Será que o PS aguenta?
O primeiro-ministro disse no sábado uma frase que lhe pode custar muito caro: "Não posso recuar naquilo em que acredito e em que estou absolutamente convencido".
O subdirector do Expresso, João Garcia, pergunta se o PS aguenta estas manifestações contra a política educativa. Numa área tão crucial para o futuro do País, como a Educação, a importância das análises focaliza-se em termos partidários e não nacionais.
Como o Secretário-Geral do PS já referiu, e bem, não se pode continuar a fazer de conta que está tudo bem e que nada é preciso fazer, como se a avaliação não fosse um elemento importante na melhoria do Ensino Público que o Governo está a promover.
O atraso estrutural do nosso País é mais do que conhecido, quando analisado no quadro europeu, e nós, por cá, andamos preocupados, nesta espuma dos dias, se uma política deve ou não ser prosseguida só por desagradar a uma parte de uma classe profissional, que, até ao momento, em termos de crítica não apresenta validade nenhuma.
Infelizmente, como se verifica em muitas análises que têm sido produzidas nos últimos dias, todos concordam com a necessidade de avaliar os professores, porém há sempre uma reticência qualquer, como se apoiar esta medida, indispensável, fosse um crime de lesa-pátria. Um erro é continuar a ser conivente com a ausência de avaliação.
A desinformação tem sido tanta que uma das mentiras mais badaladas é a imposição da avaliação ainda no presente corrente ano lectivo. Maria de Lurdes Rodrigues já explicou que isso fica ao critério de cada Escola, pois a política deste Governo vai no sentido de autonomizar, não centralizar, como se quer fazer crer.
Se realmente este Governo estivesse tão preocupado com as eleições do próximo ano e por isso agora ser necessário agradar a tudo e todos, como dizem, se realmente este Governo está tão preocupado com a sua imagem sem nada querer mudar, como se costuma ouvir e ler, será que esta política educativa estaria a ser assumida? Obviamente que não.
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