que “eles pretendem criar as condições para eleger um novo presidente e voltar às casernas”.

O Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, emprestou às diversas leituras internacionais do golpe de Estado na Guiné Conacri uma voz sensata.
Enquanto UE e EUA surgem sobressaltados, Dacar encara uma oportunidade para o desenvolvimento do seu país vizinho.

Quem ganhará internamente com o conflito?

O Hamas provocou Israel nestas últimas horas com vários ataques lançados de Gaza. Outra resposta não se esperaria de Tel Aviv. Convém reconhecer que Olmert e Livni procuraram, pela via diplomática, anular os ataques de Gaza. Em vão.
Perante a pressão interna, Israel interveio em Gaza, no sentido de repelir mais ataques do Hamas.
Resultado deste novo conflito, o mesmo de sempre: a morte de inocentes.
A pouco mais de um mês das legislativas israelitas, resta saber, em termos internos, quem ganhou neste confronto, se Livni (Ministra dos Negócios Estrangeiros e candidata do Kadima), Barak (líder dos Trabalhistas ex-Primeiro-Ministro e actual Ministro da Defesa) ou Netanyahu (ex-Primeiro-Ministro, candidato do Likud e pouco propenso a negociações – de acordo com as sondagens está mais perto de alcançar o poder).
Sendo quase certo que os Trabalhistas terão um resultado muito fraco, é a disputa entre Netanyahu e Livni que centra as atenções. Quem terá, para os israelitas, um perfil adequado chefiar um Governo que será de minoria e obrigará a acordos pós-eleitorais.
Para o futuro da região, em termos de diálogo e compromissos, e para evitar o que se passa nestes dias, Livni, seria, de longe, a melhor resposta.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Bons sinais vindos de Damasco

Syrian President Basher Assad on Wednesday expressed his hopes that the incoming administration of President-elect Barack Obama would bring about a change to U.S. policy on the Middle East, to allow it to pursue peace throughout the region "sincerely."

On Tuesday, Assad expressed his desire for indirect talks with Israel, saying that they called for "more time and effort", adding that the talks had the potential to lead to direct negotiations between the two countries.

Assad also said Monday he believes direct peace talks with Israel are possible and that they will eventually take place.

Não obstante o conflito aberto nestes dias entre Israel e o Hamas (e importa perceber o alcance desta relação bélica, uma vez que estamos a escassas semanas de eleições legislativas em Israel), há bons sinais vindos do Médio Oriente, em especial da Síria, um dos principais actores da região.
Continua a verificar-se que quanto mais Ahmadinejad fica enfraquecido, mais Assad se aproxima do Ocidente. Uma derrota de Ahmadinejad nas presidenciais iranianas do próximo Verão, com o triunfo da ala moderada iraniana, pode representar uma grande oportunidade para encontrar sólidas vias de diálogo e comprometimento da Paz em todo o Médio Oriente.
O Presidente sírio sabe que tem um papel importante a desempenhar na estabilidade da região, dadas as ligações e relacionamentos, quer no Líbano quer em Gaza, sem esquecer o vizinho Iraque. O envolvimento e participação dos EUA são fundamentais. Se a próxima Administração norte-americana estiver apostada em encontrar a Paz, esta pode estar mais perto de alcançar.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Enquanto a UE dorme a Rússia avança

Russia and Serbia signed a controversial energy deal Wednesday for Russian state gas monopoly Gazprom to acquire Serbia's oil monopoly in exchange for building a gas pipeline through Serbia

Inteligentemente, a Rússia, pela Gazprom, continua a fazer magníficos negócios na Europa.
A UE, por seu turno, continua, de forma calma e passiva, a pagar uma factura energética elevada que, se não for precavida, poderá ser ainda mais cara dentro de alguns anos para todos nós.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Esperar para ver se há futuro

O primeiro-ministro da Guiné Conacri, Ahmed Tidiane Souaré, e vários dos seus ministros, entregaram-se hoje aos revoltosos que puseram em marcha um golpe de Estado após a morte do Presidente Lansana Conté, na terça-feira. O chefe do Executivo e cerca de 30 membros do seu gabinete encontraram-se com o capitão Moussa Dadis Camara, que se auto-proclamou ontem o novo Presidente do país, numa base militar da capital.
O capitão Camara terá prometido aos membros do governo a sua segurança, pedindo-lhes igualmente que colaborem com o novo regime, que ficará em funções – de acordo com Camara – até que se possam levar a cabo novas eleições, prometidas para 1010.
Citado pela Radio France Internationall, Camara garantiu igualmente não querer apresentar-se como candidato. "Não tenho a ambição de ser candidato às eleições presidenciais", disse. "Nunca tive a ambição do poder", acrescentou.
Cerca de 53 por cento dos guineenses vivem abaixo do limiar mínimo da pobreza.
Várias organizações não-governamentais denunciam há anos a corrupção e a “gestão calamitosa” que se vivem no país, apesar da riqueza em ferro, ouro e diamantes que jaz no subsolo.


O golpe de Estado perpetrado na Guiné Conacri, na sequência da morte Conté, é um resultado quase inevitável do sistema de um Estado autocrático e cleptocrático que se mostra extremamente vulnerável quando o rosto máximo perece.
São muitas tensões e agravos acumulados ao longo de anos que encontram a possibilidade de vingar. O momento surgiu na terça-feira com a morte do Presidente da República.
Muitos se mostram preocupados, como a UE e os EUA, mas a verdade é que o regime vigente em pouco servia a população.
Veremos se Camara cumprirá a sua palavra e proporcionará uma oportunidade de futuro a este país da África ocidental. Caso contrário, será um triunfo dos porcos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Para registar

Likud leader Binyamin Netanyahu, who told EU ambassadors last week he would continue with the Annapolis process - albeit with some red lines - were he to become prime minister, is taking that message on the road, going to France Wednesday for a meeting with French President Nicolas Sarkozy.

Resta saber se, uma vez eleito Primeiro-Ministro, Netanyahu vai seguir mesmo o traçado em Annapolis e quais são as "linhas vermelhas" que quer traçar.
Por outro lado, também importa verificar o empenho dos EUA no Médio Oriente. Obama já assegurou que desde a tomada de posse o Médio Oriente estará nas prioridades. O facto de Hillary suceder a Rice e estar a par dos assuntos facilita, e em muito, as árduas tarefas que os EUA terão pela frente.

Uma perda no combate ao terrorismo

Le Kirghizstan prépare "les documents nécessaires" pour fermer la base militaire américaine de Manas, située à l'aéroport de Bichkek et servant de soutien aux troupes engagées en Afghanistan, a appris mercredi l'AFP auprès de sources gouvernementales.

Com a situação a agudizar-se no Afeganistão e Paquistão, o encerramento da base militar norte-americana no Quirguistão, perde-se mais uma base de apoio no combate ao terrorismo.
As coisas não estão a ficar nada fáceis.

Boa decisão do Parlamento colombiano

El Congreso colombiano rechaza la posibilidad de reelección inmediata de Uribe

Ao não permitir uma terceira candidatura presidencial consecutiva de Álvaro Uribe, o Parlamento colombiano dá um bom sinal de não viciar o sistema democrático.

Escravidão no século XXI

According to data released by the International Organisation on Migration in 2003, the latest report on human trafficking in Mozambique, at least 1,000 Mozambican women and children are being trafficked every year.

Most of them are taken to South Africa where they are forced into prostitution or poorly paid labour.

O caso assume contornos de maior relevância para nós, dado ser um país lusófono, onde se assite a tráfico humano, que violenta os mais vulneráveis, como mulheres e crianças.

Redefinição política na maior potência africana

Disgruntled members of South Africa's ruling African National Congress (ANC) have named Mosiuoa Lekota, the former defence minister, the president of their new party, the Congress of the People (Cope).

Cope, which is mainly made up of ANC members loyal to Thabo Mbeki, the former South African president, has attracted scores of ANC supporters.


Jacob Zuma, afinal, pode não ter um passeio triunfal nas presidenciais sul-africanas do próximo ano.
Com o redesenhar do sistema partidário da África do Sul, a democracia começa a ganhar mais consistência na grande potência africana.
Oxalá as questões e confrontos étnicos não surjam com esta transformação. A África do Sul pode estar a dar mais um exemplo a África.

CDU continua a liderar de pedra e cal


Apesar de não ter apresentado ainda qualquer solução para a actual crise, e depois do seu congresso partidário, a CDU continua de pedra e cal.
O SPD sobe ligeiramente. Para observar até onde a liderança de Steinmeier consegue ir.
Nos mais pequenos, de registar a mudança de líder dos Verdes, agora comandados por um turco naturalizado alemão, Cem, e a primeira sondagem não foi a mais favorável.
No quadro actual, continua a prever-se uma futura coligação federal entre CDU e os liberais do FDP.
Faltam nove meses para as eleições legislativas.

A preocupante ascensão do Likud ao poder

Todo parece estar a punto de caramelo para que el partido conservador Likud arrase en las elecciones legislativas del 10 de febrero. Pero a la fuerza que ha gobernado durante 20 de los últimos 31 años le ha salido un quiste: las primarias del Likud han arrojado unos resultados inesperados para su presidente, Benjamin Netanyahu, en las que varios candidatos se alinean con posiciones que lindan con el fascismo.

Moshe Feiglin, líder de los rebeldes extremistas en el Likud, y sus partidarios se erigieron en auténticas estrellas de la campaña y lograron posiciones que les garantizan escaños en el Parlamento.

Feiglin es un dirigente al que muchos califican sin tapujos de "fascista". Hace más de una década, en entrevistas en los medios hebreos, se declaró admirador de Hitler. A su juicio, el líder nazi era un "genio militar incomparable" que "dotó a Alemania de orden público y de un régimen ejemplar con un sistema judicial apropiado". Añadía Feiglin que el sionismo es "racista" y que los palestinos son "inferiores" porque fracasaron a la hora de lograr su Estado a lo largo de la historia.


Se estes senhores terão, em breve, como tudo indica, poder em Israel, a preocupação será enorme pelo futuro da região.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O trabalho da secreta marroquina

La sorprendente conclusión de las averiguaciones de los espías marroquíes fue que el progenitor es el ex presidente José María Aznar, probablemente el político extranjero más abominado por el palacio real en Rabat.

A gravidez da Ministra da Justiça francesa, Rachida Dati, continua a ser alvo de atenção. Filha de argelina e marroquino, a secreta do Reino de Marrocos procurou saber quem é o pai do filho da governante gaulesa e a resposta dada vai, uma vez mais, dar a Aznar.
Uma novela que continuará a dar pano para mangas, enquanto Dati não revelar quem é o pai da sua esperança.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

A ler

Cuando pase la actual crisis mundial, nada volverá a ser igual que antes. Occidente -Estados Unidos y Europa- sufre un declive relativo, mientras que las potencias emergentes de Asia y Latinoamérica estarán entre los ganadores.

una mala noticia para Europa, porque, cuando la crisis mundial quede atrás, los europeos, sencillamente, habrán perdido importancia. Y, por desgracia, Europa no sólo no está haciendo nada para evitar o invertir ese declive, sino que está acelerando el proceso con su propia conducta.


Joshcka Fischer continua a demonstrar uma lucidez que infelizmente os líderes europeus não estão a tomar em conta, desde logo a sua Chanceler alemã, Merkel.
Menos UE, neste século XXI, representa perda de competitividade e, por resultado, bem-estar.

Sem justificações

Más de 3.000 funcionarios del Ejército están siendo investigados por la Fiscalía General de la Nación y la Procuraduría General de la Nación en relación con los cientos de casos que han sido denunciados. El Gobierno ha destituido a 40 militares hasta ahora. Dos centenares de ONG afirman que los crímenes han aumentado y su impunidad.

Com a debilidade das FARC e dos outros bandos terroristas de extrema-direita colombiana, já não há justificação para os milhares de desaparecidos e mortos, como se tivessem sido alvo destas bandas terroristas.
Sabe-se que elementos das Forças Armadas têm sido os executores destes actos e a Justiça colombiana começa a dar resposta a esta maleita. E o caminho parece longo. Para já, evidencia-se um começo, para que a Colômbia alcance, finalmente, a estabilidade merecida.

Começar bem

Incoming U.S. Secretary of State Hillary Clinton told Prime Minister Ehud Olmert by telephone Saturday evening that she will work "to bring peace and stability to the Middle East."

Caso para dizer: até que enfim uma Administração norte-americana, que toma posse, e assume, desde o primeiro momento, a Paz do Médio Oriente como uma prioridade.

sábado, 6 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Preocupante


A propósito das eleições legislativas israelitas de Fevereiro próximo, as sondagens atribuem ao Partido Trabalhista menos de 10% de votos. Entretanto, o Likud e Netanyahu mantém a vantagem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A ler

En los próximos dos años, los conflictos en África, la piratería en las costas somalíes y la necesidad de reiniciar el proceso de paz en Oriente Medio serán sólo algunos de los problemas que pesarán sobre los líderes de Estados Unidos y de Europa.
Pero eso no significa que tengamos que pensar en abandonar a los afganos al caos y la violencia en los que gran parte de su país está sumido en la actualidad. Sería una estrategia de consecuencias funestas. Si nos retiráramos precipitadamente, sin duda el Gobierno afgano se derrumbaría y, a continuación, vendría una guerra civil entre los insurgentes talibanes y quienes ostentan el poder local. Un millón o más de afganos abandonarían de nuevo el país, y muchos de ellos terminarían en Europa como refugiados.
Prometer poco y dar mucho es una preciosa virtud; lo contrario, un pecado mortal. Eso significa que hay que abandonar la idea de que podemos convertir Afganistán en un Estado bien gobernado que respete la igualdad entre los sexos y los derechos humanos a la manera europea, porque suscita expectativas que no podemos cumplir y malgasta recursos que mejor sería destinar a otras cosas. El límite de lo factible está en un Estado mejor gobernado, no necesariamente bien gobernado.
Desde el punto de vista militar, hay que aceptar que probablemente no podamos derrotar a los talibanes -sólo el pueblo afgano podrá hacerlo- y que, en este momento, sobre todo en el sur, no parece que eso vaya a ocurrir. Tampoco podemos obligar a los afganos. Si cambian de opinión al respecto, será a su tiempo, no al nuestro. Lo único que podemos hacer es proporcionarles espacio, ayudarles en lo que podamos y esperar que todo salga lo mejor posible. Eso significa incrementar el apoyo al ejército y a la policía del país, que son los que tendrán que hacer el trabajo.


Um artigo interessate sobre o Afeganistão, onde hoje se joga parte da segurança mundial.

Pior a emenda que o soneto

As medidas mais visíveis do plano de combate à recessão de Durão Barroso foram ontem fortemente contestadas pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE), que exigiram mesmo a sua eliminação.

Como aqui se referiu, Barroso reagiu e actuou tarde face à crise mundial. Desta feita, na tentativa de marcar a agenda europeia, o plano do Presidente da Comissão, em grande parte feito à custa dos Orçamentos nacionais, mereceu a reprovação do Ecofin.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Saakashvili admite que desencadeou a guerra do Cáucaso

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, reconheceu hoje que foram as tropas georgianas as que iniciaram as ações armadas na separatista Ossétia do Sul

Li na página de João Soares que o Presidente georgiano reconheceu há poucos dias que fora a Geórgia, e não a Rússia, a espoletar a guerra do Cáucaso. Algo há muito percebido, houve quem no Ocidente não quisesse entender. Agora resta saber o porquê. Será a Polónia, e a sua base de mísseis, a resposta? Por apurar.

Impreterível

Atentados em Bombaim: Condoleezza Rice apela ao Paquistão para uma cooperação “total”

Rice disse o inevitável e indispensável: é tempo de Nova Deli e Islamabad unirem esforços, pois ambas são alvo do mesmo objectivo traçado pelo terrorismo.

Roménia vira à esquerda

La oposición socialdemócrata vence en las legislativas rumanas, según los sondeos

O PSD ganhou a eleição, mas a estabilidade política na Roménia pode não avistar-se.
Veremos como se constituirá o próximo Governo, pois o PDL e o PNL, segundo e terceiro partidos mais votados, podem reeditar a actual coligação governativa, com o beneplácito de Basescu, o Presidente da República, do PDL, e assegurar o poder em Bucareste.

As escolhas de Obama

Obama tem vindo a anunciar as pessoas que trabalharão na sua Administração.
Dos nomes já divulgados, percebe-se que Obama terá dos melhores quadros norte-americanos. Elementos com vasta e reconhecida experiência, sendo a maioria oriunda da Administração Clinton.
Longe vão os tempos em que o Presidente eleito, então nas primárias, condenava o sistema de Washington, com a tão anunciada "mudança", pois agora é neste que se sustenta e espera superar a crise.
Ainda há poucos dias, a propósito das nomeações para a sua equipa, perguntaram a Obama onde estava a "change", ao que respondeu que ele era a mudança. De facto, só ele é a mudança, pois pode chegar-se ao ponto de se dizer que a Obama só falta convidar Bill para ser Presidente.
De qualquer modo, se hoje se confirmar o nome de Hillary para suceder a Rice no posto de Secretária de Estado, é dado mais um bom passo, no sentido da próxima Administração norte-americana contar com grande qualidade. Faltará, depois, corresponder às expectativas que se criam.

(Publicado no Câmara de Comuns)

O recrudescer do terrorismo

O terror que se fez sentir nos últimos dias em Bombaim é resultado de um recrudescimento dos grupos terroristas que se estão apresentar mais letais e imprevisíveis.
Tal como em Setembro de 2001, em 2008, os serviços secretos, no caso, os indianos, falharam. Quanto aos serviços secretos paquistaneses, ISI, a natureza é distinta e em texto breve o tema merecerá destaque.
A escalada do terror oriundo do Paquistão na Índia, hoje já se sabe isso, é mais um sinal de que o terrorismo está a ganhar terreno na Ásia Central. E as suas conquistas são mais do que preocupantes.
Talvez seja tempo de reestruturar a intervenção militar no Afeganistão, ao mesmo tempo que é preciso focar atenções no Paquistão, no sentido de conter e inverter o cancro do terrorismo no aparelho do Estado.
Os tempos dirão, mas a saída de Musharraf está a fazer-se sentir, uma vez que militares e demais forças de segurança começam a operar por si no Paquistão, ainda mais à margem do poder político.