segunda-feira, 31 de março de 2008
Sim ao acordo ortográfico
Não sou leitor assíduo da revista Atlântico, mas o tema em destaque no mês que agora finda, muito em voga e debate na nossa sociedade, do acordo ortográfico, captou a minha atenção, que foi ainda mais estimulada por uma capa apelativa.
Confesso que, a priori, me faz alguma confusão o acordo, devido a anos de utilização de uma escrita que a breve prazo perde o seu sentido, dado o quadro global em que vivemos. Mas ao ler o artigo de Salles Villar, na Atlântico de Março, rendo-me, em termos racionais, à importância do novo acordo ortográfico, por causa da lusofonia.
A língua, como se sabe, é dinâmica, não é estanque.
Este acordo representará uma grande oportunidade e impulso para a Lusofonia, como o autor do escrito tão bem demonstra, quando apresenta e de certo modo compara com os exemplos inglês, francês, espanhol e árabe.
O acordo não coloca em causa a fonética, nem é esse o objectivo. Cada país lusófono continuará com a sua própria especificidade, que é, já de si, muito rica em cada Estado. O novo acordo vem, isso sim, regular uma realidade escrita que presentemente tende a afastar as margens do Atlântico norte com as do Atlântico sul e que não mais pode continuar separada.
A nova realidade não pode ser encarada como uma perda de ninguém, mas um ganho de todos os lusofalantes.
O novo acordo, ainda que me incomode emocionalmente, não me desagrada em termos racionais. Pelo contrário. Afinal, a Lusofonia sai favorecida.
Penso que os responsáveis da revista Atlântico poderiam, em breve, disponibilizar o texto de Salles Villar.
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2 comentários:
Precisamente por tudo o que dizes é que o acordo não faz sentido.
É impressão minha ou há um pouco de resistência da tua parte?
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