sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma justificação curta

Al final, lo importante es esto: cuando los talibanes vayan a buscar al hijo de un padre afgano para que luche con ellos, ¿qué hará ese padre? Si ve que los talibanes no tienen ninguna posibilidad de ganar, si ve que su vida está mejorando, y si cree en su Gobierno, dirá que no. Y entonces la insurgencia perderá. Es así de sencillo. Ésas son las condiciones que tenemos que crear, y creo que, el próximo año, empezaremos a ver la luz al final del túnel.

O Secretário-Geral da NATO apresenta, no artigo hoje publicado, uma boa abordagem ao conflito do Afeganistão. Porém, termina com a mais pós-moderna visão ocidental, de que só os bens materiais parecem interessar.

Pode perceber-se que Rasmussen dirige-se aos ocidentais, para granjear mais apoios na sociedade. Mas querer dar a entender que o bem material das novas gerações afegãs se conquista com progressos materiais é não entender nada da cultura e valores daquela sociedade oriental.

Talvez um pouco do tão esquecido, e ocidental, Santo Agostinho ajude Rasmussen a perceber que além desta há outras vidas, ainda que os profetas sejam diferentes.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A situação boliviana

Um bom artigo do ex-Presidente boliviano, sobre Morales e as eleições de domingo na Bolívia.

Há algo na Rússia

El primer ministro ruso, Vladímir Putin, ha asegurado que los antiguos jefes del gigante petrolero Yukos, incluido Mijaíl Jodorkovski, ordenaron el asesinato de opositores políticos. En una ronda de preguntas del programa Conversación con Vladímir Putin. Continuación, Putin ha dicho que el antiguo jefe de la empresa petrolífera, ahora en prisión, ha estado detrás de varias muertes.

Mais umas achas para a fogueira. As declarações de Putin não têm qualquer inocência. Se Khodorkovsky já tinha um longo rol de crimes, de fuga ao fisco, pelos quais já está a cumprir uma pena que a cada ano que passa aumenta, o Primeiro-Ministro russo faz, agora, novas acusações ao antigo líder da Yukos.
Deve, ou houve, algo no ar. E Khodorkovsky deve estar a servir de pretexto para algo. Caso para dizer, seguir os próximos capítulos.

A comunhão das BIC

O governo da China afirmou nesta quinta-feira (3) que compartilha praticamente os mesmos pontos de vista que países em desenvolvimento como Brasil e Índia a respeito do combate à mudança climática, acrescentando que especialmente os países desenvolvidos devem liderar os esforços de redução de emissões.

Quando a Goldman Sachs definiu os BRIC como os países emergentes do século XXI, partia de um pressuposto errado, o de associar a Rússia às efectivas potências emergentes, como de facto são o Brasil, a Índia e a China. Por uma razão simples: há muitos anos que a Rússia é um actor mundial, ao contrário dos outros, que se tornam agora.

Mais um exemplo disso é a sintonia de posições acerca dos resultados da Cimeira de Copenhaga. Pequim, Nova Deli e Brasília apontam os países do Norte para assumir as despesas da valorização mundial. Não só por que são quem primeiro pretende um compromisso ambiental, mas também por que ao longo de décadas foram os grandes poluidores, e com isso granjearam desenvolvimento.

Lula a desacreditar-se

O presidente do Brasil, Lula da Silva, exortou hoje os Estados Unidos e a Rússia a desmontarem os seus arsenais nucleares "para terem autoridade moral" para exigir ao Irão que não fabrique a bomba atómica.

De duas uma, ou Lula não tem percepção da História ou está a espalhar-se ao comprido, com estas afirmações.

Será que o Presidente brasileiro, para mostrar a sua vontade pacífica, terminaria com as Forças Armadas brasileiras?

Depois do erro de colocar Zelaya na embaixada brasileira de Tegucigalpa, a defesa acérrima do projecto nuclear iraniano é um erro, tendo em conta a dimensão regional, na qual o Irão se encontra, e mundial, com o "cerco" da Comunidade Internacional ao projecto nuclear. Hoje, já nem Moscovo mete as mãos no fogo por Ahmadinejad.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quadratura do círculo - EUA

Obama fez ontem, provavelmente, o seu mais importante discurso, no qual apresentou as balizas da sua política internacional, em especial a que concerne no combate ao terrorismo.

Perante uma grave crise financeira, que tem provocado fortes impactos nos EUA, com um défice galopante, e com guerras árduas de travar, Obama sabe que os Estados Unidos não conseguem nem têm capacidade de, por si só, dar resposta às várias frentes.

Por isso, uma selecção de prioridades impunha-se e Obama escolheu: o Paquistão, ainda que este não seja o principal e imediato destinatário da sua política, mas sim o Afeganistão.

A intervenção no Iraque, a mais irresponsável opção militar da Administração Bush, tem o seu fim à vista. Independentemente das considerações e da situação, Washington sente que pode em breve passar a responsabilidade para as autoridades de Bagdad, pois os esforços têm de se concentrar no Afeganistão.

É, na terra dos talibã, que a ofensiva vai avançar, com mais 30 mil militares, a juntar aos quase 70 mil localizados no sul deste país, numa sincera e leal resposta ao pedido do General McChrystal de contar com mais tropas, para travar os talibãs e a Al-Qaeda. Mas esta intervenção, mais do que pensada no Afeganistão é cogitada por causa do Paquistão. A cereja que poderia estar no topo do bolo das pretensões terroristas, dado o poder nuclear paquistanês. Este é o grande objectivo do fundamentalismo, possuir poder nuclear.

Todavia, o Paquistão conta com forças próprias, que não podem ser desconsideradas ou ultrapassadas. Ainda que possam ser dúbias para o Ocidente, como a todo-poderosa ISI ou as Forças Armadas. Neste momento, o necessário, como tem sido até ao momento, será o encontro com os interlocutores locais, para travar o avanço do terrorismo nesta potência nuclear.

Se Obama aposta, e bem, no Afeganistão, e por inerência no Paquistão, campos decisivos para a segurança mundial, o Presidente norte-americano falha, ao querer estabelecer uma data de retirada, por sinal, coincidente com o momento em que lhe faltará um ano para terminar o mandato na Casa Branca. Não sabemos que evoluções existirão e que respostas serão necessárias dar. A guerra não é uma questão aritmética.

É evidente que Obama está a ter em consideração a dimensão de segurança (investir onde é preciso), mas também tem a financeira, pois a manutenção de tropas em várias frentes continua a deixar os cofres dos EUA mais devedores. E Washington está a ficar cada vez mais refém do exterior.

A jogada assumida é elevada e o risco enorme. Mas é importante que esta Administração norte-americana perceba que além do calendário eleitoral há a dimensão da segurança, que não se compagina com o natural interesse de ganhar eleições. É, por isso, que Obama pode conseguir travar, para já, as pretensões radicais, mas, ao mesmo tempo, pode estar a reforçá-las.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Abriu-se a caixa de Pandora

Les populistes européens inspirés par le vote suisse

O referendo suíço, que indica o fim dos minaretes, cativou o apetite voraz dos xenófobos, que já vêem uma oportunidade de alargarem o "modelo" suíço aos outros países.

A luta contra a doença continua

Los obispos de Africa reiteran que el sida no se supera sólo con preservativos

Boas observações dos bipos africanos, neste dia de luta mundial contra a SIDA.

Solana termina mandato

Solana dice adiós a tres décadas en primera línea

É, sem dúvida, um dos políticos espanhóis com mais currículo e intervenção no mundo.

Ao longo de 30 anos, Javier Solana este na ribalta da política mundial. Primeiro, como governante espanhol, depois como Secretário-Geral da NATO e, finalmente, como chefe da diplomacia europeia.

Não fui grande entusiasta dos seus mandatos, pois não obstante a áura de grande diplomata, não obteve resultados desejados, como travar o projecto nuclear iraniano, no qual mais pareceu uma marioneta de Teerão, por acreditar que o regime iraniano iria negociar, quando protelou e alcançou sempre os seus objectivos, de não ver o seu projecto travado.

Cedo se habitou a ser indicado e não sufragado para os postos. Ainda há poucos anos, num dos combates mais difíceis do PSOE, pela capital espanhola, Solana rejeitou candidatar-se contra Gallardón. De qualquer modo, um político incontornável, em Espanha e na Europa.

ALAS

SHAKIRA Y JEFFREY SACHS PRESENTARÁN LA ALIANZA REGIONAL POR EL DESARROLLO INFANTIL TEMPRANO EN EL MARCO DE LA CUMBRE IBEROAMERICANA 2009

A cantora colombiana, Shakira, aproveitou a XIX Cimeira Ibero-Americana para alavancar o trabalho da Fundação ALAS, que trabalha em prol de 35 milhões de crianças, entre os 0 e os 6 anos, na América Latina.

A cantora dá um bom exemplo, de como a fama pode ser uma excelente aliada das boas causas.

Hoje é um bom dia


O Tratado de Lisboa entra em vigor.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma continuação por outros caminhos

Num continente em que tantas tem sido as mudanças, em especial os estilos e formas de liderança da última década, começando em Lula, no Brasil, até Lugo, no Paraguai, José Mujica, mais conhecido popularmente como Pepe, torna-se o novo Presidente do Uruguai, juntando-se, assim, ao grupo de políticos sul-americanos que escapa à lógica do político de fato e gravata e com carreira profissional efectuada no sector terciário.

Sucedendo a um dos mais brilhantes políticos da actualidade, Tabaré Vázquez, Mujica é um ex-guerrilheiro tupamaro, que chegou a estar detido 15 anos, ao longo dos quais foi inúmeras vezes torturado.

Com um perfil nada formal, bem pelo contrário, e casado com uma mulher não menos importante e poderosa, a senadora Lucía Topolansky, Mujica tem pela frente a responsabilidade, e o compromisso assumido, de seguir com o rumo de desenvolvimento do Uruguai, que tão bem Vázquez desenvolveu.

Do período revolucionário, já só guarda recordações. Quer ter em Lula um exemplo, mas os elogios chovem de toda a América Latina, de Caracas a Santiago.

Ontem à noite, após a confirmação da sua vitória, declarou que não havia vencedores nem vencidos e que está disposto a trabalhar com todos.

Referendo a Morales

además de las elecciones generales, el 6 de diciembre se realizarán 18 referéndums por autonomías; departamentales indígenas y regional.

No próximo domingo, apesar de se tratarem de várias eleições, o escrutíno servirá para referendar Evo Morales. Devendo alcançar a vitória, não menos importante serão os resultados das autonomias, em especial nas regiões que se opõe ao Presidente boliviano, especialmente nas cidades de Sucre e Santa Cruz.

Do sonho ao pesadelo?

O Dubai pode perder o seu estatuto de centro financeiro dos Emirados Árabes Unidos, em troca de um pacote de resgate de Abu-Dhabi, o Emirado vizinho mais rico em petróleo

A crise global faz-se sentir em todos os cantos, mas no momento em que se vislumbra uma luz ao fundo do túnel, eis que o Dubai, o até há bem pouco tempo harém do Golfo cai.

Parece que a terra do sonhos está a desfazer-se.

De regresso

Depois de vários meses sem actividade, a escrita, acerca deste mundo, regressa a este espaço.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

sábado, 6 de junho de 2009

Outras eleições relevantes

Além das europeias, as parlamentares, de amanhã, no Líbano, e a presidencial de sexta-feira, no Irão.

Para seguir nas próximas horas e dias.

Afinal, nestes dois países também se jogam a estabilidade regional e mundial.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 30 de maio de 2009

A cobardia de Chávez

Chávez se diz um ‘soldado’ e recua de debate com escritor

Nas celebrações do 10º aniversário do programa "Alo Presidente", Hugo Chávez desafiava, há dias, oponentes para debaterem com ele o seu modelo de socialismo e rumos revolucionários que o Presidente venezuelano tem imprimido na Venezuela.
O escritor e ex-candidato presidencial peruano, Mario Vargas Llosa, manifestou disponibilidade para esse debate, garantidas as condições de igualdade.
Afinal, a disposição de Chávez para dialogar não era tanta e recuou, apresentando um argumento descabido, de que ele era de uma liga superior. Se Vargas Llosa quer debater com Chávez tem, primeiro, de ser Presidente.
Há gestos que valem por muitas palavras. E a desistência de Chávez diz muito.

(Publicado no Câmara de Comuns)

terça-feira, 19 de maio de 2009

O escrutínio da saúde de Dilma

Dilma passa mal em reação a tratamento e viaja para São Paulo

Não bastava o tratamento de quimioterapia a que está sujeita, Dilma Rousseff está sujeita ao tratamento dos media, que acompanharão, ainda com maior pormenor, a vida privada da Ministra de Lula e potencial candidata do PT à presidência do Brasil.

(Publicado no Câmara de Comuns)

O fim da guerra no Sri Lanka

El ejército de Sri Lanka proclama la "derrota militar" de la guerrilla tamil

A ajuda chinesa, ao Governo de Colombo, pode ter sido determinante para o desfecho desta batalha que parece ter terminado agora, depois de 30 anos de combate.

Desentendimento entre Washington e Tel Aviv

Israel's prime minister has refused to commit to an independent Palestinian state during talks with Barack Obama, the US president, at the White House.

Na primeira reunião de trabalho de Obama e Netanyahu, na Casa Branca, ficou patente o desentendimento das duas partes quanto ao futuro da região. Obama, e bem, defende a existência de dois Estados. O actual Primeiro-Ministro israelita afasta, para já, essa tese.

Quando mais se podia esperar por uma oportunidade de entendimento de todos, com os EUA empenhados, com os palestinianos (Fatah e Hamas) a entenderem-se, só Israel surge a bloquear o diálogo.

Do óbvio

A change in leadership in Teheran would be one of form and not substance, according to the latest IDF assessments, which rule out the possibility that a new president would be open to the possibility of freezing the Islamic republic's nuclear program.

A desistência de Kathami, apenas confirmou que o resultado das presidenciais de Junho, que devem ser ganhas por Ahmadinejad, nada irá alterar no Irão.

Teerão agradece

Obama dará até final do ano para avaliar negociações com o Irão

O mundo continua a demonstrar total impotência para travar o processo nuclear iraniano. Com esta postura, Obama continua a dar incentivo a quem, no Irão, pretende armar o país com poderio nuclear.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O entendimento com o mundo pouco interessa ao aiatola Khamenei

O guia espiritual supremo ayatollah Ali Khamenei instou hoje os eleitores iranianos a não votarem nos candidatos em corrida para as presidenciais alinhados com o Ocidente. Num discurso feito no Curdistão, transmitido pela televisão estatal, o muito influente Khamenei defendeu que “não deve ser permitido chegar ao poder aqueles que se rendem face ao inimigo ocidental e desonram o povo iraniano”.

Alguém ainda espera qualquer grau de abertura do Irão, quando a pessoa com mais poder no país defende que o entendimento com o Ocidente não deve ter lugar?

Brown à beira de um grande tombo

The BPIX figures for Westminster give the Conservatives 42% (-3), Labour 20% (-3) and Lib Dems 15% (-2%). That's a 22 point lead and if repeated in a general election a Tory majority in the region of 200 seats would result.

On voting intentions for the European elections, the movement away from the main parties is more pronounced. In just a week the Tories are down 6 points at 30%, UKIP is up 7% at 17% and level pegging with Labour (down 6 points). The Lib Dems are at 15%, down 1 point.


Com mais do dobro das intenções de voto, parece quase irreversível Brown derrotar Cameron nas próximas legislativas. Nas europeias, a grande surpresa pode ser o aumento de eleitos do UKIP, liderado por um dos demagogos-mor do Parlamento Europeu, Nigel Farage.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O extremismo anda à solta pela Europa

KKK leader detained in Prague
Ironically, in his interview with Právo minutes before his arrest, Duke mentioned that he had given speeches all over Europe, including Germany, the Netherlands, Belgium, Sweden and France, without running into problems with the authorities.


A República Checa tem sido um dos palcos europeus onde o extremismo mais se tem manifestado. Ainda há poucos dias, várias de dezenas de neonazis organizaram várias manifestações e provocaram distúrbios em localidades checas. E referimo-nos a um país onde os comunistas defendem a pena de morte. Tudo isto na Europa dos Valores e Direitos Humanos!
A detenção e expulsão do líder do Klu Klux Klan, num restaurante em Praga, no dia 24 de Abril, é mais um testemunho de como o extremismo anda à solta, não só na pátria de Havel mas também na Europa, pois, como a notícia indica, David Duke já deu várias palestras em vários países europeus.
O actual momento, de crise, é propício à mensagem que os extremismos, de direita e esquerda, veiculam. Apelando, sempre pela via da emoção, o irracional, com a promoção do ódio e da xenofobia.
Estas são velhas "receitas" que a Europa tragicamente conhece e os europeus não podem esquecer as nocivas experiências do passado recente.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Dois anos depois... e quase nada de Sarkozy

Sarkozy foi eleito Presidente da República francesa há precisamente dois anos. Um pouco por toda a Europa, a direita sorria e esperavam, muitos, em França como no Velho Continente, um novo futuro para os franceses e europeus.

Volvido este tempo, dois em cada três franceses estão desiludidos com o seu Chefe de Estado. Caso para dizer: só se iludiu quem quis.

Todas as promessas de Sarkozy modernizar a França estão na gaveta. Não é por acaso que os sarkozistas entusiastas de há dois anos nunca mais se pronunciaram. Sarkozy continua a ser o que sempre foi: um político de muita parra e pouca uva.

(Publicado no Câmara de Comuns)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dia histórico e anos decisivos para o País Basco

El socialista Patxi López ha sido investido como lehendakari del Gobierno vasco, el primero no nacionalista en 30 años, con el apoyo de su grupo, del PP y UPyD, con lo que ha sumado 39 de los 75 votos del Parlamento Vasco. Por su parte, el lehendakari saliente, Juan José Ibarretxe, ha obtenido 35 votos.

Tras la investidura, el nuevo lehendakari ha afirmado que "hoy es un día muy especial para mucha gente a la que yo represento, pero a partir de ahora quiero representar a todo el país".


A investidura de Patxi López como novo lehendakari representa um momento histórico para a democracia espanhola. Pela primeira vez, o líder do Governo basco não é um nacionalista e tal só podia suceder, como aconteceu, e bem, com um entendimento entre o PSOE e o PP bascos.
Da intervenção de López, no Parlamento de Vitória, merece destaque a sua profunda determinação em contribuir para o "fim da ETA", o que sendo um objectivo difícil de concretizar, tem, pelo menos, a grande virtude de contribuir para mais uma instituição, o Governo basco, estar em total sintonia com o Governo de Madrid e, em conjunto, dar um golpe sem misericórdia na banda terrorista.
Por outro lado, estes serão anos decisivos. Se Patxi realizar um bom mandato, o País Basco pode respirar um novo ar, em que a vida política e social terá uma dimensão salutar, sem as tensões que os grupos nacionalistas procuram amiúde instar.
Não será fácil, pois o PNV (partido que venceu as eleições mas não obteve apoios suficientes para reeleger Ibarretxe à frente do Governo) procurará cobrar caro a sua queda do poder e, factor a não descurar, as disputas entre o PSOE e o PP a nível nacional.
Espera-se, por isso, que socialistas e populares bascos não quebrem a "lealdade", que o líder do PP basco, Antonio Basagoiti, hoje prometeu, sob pena dos dois perderem e, desse modo, reforçar, o radicalismo basco.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 2 de maio de 2009

Quando a doença é o centro das atenções na política

É difícil os políticos assumirem a doença, muito menos em público e durante uma campanha eleitoral. Mas a ministra Dilma Rousseff acredita que pode vencer esse estigma e convencer os eleitores de que tem condições de disputar a sucessão de Lula

O PT e Dilma Rousseff parecem querer fazer da fraqueza força e fazer valer o actual momento de saúde da hipotética candidata do partido de Lula à presidência, com linfoma, uma das mais-valias da sua candidatura.
Será que esta postura passa e colhe apoio? Para já, é o tema central da vida política brasileira.
O artigo da Isto É, sobre os pontos fortes e fracos, bem como outros exemplos, de candidatos que se encontraram na mesma circunstância de Dilma merece ser lido.
(Publicado no Câmara de Comuns)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um fumo que ameaça fogo

Ankara won’t allow Israel to use Turkish airspace in attacking Iran

Os sinais de fumo, ou seja, a hipótese de Israel pretender destruir bases nucleares iranianas, continuam a existir.

A actual composição partidária do PE por país



A ver, aqui, no Le Figaro.

As dificuldades para combater a gripe no México

Armando Ahued, secretario de Salud del Distrito Federal, aseguró que el gobierno capitalino busca importar 5 millones cubrebocas para distribuirlos entre la población, ya que están agotados en el mercado a nivel nacional.

A epidemia espalha-se aos poucos e os meios preventivos, em especial os mais essenciais, escasseiam.

Boas notícias

Rival Palestinian factions Hamas and Fatah have concluded Egyptian-mediated talks without reaching an agreement on forming a unity government.

Nem tudo é mau neste globo, debaixo de uma epidemia mundial da gripe suína.
O acordo que Hamas e Fatah estão a celebrar, sob auspícios egipcíos (quem mais poderia ser!), é um bom momento, que abre mais condições para o Estado palestiniano singrar no futuro e poder relacionar-se com Israel, assim os actuais responsáveis israelitas entendam que têm tanto a ganhar, como os palestinianos, com a Paz.

Lula reitera apoio a Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Manaus, que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) é a sua candidata à Presidência da República em 2010, mas que a decisão sobre a candidatura depende da base aliada do PT.
"Eu já disse publicamente que a Dilma é minha candidata. Agora, eu não sou o partido [PT]. Tem que passar pela base aliada, tem que passar por uma discussão", afirmou Lula.
A declaração do presidente foi feita dois dias depois de a ministra anunciar que está se submetendo a um tratamento para combater um linfoma, um tipo de câncer.


Mesmo depois de conhecido o estado de saúde de Dilma Rousseff, Lula reforça o apoio à sua Ministra para candidatar-se no próximo ano à presidência do Brasil.
Veremos se Lula não está a jogar uma parada muito alta, neste momento, em que Dilma está a ser submetida a tratamento.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Uma jogada táctica que favorece Obama

O senador republicano da Pensilvânia, Arlen Specter, acaba de anunciar que vai mudar de partido e juntar-se à bancada democrata no Senado dos Estados Unidos. Esta decisão tem tremendas consequências políticas, uma vez que garante aos liberais uma maioria qualificada de 60 votos, suficiente para impedir qualquer tentativa de boicote de legislação ("filibuster") por parte da oposição conservadora.

A um dia de completar 100 dias de mandato, Obama recebe uma grande prenda, a garantia da maiora Democrata no Senado. Numa mudança, de Specter, que parece táctica. A próxima eleição na Pensilvânia esclarecerá isso.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Rússia continua conquista dos mercados de energia da UE


Bulgarian Prime Minister Sergei Stanishev who is arriving in Moscow on a working visit will discuss joint energy projects with Russian Prime Minister Vladimir Putin, a source in the Russian government said on Sunday.

The Bulgarian prime minister who will stay in Moscow from April 26 through April 28 is due to meet with his Russian counterpart on Tuesday to focus on key joint energy projects, the source said.

They include the Belene nuclear power plant Russia is building in northern Bulgaria; the South Stream pipeline to bring Central Asian and Russian gas to the Balkans and other European countries; and a pipeline project between Russia, Greece and Bulgaria to pump Russian and Caspian oil from the Bulgarian Black Sea port of Burgas to the Greek Aegean port of Alexandroupolis.

Continua a política energética de cada Estado-membro da UE por si. A Rússia agradece o brinde que os europeus lhe dão, de minar e dominar a energia na União.

A ler


O ex-primeiro-ministro Marcolino Moco considera que “as políticas em Angola estão a ser bem orientadas”, mas defende uma mais célere “abertura do país” em ideias, mentalidades e liberdade de expressão.

As palavras de Marcolino Moco são cuidadas, mas nem assim deixa de apresentar uma leitura muito própria da actualidade e do futuro de Angola.

Evidencia-se um desprendimento com o poder e percebe-se que o seu afastamento da política reinará enquanto José Eduardo dos Santos for o Presidente angolano.

(Publicado no Câmara de Comuns)

O factor Saúde compromete candidatura do PT

A revelação de que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) faz um tratamento contra câncer linfático muda significativamente o debate e as articulações políticas para a sucessão presidencial de 2010. Aumentou o grau de imponderabilidade, mas é possível vislumbrar alguns cenários.
Tudo parecia calmo no PT, relativamente à candidatura a apoiar em 2010 para suceder a Lula na presidência. Foi o próprio Chefe de Estado e rosto carismático do PT que anunciou Dilma Rousseff como a pessoa a merecer a nomeação para poder suceder-lhe no Palácio do Planalto. Todavia, a doença de que Dilma padece pode abalar, e muito, os planos de Lula que sabe ter pela frente um candidato do PSDB forte (seja Serra ou Aécio). Com o tratamento a que está a ser sujeita, tudo indica que Dilma ficará bem, mas a sua recuperação, que precisa repouso, pode comprometer a corrida, que será extremamente desgastante.
(Publicado no Câmara de Comuns)

Ahmadinejad na mesma


Ahmadinejad: «Pace tra israeliani e palestinesi? Per l'Iran va bene»
Il presidente iraniano mostra segnali di apertura in un'intervista ad Abc, ma non riconosce Israele


O Corriere dela Sera vê sinais de aberturas de Ahmadinejad onde não existem. Afinal, sem reconhecer o direito à existência do Estado de Israel, como admite o Presidente Iraniano qualquer entendimento?

sábado, 25 de abril de 2009

ANC quase de pedra e cal


Milhares de apoiantes do Congresso Nacional Africano (ANC) festejaram esta noite nas ruas de Joanesburgo com o líder do partido, Jacob Zuma, quando 60 por cento dos votos contados lhes davam uma liderança esmagadora nas eleições legislativas de quarta-feira-passada. Com 67,06 por cento nos resultados o ANC tem garantida uma maioria de dois terços e também a eleição pelo Parlamento de Zuma para a presidência do país.

Segundo outras notícias, o ANC ficou à beira de alcançar os dois terços, que lhe permite mudar a Constituição medidante o seu entendimento.
Resta esperar os resultados definitivos, de amanhã à noite, sendo já certo que o COPE, ex-dissidentes do ANC, teve um resultado aquém do esperado.
Zuma será, como se previa, o próximo Presidente da África do Sul. Uma incógnita a merecer acompanhamento, designamente em termos das suas políticas de Justiça e Saúde.

Depois das aves os porcos


Em meio à crescente preocupação internacional com uma possível epidemia de gripe suína, as autoridades mexicanas disseram nesta sexta-feira que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não decretou o fechamento das fronteiras por causa dos mil casos da doença detectados no país e que não há restrição para a entrada de turistas. O governo confirmou que 20 pessoas morreram infectadas pelo vírus da doença, e há suspeita de ligação de outras 40 mortes com a gripe.

Segundo os dados da OMS, a doença causou 18 mortes no México, enquanto que nos Estados Unidos foram detectados sete casos --cinco na Califórnia e dois no Texas--, nenhum deles grave. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA informou que apenas um dos doentes viajou ao México.

O vírus que está causando as mortes é do tipo influenza A, chamado de H1N1, e é transmitido de pessoa para pessoa. Ele contém DNA de vírus de aves, de porcos e de humanos, incluindo elementos de vírus suínos europeus e asiáticos, de acordo com o CDC. O governo mexicano descartou qualquer possibilidade de o vírus ser transmitido pela ingestão de carne de porco.

Epidemiologistas estão especialmente preocupados com o fato de os mortos identificados até agora serem adultos jovens, o grupo normalmente menos vulnerável à gripe. É possível que idosos e crianças tenham resistido à doença por terem sido vacinados.


Surge nova epidemia, que bem pode fazer ressurgir receios, como a gripe das aves provovou há três anos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A ler


A respostas às seguintes questões merecem ser lidas, para se compreender melhor a importância da política do Presidente Felipe Calderón no combate, sem tréguas, aos carteis mexicanos.

1. Quais as drogas mais vendidas pelos cartéis mexicanos?
2. Quais os principais cartéis de drogas no México?
3. O México supera a Colômbia no tráfico de cocaína para os Estados Unidos?
4. Como é feito o transporte das drogas?
5. Em quais regiões do México atuam os cartéis?
6. De onde vêm as armas usadas pelos traficantes?
7. Quantas mortes já foram causadas pelo tráfico?
8. Que medidas já foram tomadas contra a ação dos cartéis?
9. Como reage a população mexicana diante da situação?

Na Veja.

Um dia importante para África

23 milhões de sul-africanos são chamados às urnas esta quarta-feira. Há quinze anos que o Congresso Nacional Africano (ANC) lidera a vida política no país. Mas o ANC arrisca-se a perder a maioria de dois terços que detém no parlamento nacional.

Mais tarde se saberá se o ANC conserva uma maioria tão folgada como anteriores eleições deram ao partido de Mandela. Não me admiraria que o partido liderado por Zuma obtenha mais de 50% dos votos. Resta saber que resultado obterá o estreante COPE.

Contra factos não há argumentos

O Presidente iraniano criou escândalo quando ontem acusou Israel de ser o “mais cruel regime racista”, mas segundo as Nações Unidas, que organizam a conferência sobre o racismo, Mahmoud Ahmadinejad omitiu uma referência em que punha em causa o Holocausto.

Ainda pensa Obama que Ahmadinejad pode ser um bom interlocutor? Só crê quem não quer ver o que o flamejante de Teerão faz e quer.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Proposta para pescar no campo da esquerda

La propuesta de incrementar la imposición a los ricos, cae bien en la sociedad pero no en la prensa

Los más ricos, "pagarán alrededor de la mitad de sus ingresos en impuestos", advierte el "Frankfurter Allgemeine Zeitung". Las propuestas son "absurdas", dice "Die Welt", que denuncia una "estrategia para dar a los de abajo lo que se quita a los de arriba". Solo servirá para "incrementar el grupo de gente opuesta a la economía liberal de mercado alemana", señala el diario. El jefe de la patronal BDA, Dieter Hundt, y su colega de la Cámara de Industria y Comercio, Hans Dietrich Driftmann, han criticado el proyecto fiscal del SPD.

Curiosamente, la ciudadanía parece aprobar la tendencia sugerida, que es insignificante si se pone al lado de lo que se está regalando a bancos y empresas. Una encuesta de la televisión ARD, publicada el sábado, arroja un 59% de partidarios y un 28% de adversarios de la idea de incrementar la imposición a los ricos.


Numa clara proposta de marcar terreno na esquerda, em especial de obter mais apoios no eleitorado do Die Linke, Steinmeier propõe um aumento de impostos para os que mais recebem.
Veremos no que esta proposta dará em termos eleitorais. Pode cair bem no eleitorado do leste alemão, mas deve merecer pouco apoio no lado ocidental.
O SPD continua a correr contra o tempo, uma vez que a cinco meses das legislativas, CDU surge como a grande favorita.

O importante apoio de Zuma

Comício de encerramento da campanha eleitoral do partido no poder teve presença surpresa - o ex-presidente e Nobel da Paz, que foi recebido em apoteose por mais de cem mil militantes no estádio Ellis Park. Eleições são quarta-feira.

O primeiro grande teste eleitoral do ANC decorre quarta-feira. O até agora preponderante partido sul-africano, desde o fim do Apartheid, começa a ter adversários que lhe podem fazer frente, como o COPE - dissidentes do ANC e apoiantes do ex-Presidente Mbeki, que foi afastado do cargo de Chefe de Estado por Zuma, na pretensão, óbvia, de ascender ao primeiro posto do Estado sul-africano.
A comparência do histórico Mandela, no último comício do ANC, antes da eleição, é um apoio que se pode revelar decisivo para Zuma, não só ganhar a eleição, mas também congregar as condições de assumir, em breve, a presidência do país.
É, pois, provável, que na quarta-feira o ANC triunfe com grande conforto, mas não é menos importante atender aos resultados das outras formações, que podem começar a abrir um caminho para consolidar um sistema político mais plural.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O imparável Ahmadinejad, com ajuda dos 'amigos' de Washington

El presidente de Irán, Mahmud Ahmadineyad, ha manifestado hoy martes en la ceremonia de apertura de un simposio dedicado a los iraníes residentes en el extranjero: “Irán se halla en el más elevado nivel en las interacciones mundiales y hoy nadie en el mundo puede colocar obstáculos en la senda del progreso del pueblo iraní, un pueblo que ha sido en cualquier época creador de cultura y civilización.”

Ahmadinejad não podia ter encontrado melhores protagonistas em Washington para levar a sua política ao porto que pretende. Depois de Bush lhe escancarar as portas para o domínio do Iraque, Ahmadinejad surge nestes dias mais confiante, pois Obama está a dar-lhe as condições para desenvolver o seu programa nuclear.
Nos EUA, como na Europa, até podem pensar que os actuais responsáveis políticos iranianos estão mais dialogantes e interessados em negociações, por causa da postura e palavras de Washington. Mas, como estes dias provam, não nos podemos iludir. A Coreia do Norte mandou à fava os parceiros, as conversações e os compromissos, e aí está, de novo, a solo (chapéu chinês, claro!), a desenvolver programas nucleares.

Novo ensaio

Medvédev se desmarca de Putin
El presidente se reúne con grupos contrarios al Kremlin y critica la corrupción


Já não é o primeiro sinal público que uma possível divisão entre Medvedev e Putin.
A crise ajuda Medvedev nas suas (possíveis) intenções de separar-se de Putin, dados os problemas sociais e económicos que começam a agravar a Rússia e o Governo não pode agir de modo indiferente.

A pouca credibilidade da oposição moldava

Recontagem dos votos das eleições legislativas na Moldávia. O Tribunal Constitucional ordenou a recontagem a pedido do presidente, Vladimir Voronine, que procura acabar com a contestação popular. Os resultados são esperados dia 21.

Entretanto, num outro sinal de apaziguamento, o presidente pede uma amnistia para todas os participantes nos recentes motins.

Mas os gestos não satisfazem a oposição, que boicotou a recontagem, considerando que se trata de uma farsa, para afastar a atenção da verdadeira fraude: a composição das listas eleitorais. Os três partidos da oposição exigem novas eleições legislativas.


O Partido Comunista moldavo ganhou as eleições legislativas há cerca de duas semanas. Não satisfeitos com o resultado, esmagador, dos comunistas, a oposição manifestou, nas ruas, o desagrado. Agora que se dão sinais de querer reconfirmar os resultados, a oposição moldava dá um exemplo pouco crível.
Por mais que queiram derrubar o Presidente Voronin, neste ponto, o Chefe de Estado moldavo é o último dos culpados da actual situação moldava.
Merece leitura esta entrevista de Voronin.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A uma semana das legislativas

In his first church campaign appearance after corruption charges against him were dropped last week, ANC leader Jacob Zuma has preached love, forgiveness and polygamy.

De amanhã a oito dias, os sul-africanos são convocados a eleger o seus representantes para o Parlamento Nacional. Uma eleição que será um grande teste para o ANC, o grande partido que recentemente teve uma saída de vários militantes, afectos ao ex-Presidente Mbeki, e constituíram uma formação política para derrubar o poderio no ANC.
Para já, o quase-mais-que-provável-futuro-Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anda em campanha, e ontem, numa igreja, apreguou o amor, o perdão e poligamia, agora que está "limpo" das acusações de corrupção de que era alvo.

As 'danças' no Cáucaso

As Armenia and Turkey come close to normalizing ties, which will not only contribute to the stability of the volatile South Caucasus but also to relations between Ankara and Yerevan, Azerbaijan has taken a last minute stance that can only be perceived as an act of sabotage supported by Russia.

The implementation of the package long negotiated between Turkey and Armenia, with Azerbaijan being informed of almost all steps, has now been jeopardized by both Azerbaijan and Russia.

Um artigo interessante, a merecer leitura, para perceber um pouco mais do que se passa em termos de entendimentos, e desentendimentos, no Cáucaso.

As peculiaridades do sistema político argentino

Kirchner vuelve al ruedo político para apuntalar el Gobierno de su esposa

El ex presidente argentino encabeza la lista de Buenos Aires en las legislativas

La batalla de Buenos Aires se juega a una especie de todo o nada, en la que Néstor Kirchner pretende introducir el máximo de crispación posible. Aunque hasta ahora el ex presidente no ha dicho nada al respecto, en su entorno son frecuentes las alusiones a que una derrota en las elecciones de junio podrían llevar a Cristina Fernández a considerar una dimisión. La pérdida de las elecciones dificultaría extraordinariamente su mandato, teniendo que negociar día a día mayorías parlamentarias, pero aun así resulta difícil creer que esté dispuesta a abandonar el cargo sin dar la pelea y cuando falta realmente tanto tiempo para cumplir su periodo presidencial.

Como sempre, o sistema político argentino volta a ser fértil em candidaturas bizarras. Depois de cumprir dois mandatos presidenciais, de ter aberto a porta à sua mulher para suceder na Chefia de Estado, eis o regresso aos palcos principais da política Néstor Kirchner, para assumir a candidatura do Partido Justicialista nas legislativas de Junho próximo, pelo círculo de Buenos Aires.
A ter fé nas palavras do espanhol El País, prevê-se que as legislativas sejam um referendo ao mandato de Cristina Kirchner.
Para já, a Chefe de Estado tem vindo a perder força na confiança que os argentinos depositam na sua número um.
O regresso de Néstor é aquilo que popularmente se designa como: colocar a carne toda no assador. Veremos como se sai o casal mais poderoso da Argentina.

Aperta-se o cerco a Saakashvili

Cerca de vinte mil pessoas reuniram-se hoje em frente ao parlamento em Tbilissi para exigir a demissão do presidente

A Geórgia pode estar à beira de uma nova revolução rosa. Desta vez, o líder da revolução de 2003, Saakashvili, é o visado da onda de contestação ao seu mandato presidencial, que falhou rotundamente.
Nem mesmo a guerra com a Rússia, que espoletou no Verão passado, lhe serve de argumento, dado o estado do país e a sua despótica e populista governação serem contribuintes para a degradação deste Estado do Cáucaso.

O acentuar da derrocada de Fidel

Obama põe fim às restrições de viagens e ao envio de dinheiro para Cuba

Depois de décadas a alimentar o embargo, grande sustento das teses e posições de Fidel contra os EUA, Obama dá mais um passo no sentido de derrubar o sistema económico e social cubano, com o fim das restrições norte-americanas.
A Cimeira das Américas, dentro de dias, em Trinidad e Tobago, será um momento de interesse, em especial pelo possível encontro entre Obama e Raúl. Este confronta-se, cada vez mais, com o seu papel na história de Cuba: será o homem da transição ou o último líder comunista da ilha?

domingo, 12 de abril de 2009

O regresso de W.

l'appuntamento più atteso è la cena della prossima settimana, che vedrà tutta o quasi la sua vecchia squadra della West Wing convergere a Dallas per discutere con l'ex boss il futuro del George Bush Policy Institute, il centro di studi che veglierà sulla sua eredità politica. Ci sarà Condoleezza Rice, tornata agli studi di Stanford e all'antica passione per i Led Zeppelin. Ci saranno gli ex consiglieri Dan Bartlett e Karen Hughes, fedelissima dai tempi in cui era governatore del Texas. Verrà l'ex «speechwriter» Michael Gerson, ora editorialista del Washington Post. Ci andrà Karl Rove, il «boy genius» che fu l'architetto delle vittorie elettorali e ora, su Fox News e sul Wall Street Journal, guida la battaglia conservatrice contro l'Amministrazione democratica.

Enquanto os Republicanos começam a construir um caminho alternativo ao de Obama, W. começa a preparar-se para modelar a sua história como Presidente dos EUA. Onde Obama falhar, lá surgirão os 'wzinhos' a argumentar que o mandato anterior foi cheio de virtudes e méritos.

Novas ameaças da ETA

ETA señala al Gobierno socialista de Patxi López como 'objetivo prioritario'

Patxi López ainda não tomou posse como lehendakari e a ETA já ameaça o próximo líder do Governo de Vitória.
Uma das áreas que merecerá atenção ao longo dos próximos anos, da governação socialista basca, em acordo com o PP, será a forma de posicionamento do Governo basco frente à ETA.

Bouteflika supera espectativas

A vitória era certa e o principal adversário era a abstenção: o chefe de Estado argelino, Abdelaziz Bouteflika, de 72 anos, foi reeleito para um terceiro mandato com 90,24 por cento dos votos na eleição de quinta-feira, anunciou hoje o ministro do Interior, Yazid Zerhouni. E a abstenção, segundo os números oficiais, foi bem menor do que se temia, com 74,54 dos mais de 20 milhões de eleitores a irem às urnas.

A vitória esmagadora sob forma de plebiscito de Bouteflika, eleito após ter feito alterar a Constituição para pôr fim ao limite de mandatos presidenciais, não teve nada de surpreendente. Supresas houve com a elevada participação: em 2004 tinham votado 58,07 por cento dos eleitores, desta vez votaram perto de 75 por cento.

O referendo presidencial de quinta-feira correu extremamente bem a Bouteflika. A maioria dos argelinos apoia a sua governação. Como os resultados demonstram.
Resta saber se o Presidente argelino continuará com frescura e força para dar reptos aos desafios que o país enfrenta, tanto em termos económicos como de segurança. E que dizem tanto respeito aos argelinos, em primeiro lugar, como aos europeus. Dada a proximidade cada vez maior entre as duas margens do Mediterrâneo.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Mais um exemplo de ultra democracia

A democracia avançada, como o PCP considera a Coreia do Norte, deu, hoje, mais um grande passo na consolidação do regime de Liberdades e Garantias, assente nos Direitos Humanos, com a reeleição do grande timoneiro.

Eleição presidencial argelina

Abdelaziz Boteflika cumpre hoje um referendo ao seu mandato e os argelinos dirão nas urnas que querem que e o seu Presidente continue em exercício de funções.

Mudada a Constituição, que limitava a função presidencial a dois madantos, Bouteflika recebe, hoje, o apoio para um terceiro mandato. Porém, os reptos são maiores do que o seu interesse pessoal no cargo, pois a sua idade avançada e, sobretudo, a sua frágil saúde, representam um problema em termos de sucessão, que mais ano menos ano terá de acontecer.

O petróleo pode ajudar muito o Estado argelino, mas a segurança é uma área delicada e que ameaça argelinos e europeus. Infelizmente, a eleição de hoje não nos dá grandes respostas neste ponto. Sabemos que o combate ao ramo da Al-Qaeda continuará, mas quanto ao garantir um futuro estável neste grande país do Magreb, a interrogação da era pos-Bouteflika continua.

A queda iminente de Saakashvili

The opposition in Georgia is launching mass protests in an attempt to oust President Mikheil Saakashvili.

Resta saber quando o actual Presidente georgiano perderá o poder.

O primeiro passo para o fim do Governo socialista?

Zapatero y los nuevos ministros, que ya han tomado posesión de sus cargos, solicitan comparecer lo antes posible en el Congreso de los Diputados

Esta remodelação governamental de Zapatero bem pode ser o princípio do fim do Governo do PSOE.
Quando se falava em mudar a equipa, restava saber as áreas, mas de longe a que menos se esperaria era a das Finanças/Economia, a cargo do experiente e respeitado Pedro Solbes. Até por ser a área de que se espera melhores respostas na actualidade, no sentido de combater a crise e evitar a previsão, cada vez mais próxima de se concretizar, de uma taxa de desemprego na ordem dos 20%.
Ao sair Solbes, alegando razões de desgaste dada a crise, para refrescar e consolidar o Governo, seria desejável alguém de fora do actual Governo e com peso, se não político pelo menos técnico, nas áreas. Joaquín Almunia, actual Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, seria uma boa e forte resposta. Nada disso se verificou. Zapatero convidou Elena Salgado, até à data Ministra da Administração Pública.
Depois, nas outras mudanças, não é menos relevante a chamada do peso pesado andaluz, Manuel Chavez, Presidente da Andaluzia, e do todo poderoso da máquina socialista espanhola, José Blanco.
As europeias serão o primeiro grande teste de Zapatero e das suas políticas, nas quais a direita surge forte, no seguimento do bom resultado das autonómicas, em especial pela reconquista da liderança da Xunta da Galiza.
O PP de Rajoy, apesar dos escândalos de que se tem visto envolvido, por causa de casos com elementos do PP de Madrid e Valência, pode alcançar uma vitória em 7 de Junho.
Com escolhas feitas no âmbito de um núcleo muito restrito, quer do Governo quer do partido, Zapatero parece demonstrar pouca capacidade de atrair melhores e inovados valores ao Governo.

A histórica condenação de Fujimori

O escritor peruano Mario Vargas Llosa disse nesta quarta-feira que a sentença de 25 anos de prisão contra o ex-presidente Alberto Fujimori é uma vacina contra os aspirantes a ditadores, atuais e futuros, e chamou a América Latina a comemorar.

É uma decisão histórica na América Latina, o julgamento e condenação de um antigo Chefe de Estado. Apesar do mundo ter depositado mais atenções no caso de Pinochet, o de Fujimori não era menos grave.
Veremos se esta condenção é um marco e exemplo para a América Latina, como diz o escritor e candidato derrotado por Alberto Fujimori, Mario Vargas Llosa.
Em termos internos, do Peru, veremos o que fará e acontecerá a Keiko Fujimori, a filha do agora condenado, e candidata presidencial em 2011.

domingo, 5 de abril de 2009

Aquece a luta entre tucanos na corrida ao Planalto

Houve uma nítida mudança de tom na disputa entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, pela disputa da candidatura presidencial do PSDB em 2010. Nas últimas semanas, ações discretas de bastidor foram feitas no sentido de tentar realizar um acordo entre Serra e Aécio.

Serra autorizou emissários a dizer a Aécio mais ou menos o seguinte. Ambos desejam ser presidente. Ambos precisam um do outro para chegar lá. Aos 68 anos na época da eleição, Serra disse que seria sua última tentativa de conquistar o Palácio do Planalto. Afirmou que, se tiver o apoio de Aécio e vencer, vai se empenhar para acabar com a reeleição. Cumpriria quatro anos e apoiaria o Aécio com força em 2014.

Os relatos sobre a reação do governador mineiro são diferentes. Mas todos têm em comum o seguinte: Aécio reduziu o ímpeto para transformar a disputa numa guerra fratricida. Para alguns tucanos, ele ainda tentará se viabilizar como candidato em 2010. Para outros, ficou sensibilizado com a mensagem de Serra e poderia compor.

Aécio disse na sexta-feira que as primárias são inevitáveis no PSDB, para definir quem vai defrontar nas urnas Dilma Roussef, a escolha de Lula para lhe suceder.

Com as notícias hoje publicadas, de que José Serra, por intermédio de Fernando Henrique Cardoso, procura um entendimento com o Governador de Minas Gerais, dá a entender que Aécio pode ter a candidatura assegurada em 2014, o que significa que Serra só pensa no cumprimento de um mandato, se ganhar.

Do lado de Serra teme-se que a disputa interna desgaste o PSDB e favoreça Roussef. Entendimento que Aécio não deve partilhar, pois isso significaria o fim dos seus sonhos, de suceder a Lula.

Quem parece, no entanto, entusiasmado com as primárias é Geraldo Alckmin, o candidato derrotado por Lula em 2006, e recentemente derrotado na corrida à Câmara de São Paulo. E não é para menos. Uma disputa fratricida, entre Serra e Aécio, tornaria Alckmin um nome forte no seio do PSDB.

(Publicado no Câmara de Comuns)

A adesão turca à UE

Obama et Sarkzoy s'opposent sur l'entrée de la Turquie dans l'UE

Não deve ser Obama a opor-se a Sarkozy, quanto à adesão da Turquia à UE, mas sim a maioria dos líderes europeus, que não devem partilhar da leitura errada e prejudicial do Chefe de Estado gaulês, tanto para a União como para a Turquia, da sua exclusão.

Um combate que começa a dar os seus frutos

En lo que va de esta administración, la Policía Federal ha detenido a 308 integrantes de la estructura de mando de los cárteles, revela un documento de la Secretaría de Seguridad Pública federal, que señala que 20 de ellos “destacan por su nivel de mando y peligrosidad”.

Otro nombre que se suma es Vicente Carrillo Leyva, un jefe operativo y financiero del cártel de Juárez, aprehendido el 1 de abril. Ambos, asegurados en el DF, donde residían.

A luta contra os cartéis de droga, que o Presidente mexicano, Felipe Calderón, espoletou, começa a dar os seus frutos.
A detenção de um dos grandes narcotraficantes do país, Vicente Carrillo Leyva, há poucos dias, é mais uma prova de que o combate do Estado está a dar os seus frutos.

Por que prenderam Raúl Isaías Baduel?

General Raúl Isaías Baduel permanecerá detenido en Ramo Verde
Su abogado, Omar Mora Tosta, calificó de ilegal e ilícito la solicitud de aprehender al ex ministro de la Defensa. Destacó que Baduel ha cumplido con la justicia en el caso que se le sigue por supuestas irregularidades administrativas durante su gestión


O que assusta Chávez, para deter o seu ex-Ministro da Defesa e hoje um dos maiores críticos?
A detenção de Baduel parece ter mais contornos políticos que jurídicos.

O onirismo de Obama

Obama defende mundo sem armas nucleares

Destas primeiras semanas de Obama, há muito trabalho que esta Administração está a fazer. E na globalidade, está a fazer bem. Porém, em termos de política externa, Obama comete um erro grave: estender o tapete vermelho às autoridades de Teerão. Como as relações internacionais demonstram, o realismo deve ser mais predominante que o onirismo. E se Teerão com todas as pressões que recebeu nos últimos anos conseguiu que não travassem o processo nuclear, a oportunidade para fazer avançar este programa aumenta com o afrouxar de posição da Comunidade Internacional.
Por outro lado, e apesar de não cumprir, e bem, o que prometeu na campanha, de retirar, quanto antes, os militares do Iraque, Obama está, também aqui, a abrir a porta ao Irão para dominar o Iraque, o que representa, a médio prazo, uma grande ameaça para a região. Riade, por exemplo, que o diga.
Agora, em Praga, Obama declara um “mundo sem armas nucleares”. O Presidente norte-americano diz que tal pode não acontecer na sua vida. O que é mais do que uma certeza. Todavia, Obama devia deixar de iludir as pessoas, pois num momento em que a ambição pelo poderio nuclear aumenta, além do Irão, o que se está a passar no Paquistão é deveras preocupante; a Rússia jamais abdicará de um dos pilares que lhe dá posição e força no globo, entre outros Estados, como a Índia, até pela mais ou menos presente ameaça paquistanesa, não vão abdicar do seu arsenal nuclear. E anda o Presidente dos EUA a dizer aos quatro ventos que quer um mundo sem armas nucleares. Com todos os defeitos que os EUA têm, e não são poucos, os EUA continuam a ser o garante da segurança mundial. E Obama não pode esquecer que o seu país tem esta missão, que até ao momento, tem garantido a nossa segurança global.
Será que o que se passou, há poucas horas, com a Coreia do Norte, não é mais uma demonstração das palavras erradas de Obama?

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 4 de abril de 2009

Rasmussen assume liderança da NATO

Conforme se referiu, aqui há umas semanas, o Primeiro-Ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, vai ser o próximo Secretário-Geral da NATO.

Se em termos internos dinamarqueses importa verificar se a direita resiste, no Governo, à saída do homem que derrotou a forte esquerda dinamarquesa, Rasmussen terá pela frente desafios bastante complexos na NATO. Desde a reestruturação interna, com a reformulação e adaptação da política da Organização no século XXI, às relações com a Rússia, sem esquecer a espinhosa missão no Afeganistão.

O governante dinamarquês assume os comandos da NATO em Julho e um mês depois, em Agosto, terá o seu primeiro e árduo teste, com as eleições afegãs. Veremos como se sai, um dos políticos europeus mais experientes e creditados pelos seus pares.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Esperar para ver

O novo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciou hoje as suas funções à frente de um Governo de direita, enquanto o presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmoud Abbas, o acusava de "não acreditar na paz".

"Vamos começar a trabalhar o mais depressa possível, porque temos uma pesada missão a cumprir", declarou Netanyahu ao assumir funções, perante o Presidente do Estado de Israel, Shimon Peres, na cidade de Jerusalém.


Veremos no que dará este novo Executivo de Netanyahu, que junta trabalhistas e elementos da extrema-direita.
Especial curiosidade para o desempenho de Avgidor Lieberman, o novo titular dos Negócios Estrangeiros.
Expectativas? Poucas, para não dizer nenhumas, pois, de duas uma, ou a maioria dos membros do Governo se confrontará entre si, por causa do que cada um defende (e não vejo Ehud Barak a pensar o mesmo que Lieberman) ou o Governo é composto, globalmente, por pessoas que dizem uma coisa e fazem outra.

terça-feira, 31 de março de 2009

A diferença e os resultados das políticas

La crisis tendrá un impacto diferente en cada país. Entre los analistas reunidos en Medellín hay consenso en que países que han hecho los deberes durante los años de vacas gordas creando fondos de reservas, como el caso de Chile u otros como Perú, que mantendrá altas tasas de crecimiento, Brasil o Colombia se salvarán de la quema, pero otros sufrirán. Un alto cargo del BID, que exige el anonimato, señala a Ecuador "por su falta de reservas y dependencia del petróleo", Venezuela y Argentina como los más vulnerables.

Nem os petrodolares, acumulados nos últimos meses, com o elevado preço do petróleo, parecem suficientes para a economia Venezuelana escapar a um declínio acentuado.
Do encontro realizado na Colômbia, em que se analisou o estado das economias sul americanas para lidar com a crise, fica evidente que os Estados onde o populismo domina, como a Venezuela e o Equador, as preocupações com a situação actual são muitas, ao contrário de outros, como o Brasil ou o Chile, que apostaram no rigor.

As dificuldades do exercício do poder

El Gobierno inexperto de Fernando Lugo se ve impotente para aplicar las reformas contra el hambre y la corrupción al ritmo que demanda el pueblo

Este artigo do El País, sobre a realidade política e social do Paraguai, merece uma leitura atenta, que deixa o espanto, desde o começo até ao fim, que não resisto a referir, para se perceber o paradoxo deste país sul americano, que há pouco tempo elegeu um antigo bispo como Presidente da República:

"Es cierto que tenemos que darnos prisa", reconoce el ministro del Interior, Rafael Fillizzola, un profesor de Derecho político de 41 años, que se ha hecho cargo de una de las carteras más complicadas. Fillizzola comparte la idea de que la clave del futuro está en la capacidad del Gobierno para hacer frente a la pobreza y la inseguridad. "La población va a notar pronto que disminuye la pobreza y que el Estado le protege". Pero Fillizzola no es ingenuo: ha hecho 338 cambios en la Policía Nacional y aun así sabe que está agujereada por la corrupción. "Yo era diputado y sabía cómo eran las cosas pero cuando llegué aquí, me quedé asombrado. Con el dinero que ha desaparecido los policías no solo tendrían coches patrullas, que no tienen, sino helicópteros". Todavía tiene tiempo para reírse un poco. En Ciudad del Este, en la triple frontera, con más de 60 nacionalidades y fama de ser un fabuloso bazar de contrabando y tráfico de armas, "vinieron un día a protestarme por la corrupción de unos policías. Quienes protestaban eran contrabandistas de coches robados... Así están las cosas por aquí".

Depois dos africanos, a vez do apoio árabe Al-Bashir

A 21ª cimeira árabe, que terminou hoje em Doha, rejeitou o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente sudanês, Omar el-Bechir, segundo a Declaração final lida pelo secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.

"Sublinhamos a nossa solidariedade com o Sudão e a nossa rejeição das decisões do TPI contra o presidente Bechir (...) e apoiamos a unidade do Sudão", afirma o texto.

"Rejeitamos as medidas que ameaçam os esforços para a paz", prossegue a Declaração.

O presidente Bechir usou depois da palavra para agradecer ao Qatar esta cimeira "frutuosa".

Dirigindo-se aos seus pares, saudou "o seu apoio ao Sudão e a recusa das decisões injustas" do TPI.

"Prometo-vos tudo fazer (...) para conseguir a estabilidade e a paz em todo o território sudanês", acrescentou.

O TPI emitiu a 04 de Março um mandado de detenção contra Bechir por crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Darfur, uma região do Sudão a braços com uma guerra civil desde 2003.


Al-Bashir tem todas as razões para sorrir e considerar "frutuosa" a Cimeira árabe. Depois dos líderes africanos mostrarem repúdio pela decisão do TPI, a Liga Árabe seguiu as passadas, na defesa do Presidente do Sudão, que continua rei e senhor de um país com uma catásfrofe humana no Darfur.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Erdogan continua de pedra e cal

El islamista AKP gana las elecciones locales en Turquía pero pierde apoyo popular

Esta notícia dá quase a entender que o AKP, do Primeiro-Ministro turco, é o grande perdedor das eleições autárquicas e provinciais de ontem. Porém, obter cerca de 40% dos votos é um grande resultado. Não é tão bom como o das legislativas de há ano e meio, quando Erdogan teve mais de 46% dos votos. É certo. Mas nessa altura tudo jogava a favor do AKP: a pretensão de derrubar o partido e que indignou as pessoas teve a sua tradução nas urnas, de um apoio ainda mais significativo ao AKP.
Hoje, a realidade é distinta. A crise também se faz sentir na Turquia e o exercício do poder, que desgasta sempre quem o exerce, são factores que contribuem para menos entusiasmo. No entanto, o AKP continua a merecer a confiança da maior parte das pessoas.

Boas propostas

A Cimeira Progressista, que juntou no Chile vários dirigentes da esquerda democrática mundial, apresentou as suas conclusões.

O combate às políticas proteccionistas, um entendimento na OMC e a aposta nas políticas verdes, promovendo as energias renováveis, são boas propostas, que se esperam ver referidas e assumidas na Cimeira do G 20, na próxima quinta-feira, em Londres.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Os ventos de Budapeste chegaram a Praga

Uma moção de censura contra o Governo checo, país que dirige este semestre a União Europeia, foi aprovada esta tarde pelo Parlamento de Praga e o primeiro-ministro Mirek Topolanek anunciou que vai renunciar ao cargo.

Depois de no sábado o Primeiro-Ministro húngaro, Ferenc Gyurcsany, apresentar a demissão, foi a vez do homólogo checo, com o empurrão do Parlamento, tombar.
Se a realidade (económica) magiar é mais complicada do que a checa, a queda dos Governos, antes de tempo, é mais um problema que agrava a situação dos dois países.

Já era tempo de Washington ajudar as autoridades mexicanas

Os Estados Unidos anunciaram um novo plano para lutar contra o tráfico de droga, armas e dinheiro proveniente do México e organizado por poderosos cartéis do narcotráfico, envolvidos numa disputa pelo poder a sul da sua fronteira.

Hoje a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton inicia uma viagem ao México, e este tema deve estar no topo da sua agenda. Daí o timing para a apresentação do plano, com medidas no valor de 184 milhões de dólares, que se somam aos 700 milhões já atribuídos pelo Congresso dos EUA para ajudar o México a lutar contra o narcotráfico.


Já aqui se referira, há uns meses, a importância dos EUA se envolverem no combate aos carteis de droga mexicanos. Até que enfim, de Washington, chega a resposta positiva.

terça-feira, 24 de março de 2009

Por que é importante terminar com o proteccionismo

Estas questões da Veja, a propósito da Ronda (rodada na versão de Vera Cruz) de Doha, são bastante evidentes, das quais destaco esta:

Qual é a importância da rodada para o comércio mundial?
Caso o acordo multilateral seja um dia firmado, os países ricos passarão a ter maior acesso às economias em ascensão, como a Índia. Já os países em desenvolvimento deixarão de enfrentar a concorrência desleal dos produtos agrícolas altamente protegidos das nações industrializadas. Um bom exemplo da importância de um acordo, sobretudo na área agrícola, é uma estimativa do Banco Mundial de que 140 milhões de pessoas poderiam sair da linha da pobreza até 2015 se os 152 membros da OMC concordassem em acabar com os subsídios e com todas as barreiras no setor.

Mudanças que não existem

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chamou o presidente Barack Obama, de «pobre ignorante», ao rejeitar as declarações nas quais, segundo ele, o americano o teria acusado de exportar terrorismo e de ser um obstáculo para o desenvolvimento da América Latina.

Há quem espere, e deseje, muitas mudanças nos EUA, mas do mesmo modo "change" é algo que não se pode esperar de Caracas, enquanto o populismo reinar a Venezuela.
Por outro lado, será merecedor de atenção a governação de Chávez a partir de agora, quanto os petrodolares começam a diminuir.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Postura sensata

United States President Barack Obama said on Thursday he was extending sanctions against Iran for one year, because it continued to pose an "unusual and extraordinary threat" to U.S. national security.

Felizmente Obama já percebeu que o Irão é uma ameaça real e perigosa.

Merkel de pedra e cal a caminho da reeleição




Sem qualquer mudança significativa, a CDU sobe um ponto e o SPD desce outro, a eleição legislativa alemã, de 27 de Setembro próximo deverá dar uma vitória folgada a Angela Merkel e aos democratas-cristãos, que já devem estar a preparar uma futura coligação, desta feita com os liberais do FDP.
Dificilmente Steinmeir, líder dos sociais-democratas e actual Ministro dos Negócios Estrangeiros, conseguirá inverter a actual tendência de vitória da CDU.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O mundo continua a girar

Uns dias sem blogar e muito mudou entretanto. Aqui ao lado, em Espanha, os populares voltaram ao poder na Galiza, como se aqui se suspeitou, e os socialistas estão à beira de governar, pela primeira vez, o País Basco, como aqui se referiu.
Na Áustria, a extrema-dereita de Haider sobreviveu ao seu recente desaparecimento e o BOZ, no primeiro e decisivo teste, já sem Haider, ganhou a eleição do land da Caríntia. Uma vez mais com as velhas bandeiras: contra a UE e contra a imigração.
Na Irlanda do Norte regressou o terror dos bandos marginais do IRA, com a tentativa de travar o processo de Paz. Felizmente, Governo britânico e irlandês, assim como o Sinn Fein condenaram as mortes do último domingo.
Mudanças podem ocorrer em breve na Dinamarca, com a forte possibilidade do actual Primeiro-Ministro, Anders Fogh Rasmussen, ser indicado para o lugar de Secretário-Geral da NATO.
Em África, e na sequência da previsível ordem de detenção do Presidente do Sudão, por parte do Tribunal Criminal Internacional, o continente foi quase unânime na recusa da decisão do Tribunal de Haia.
Onde as surpresas infelizmente não abundam é no Zimbabué, onde Mugabe, rei e senhor de um país esgotado e doente, vê o seu Primeiro-Ministro, Tsvangirai, ser alvo de um acidente (?) de carro, do qual ficou ferido e resultou na morte da sua mulher. Não sem antes, numa terra onde a fome prospera, o déspota de Harare comemorar o seu aniversário com um bolo de 85 quilos. Não há fome que dê fartura!
Na Guiné-Bissau, enterrados os assassinatos, a incerteza e a fragilidade do país continuam a perpetuar-se, sem qualquer sinal de saída para o estado calamitoso em que se encontra.
Das Américas vêm as melhores notícias, pois da Ásia, verifica-se um Presidente paquistanês sem mão no país (e a morte de uma equipa de cricket do Sri Lanka em solo paquistanês) apenas é mais um comprovativo de um Estado sem liderança reconhecida e respeitada e no qual o terror continua sem freio.
Na China, o Tibete volta a estar debaixo de atenções, com o Dalai Lama, no exílio, a trocar galhardetes com as autoridades de Pequim, donas da região que não querem autonomizar.
Não menos preocupante são os fechos de site de apoio à candidatura presidencial de Khatami no Irão.
Mas, como se referiu, das Américas vêm boas notícias. A começar nos EUA, com boas medidas de Obama, quer no retomar do financiamento público da investigação das células estaminais quer na profunda reforma na Educação, com o premiar dos docentes competentes e penalizar os medíocres. Também dos Estados Unidos vêm boas notícias nas relações com Cuba, com os primeiros sinais de flexibilização. E, de Havana, a resposta não se fez esperar. Dois dos mais importantes ministros da era Fidel saíram pela mão de Raúl. E em Abril pode haver sinais de encontro público entre responsáveis norte-americanos e cubanos. Veremos.
O que não acontece numa semana... e com tantos posts que ficaram por pingar!

terça-feira, 3 de março de 2009

À espera de Godot

Judges in The Hague will decide on Wednesday if they will order al-Bashir to be detained to face allegations of war crimes in Sudan's western Darfur region.

Se a lógica, que em política internacional tem muito de irracional, bater certo, já se sabe o que dirá amanhã Haia.
Sendo previsível a decisão do Tribunal Criminal Internacional, de ordenar a detenção de deter o Presidente do Sudão, ver-se-á qual a resposta de Cartum. Mas essa também já se vislumbra, a de não cumprir a decisão. E, depois, quem prende Bashir? Talvez Godot!

O rumo de Washington para o Médio Oriente

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira que vai pressionar pela criação de um Estado palestino, medida que pode afetar seriamente as relações entre Washington e o governo do primeiro-ministro indicado de Israel, Binyamin Netanyahu, do conservador Likud. Israel é o principal aliado dos EUA na região.

Esta Administração norte-americana está a assumir um papel empenhado na resolução do conflito do Médio Oriente, não caindo na velha tentação de adiar para amanhã o processo que deve ser começado agora.
Hillary Clinton disse, sem papas na língua, qual a posição de Washington. Esperemos que da parte do próximo Governo israelita haja a mesma vontade de encontrar saídas estáveis para todos.

Mais um bom negócio para a Rússia e mau para a UE

El presidente del Gobierno, José Luis Rodríguez Zapatero, ha dicho que el acuerdo de cooperación con Rusia en materia energética supone una mayor seguridad para el abastecimiento de España y garantiza un mejor acceso de las empresas españolas a las reservas rusas. En este marco Gazprom suministrará gas a España tras alcanzar un acuerdo con Gas Natural

Com os entendimentos e negócios Estado a Estado, a Rússia vai deixando a UE, no seu todo, cada vez mais refém dos interesses de Moscovo.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Mais uma boa postura de Washington

Dois altos responsáveis da Administração norte-americana vão deslocar-se a Damasco para "conversações preliminares" com o regime sírio, anunciou hoje a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Washington sabe que para alcançar-se a estabilidade no Médio Oriente não se pode prescindir da Síria. O envio de dois elementos norte-americanos a Damasco é um bom passo dado para se encontrarem as pontes de convergência necessárias para encontrar uma base sólida que possa relançar o processo de paz regional.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um paıs europeu

Uma andorınha não faz a Prımavera. Porém, uma cıdade que acolhe 15 dos 80 mılhões de habıtantes da Turquıa, como Istambul, é um bom testemunho deste paıs: uma terra aberta ´a tolerancıa, respeıto e com um povo hospıtaleıro e humılde.
Quem andar por esta cıdade, que também é um dos berços da nossa cıvılızação ocıdental - e a Hagıa Sophıa é o melhor exemplo dısso, convém não esquecer -, compreende, de modo ınequıvoco, como a sua ıntegração no espaço comunıtárıo é vıável e, acrescento, desejável.
Naturalmente que há pontos aında a ter em conta, como por exemplo os dıreıtos humanos, que progredıram bastante desde que as conversações com Bruxelas teem sıdo empreendıdas, as agrícolas e as comercıaıs.
A adesão não pode, e jamaıs deve ser feıta, sem qualquer preparação de ambas as partes (UE e Turquıa), mas serıa convenıente, e decente por parte da UE, abrır uma perspectıva temporal ao Governo de Ancara, para se consumar esta adesão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O voto dos emigrantes (galegos)

“Ayuda secreta de la Casa Rosada al triunfo de los socialistas en Galicia“, tituló en el 2005 el diario Clarín. La colaboración no fue tan secreta porque se supo que los Kirchner ayudaron a Zapatero y Blanco a montar una red de 1.200 agentes electorales y les dieron “información” esencial de Correo Argentino. Pese a las supuestas tiranteces recientes entre la Casa Rosada y la Moncloa, la ayuda va a repetirse, aunque esta vez va a ser más discreta. Por eso, en su última gira porteña Touriño no buscó la foto con Cristina Fernández. En el PP están convencidos de que con Menem en el poder, Fraga no habría perdido la mayoría absoluta en el 2005.
Con Blanco a la cabeza, el PSOE bramó desde la oposición contra las maniobras del PP en la emigración y denunció que el sistema permitía el fraude. En el poder, olvidó la prometida reforma de la legislación para implantar el voto en urna y creó una potente maquinaria a fin de aprovechar lo que antes criticaba. El PP, que rechazó todas las propuestas para introducir transparencia, es ahora el paladín de la limpieza, después de haber estado esperando a ver si recuperaba el poder en Madrid para utilizar la emigración como palanca. Y el BNG, que siempre denunció los fraudes, se durmió en la moqueta, dejando pasar los primeros años de la legislatura gallega sin obligar al PSOE a cumplir sus compromisos.
Votarán los muertos y resurgirán las críticas a los emigrantes. Lo único bueno es que esta vez resulta difícil que su sufragio influya en el desenlace final.


Por cá discutiu-se há poucos dias se os emigrantes deviam votar por correspondência ou presencialmente. Sendo certo que presencialmente será difícil para muitos manifestar a sua opção, dado não haver embaixadas ou postos consolares em todos os locais onde há emigrantes, o envio do voto continua a vigorar, e com sentido.
Aqui ao lado, em Espanha, os votos dos emigrantes também merecem o envio por carta. Não fosse a eleição regional de há quatro anos, em que o histórico Fraga Iribarne perdeu as regionais galegas, por causa do voto dos imigrantes, e ainda hoje o assunto seria pouco relevante. Como tudo está em aberto, tanto os socialistas podem perder a renovação do poder em coligação com os nacionalistas galegos - e as notícias dão uma campanha de Touriño com pouca mobilização, como os populares podem ver goradas as expectativas de reconquistar o poder - Feijóo parece estar imune aos escândalos que abalam o PP nacional, de Madrid e Valência, os votos dos emigrantes podem ser, novamente, decisivos.
Na noite do primeiro dia de Março veremos e o episódio de há quatro anos se repete, sendo bastante provável que os socialistas ganhem com os votos vindos do exterior, como o texto de Anxo Lugilde explica.
Maroscas não faltam nesta situação, com responsabilidade de todos, mas mais, naturalmente, de quem exerce o poder, que se reconforta com a situação, dada ser-lhe favorável.

Nacionalistas bascos podem perder o poder

La batalla de las encuestas es bien silenciosa pero ya se sabe que los partidos las manejan no sólo para tener un diagnóstico de la realidad sino también como un arma psicológica de primer orden. Los socialistas disponen de trabajos que muestran que las posiciones están muy igualadas. En su último sondeo del pasado viernes, con una participación del 65% y un 14% de indecisos, el PNV y el PSE obtendrían respectivamente entre 27 y 28 escaños, mientras el PP alcanzaría 11; EB, tres; Aralar, tres; EA, dos o tres, y UPyD, uno. Todo sigue pues muy abierto.

PNV e PSE encomendaram sondagens e ambas não coincidem, mas os resultados que apresentam não se afastam muito um do outro. Isto quer dizer, mesmo num cenário menos favorável para os socialistas, isto é, tendo em conta a sondagem dos nacionalistas bascos, o PNV obteria poucos mais apoios do que o PSE. Isto significa que Patxi López deverá obter o melhor resultado de sempre dos socialistas no País Basco. Ganhe ou não a eleição. E, aqui reside o interesse nesta eleição autonómica, que pode significar o fim do poder dos nacionalistas no Governo de Vitória. Seria, com certeza, um marco histórico para a recente democracia espanhola. E poderia determinar um novo futuro para a região e para o país.
De seguir, também, a postura da ETA, agora que viu as suas formações políticas sem possibilidade de participar.

Obama confirma "investimento" no Afeganistão

Barack Obama, the US president, has approved the deployment of an extra 17,000 troops for Afghanistan, the White House has confirmed.

Mais tropas norte-americanas para o Afeganistão significa que, mais dia menos dia, virá um pedido de ajuda de Washington para que a Europa também assuma a sua quota de responsabilidade. Aí se verá o encanto europeu para com esta nova Administração.

Berlusconi alcança mais uma vitória

Veltroni demite-se após derrota na Sardenha

A esquerda italiana desmorona-se num momento em que devia surgir mais forte. Veltroni, não obstante a derrota nas legislativas no ano passado, prometia muito e acaba por sair pela porta pequena. Berlusconi continua a agradecer a amabilidade da esquerda transalpina.

Aécio a seguir os passos de Obama

ISTOÉ - O sr. é candidato à Presidência da República?
Aécio Neves - Só posso ser candidato a presidente se o partido me indicar candidato. Mas estou disposto a disputar as prévias e discutir com as bases do partido um projeto novo para o Brasil.


se hoje Aécio não tem a preferência da cúpula, todos os tucanos sabem que sem ele o PSDB não ganha a eleição. É por isso que a disputa interna está recheada de declarações diplomáticas em público, enquanto ferve nos bastidores. Os serristas voltaram a defender a tese da "fila", segundo a qual a direção do partido decidiria que este seria o momento de Serra, enquanto Aécio teria de aguardar a vez.

Está lançada a candidatura do Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, nas primárias do PSDB para concorrer como o candidato tucano no próximo ano à presidência do Brasil. José Serra, Governador de São Paulo, tem a vantagem de ter a máquina do partido com a sua candidatura. Mas, no Brasil, tal como nos EUA, a máquina partidária não é centralizada, e como Obama demonstrou no ano passado, a vitória pode acontecer. Tudo depende da tendência de cada Estado. E, neste momento, está tudo em aberto.

(Publicado no Câmara de Comuns)

As FARC continuam a matar

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, prometeu na terça-feira endurecer a luta contra o terrorismo, depois de a guerrilha Farc anunciar que matou oito índios colombianos como punição por terem passado informações ao Exército.

Procurando demonstrar alguma abertura, para entendimentos com o Governo colombiano, com a libertação de prisioneiros, as FARC não deixam, no entanto, de prosseguir com o terror na Colômbia.

Óbvio

Daniel Kurtzer, the former U.S. ambassador to Israel, said on Tuesday that a government led by Benjamin Netanyahu that also included Yisrael Beiteinu chairman Avigdor Lieberman would be a "bad combination for American interests."
"It would be much more difficult for the right-wing even with determined American leadership to advance the peace process," Kurtzer said. "Not impossible, but very difficult."


Ainda dizem que o mundo não gira ao contrário!

Segundo a sondagem ontem divulgada pela La Voz de Galicia, PSG e BNG podem reeditar nova coligação governativa.
Falta semana e meia para a eleição e a indecisão ainda paira no ar. A ter em conta pela campanha que cada formação está a realizar. Não é por acaso que Zapatero, que já se deslocou duas vezes à Galiza, ainda está a procurar espaço na agenda para uma terceira visita.

Começa a campanha presidencial iraniana


Reformador é a principal ameaça à reeleição de Ahmadinejad
Jornal conservador iraniano avisa que Khatami corre risco de ser assassinado


Parece valer tudo para os radicais intimidarem o candidato presidencial reformador iraniano. Veremos o que isto dá.
Só pela ameaça, a candidatura de Khatami já está a valer a pena. Sinal de bastante nervosismo nas hostes de Ahmadinejad.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Retrocesso democrático na Venezuela

Gana el SI con 54,36% frente a 45,63% del NO

Com a vitória do "sim" no referendo de ontem, que permite a Chávez eternizar-se no poder, a Venezuela dá um significativo passo atrás, em termos democráticos, e avança sem freios para a consolidação de um Estado autocrático.
10 anos de poder não chegaram a quem tanto prejudicou um dos países mais ricos do mundo.
Cerca de dois séculos depois, a Venezuela precisa de um novo Bolívar que a liberte da tirania do populismo que a afecta, corrompe e afunda na pobreza.

(Publicado no Câmara de Comuns)