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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A comunhão das BIC

O governo da China afirmou nesta quinta-feira (3) que compartilha praticamente os mesmos pontos de vista que países em desenvolvimento como Brasil e Índia a respeito do combate à mudança climática, acrescentando que especialmente os países desenvolvidos devem liderar os esforços de redução de emissões.

Quando a Goldman Sachs definiu os BRIC como os países emergentes do século XXI, partia de um pressuposto errado, o de associar a Rússia às efectivas potências emergentes, como de facto são o Brasil, a Índia e a China. Por uma razão simples: há muitos anos que a Rússia é um actor mundial, ao contrário dos outros, que se tornam agora.

Mais um exemplo disso é a sintonia de posições acerca dos resultados da Cimeira de Copenhaga. Pequim, Nova Deli e Brasília apontam os países do Norte para assumir as despesas da valorização mundial. Não só por que são quem primeiro pretende um compromisso ambiental, mas também por que ao longo de décadas foram os grandes poluidores, e com isso granjearam desenvolvimento.

domingo, 5 de abril de 2009

O onirismo de Obama

Obama defende mundo sem armas nucleares

Destas primeiras semanas de Obama, há muito trabalho que esta Administração está a fazer. E na globalidade, está a fazer bem. Porém, em termos de política externa, Obama comete um erro grave: estender o tapete vermelho às autoridades de Teerão. Como as relações internacionais demonstram, o realismo deve ser mais predominante que o onirismo. E se Teerão com todas as pressões que recebeu nos últimos anos conseguiu que não travassem o processo nuclear, a oportunidade para fazer avançar este programa aumenta com o afrouxar de posição da Comunidade Internacional.
Por outro lado, e apesar de não cumprir, e bem, o que prometeu na campanha, de retirar, quanto antes, os militares do Iraque, Obama está, também aqui, a abrir a porta ao Irão para dominar o Iraque, o que representa, a médio prazo, uma grande ameaça para a região. Riade, por exemplo, que o diga.
Agora, em Praga, Obama declara um “mundo sem armas nucleares”. O Presidente norte-americano diz que tal pode não acontecer na sua vida. O que é mais do que uma certeza. Todavia, Obama devia deixar de iludir as pessoas, pois num momento em que a ambição pelo poderio nuclear aumenta, além do Irão, o que se está a passar no Paquistão é deveras preocupante; a Rússia jamais abdicará de um dos pilares que lhe dá posição e força no globo, entre outros Estados, como a Índia, até pela mais ou menos presente ameaça paquistanesa, não vão abdicar do seu arsenal nuclear. E anda o Presidente dos EUA a dizer aos quatro ventos que quer um mundo sem armas nucleares. Com todos os defeitos que os EUA têm, e não são poucos, os EUA continuam a ser o garante da segurança mundial. E Obama não pode esquecer que o seu país tem esta missão, que até ao momento, tem garantido a nossa segurança global.
Será que o que se passou, há poucas horas, com a Coreia do Norte, não é mais uma demonstração das palavras erradas de Obama?

(Publicado no Câmara de Comuns)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Impreterível

Atentados em Bombaim: Condoleezza Rice apela ao Paquistão para uma cooperação “total”

Rice disse o inevitável e indispensável: é tempo de Nova Deli e Islamabad unirem esforços, pois ambas são alvo do mesmo objectivo traçado pelo terrorismo.

O recrudescer do terrorismo

O terror que se fez sentir nos últimos dias em Bombaim é resultado de um recrudescimento dos grupos terroristas que se estão apresentar mais letais e imprevisíveis.
Tal como em Setembro de 2001, em 2008, os serviços secretos, no caso, os indianos, falharam. Quanto aos serviços secretos paquistaneses, ISI, a natureza é distinta e em texto breve o tema merecerá destaque.
A escalada do terror oriundo do Paquistão na Índia, hoje já se sabe isso, é mais um sinal de que o terrorismo está a ganhar terreno na Ásia Central. E as suas conquistas são mais do que preocupantes.
Talvez seja tempo de reestruturar a intervenção militar no Afeganistão, ao mesmo tempo que é preciso focar atenções no Paquistão, no sentido de conter e inverter o cancro do terrorismo no aparelho do Estado.
Os tempos dirão, mas a saída de Musharraf está a fazer-se sentir, uma vez que militares e demais forças de segurança começam a operar por si no Paquistão, ainda mais à margem do poder político.