segunda-feira, 31 de março de 2008

Sim ao acordo ortográfico


Não sou leitor assíduo da revista Atlântico, mas o tema em destaque no mês que agora finda, muito em voga e debate na nossa sociedade, do acordo ortográfico, captou a minha atenção, que foi ainda mais estimulada por uma capa apelativa.
Confesso que, a priori, me faz alguma confusão o acordo, devido a anos de utilização de uma escrita que a breve prazo perde o seu sentido, dado o quadro global em que vivemos. Mas ao ler o artigo de Salles Villar, na Atlântico de Março, rendo-me, em termos racionais, à importância do novo acordo ortográfico, por causa da lusofonia.
A língua, como se sabe, é dinâmica, não é estanque.
Este acordo representará uma grande oportunidade e impulso para a Lusofonia, como o autor do escrito tão bem demonstra, quando apresenta e de certo modo compara com os exemplos inglês, francês, espanhol e árabe.
O acordo não coloca em causa a fonética, nem é esse o objectivo. Cada país lusófono continuará com a sua própria especificidade, que é, já de si, muito rica em cada Estado. O novo acordo vem, isso sim, regular uma realidade escrita que presentemente tende a afastar as margens do Atlântico norte com as do Atlântico sul e que não mais pode continuar separada.
A nova realidade não pode ser encarada como uma perda de ninguém, mas um ganho de todos os lusofalantes.
O novo acordo, ainda que me incomode emocionalmente, não me desagrada em termos racionais. Pelo contrário. Afinal, a Lusofonia sai favorecida.
Penso que os responsáveis da revista Atlântico poderiam, em breve, disponibilizar o texto de Salles Villar.

Novo blogue

A partir de amanhã entro num novo projecto blogosférico, com um alargado e diversificado conjunto de pessoas de várias proveniências, alguns dos quais bons amigos pessoais.
O Câmara de Comuns será um espaço de debate plural e aberto e que pode ser um bom exemplo de debate político e cultural.
De qualquer modo, o Palavra Aberta continua activo.

Primavera raulista

Raúl Castro autoriza cubanos a frequentar hotéis para estrangeiros

Para companhar as medidas do novo líder cubano. Em cada semana, há quase sempre uma nova medida implementada.
Veremos até onde vai a abertura que o actual regime está a implementar.

I, II

Os resultados de Sarkozy

Sarkozy incumple todas sus previsiones económicas

Com um ano praticamente cumprido de mandato, todos os objectivos financeiros e económicos propostos por Sarkozy não foram alcançados.

A crise estrutural italiana

Pero en el ambiente se respira algo peor, menos coyuntural: en Milán, en Cerdeña, en Sicilia, en Nápoles o en Roma, es muy fácil encontrar gente que ha perdido la fe en su propio país. "Italia es una novela negra", afirma Massimo Carlotto, de 51 años, autor de libros policiacos provocadores, que denuncian la infiltración creciente de las mafias, nacionales y foráneas, en la policía, la magistratura, la política, la economía.
"Estamos mal, peor que nunca, la decadencia moral es absoluta, vivimos en una falsificación permanente y no hacemos más que lamentarnos porque el mundo no se adapta a nosotros", diagnostica el escritor napolitano Maurizio Braucci.
"Los empresarios y las élites se comportan de modo criminal con el medio ambiente y la seguridad; los sindicatos tienen una cultura del puesto del trabajo, no del trabajo; la precariedad laboral ha precarizado la vida; hay un corporativismo paralizante a izquierda y derecha, y la Iglesia es un enorme problema cultural, porque hace política pero no utiliza su autoridad moral para denunciar la conexión familia-criminalidad que favorece a las mafias".


Dentro de 15 dias os italianos voltam às urnas. Prevê-se uma abstenção elevada, devido à desmotivação das pessoas que não se identificam com os políticos. E não deve ser para menos, a Itália é o único país da Europa ocidental onde os Governos tendem a não cumprir a legislatura. O sistema político também não ajuda. E, por isso, uma das grandes reformas passa pela sua reestruturação, de modo a que o país, um gigante europeu e mundial em franco declínio, não fique dependente, como tem ficado, de poucos deputados, que nem chegam a representar 2% do eleitorado.
Entre os principais candidatos, percebe-se que Veltorni quer ganhar para tentar mudar, na medida do possível, a situação. Berlusconi, em mais uma repetição, pretende adquirir o poder, pela terceira vez, para continuar a Governar a seu bel-prazer. Ou seja, Veltroni é uma esperança de mudança, Berlusconi é mais do mesmo.
Por enquanto, il Cavalieri é favorito, como indicam as sondagens, mas Veltroni tem vindo a reduzir a desvantagem. Duvido que chegue para anular a desvantagem da direita, mas nada é impossível.
Algo possível, e nada desejável, seria um quase empate, isto é, a vitória de uma das partes por ligeiríssima diferença. Se em Espanha ou na Alemanha tal não é razão de obstáculo ao desenvolvimento do país, devido a um sistema político menos fragmentado, em Itália, como os últimos dois anos demonstram, tal seria mais um adiar de solução que acabaria por conduzir a novo momento de espera de queda de Governo e convocação de novas eleições.

domingo, 30 de março de 2008

Do que Carvalho da Silva se esquece

O líder da CGTP defendeu ontem, no Porto, que a "diabolização" do sindicalismo é um "erro estratégico profundo", considerando "impensável" obter um quadro de relações laborais eficaz numa "lógica de combate ao sindicalismo e às organizações dos trabalhadores".

Estou totalmente de acordo com o líder da CGTP, quanto ao erro de diabolizar o sindicalismo. Os sindicatos têm um papel relevante em qualquer país, assim sucede se quiserem assumir-se como parte construtiva.
Por isso, lamento que Carvalho da Silva não tenha referido nem condenado a partidarização do sindicalismo português, pois a agenda partidária tem estado em primeiro plano e prioridade da sua Confederação, antes da defesa de melhores condições dos trabalhadores.

Oxalá o Zimbabué não vire novo Quénia

«Nesta altura, já não temos dúvidas: seria necessário um milagre (a favor do presidente Robert Mugabe) para não ganharmos estas eleições. Para nós, estão ganhas», declarou o secretário-geral do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Tendai Biti.
Se a Comissão Eleitoral anunciar o contrário, a oposição «não aceitará, seria um roubo», afirmou o dirigente da oposição em conferência de imprensa.
(...)
«Não está nos meus hábitos cometer fraudes em eleições. Não ficaria com a consciência em paz se o fizesse», declarou Mugabe a jornalistas.
Instado sobre as suas possibilidades de vitória na eleições presidencial, o herói da guerra da independência respondeu: «Vou ganhar!».


Com tantos auto-proclamados-vencedores nas eleições de ontem, mesmo sem resultados (que deverão ser falsificados - sem esquecer a falta de condições para as pessoas exercerem o seu direito de voto, quer pelas poucas urnas quer pelos poucos boletins que não chegavam para os que participaram) espera-se que o recente caso das presidenciais quenianas não se repita no Zimbabué. O clima de guerra civil é a última coisa que o Zimbabué dispensa.

Lógica Mugabe

o presidente Robert Mugabe, no poder desde a independência do Zimbabué em 1980, afirmou "nunca ter feito trafulha" em eleições.

Como relata a notícia, houve eleitores fantasmas nas eleições do Zimbabué de ontem. Se os fantasmas forem como as bruxas, nunca houve qualquer "trafulha" eleitoral, como refere o déspota.
O Zimbabué deve ser o país do mundo onde há mais fantasmas participantes, pois nunca faltam a um acto eleitoral. Agora sim, compreende-se a grande margem de apoio e popularidade de Mugabe, pois há um enorme grupo que não sofre com a inflação nem o desemprego.

sexta-feira, 28 de março de 2008

A direcção da FRELIMO devia dar-se ao respeito

Os principais partidos moçambicanos acham que as eleições de sábado no Zimbabué serão ganhas pelo candidato presidencial Robert Mugabe e pela ZANU-FP, num processo «livre e justo», segundo a Frelimo, mas que a oposição moçambicana considera estar «viciado à partida».

Lamenta-se que o principal partido moçambicano encare o processo eleitoral do Zimbabué de amanhã como "livre e justo", quando qualquer pessoa sabe que as eleições serão mais destacadas precisamente pela falta de liberdade e justiça. A não ser, claro está, que se alcance a Liberdade e a Justiça através de um desejado cataclismo que não permita a manutenção do poder por parte do ditador Mugabe.
Tendo em conta a experiência de democratização moçambicana, a FRELIMO de Guebuza podia ser fiel à abertura e transição que Chissano assumiu. Pelos vistos, esta FRELIMO prefere fazer de conta que o Zimbabué está bem e tem um sistema político democrático. É triste.

Desespero

El presidente colombiano, Álvaro Uribe, ha autorizado hoy la excarcelación de rebeldes de las FARC a cambio de la puesta en libertad de las personas que esta guerrilla mantiene como rehenes, entre ellas la ex candidata presidencial Ingrid Betancourt, cuyo estado de salud ha motivado en último término esta decisión.

O próprio poder político colombiano já percebeu o estado de gravidade em que Ingrid se encontra e admite libertar prisioneiros pela vida da ex-candidata presidencial.
Quanto tempo mais demorarão as FARC a libertar a cativa que está à beira do colapso fatal?

Primavera raulista

Los cubanos podrán tener móvil
El acceso de los cubanos a la telefonía móvil era una de las medidas esperadas por la población como parte del anuncio de Raúl Castro de levantar el exceso de prohibiciones y reglamentaciones que pesa sobre la ciudadanía.


Depois da permissão de compra de computadores, micro-ondas, leitores de DVD eis que chega a possibilidade de os cubanos adquirirem telemóvel.
Para continuar a acompanhar as medidas do novo timoneiro cubano.

O regresso da xenofobia

Deputado holandês coloca filme contra o islão na Internet

A extrema-direita continua a fabricar autênticas pérolas de hipocrisia e xenofobismo.
Desta vez, foi o deputado holandês Geert Wilders com o filme contra o Islão, não tendo o mínimo bom-senso de separar o trigo do joio.
O Primeiro-Ministro holandês, Balkenende, este bem ao repudiar a película de Wilders.
Como se percebe, a extrema-direita pretende obter apoios no fomento da exclusão e intolerância social, cultural e religiosa, o que só tem nefastas consequências sociais e económicas.
Talvez Wilders devesse saber o que o terrorismo que se assume em nome do Islão faz aos crentes de Maomé, pois já ceifou milhares de mortes e aterroriza milhões de vida todos os dias.

O desnorte laranja

O líder parlamentar do PSD considerou, esta sexta-feira, errada a anunciada descida de um por cento do IVA, defendendo que o Governo deveria esperar mais tempo e fazer uma descida de «uma só vez».

A postura e propostas da direcção bicéfala do PPD são totalmente irresponsáveis e inconsequentes.
O que mais incomoda, não são as personalidades que proferem dislates, pois não é de esperar muito de quem as profere, mas era de esperar mais e, principalmente, melhor de quem tem elevadas responsabilidades num partido tão importante para a vida do País.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Novidades blogosféricas

Parece que estas bancadas vão ser ocupadas em breve por blogueres lusos de vários quadrantes.
Até parecerá mentira, no dia das próprias.

Y por hablar de Colombia

Cara Miss Pearls,
Já li várias críticas condenando a qualidade do filme, com base na obra escrita de García Márquez.
Como cada um de nós também acaba por ter a responsabilidade de ser crítico, não obstante a opinião de entendidos na 7ª Arte, resta-me dizer que se trata de uma película magnífica, com um excelente papel, mais um (como em "Este país não é para velhos), de Javier Bardem.
Outro dos encantos do filme são as interpretações de Shakira, com a sensual melodia hay amores e a rebatante despedida.
A não perder.

Preocupante

El estado de salud de Ingrid Betancourt, secuestrada desde febrero de 2002 por las Farc, es "muy, muy delicado"
(...)
Sobre Betancourt, "la información de que disponemos es que su estado de salud es muy, muy delicado. Se han venido deteriorando sus condiciones físicas y de salud"


Por este andar, as FARC só entregarão o corpo de Ingrid.
Para quando a libertação de uma mulher que está à beira de perder todos os sentidos e forças?

As compras iníquas das FARC

O Ministério da Defesa da Colômbia disse que foi encontrado em Pasquilla, um povoado rural perto da capital, Bogotá, um carregamento de urânio empobrecido que pertencia ao grupo rebelde Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Aparecer por tudo e por nada

Pedro Santa Lopes anunciou, esta quinta-feira, que vai ser mais contido perante os jornalistas nos comentários sobre os temas debatidos nos encontros do grupo parlamentar do PSD.

Quando nada se tem a dizer e se quer aparecer em público tudo serve.

Lamentável

Pelo extraordinário valor de uma revolução (1949) - que depois de Outubro, foi o maior acontecimento libertador do século XX

o tema mediático, servido por um simpático Dalai Lama, caixeiro-viajante do império, é a «questão» tibetana, que visa apresentar a China, gigantesco país onde convivem há séculos muitas nacionalidades, como um Estado opressor, visando, pelo menos, estragar-lhe os Jogos Olímpicos. Se forem só os jogos... É que a União Soviética, destroçada também pela ingerência externa na convivência exemplar que soube construir, continua a ser um exemplo de como o imperialismo sabe ganhar com a desunião dos povos.

Do mesmo modo que todos os tipos de defesa dos regimes nazi-fascistas merecem total repúdio, pela opressão e condenação à morte milhões de pessoas, as revoluções comunistas, perpetradas em nome de um bem supremo, que nunca se cumpriu, devem ser repudiadas, pelos milhões de mortos que provocaram.
O PCP, que se arma em arauto da defesa dos fracos e oprimidos, devia ter vergonha pela defesa de revoluções que provocaram regimes despóticos.

O caminho da miséria e do caos

O Zimbabué conta com a eleição presidencial e legislativa depois da amanhã.
O coveiro do país, perdão, o Presidente do país, Robert Mugabe, apresenta nova candidatura, tendo um ex-Ministro das Finanças e o líder da oposição como principais adversários.
Dada a realidade do Zimbabué, é bem provável que Mugabe vença as eleições, não com mais votos, mas devido ao controlo do processo eleitoral. Tudo muito democrático!
O Zimbabué podia mudar de rumo no sábado. Infelizmente, as eleições indicaram o mesmo trajecto dos últimos anos: evidenciar que a miséria e o caos não têm fundo.
Sendo um dos países com mais riquezas em África, continua a espantar, tudo e todos, como tem o país mais de 100.000% de inflação, a maior do mundo, e uma taxa de desemprego na ordem dos 80%. Para Mugabe, está tudo no melhor dos mundos.
Oxalá me engane no prognóstico.

Último encontro em clima de guerra-fria

Bush y Putin intentarán resolver el conflicto del escudo antimisiles la semana próxima en Rusia

No derradeiro encontro, entre Putin e Bush, na qualidade de Chefes de Estado, debate-se um dos temas mais quentes da actualidade e, ou muito me engano, não creio que o encontro da próxima semana traga novidades, isto é, EUA e Rússia ficarão na sua e não chegarão a algum entendimento.
Não vejo os norte-americanos a abdicar do projecto militar de defesa na República Checa e na Polónia, muito menos os russos a concordar com a instalação dos escudos junto da sua fronteira ocidental.

Como Menezes definiu tão bem a sua liderança

Menezes considera descida do IVA "irrelevante e casuística"

O líder do PPD definiu, em duas palavras, o estado em que se encontra o seu partido, devido à sua liderança: irrelevante e casuístico.
Como não tem propostas, muito menos um programa para o País, Menezes limita-se a reagir. E reage por tudo e por nada. O mais estranho, para quem ainda há bem pouco tempo anunciava querer desmantelar o Estado, é esta leitura, de que uma descida de impostos é irrelevante e casuística.
Dir-se-á: é pouco? É um facto. Mas, uma vez alcançado o esforço de ter um défice abaixo dos 3%, como prometido e cumprido, seria injusto continuar a pedir mais esforços aos portugueses. Como se sabe, e sobretudo, sente, os tempos também não dão grande confiança em termos económicos e seria uma péssima postura, neste momento, o Governo dar sinais de total incúria, baixando muito os impostos.
O rigor e disciplina adoptados até ao momento devem ser prosseguidos e mantidos.

A Democracia tem regras

Os vereadores do PSD abandonaram hoje a reunião do executivo municipal de Lisboa, em protesto contra a retirada de uma proposta de José Sá Fernandes (BE) que ia ser chumbada e será aplicada por despacho do presidente António Costa (PS).

Pelo que leio nesta notícia, a proposta do Vereador do BE tem o seu interesse, em termos de produção e fornecimento de energia alternativa à cidade.
Se a proposta estava na agenda, devia ter sido mantida e votada. Mesmo que houvesse reprovação no Executivo camarário, como se previa, tal resultado deveria ser respeitado.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Resultados alcançados

O chefe do Governo garantiu a redução da taxa máxima do IVA de 21 para 20 por cento, dizendo que entrará em vigor a 01 de Julho próximo.
José Sócrates fez este anúncio, em conferência de imprensa, com o ministro de Estado e das Finanças ao lado, Teixeira dos Santos, depois do Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado o valor do défice em 2007, que se situou em 2,6 por cento.


O Governo tem cumprido escrupulosamente a política de redução do défice, sem ter perdido de vista o investimento em áreas sociais importantes, que só não tem sido maior devido aos esforços da necessária disciplina orçamental.
Tendo diminuído em três anos o pesado défice que herdou, já há condições para diminuir o IVA, conforme o Ministro das Finanças sempre dissera.
Mesmo não sendo uma grande redução, é sempre um bom sinal a passagem dos 21% para os 20%, a partir de Julho próximo. Ao mesmo tempo que se dá um sinal de melhoria, não pedindo mais sacrifícios aos consumidores, com esta diminuição, a redução não tem um sentido de que tudo já está bem. Ainda não está. Mas estamos no bom caminho.

O opróbrio do nosso sindicalismo educativo

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) classificou hoje de "inadiáveis" medidas que reforcem a autoridade dos docentes e aumentem a responsabilização dos pais em casos de violência e indisciplina de alunos, responsabilizando directamente o Governo por estes problemas.

Uma das medidas deste Governo, e que tem gerado alguma controvérsia, é a participação dos pais na gestão escolar, não só para os responsabilizar mais, mas também para envolver os diversos agentes da comunidade na dinamização da Escola.
Esquecendo esta importante medida, como outras que estão a ser tomadas para melhorar o Ensino Público em Portugal, a FENPROF aparece, uma vez mais, a fazer o que realmente só sabe fazer: culpar o Governo.
Não seria mais fácil, então, culpar o Ministério pela insistência de querer continuar a defender e melhorar o Ensino Público?
Pobre sindicalismo o que contamos na Educação. Falho de ideias, nulo de propostas e sem rigor nem responsabilidades.
Há contributos que se dispensam, por nada querer melhorar no Ensino Público, antes pelo contrário.

Bons avisos

O presidente do Banco Central Europeu disse, esta quarta-feira, que «o pior da crise financeira actual ainda não passou».

Confesso que temia o pior, quando Duisenberg deixou a liderança do BCE e foi substituído por Trichet. Mas, o actual Governador do Banco Central Europeu tem realizado um bom mandato.
Este aviso à navegação, de que o mau tempo ainda não passou, é um sinal de arrefecimento de possíveis pretensões de querer ver a bonança quando esta ainda não chegou.
Há quem não goste das actuais competências e responsabilidades do BCE, como o inquilino mor do Eliseu, mas o papel do Banco Central está a ser devidamente cumprido, com base naquilo que foi estipulado.
É importante que este órgão se mantenha independente da conjuntura político-partidária de cada país, pois a estabilidade económica e financeira tem de ser garantida.

terça-feira, 25 de março de 2008

Uma vez mais a posição errada de isolar o Hamas

Blair also called for a "different and better" strategy for Gaza, saying that the international community must rethink its strategy toward the Hamas-ruled coastal strip.
The former prime minister added that action must be taken to get more goods and food into Gaza to ease the humanitarian crisis there, and added that the present strategy in Gaza is not working. He called for a new strategy that isolates the extremists and helps the people.


Blair está certo quanto à necessidade de repensar a estratégia para o Médio Oriente, mas falha, completamente, quando considera que isolar o Hamas é a melhor forma para se alcançar a Paz.
A presença do Hamas na mesa das negociações, tornando a formação um parceiro decisivo, como a Fatah, é crucial para o sucesso pretendido.
Para vencer o extremismo, é preciso que se batalhe para que no seio do Hamas os moderados ganhem peso e protagonismo sobre os extremistas.

O anacronismo do PCP em relação ao papel do Estado

PCP acusa Governo de querer "reconfigurar o Estado" à custa dos direitos sociais

O título da notícia traduz bem a postura conservadora do PCP.
Apesar de ter notado alguma evolução nas últimas semanas no discurso comunista. Das muitas falácias que disseram a propósito da avaliação de professores que o Ministério da Educação pretende implementar, e bem, não catalogaram a medida de neoliberal. Até estranho!
Mas, regressando à "reconfiguração" do Estado referida, a reforma da máquina do Estado, como qualquer pessoa percebe, é essencial, não apenas por razões económicas, mas sobretudo pela necessária adaptação aos tempos actuais e de melhor eficácia a dar pelos serviços públicos.
O PCP não percebe, ou não quer perceber, que o maior atentado aos serviços públicos é deixar tudo como está.
Como qualquer organismo dinâmico, integrado numa sociedade em constante e cada vez mais rápida transformação, a readaptação dos serviços, em termos de atendimento e resposta, carece de mudanças. E, este Governo, é um facto, tem vindo a proceder a profundas mudanças, no sentido de melhorar os serviços públicos.

Mais uma possível quebra de compromisso do PPD

As divergências entre o PS e PSD continuam a «ameaçar» as mudanças à lei eleitoral autárquica, apesar do adiamento, hoje, da votação na especialidade do diploma e de os sociais-democratas terem apresentado propostas de alteração.

Por este andar, a lei eleitoral autárquica ficará na mesma, pois para esta direcção do PPD, compromissos é algo que se não toma muito a sério.
A lei, apesar de não ser a melhor no meu entender, dava alguns passos no bom caminho, em termos de governabilidade e fiscalização do Poder Local.
Assim, sujeitamo-nos a ter a actual salganhada, com a mistura de funções e poderes dos diversos órgãos.

A importância da Alitalia para a Itália

A compra da Alitalia por parte da Air France-KLM está em maus lençóis, se Silvio Berlusconi saír vencedor das eleições legislativas do próximo mês. O líder da oposição italiana confirmou que, se for eleito, a resposta ao negócio é não.

Espero que il Cavalieri perca as eleições de Abril, pois a Itália precisa de sangue novo e Berlusconi mais não trará uma repetição gasta do exercício do poder só pelo poder. Todavia, não se pode deixar de negar a razão de Berlusconi quanto ao negócio que o Governo de Prodi quer fazer com a Air France-KLM, não só pela pechincha que a dupla fraco-neerlandesa dá pela companhia italiana como pela importância estratégica que Itália perde, resultante do possível acordo.
Além de não ser muito digno um Governo a cessar funções decidir o futuro de uma matéria tão delicada.

Nova 'campanha' do NYT contra McCain

What Mr. McCain almost never mentions are two extraordinary moments in his political past that are at odds with the candidate of the present: His discussions in 2001 with Democrats about leaving the Republican Party, and his conversations in 2004 with Senator John Kerry about becoming Mr. Kerry’s running mate on the Democratic presidential ticket.

Enquanto os Democratas não se decidem quanto ao candidato à Casa Branca, os Republicanos preparam-se, muitos a contra gosto, para apoiar a corrida de McCain (político que não agrada à ala mais conservadora do partido).
Depois de há poucas semanas o New York Times ter difundido um potencial envolvimento de McCain com uma lobbista, algo que acabou por não sair muito bem a um dos melhores jornais do mundo, pois deu protagonismo a um rumor sem grandes bases de corroboração, eis que o jornal da Big Apple surge com mais uma campanha contra o Senador do Arizona, por, pretensamente, McCain ter estado em vias de se aproximar dos Democratas.
É evidente que esta notícia, nesta altura do campeonato, em nada contribuirá para a corrida de Hillary e Obama. Esta notícia dirige-se ao eleitorado Republicano conservador, que nunca apreciou McCain pelas suas políticas mais liberais.
Muitos conservadores já disseram que vão abster-se, por não confiarem no projecto político de McCain. E a eleição de Novembro deve ser tão ou mais disputada que a de 2000, quando todos os votos, em cada Estado, contavam. Naturalmente, quanto menos o candidato Republicano contar com as suas bases, as primeiras que devem estar politicamente mobilizadas, mais dificuldades enfrenta.
Resta saber quem será o Vice de McCain. Continuo a considerar que será o ex-Democrata e grande amigo do Senador do Arizona, Joe Liberman, que foi o Vice de Al Gore nas presidenciais de 2000. Uma clara aposta de procurar entrar e recolher apoios no eleitorado Democrata.
Por outro lado, em termos de política externa, ao mesmo tempo que se pode prever um melhor relacionamento transatlântico, se se confirmar Liberman como Vice, e se McCain ganhar, temo que as dificuldades de consolidar dois Estados no Médio Oriente nos próximos quatro anos será mais difícil. Se a isto juntarmos o possível regresso de Netanyahu ao poder em Israel, o que é bem provável, não há Annapolis que valha!

Os progressos alcançados no Iraque

La situación de la seguridad ha mejorado mucho. (...) El número de atentados ha descendido un 60% respecto a junio de 2006, el número de muertos civiles ha bajado un 60% desde diciembre de 2006, y eso es señal de progreso. No queremos cantar victoria ni hacer celebraciones, porque nos queda aún mucho por hacer. Todavía tenemos innumerables retos y obstáculos que superar, pero sí se han dado pasos hacia la reconciliación. La sociedad iraquí ha sufrido daños terribles y tardará años en recuperarse.

Uma entrevista merecedora de leitura, a do General Patreaus ao jornal italiano La Repubblica, publicada pelo El País, acerca da realidade iraquiana e do contexto regional.

A importância da Regionalização

Gostei de ouvir a intervenção de Joaquim Raposo, Presidente da FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa), hoje à noite, no Hotel Altis, na tomada de posse dos Presidentes das 10 concelhias que compõem este órgão distrital do PS, realçando a importância da Regionalização para o País.
Quando se poderia pensar que a última região a defender a Regionalização fosse Lisboa e Vale do Tejo, por ter a capital e os municípios mais ricos, eis que a área urbana de Lisboa assume a prioridade de regionalizar.
É preciso preparar o debate e realizar uma ampla discussão nacional acerca da Regionalização, para que, uma vez consagrada, se possa dar um salto qualitativo mais efectivo.
É bom ter Lisboa na linha da frente deste combate decisivo.

Boa medida do Público

As notícias do PÚBLICO na Internet passam a ter ligação directa para os blogues que as comentam, através de uma nova ferramenta que hoje entra em funcionamento. O objectivo desta medida é ajudar "na difusão das conversas que se geram na blogosfera sobre as notícias, tranformando os níveis de participação no próprio site"

Há muito tempo que deixei de comprar o Público, pela evidente perda de qualidade do jornal.
No entanto, não posso deixar de destacar, e elogiar, o que se tem feito em termos do site do jornal, que tem melhorado bastante.
A nova ferramenta, de interacção com os blogues, é, com certeza, mais um bom utensílio para a promoção e debate de notícias.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Um ano politicamente quente em França

Sondage : Delanoë meilleur opposant que Royal

Uma semana depois das autárquicas, que renovaram o mandato de Delanöe na Câmara de Paris, o maire da capital gaulesa surge como o melhor rosto para liderar a oposição, ultrapassando, pela primeira vez, Ségolène Royal.
É interessante consultar o estudo, que indica Delanöe como o preferido para liderar o PSF.
No campo socialista, Ségolène tem muito apoio 57% (Delanöe lidera com 58%), mas não recolhe grande apreço noutros campos, nomeadamente no centro e centro-direita, mais rendidos a Delanöe, como se pode constatar na página 17 do estudo.
No campo do MoDem, a simpatia pelo autarca de Paris compreende-se, pois Ségolène pretende um entendimento com o partido de Bayrou, o que pode tirar protagonismo ao partido do centro.
Bayrou, por sinal, também sai bem visto nesta sondagem, por ter sido vítima, como forme deduz a análise apresentada, da sua não eleição para a Câmara de Pau, devido ao não apoio da UMP. Câmara que foi conquistada pelos socialistas há oito dias.
Será um ano interessante, o da política francesa. A partir do segundo semestre, o país assume a Presidência da UE. Sarkozy tudo fará para recuperar internamente a credibilidade e a nível externo procurará demonstrar a força da França renascida debaixo do seu mandato. Na oposição, o congresso dos socialistas do próximo Outuno, promete ser intenso, com a disputa do poder entre Ségolène e Delanöe, na sucessão de François Hollande.
Aos poucos, depois de 12 anos de cizentismo chiraquiano, a França vai recuperando a sua importância no palco político europeu.

Matrioska kosovar

Belgrado propone a la ONU dividir Kosovo entre serbios y albaneses

Mais uma divisão kosovar?

Espera-se estabilidade

Yousuf Raza Gilani, o candidato do Partido do Povo do Paquistão (PPP), de Benazir Bhutto, assassinada em Dezembro, foi hoje eleito primeiro-ministro do Paquistão por maioria absoluta pela Assembleia Nacional

Eleito o novo Primeiro-Ministro paquistanês, espera-se estabilidade política no actual nervo delicado do mundo, leia-se, relacionamento funcional entre Presidente e Chefe de Governo.
A primeira medida de Gilani não deve ter sido do agrado de Musharraf, de libertação dos juizes detidos por ordem do Presidente.
A seguir o relacionamento político e a acção de outros actores preponderantes no país, como os serviços secretos e as Forças Armadas.

Veremos se Zapatero não cede às pretensões do PNV

El presidente del PNV, Iñigo Urkullu, ha ofrecido hoy al PSOE la posibilidad de llegar a un acuerdo que suponga un "paso de gigante" en el autogobierno del País Vasco, mientras que el lehendakari, Juan José Ibarretxe, se ha comprometido a intentar conseguir en 2008 una formulación del derecho a decidir.
"Si hay una oportunidad de acuerdo, si el PSOE y Zapatero entienden que este pueblo tiene derecho a un acuerdo singular y a dar un paso de gigante en el autogobierno, ahí estaremos. Si propone un pacto de rebajas o un acuerdo 'cepillado" (en referencia al Estatuto catalán), ahí no vamos a estar", ha aseverado.


A seguir a forma como Zapatero procurará alcançar a estabilidade governativa para os próximos quatro anos, dado que faltam seis votos para obter maioria absoluta.
Do lado do PNV, há disponibilidade para um entendimento com o PSOE. Porém, na forma como os nacionalistas bascos apresentam a sua base de negociação, de mais poder autonómico (mais um pouco e têm a independência), seria o mesmo que dar um passo atrás, em termos de unidade nacional. E Zapatero deve ter aprendido algo com o Estatuto da Catalunha.
Procurar acordos com o PNV, com base na cedência às pretensões independentistas, é um erro e sairá caro, além de ser perigoso a vários níveis.
Para já, ceder, com base num entendimento, representaria a entrega do poder autonómico da Euskadi, em 2009, ao PNV.
De seguir o que se passará e dirá, por exemplo, o líder dos socialistas bascos, Patxi Lopez, no seu blog.

domingo, 23 de março de 2008

Lisboa precisa mais do que nomes

Fernando Seara é o nome com mais peso para uma candidatura do PSD em Lisboa, eventualmente com o apoio do CDS/PP. Este é o entendimento da direcção de Luís Filipe Menezes, que considera o actual presidente da Câmara de Sintra e também vice-presidente do partido como o mais forte adversário para enfrentar António Costa nas eleições autárquicas de Dezembro de 2009.

O DN avança o nome de Fernando Seara como o mais provável candidato do PPD à Câmara de Lisboa em 2009, em possível coligação com o quase inexistente, na capital, CDS (nas intercalares do passado Verão nem um Vereador conseguiu eleger).
Outro dos nomes laranja a não descartar à Câmara da capital é o de Santana Lopes, na sua busca de vingança, não se sabe bem de quem, se de si e do trajecto político que escolheu em 2004, se de adversários internos, interessados no fim da sua carreira política, e Santana pretende, tal como em 2001, demonstrar que renasce das cinzas ganhando em Lisboa.
Seja como for, Santana ou Seara, espera-se que o PPD apresente um programa crível e exequível, pois quase todo o trabalho de António Costa, até ao momento, tem sido de ressuscitar a capital do estado moribundo que a direita deixou a cidade. E com esforço, e muitas dificuldades, é constatável, António Costa tem conseguido recuperar a decência, o bom nome e a eficiência da Autarquia.
Não me admirarei se dentro de um ano o PPD disser que a gestão socialista nada fez de relevante. Como se recuperar as finanças da Câmara, em estado comatoso, como o PPD deixou, não fosse o principal, neste momento.

Boa notícia

Os movimentos rivais palestinianos Fatah e Hamas assinaram hoje um acordo em que aceitam empreender diálogo com base numa iniciativa do Iémen de reconciliação, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros iemenita, Abu Bakr al-Kurbi

O regresso ao diálogo entre os dois principais grupos palestinianos é uma boa notícia.
Não será nada fácil ultrapassar os entraves mútuos que cada organização provocou, no entanto, nada como sentar as duas partes à mesa, com um mediador, neste caso o Iémen, e procurar atenuar as hostilidades por forma a poder encontrar o difícil caminho para o entendimento para a Palestina. Oxalá os vizinhos árabes, e a Comunidade Internacional, possam ajudar a estabelecer um compromisso entre a Fatah e o Hamas, para que a Guerra Civil latente não se consolide, nem na Cisjordânia nem em Gaza.

Vitória merecida

Meus Caros António*, José e Leonel,

Concordo com as vossas leituras, não foi um grande jogo. Mas, para quem torce por uma das equipas, é natural que no fim a má exibição, de ambas as partes, seja esquecida por quem triunfa.
Foi uma Vitória sofrida, mas saborosa Vitória!
Se Eduardo foi um herói, Carvalhal é o grande responsável do sucesso desta época.

Agora, tudo o que vier, é sempre bem conquistado. Para já, o Boavista, para o campeonato.
Obviamente, o dragão, nas meias-finais da Taça de Portugal, já está a ser aguardado.
Como tem dito Carvalhal, nos momentos decisivos, o Vitória esta época não tem falhado.
Este ano tem havido muitos bons fins!



* - Caro António, parabéns pelo segundo aniversário do Fim-de-semana Alucinante. Que muitos mais se possam celebrar e de preferência com vitórias sadinas!

sábado, 22 de março de 2008

À espera de uma grande Vitória

Já falta pouco para saber quem faz hoje história no futebol português, com a conquista da primeira Taça da Liga.
Qualquer que seja o resultado, este é já um ano histórico para o Vitória.
Há pouco menos de um ano estava à beira de fechar as portas e esta temporada, mesmo com poucos recursos (um dos mais pequenos do escalão principal), a equipa, superiormente comandada pelo Carlos Carvalhal, está a realizar uma das melhores épocas. Está nos primeiros cinco lugares do campeonato, finalista da Taça da Liga e meias-finais da Taça de Portugal.
Penso que amanhã a Taça da Liga pode conhecer um bom e cómodo lugar para se apresentar ao público junto do Sado!
Vamos lá ver como se porta o nosso Vitória, Luís!

A voz dos povos europeus

O presidente do Parlamento Europeu, Hans Gert Pöttering, defendeu hoje "medidas de boicote" aos Jogos Olímpicos de Pequim caso a China continue a recusar dialogar com o líder espiritual tibetano Dalai Lama.

Para quem duvida da importância do Parlamento Europeu, esta tomada de posição, do seu Presidente, em relação ao que se está a passar no Tibete, é bem demonstrativa da influência que a Câmara europeia desempenha no quadro europeu e mundial.
Esta posição do líder de um dos órgãos vitais da construção da Europa democrática é bem demonstrativa que a UE não se confina à Comissão nem ao Conselho.
Mesmo não tendo qualquer base de suporte para validar a seguinte afirmação, não duvido que a posição de Pöttering esteja muito distante do sentimento generalizado dos cidadãos europeus em relação ao que se está a passar no tecto do mundo.

Solução à vista em Chipre

Os presidentes cipriotas turco e grego concordaram em iniciar negociações sobre a divisão da ilha dentro de 3 meses e num gesto simbólico abriram à circulação uma rua na parte histórica de Nicósia, considerada símbolo da divisão há três décadas.
A criação de uma federação de dois Estados pode ser uma das soluções para terminar com o problema que já dura há 34 anos.


A recente vitória presidencial de Christofias, muito por causa da sua proposta de entendimento entre as duas comunidades cipriotas, começa a dar frutos.
Parece que o longo conflito entre gregos e turcos, de Chipre, está à beira de terminar.
A solução federal até é uma boa resposta, para a salvaguarda de cada uma das partes, que deverão passar a formar um todo.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A Segurança é um bem cimeiro

Face ao que tem acontecido no nosso País, em termos de assaltos e mais recentemente os distúrbios numa sala de aula, vale a pena recordar que a Segurança é importante para a Liberdade de cada um e da comunidade.
Algumas das medidas implementadas por Giuliani, quando teve responsabilidades em Nova Iorque, e causaram alguma indignação em mentes puritanas, não devem ser desprezadas, pois há pequenas medidas que evitam grandes males, como os resultados da implementação de certas medidas demonstraram.
Há coisas elementares que não podem deixar de ser sancionadas, sob pena de muito poder passar a ser impune, quando não deve, muito menos pode.

P.S.- Concordo inteiramente com a Sofia Loureiro dos Santos, quando lamenta a postura de quem desculpa a insolência dos alunos e limita-se a considerar falta de vocação da professora, por não adquirir respeito dos seus discentes. Infelizmente, por este País, há casos de professores que enfrentam dificuldades em leccionar, uma vez que se deparam com turmas onde não há respeito nem interesse em aprender, e que precisam de apoio, não de desconsideração, quando se dão estes tristes casos.
Qualquer pessoa, por muito profissional que seja na sua função, não deixa de ser Pessoa e, por isso, vivencia e responde à circunstância em que se encontra.

Mais uma 'pérola' do Avante

Segundo o World Drug Report 2006, a produção e tráfico de droga na Colômbia de Uribe totalizou, em 2005, 640 mil toneladas métricas, quase 70% do total mundial. Curiosamente, é num país controlado pelos Estados Unidos onde mais cocaína se produz, e também num país invadido por Washington – o Afeganistão – onde se dá a maior produção de heroína.
Coincidências ou política deliberada do maior consumidor mundial de drogas?


O PCP, fruto da sua inocência, desconhece nem quer saber o que os grupos filantropos colombianos das FARC e os talibans afegãos, no seu entender, fazem nos territórios que controlam.
Ao fim e ao cabo, o que os comunistas portugueses dizem, com a questão final, é que os EUA são parvos, pois se consomem tantas drogas, mais do que os outros, porque não produzem cocaína e heroína dentro das próprias fronteiras? Seria uma pergunta, pelo menos, não tão hipócrita do que a formulada. Mas, como idoneidade é algo pouco abundante no PCP, disfarça-se mal e cinicamente.

quinta-feira, 20 de março de 2008

O futuro da direita espanhola

Creo que las cosas son un poco más complejas y que deben analizarse con una mirada más amplia. Entiendo que tanto el PP como el PSOE han combinado estrategias competitivas de tipo centrípeto (la búsqueda de votos en el centro) con otras de tipo centrífugo (buscar el voto en los extremos). Los dos son catch-all-parties, obligados a atender simultáneamente intereses contrapuestos de diversas clientelas internas. En el componente centrípeto de la competición, los datos apuntan a que se ha impuesto el PP. Sólo en esa lógica cabe interpretar el que "robe" votos de clase media y clase media-baja al PSOE en proporciones apreciables.

Caro André,
O artigo acima referido, de José Ignacio Wert, ontem publicado no El País, merece uma leitura e reflexão atenta por parte dos socialistas. Apesar do PSOE ter ganho as legislativas, obtendo mais apoios sobretudo nas margens políticas, há uma grande parte da sociedade, que, a priori, devia estar mais próxima dos socialistas, a classe média e média-baixa, e não esteve em 9 de Março. As votações obtidas em Madrid e Valência devem conduzir os socialistas a não empregar todo o regozijo nos bons resultados alcançados na Catalunha e no País Basco. Até na Andaluzia, feudo socialista, o PSOE perdeu terreno para o PP. E, em 2012 a vitória do PSOE será mais difícil de garantir, do que a conquista do poder por parte dos populares. Desde logo, o desgaste do poder está garantido, serão oito anos de exercício, e não se sabe se Zapatero assume uma terceira candidatura.
Por isso, é com legitimidade que Rajoy se quer assumir como novo candidato dentro de quatro anos, pois em termos líquidos, nestas eleições, o PP subiu mais do que o PSOE. E, como é tradição da política espanhola, à excepção de Zapatero, González e Aznar só alcançaram o poder depois de duas derrotas, triunfando à terceira.
Por enquanto, tudo tende a indicar que Rajoy manter-se-á mais quatro anos na liderança dos populares, mas não se pode ignorar que há nomes dos populares que podem ascender à presidência do PP e nada garante que Rajoy fique mais quatro anos como principal protagonista da oposição.
Dois dos vários nomes passíveis de alcançar o estatuto de líder da oposição encontram-se em Madrid: Esperanza Aguirre e Alberto Ruiz-Gallardón. Oxalá, se um dos dois chegar a número um da direita espanhola, não seja a Presidente da Comunidade de Madrid. Antes o alcaide da capital espanhola, pois não tem uma política nem postura vincadamente conservadoras.
Por isso, não identifico nenhum erro nem problema em Gallardón, mas sim uma mais-valia, pela visão descomplexada, liberal e cosmopolita que apresenta. Ao mesmo tempo, Gallardón podia dar uma nova aragem e impulso à direita espanhola, muito agarrada presentemente à crispação, e Rajoy como Aguirre são alguns desses rostos da exasperação.

O entendimento inevitável e necessário

Bush considera que decisão de invadir o Iraque "foi justa"

No mesmo dia em que o Presidente dos EUA refere a 'justiça' da invasão do Iraque, apesar de omitir a mentira que criou das armas de destruição maciça e a inexistência de ligações de Saddam Hussein à Al-Qaeda que fabulou na época, há um interessante post do Pedro Correia, no Corta-Fitas, referindo o bom decálogo do bom esquerdista contemporâneo, a propósito da forma como do nosso lado se percepciona os EUA.
À excepção do sétimo ponto (vale a pena recordar a máxima de Alan, sobre o ser de esquerda ou não), e se recuarmos cinco anos, podemos lembrar-nos de como o anti-americanismo era predominante na Europa em 2003 e muitos dos pontos descritos pelo Pedro assentavam, que nem uma luva, a muita boa gente, tanto de esquerda como de direita, que à época verberavam contra os Estados Unidos.
Agora que a era Bush Jr. chega ao fim, resta saber como percepcionará a Europa os Estados Unidos a partir de 2009. Independentemente de ser Hillary, McCain ou Obama, nada mudará para algumas pessoas de esquerda, que verão sempre do outro lado do Atlântico o imperialista inimigo (e não me refiro só aos comunistas, ressabiados com a queda do Muro e o desmoronamento do seu modelo autocrático e injusto de sociedade). Na direita, também vários sectores, se bem que com menos protagonismo nestes tempos, não encaram muito bem o aliado norte-americano. E, neste caso, faço minhas as palavras do André, no comentário do texto do Pedro, o anti-americanismo na esquerda, como na direita acrescento eu, "está infelizmente longe - muito longe - de ser residual".
Hoje, em muitos sectores da esquerda europeia, há uma esperança desmesurada em Obama. Como se o homem fosse um salvador e um justiceiro. Nem é uma coisa nem outra. Tem boa oratória, mas tem propostas que em nada ficam atrás das desastrosas e nocivas aventuras de Bush Jr.
No fundo, Obama está hoje para muita da esquerda europeia como há um ano Sarkozy esteve para a direita europeia. Uma esperança... O tempo acaba por comprovar o que tanta inovação e mudança esperada trouxe: frustração.
Os tempos não estão para brincadeiras nem para cair em contos de fadas. Porém, a ilusão também faz parte da política. Não se pode negar.
Para já, e retomando o fio inicial da conversa, destaco, como refiro no texto abaixo, a postura do candidato McCain, em termos de disponibilidade de entendimentos e acções conjuntas dos EUA e da UE.
Dada a situação do mundo, actualmente, é algo que faz muita falta, tanto ao lado de lá, como ao de cá. Só não vê, nem percebe, quem não quer.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A "Liga das Democracias" de McCain

le mot essentiel, c'est "ensemble". Nous devons rénover et revitaliser notre solidarité démocratique. Nous devons renforcer notre alliance transatlantique pour en faire le noyau d'un nouveau pacte global - la ligue des démocraties - qui soit en mesure de mettre en oeuvre la grande puissance des plus de cent pays démocratiques du monde afin de faire progresser nos valeurs et de défendre nos intérêts communs.
Confiance et respect mutuel doivent être au coeur de ce nouveau pacte.


Uma proposta interessante de McCain, apresentada no Le Monde de hoje.
Há, pela parte de um candidato presidencial norte-americano, a vontade de estabelecer um novo pacto atlântico, baseado no respeito e compromissos mútuos.
E, não deixa de ser merecedor de destaque, a importância dada à questão energética e ambiental, crucial para as duas sociedades do Atlântico norte e para o mundo.

O recuo do Dalai Lama

O Dalai Lama defendeu, esta quarta-feira, uma solução para o Tibete que não passe pela independência, apelando ao diálogo com a China.

Depois de ter esticado a corda nos últimos dias, chegando a ameaçar com a sua saída de líder espiritual do Tibete, se a violência continuasse em Lhasa, o Dalai Lama recuperou, esta quarta-feira, o seu discurso de diálogo e entendimento com Pequim, reiterando a não independência da região dos Himalaias.

Tories perto de conquistar o poder no Reino Unido

Se as eleições legislativas no Reino Unido tivessem lugar nestes dias, de acordo com uma recente sondagem, os Conservadores obteriam uma esmagadora vitória, com 42%, os Trabalhistas alcançariam 29% e os Liberais-Democratas 21%.
Cameron nem precisa de se esforçar muito, dada a inabilidade política que Brown tem demonstrado, desde que criou o tabu de convocar eleições antecipadas, em Setembro passado.
Um dos poucos bastiões da esquerda europeia está à beira de tombar.

A força da globalização

As autoridades de Pequim lançaram uma ofensiva sobre os média, acusando-os de fazerem o jogo do Dalai Lama e de quererem sabotar os Jogos Olímpicos. Um vídeo colocado no "site" do diário britânico "The Guardian" está na lista negra.

As autoridades de Pequim esperavam um passeio triunfal, até, durante e depois das Olimpíadas deste ano. Mostrariam ao mundo a nova e pujante China, a grande potência do século XXI.
Enganaram-se redondamente e ao seu excesso de obsessão, de tudo controlar e tudo querer dominar, podem dever os maus momentos que atravessam.
Para quem duvida do poder e da importância da globalização, eis um bom exemplo de como nem tudo nesta nova era é mau, pois se o poder de Pequim hoje tem as orelhas a arder, a este novo tempo deve, em que na Europa, na América, na Ásia e na Oceânia, as atenções de milhões de pessoas se viram para o que se passa na China.
O poder comunista já percebeu que as atrocidades que comete no Tibete são hediondas e o continuar da sua postura apenas afecta duas partes: na pele, os tibetanos, alvos da intervenção das autoridades chinesas; no orgulho, o poder político chinês, por merecer total reprovação de milhões de pessoas.
Como se referiu, a obsessão de tudo querer controlar e tudo querer dominar conduz a China a uma posição pouco confortável.
Não fosse a teimosia de querer dominar os pacíficos tibetanos - dando ao Tibete a autonomia com que muitas regiões da China contam -, os comunistas chineses continuariam a ser alvo de repulsa das sociedades civis, pelo seu não respeito dos Direitos Humanos, porém não estariam a receber estas ondas de repulsa dos quatro cantos.
Até há pouco tempo, o Dalai Lama sempre disse não querer um Tibete independente, mas autónomo, no seio da China Popular. Pequim fez ouvidos de mercador.
Face à intransigência do poder político, e com os Jogos Olímpicos a chegar, a oportunidade de o mundo despertar uma vez mais para a realidade do Tibete estava reunida, assim os responsáveis políticos e espirituais tibetanos quisessem agarrar o momento. E apanharam-no, como uma possível tábua de salvação.
É verdade o que as autoridades de Pequim dizem acerca do Dalai Lama, em termos do uso e benefício da sua causa, a nível do mediatismo do Tibete. Nunca, como agora, o Dalai Lama teve uma intervenção política tão frontal e inequívoca. Mas, se isso acontece, à intransigência de Pequim se deve.
No fundo, as autoridades chinesas estão a colher do mundo o que semearam no Tibete: repressão e condenação.

Petróleo por leite

Portugal-Venezuela: petróleo pode ser pago em leite e outros

Caro Luís,
Certíssimo.
Está prevista uma troca comercial, de petróleo por leite, entre Portugal e a Venezuela, quando o Primeiro-Ministro português se deslocar oficialmente a Caracas no próximo mês de Abril.
O mais curioso disto, é a ameaça constante do pseudo-biblista-bolivarista, de cortar a produção de petróleo e, em casa, não assegura aos seus concidadãos os bens mais básicos e essenciais da população para o dia-a-dia: leite, ovos, arroz.
Como se vê, o ouro negro venezuelano não está a servir para melhorar as condições de vida das pessoas, mas sim, como tem sido referido amiúde, para alimentar uns quantos senhores do regime de Chávez.
E ainda há quem defenda as políticas do señor de Caracas.
A piada do jornalista, no fim do trecho, de que não é leite que Chávez exibe mas coca que Morales dá ao homólogo venezuelano tem o seu quê de irónico, pois é bem provável que haja mais acesso à coca do que ao produto líquido das vacas.

terça-feira, 18 de março de 2008

O definhamento da Frente Nacional

Os franceses deram menos votos este ano à extrema-direita, que ficou muito abaixo dos valores alcançados há cinco anos.
Resta saber que futuro terá a FN, quando sai de cena, por vontade dos eleitores, e sobretudo de idade, o seu principal rosto.
Estará a filha do líder da FN à altura dos resultados do pai? Não creio.
Talvez hoje tenha sido o canto do cisne.

(22/04/2007)

De acordo com os resultados das autárquicas de domingo, o fenómeno FN, com Le Pen, terminou, como se podia prever.
Uma boa notícia para a França e para a Europa.
No entanto, não se pense que com o fim da era Le Pen a onda nacionalista desaparece da Europa. Outros intérpretes andarão por aí, à espera de um momento vulnerável, para emergir. E momentos frágeis, nestes tempos, não são difíceis de encontrar.

Governo ao fim de nove meses

Há acordo definitivo para a formação de um governo na Bélgica. Yves Leterme prepara-se para assumir na quinta-feira a chefia do executivo, nove meses depois das eleições e após dois fracassos nas negociações entre as formações politicas.
A saída do partido nacionalista flamengo NVA das negociações há algumas semanas facilitou uma conclusão do acordo. A coligação já designda como Laranja-Azul, entre democratas cristãos e liberais deve começar a trabalhar na quinta-feira, dia da tomada de posse.


Ao fim de nove meses a Bélgica conta, finalmente, com as condições para ter um Governo resultante das legislativas do passado Verão. O vencedor, Leterme, assume a liderança de um Governo de coligação.
O momento não pode deixar em branco o papel de Guy Verhofstadt, o chefe de Governo cessante, e que tomou o leme numa circunstância difícil e crítica para a Bélgica.
O grande europeísta belga é um dos nomes que não pode ser descartado do futuro do projecto europeu. E, oxalá possa dar a sua contribuição num dos órgãos comunitários.
Por outro lado, a boa notícia é a não participação dos nacionalistas flamengos, adeptos da cisão do país.

Resultados da política chavista

La inseguridad, azote de Venezuela
En una década de chavismo se ha pasado de 4.550 homicidios al año a 13.200


Quem tanto aprecia a política do Presidente venezuelano, além da falta de alimentos essenciais, como o leite, tão escasso para os ricos como para os pobres, pode juntar mais um valor dramático para o país: o número de homicídios, que mais do que duplicou durante o mandato do pseudo-biblista-bolivarista.

A boa aliança germano-israelita

German Chancellor Angela Merkel delivered a historic address the Knesset in German on Tuesday, vowing her country would always stand by Israel.
"Especially in this place, I emphasize: Every German government and every chancellor before me was committed to the special responsibility Germany has for Israel's security," she said.
"If Iran were to obtain nuclear weapons, it would have disastrous consequences," she said. "We have to prevent this."


A maturidade de dois Estados que encontram pontos e princípios em comum deve ser referida e saudada.
No ano do 60º aniversário de Israel, a intervenção de Merkel, no Knesset, é um dos mais emblemáticos momentos, tanto para Israel como para a Alemanha.

A mais política de todas as posições do Dalai Lama

O Dalai Lama anunciou que deixará as funções de chefe espiritual dos budistas tibetanos se a situação se degradar no Tibete.

Esta é a posição mais política que Dalai Lama assumiu até hoje.
Não se pode escamotear a violência das autoridades chinesas no Tibete, mas o líder tibetano vê neste momento uma oportunidade para o mundo, em especial as sociedades civis ocidentais, onde granjeia grande popularidade, pressionar a China, com vista à independência do Tibete.
Esta pressão política não recai só no Governo de Pequim, mas em todos aqueles (do Ocidente) que não se querem pronunciar publicamente sobre o caso do Tibete.

Da simbologia partidária

Têm sido muitos os críticos internos do actual líder e direcção do PPD devido ao rumo que o partido (não) está a seguir.
Considero que grande parte das críticas têm sentido. Porém, há um domínio em que o excesso de desdém alcança o cúmulo, como a crítica à nova simbologia do partido.
Se há algo que esta direcção laranja fez com sentido foi o enquadramento do símbolo, o laranja oficial, em consonância com a cor da família política europeia a que pertence, o PPE.
Basta reparar na simbologia dos principais partidos políticos da direita europeia, oriundos de países culturalmente próximos do nosso (PP, UMP, Tories) e verifica-se a presença do azul.
A seta e a cor laranja, características do partido, não perdem sentido.
Infelizmente, para Menezes, não é por passar a contar com uma imagem mais moderna que consegue disfarçar a falta de conteúdo e rumo.

Uma no cravo e outra na ferradura

A União Europeia afirmou-se esta segunda-feira «muito preocupada» com os acontecimentos no Tibete, mas considerou que um boicote dos Jogos Olímpicos de Pequim não era uma resposta apropriada ao problema do respeito dos direitos humanos.

Como se referiu, a tensão na e por causa da China, devido à organização das olimpíadas, será elevada.
A reacção, prudente, da UE, é um sinal do mal estar que já se sente e tende a agudizar-se, pois do mesmo modo que o lado político (no Ocidente) procurará diminuir tensão, as sociedades civis (ocidentais) procurarão aumentá-la, tendo o Tibete uma causa.
Talvez a tensão ainda mal tenha começado.

segunda-feira, 17 de março de 2008

O adiamento dos Democratas e o caminho de McCain

O sucesso das tropas norte-americanas no país ajuda McCain em sua campanha, já que sua popularidade aumenta à medida em que a violência diminui em território iraquiano.

Já se percebeu que nem Hillary nem Obama arrecadarão a nomeação através das primárias, uma vez que a decisão recai nos superdelegados, que decidirão quem será o eleito dos Democratas à Casa Branca.
Hillary e Obama desgastam-se entre si, enquanto McCain faz o seu percurso, sem obstáculos.
Os dois principais temas, guerra e economia, já são e vão continuar a ser o prato forte até 4 de Novembro. Se em termos de economia, muito há por perceber quanto às respostas que cada candidato pretende dar, especialmente a este quadro de instabilidade, a nível da guerra do Iraque McCain está a levar a melhor do que os Democratas.

Mais uma interpretação da crise destes tempos

Crise de hipotecas nos EUA é a ponta do iceberg, diz relator da ONU
os grandes projetos imobiliários e de desenvolvimento urbano causam o despejo forçado de mais pessoas que os conflitos e os desastres naturais.


Há sempre um conjunto de argumentos merecedores de atenção. E as comparações empregues chamam sempre a atenção.

Tensão até aos Jogos Olímpicos

O governo chinês tinha dito antes que os protestos de Lhasa tinham feito dez mortos, mas o governo tibetano no exílio afirma que a repressão chinesa dos protestos fez pelo menos 80 mortos.

Faltam poucos meses para os Jogos Olímpicos a realizar em Pequim. O momento é o oportuno para o poder político chinês mostrar ao mundo a modernização que está a fazer na China.
Porém, do mesmo modo que os políticos chineses querem, através dos media, demonstrar o seu poderio, os adversários do poder comunista aproveitam o mesmo meio para relembrar a violação de Direitos Humanos na potência asiática.
Percebe-se, pois, que as recentes manifestações no Tibete e por esta região, um pouco em todo o mundo, estão ligadas à realização dos Jogos Olímpicos, que colocarão, durante umas semanas deste ano, a China como palco de atenção e foco mundial.
O ano, que se pode prever da China, provavelmente não irá correr tão bem como esperariam os dirigentes chineses.
Se a poucos meses dos Jogos Olímpicos a tensão existe, é bem provável que a tensão aumente até e durante o evento. Resta saber como actuarão as autoridades chinesas se atletas envergarem a causa tibetana e/ou a defesa dos Direitos Humanos em plena competição.

Quem segura Mitrovica?

Apesar do apelos do presidente sérvio Boris Tadic, onze elementos da ONU e da NATO ficaram feridos, esta segunda-feira, no Kosovo, devido a uma explosão e outros 22 elementos da força polaca da ONU sofreram ferimentos em confrontos com a população. A ONU já recebeu ordem para abandonar a cidade de Mitrovica.

Os radicais sérvios continuam a provocar incidentes no Kosovo e o clima da exasperação está instalado.
Os próximos tempos continuarão a ser de tensão e o clima pode adensar até às legislativas de Maio próximo, acto que poderá ser ganho pela ala nacionalista, liderada por Nicolic, há poucas semanas derrotada, nas presidenciais, pelo grupo pró-europeu de Tadic.

A tentar influenciar a campanha política dos EUA?

Alan Greenspan: crise financeira actual é a mais grave desde a Segunda Guerra Mundial

Será mesmo?
Cheney anda, por estes dias, no Médio Oriente na tentativa de cativar os produtores de petróleo a baixar o preço do barril. Não será por mero acaso.
Apesar do artigo do ex-Mister FED versar sobre o imobiliário, há um conjunto de factores tão ou mais relevantes, como a descida do dólar e a subida do petróleo. Com uma eleição presidencial à porta, há um conjunto de factores a ter em consideração, que não podem ser escamoteados.
Greenspan dá um sinal: quer uma campanha que verse economia, não guerra. Porém, as duas são indissociáveis.

Um ano de mudança no PSF

A esquerda venceu as autárquicas francesas de ontem. Todavia, os responsáveis do PSF querem fazer crer que a vitória foi superior ao que os resultados indicam.
O cartão amarelo dos franceses foi mostrado ao poder Sarkozy, mas não foi uma sanção muito pesada para a UMP, como se podia prever.
A conquista de bastiões à direita, como Estrasburgo e Toulouse, são importantes, como seria marcante ganhar Marselha, que não mudou por escassos votos.
Agora, após esta eleição, está lançada a corrida à liderança do PSF, a decidir no próximo Outono, com Ségolène e Delanöe na frente da corrida. Provavelmente, a esquerda imobilista do PSF também deverá apresentar candidatura, duvido que Fabius ou Emmanuelli avancem mas devem ser apoiantes de alguém que represente a sua ala anacrónica.
Quanto ao futuro do PSF, entre Ségolène e Delanöe (que obteve mais uma vitória histórica em Paris), há dois caminhos claros para o PSF: ou um reposicionamento mais ao centro, com Ségolène, ou mais à esquerda, com Delanöe.
As políticas de coligações dos últimos dias deixaram esta leitura muito clara, com a candidata presidencial a defender entendimentos com o MoDem de Bayrou e o maire da capital a preferir os Verdes e não acordar com o partido centrista.
Qualquer que seja o vencedor, seguramente não deixará o PS como está. A mudança, por si só, já é benéfica, para o socialismo francês e europeu.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Referendo decisivo para a UE

A chanceler alemã Angel Merkel vai fazer campanha na Irlanda a favor do sim ao Tratado de Lisboa, a convite do primeiro-ministro Bertir Ahern.

Faltam três meses para o referendo irlandês ao Tratado de Lisboa.
Merkel continua a afirmar-se, e bem, como a Frau Europa.
A Chanceler alemã irá à Irlanda apoiar a campanha de Ahern e de todos os europeístas.

Eureka

EE.UU. admite la falta de vínculos entre Saddam Hussein y Al Qaeda

Esta Administração norte-americana descobriu o que todos já sabiam, que Saddam nada tinha com a Al Qaeda.
Fez-se luz em Washington!... 5 anos depois da intervenção.

Intervenção histórica no Knesset

Angela Merkel becomes the first German chancellor to address Israel's parliament next week, more than six decades after the end of World War Two.

No ano do 60º aniversário do Estado de Israel, a intervenção de Merkel no Knesset é um bom testemunho das relações descomplexadas de dois importantes países decisivos para a estabilidade mundial.

Café no Majestic

Será que amanhã é um bom dia para tomar um café no Majestic? Penso que sim!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Fim-de-semana prolongado para alguns

A greve na administração central é realizada no âmbito de uma semana de luta convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP) e coincide com a realização de uma manifestação.

A CGTP banalizou as manifestações e greves. Sem causas nem razões visíveis, agremiam-se umas pessoas, enquanto outras aproveitam o fim-de-semana prolongado.
Podem na Soeiro Pereira Gomes esfregar as mãos com os resultados das sondagens destes dias. Mas, a continuar assim, não tardará muito a queda, até porque, em termos concretos, nada apresentam, excepto o contra só porque sim.

Primavera raulista

Cuba ha levantado este jueves la prohibición que pesaba sobre la venta de ordenadores, lectores de DVD o vídeo y otros aparatos eléctricos. En una primera señal de apertura, el presidente del país, Raúl Castro
En lo que se aprecia como una primera señal del levantamiento de algunas restricciones que afectan a la vida diaria de los cubanos, el Gobierno anuncia que "basándose en la mejora de la disponibilidad de electricidad, el más alto nivel del Gobierno ha aprobado la venta de equipamientos eléctricos que estaban prohibidos", dice un memorándum del Gobierno obtenido por la agencia Reuters. Hasta ahora, sólo se permitía la compra de ordenadores en Cuba a los extranjeros y a las empresas, mientras que los reproductores de DVD eran intervenidos en la frontera hasta el año pasado.

Um pequeno sinal, mas nem por isso deixa de ser um sinal. Resta saber se os cubanos terão condições económicas para adquirir computadores e outros produtos eléctricos para uso.

Outra vez os maninhos polacos

A oposição conservadora polaca, liderada pelos irmãos Kaczynski, ameaça bloquear a ratificação do Tratado de Lisboa, em cuja negociação estive envolvida antes da derrota nas legislativas do último Outono.

O grupo retrógrado polaco, dos gémos Kaczynski, volta a dar que falar, com a chantagenzita de vetar o Tratado de Lisboa no Parlamento.
Os maninhos esquecem-se, inclusive, do que disseram há tempos, do benefício ganho pela Polónia com a adesão à UE. Hoje reclamam uma posição mais próxima de um Hoxa do que de um político com responsabilidades do século XXI.

A nova percepção norte-americana acerca do Iraque

Aumenta el apoyo a la guerra de Irak en EEUU
El incremento es aún mayor entre los que creen que la guerra va "bien" o "muy bien", aunque en este caso no llegan a constituir una mayoría. Hoy son el 48%, respecto al 30% de hace unos meses.
Parte de la explicación reside, además de en la palpable reducción de la violencia en Irak, tanto la que afecta a los soldados estadounidenses como a los civiles, en la personalidad y posiciones de John McCain. Cuando los ataques de la insurgencia iban en aumento, el heterodoxo senador por Arizona fue uno de los únicos políticos que abogaron por un incremento de las tropas y cargó contra Donald Rumsfeld por haber planificado mal la invasión.


A percepção dos norte-americanos em relação ao Iraque está a mudar e em parte deve-se à postura de McCain.
Os Democratas, se não tratam de clarificar a corrida interna e de esclarecer a política a adoptar no Iraque, sujeitam-se a perder um dos campos em que o lado Republicano poderia estar mais vulnerável. É óbvio que o candidato McCain será difícil de criticar, pois sempre assumiu uma posição muito clara e responsável quanto ao que os EUA deviam e têm de fazer na Mesopotâmia.

Falta vergonha ao PCP

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (FARC-EP), expressaram por diversas vezes a vontade em solucionar pelo diálogo o conflito com o governo, mas quer Uribe, quer a maioria dos seus antecessores na chefia do Estado, recusaram sempre a proposta, pese embora os gestos pacíficos da organização, como a libertação unilateral de prisioneiros de guerra.

Pobres FARC, segundo o jornal Avante, que por várias vezes tentaram alcançar a Paz na Colômbia.
Tristes comunistas, os portugueses, que omitem a acção das FARC.
Extorsão, tortura e tráfico de droga são actividades que o PCP reconhece e legitima às FARC.

Por que querem os críticos o fim desta liderança laranja

Nos últimos dias vários militantes do PPD têm tecido fortes críticas à actual liderança bicéfala do seu partido, nomeadamente António Capucho e Rui Rio.
Por ambos já terem desempenhado a função de secretário-geral do partido, ou seja, quem mexe na máquina partidária, sabem, melhor do que ninguém, o que está em causa: a manutenção do poder por parte da actual direcção, independentemente dos resultados que os portugueses queiram dar ao PPD em 2009.
Capucho e Rio já perceberam, como qualquer português sabe, que o PPD terá uma derrota pesada no próximo ano (europeias, legislativas e autárquicas), não tanto pelo mérito do PS ou esforço do CDS, principais beneficiados do eleitorado mais próximo do PPD, mas pela falta de credibilidade dos seus dirigentes, se estes continuarem ao leme do partido. E, o pior, para o futuro líder laranja, qualquer que ele seja depois das legislativas, não será a assunção de um partido com pouca força, porque o PPD continua a ser um grande partido nacional, será a âncora e grande fardo que Marques Mendes teve de carregar e de forma penosa: um grupo parlamentar pouco qualificado e mais apostado em manter os poderes internos, sem qualquer preocupação e visão do País.
A manutenção da dupla Menezes/Santana, que bem poderá sair depois das legislativas de 2009 (se chegar até lá), não é o mais grave, é uma saída natural (a de Menezes, pois Santana continua... por aí). O mais grave, e perigoso para o futuro do PPD, é a renovação de um grupo parlamentar que poderá deixar o partido sem qualquer espaço para se apresentar como alternativa. E hoje, nem alternância o PPD é.
Não deixa de ser preocupante, para a vida política nacional, quando um dos grandes partidos e com elevadas responsabilidades no País está refém de tácticas de capelinhas internas em vez de projectos para Portugal.
Está mais do que visto que ninguém quis tirar nenhuma lição em 2005.

Flip-flop

O presidente do PSD pediu, esta quarta-feira, aos portugueses que nas eleições legislativas de 2009 lhe dêem maioria absoluta, uma semana depois de afirmar que o seu partido ainda não merecia ser Governo.

Não haja dúvidas que esta liderança partidária é a mais abstrusa que existe na nossa recente Democracia.

A incoerência e falta de respeito da FENPROF

A Fenprof anunciou, esta quarta-feira, que só haverá acordo com o Ministério da Educação em matéria de avaliação de desempenho se o processo for suspenso este ano lectivo e aplicado a título experimental em 2008/09.
a Fenprof considera que o Ministério da Educação terá na sexta-feira «a última oportunidade» para demonstrar que tem capacidade para «negociar e dialogar».
«Entendemos que esta equipa ministerial não tem condições para continuar, porque não tem abertura para o diálogo, nem capacidade para negociar. Contudo, fica o desafio para nos surpreenderem na sexta-feira. Será a última oportunidade», sublinhou Mário Nogueira.


Afinal foi Sol de pouca dura. A direcção da FENPROF não quer mudar nada.
E, coerência é algo que não abunda nos responsáveis da FENPROF. Veja-se a posição do sindicato ao longo dos últimos dias:
Primeiro estava contra a avaliação. Depois manifestou não estar contra a avaliação, mas contra a avaliação que o Ministério da Educação assume. Ontem, já defendeu a suspensão da avaliação. Terceira posição do sindicato em escassos dias!
E, qual cereja no topo do bolo, depois de toda a incongruência: o sindicato, apesar de não acreditar em ninguém do Governo, dá "a última oportunidade", até amanhã!, à equipa do Ministério da Educação para demonstrar que merece a aprovação da direcção da FENPROF, bastando, para tal, ao poder Executivo, suspender a avaliação.
Além de se agradecer alguma consistência nos argumentos (e estamos a falar de um sindicato de professores), que desde o início evidenciou que não tinha nenhuma coerência nas suas posições, e as últimas horas demonstram isso, espera-se que a direcção da FENPROF respeite a vontade dos portugueses, que escolheram este Governo. Que em tempo oportuno será avaliado.
Um sindicalista tem toda a legitimidade e o direito em defender os trabalhadores, mas quem não tem coerência nem respeito, como o líder da FENPROF, que pede a demissão de uma equipa governativa como quem bate palmas, não tem qualquer moralidade para pedir seja o que for.
É bom que os portugueses se apercebam do estilo e das pretensões destes senhores que tanto denigrem o mundo sindical, como em nada se preocupam com a melhoria do Ensino Público.

quarta-feira, 12 de março de 2008

A desgraça não tem fundo no Zimbabué

Mugabe proíbe brancos nos negócios
O presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, assinou uma lei que obriga à passagem para mãos de «indígenas» a parte maioritária de todos os negócios do país, noticia a CNN.
A nova lei implica, desta forma, que nenhuma empresa a operar no Zimbabué possa ser chefiada por brancos. Pelo menos 51 por cento das companhias têm de estar debaixo de controlo de pessoas negras.


De mal a pior. Entretanto, a inflação vai continuando a bater recordes:
Inflation in Zimbabwe currently stands at 66,212.3 per cent.

Quem é mais 'facho'?

nem todos os aliados do líder da direita italiana são favoráveis à integração de Giuseppe Ciarrapico nas listas eleitorais. Gianfranco Fini, líder da Aliança Nacional e antigo membro do partido neo-fascista MSI, criticou a candidatura do homem de negócios italiano que diz ser "fascista culturalmente e não politicamente".

No domingo, Berlusconi rasgou, em pleno comício eleitoral, o programa do Partido Democrático, o seu principal adversário. Um exemplo muito digno, para quem já foi chefe de Governo e está à beira de o ser novamente.
Seria bom para a Itália e para Europa que Veltroni ganhasse e colocasse um ponto final na entrada e saída constante de Berlusconi do poder. Podia ser que a direita transalpina quisesse refundar-se, como a esqueda se refundou nos últimos tempos.
Agora, il cavalieri convida um micro-magnata da comunicação social, e assumido fascista, em termos culturais, para a lista do Senado. Ao que consta, Ciarrapico não é tão "facho" como devia ser, de acordo com o não menos nacionalista e aliado de Berlusconi, Fini.
Assim vai a Itália, presa aos tempos miseráveis do passado.
O país afunda-se e Berlusconi tem apenas uma preocupação: alcançar o poder pelo poder.

A correspondência e os contactos das FARC

O computador de Raúl Reys, morto na sequência de uma intervenção das Forças Armadas colombianas em território equatoriano, foi apreendido pelas autoridades da Colômbia. Uns dias depois da operação militar e obtido o acesso ao conteúdo do computador, este revela muitas informações, em especial as relações e correspondência das FARC.
Umas já se suspeitavam, outras chegam a causar alguma surpresa.
Ficam algumas das referências do que se passou entre 2000 e 2006:

Acerca da troca de reféns, Chávez e Piedad Córdoba:
Creo que si logramos y así lo espero, oxigenar al presidente Chávez lo antes posible con las pruebas de supervivencia vamos a salir fortalecidos con su ayuda independientemente si logramos o no el intercambio. Con respecto al trabajo realizado por Piedad C. como facilitadora es importante y saludable por sus gestiones y digno de tener en cuenta como aliada en la lucha para lograr la libertad de los prisioneros de ambas partes incluido Simón y Sonia sin olvidar que ella es una líder fiel al partido liberal y aunque se lo merece anda buscando protagonismo y dividendos políticos para su partido en una futura campaña presidencial. Si ella en la convención liberal resultara elegida como candidata de su partido tendría la posibilidad de ser presidente de Colombia con el apoyo nuestro.

Eleição presidencial equatoriana:
Las elecciones en Ecuador gane Correa o no, ganamos nosotros porque nos acercamos a un movimiento con alternativa de poder con el cual mantendremos relaciones políticas con sus dirigentes. Con respecto a la propuesta de los narcotraficantes hay que indagar si son de la antigua generación o son de la nueva que ha surgido para reemplazar la primera, porque según información de Raúl piden albergue y ofrecen ayuda económica y de ser realista la propuesta podemos examinar cómo centralizar el trabajo en cabeza de un miembro del Estado Mayor Central para darle un manejo adecuado, de tal manera que, 5, 10 o 20 narcos se comprometan entre todos a reunir los 230 millones de dólares
... ayuda entregada a la campaña de Rafael Correa de acuerdo a su instrucción. El coronel anunció volverme a visitar la próxima semana, con la finalidad de explicar los resultados electorales y la estrategia para la segunda vuelta.


Mediação com García Marquez e a leitura de Bill Clinton acerca do conflito colombiano:
Los demócratas de USA, en Colombia, que antes estaban en Venezuela, dicen tener una clara postura hacia una negociación política con las Farc. García Márquez está a cargo de esa intermediación con las Farc por cuenta de USA y estos quieren que Panamá sea el país a través del cual se hable con las Farc. Para ello, García Márquez ya le transmitió esa solicitud a Torrijos y este aceptó. Clinton le dijo a García Márquez, en Cartagena “quiero tener una tarea personal. Quiero ayudar a Colombia. Hay que buscar un acuerdo con las Farc”.

Relação com Kadhafi e o pedido de empréstimo à Líbia:
queremos expresarle nuestros agradecimientos por la invitación que nos hicieron para visitar su país y la hospitalidad recibida por nuestra delegación durante la realización de la Cumbre de Jefes de Estado, Gobiernos, Partidos y Organizaciones Miembros de la Mathaba Mundial.
Como integrante del Estado Mayor Central y del Comandante en Jefe recibí el mandato de solicitarle un crédito de 100 millones de dólares a pagar en cinco años. Los objetivos del plan estratégico por la conquista del poder y las circunstancias de la confrontación militar nos exigen de disponer de mayores recursos para resistir la ofensiva de los enemigos, con armamentos de mayor alcance. Una de las necesidades prioritarias que hoy tenemos es conseguir Cohetes Tierra Aire para repeler y derribar los aviones de combate.
Vamos a emprender ahora mismo, una campaña encaminada a crear las condiciones políticas para que Libia, Cuba y Venezuela participen en el futuro como países facilitadores de los diálogos entre el gobierno y la guerrilla colombiana.


Os contactos com os comunistas turcos:
Hablé con los turcos. Son militantes del TKP (Partido Comunista de Turquía). Tienen guerrilla (15.000). ... Vienen en plan de intercambio de experiencias, de misiles y otros insumos

Narcotráfico:
Hace un año, Jorge Briceño, alias ‘Mono Jojoy’, le dice a Raúl Reyes que él tiene guardado el dinero del narcotraficante de Buenaventura Jorge Asprilla Perea, condenado en febrero de 2007 a 30 años de cárcel por un juez de Nueva York.

Notícia completa, consultar aqui.

Parece que a FENPROF acordou

Fenprof elogia a nova postura do Ministério

Maria de Lurdes Rodrigues em vários momentos manifestou total abertura para o diálogo com os sindicatos sempre que estes quisessem.
Ainda há dias, no programa da SIC Expresso da Meia Noite, o director do Expresso referiu o número de reuniões que o Ministério da Educação teve em 2007 com os sindicatos: 107! Algo como: duas reuniões por semana ao longo das 52 semanas do ano.
Mas os sindicalistas diziam, reiteradamente, que o Governo não dialogava e mantinha-se numa posição arrogante.
Agora, o líder da FENPROF já diz ver "uma luz ao fundo do túnel", pois dialogou ontem com o Ministério da Educação. Para quem dizia que o Governo tinha uma posição arrogante, nada mau.
Resta esperar que a falácia repetida até ao tutano nos últimos tempos, de que o Governo queria impor a avaliação já este ano, deixe de ser referida, pois a avaliação, no presente ano lectivo, só terá lugar nas Escolas que a quiserem assumir, como a Ministra sempre disse.

Uma boa síntese dos resultados alcançados por este Governo

terça-feira, 11 de março de 2008

Uma direcção sem rumo

A Comissão Permanente do PSD decidiu chamar Rui Rio a prestar declarações perante o Conselho de Jurisdição do partido e face à ameaça de demissão de António Capucho agradeceu os serviços prestados pelo social-democrata.

A preocupação da direcção nacional do PPD de conservar, a todo o custo, o poder interno, hipoteca qualquer hipótese do partido ser tido como credível.
Perde o país, pelo facto do maior partido da oposição ter uma direcção mais preocupada com as suas capelinhas internas do que com o País.

Pela primeira vez na Alemanha

Folheio o Correio da Manhã e leio na penúltima página, numa breve, que a série da BBC "Allo Allo" vai ser transmitida pela primeira vez na Alemanha.
Como se pode perceber, a temática subjacente à série é delicada para os alemães. Porém, de certeza, que os germânicos apreciarão o herói da Resistência Francesa, o galã René Artois, e nem se incomodarão com os modos menos másculos do Tenente Gruber ou da insensibilidade de Herr Flick. Até porque, em termos históricos, os 'cargos' das duas personagens (Forças Armadas do III Reich e SS) mais não cumpriam do que um atentado e uma violação à decência alemã.

As FARC continuam a perder força

Cada mes, unos 200 hombres se acogen silenciosamente a los programas de reinserción creados por el Gobierno. Muchos fueron reclutados siendo casi niños, y están cansados de las privaciones, los malos tratos y la falta de horizontes. En total, 2.500 guerrilleros (cada vez más mandos medios entre ellos) se han incorporado hasta ahora a la vida civil.
Acorralada militarmente y dispersa, las FARC, dicen los expertos, empieza a desintegrarse.
"Las FARC son hoy bandas itinerantes y dispersas. Tienen serios problemas de comando y control. El jefe mítico es Tirofijo, pero no hay mando unificado, que es lo que intentaba reconstruir Raúl Reyes. Hay muchas rivalidades entre ellos", señala un alto funcionario del Gobierno.

As FARC continuam a ser cerceadas e a perder força.
Com muitos defeitos, que os tem, o mandato presidencial de Álvaro Uribe tem sido decisivo para este enfraquecimento dos terroristas colombianos.

A necessária ponderação dos nacionalistas bascos

Cara Odete,
Foi, realmente, uma importante vitória do PSOE no País Basco.
O resultado obtido pelos socialistas na Euskadi, que em certa medida não se pode dissociar do assassinato do autarca socialista Isaias Carrasco (penso que foi a única região onde o seu homicídio teve mais impacto eleitoral), acaba por conduzir Ibarretxe a meditar quanto ao que fazer em termos do anunciado, e não reconhecido pelo poder central, referendo da independência do País Basco, agendado para o próximo Outono.
Obviamente, o referendo não terá qualquer reconhecimento nacional e tal não passa de fogo de vista.
Neste momento, e depois do resultado de domingo, não estou a ver o Governo de Vitória desafiar o poder central de Madrid, pela razão do lehendakari ter de medir bem os seus passos, pois está a pouco mais de um ano da eleição autonómica e este resultado, ao mesmo tempo que dá força aos socialistas, que ganhou na autonomia ao fim de 15 anos, por outro lado fez tremer o poder do PNV. Por isso, não prevejo a concretização do referendo. Veremos dentro de meio ano.
Para já, não prevejo que Patxi López (líder socialista basco) suceda a Ibarretxe. Mas também não se acreditava que o PSE EE ganhasse nas três províncias que formam o País Basco.
Naturalmente, nas eleições autonómicas, os partidos nacionalistas ganham mais força e resta saber se na eleição de 2009 a ANV e o PCTV podem concorrer. Ou, como já aconteceu, não disputando estes o acto eleitoral, o Batasuna pode constituir novo partido que não seja impedido de participar. Além do pormenor, não menos relevante, de como governará Zapatero nos próximos meses, designadamente em termos de autonomias e combate ao terrorismo.

Ministro dos Santos agradece

"Dos 139 militantes, 46 tinham capacidade eleitoral, tendo a sua situação regularizada. Destes, 29 foram votar, o que corresponde a 63% de participação. Os 29 votos foram todos para a lista encabeçada por António Branco, que assim recebe 100% dos votos expressos. Tratou-se de uma clara manifestação de confiança dos militantes do PS, que entenderam renovar o seu mandato."

Caro Pedro,
Num concelho como Mafra, que está a receber um dos maiores impulsos de transformação no norte da Área Metropolitana de Lisboa, um partido, com a dimensão do PS, no distrito da capital e no País, contar com a situação acima transcrita, caso para dizer: algo vai mal na vida socialista do município do Convento.
É evidente que José Ministro dos Santos, um dos mais antigos edis, nem precisa de se preocupar muito com os seus adversários políticos.

segunda-feira, 10 de março de 2008

E será que o País pode continuar como está?

Será que o PS aguenta?
O primeiro-ministro disse no sábado uma frase que lhe pode custar muito caro: "Não posso recuar naquilo em que acredito e em que estou absolutamente convencido".


O subdirector do Expresso, João Garcia, pergunta se o PS aguenta estas manifestações contra a política educativa. Numa área tão crucial para o futuro do País, como a Educação, a importância das análises focaliza-se em termos partidários e não nacionais.
Como o Secretário-Geral do PS já referiu, e bem, não se pode continuar a fazer de conta que está tudo bem e que nada é preciso fazer, como se a avaliação não fosse um elemento importante na melhoria do Ensino Público que o Governo está a promover.
O atraso estrutural do nosso País é mais do que conhecido, quando analisado no quadro europeu, e nós, por cá, andamos preocupados, nesta espuma dos dias, se uma política deve ou não ser prosseguida só por desagradar a uma parte de uma classe profissional, que, até ao momento, em termos de crítica não apresenta validade nenhuma.
Infelizmente, como se verifica em muitas análises que têm sido produzidas nos últimos dias, todos concordam com a necessidade de avaliar os professores, porém há sempre uma reticência qualquer, como se apoiar esta medida, indispensável, fosse um crime de lesa-pátria. Um erro é continuar a ser conivente com a ausência de avaliação.
A desinformação tem sido tanta que uma das mentiras mais badaladas é a imposição da avaliação ainda no presente corrente ano lectivo. Maria de Lurdes Rodrigues já explicou que isso fica ao critério de cada Escola, pois a política deste Governo vai no sentido de autonomizar, não centralizar, como se quer fazer crer.
Se realmente este Governo estivesse tão preocupado com as eleições do próximo ano e por isso agora ser necessário agradar a tudo e todos, como dizem, se realmente este Governo está tão preocupado com a sua imagem sem nada querer mudar, como se costuma ouvir e ler, será que esta política educativa estaria a ser assumida? Obviamente que não.