quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O conflito pára quando o Hamas decidir

Israel on Wednesday rejected a French proposal for a 48-hour cease-fire in the Gaza Strip to allow the flow of humanitarian aid into the bombarded coastal territory.
The decision was reached by the members of the "kitchen cabinet," which includes Prime Minister Ehud Olmert, Defense Minister Ehud Barak, and Foreign Minister Tzipi Livni.
Meanwhile, Israel has decided to open the Kerem Shalom crossing to the Gaza Strip on Wednesday afternoon to allow 106 trucks filled with humanitarian aid supplied by foreign aid groups to enter the coastal territory.
Some 100 trucks carrying basic food and medical supplies entered Gaza on Tuesday through the same crossing. The supplies were donated by Jordan, Turkey and international organizations. Five ambulances were also permitted to enter.
Israel has promised Red Cross and United Nations relief organizations that it would assist the transfer of humanitarian aid as necessary.
"That proposal contained no guarantees of any kind that Hamas will stop the rockets and smuggling," Foreign Ministry spokesman Yigal Palmor said. "It is not realistic to expect Israel to cease fire unilaterally with no mechanism to enforce the cessation of shooting and terror from Hamas."
A cease-fire will not be conditioned on the return of kidnapped soldier Gilad Shalit, but Israel hopes a truce deal would increase the chances of concluding a prisoner exchange with Hamas.


A decisão de terminar com o actual conflito depende do Hamas. Não atacando Israel, e assumindo esse compromisso publicamente, as intervenções israelitas terminam.

2008 em pessoas

Político do ano – Felipe Calderón
O Presidente mexicano assumiu o combate aos cartéis de droga, que minam o desenvolvimento do país, como uma prioridade do seu mandato. No ano em que espoleta esta “limpeza”, muitos civis já foram vítimas dos confrontos entre as forças da autoridade e os traficantes. Por outro lado, reconhecer, em público, que a polícia mexicana conta com um significativo número de agentes corruptos, por causa do tráfico de droga, é de uma coragem tremenda, dado o corporativismo existente.

Figura do ano – Barack Obama
Ganhou a nomeação democrata, quando se pensava pouco provável. Conquistou milhões de norte-americanos e muitos mais em todo o mundo com a sua campanha e foi eleito Presidente da maior potência mundial. Algo impensável há menos de um ano. Resta constatar que da sua retórica à prática há consonância e consequência. Pela Administração que constituiu há sinais de que os EUA vão regressar à era do dinamismo.


Esperança – Kevin Rudd
O sucessor do histórico John Howard à frente do Governo australiano imprimiu uma nova era de políticas, desde a valorização do Ambiente, conduzindo a Austrália ao clube de Kioto, com a harmonização histórica, tendo feito vários reparos com as minorias vítimas de um passado pouco digno da grande ilha austral.



Desilusão – Angela Merkel
Quando a crise financeira agravou-se e a resposta europeia era necessária, a Chanceler alemã, em vez de apostar na concertação dos 27, como é tradicional na política de Berlim, e Merkel assumiu deste que ascendeu à liderança Federal, preferiu, desta feita, a resposta nacional, sem ganhos para a Alemanha e para a UE.



Surpresa – Gordon Brown
Pelas razões inversas de Merkel. Desacreditado internamente, o Primeiro-Ministro britânico, dados os seus conhecimentos e experiência de 10 anos como homem da Fazenda britânica, reaparece, interna e externamente, devido à apresentação do programa europeu de resgate da economia.


Esperar para ver – Raúl Castro
Sucedeu ao irmão Fidel, como se previa. Desde cedo evidenciou pragmatismo. Deu os primeiros passos para a abertura económica e continua a seguir esse trilho. Em termos políticos, agrilhoou mais Cuba, como ainda há poucos dias se percebeu, com a criação de um novo organismo de controlo. Veremos até onde vai e que irá provocar a política de Raúl, mais inspirada na realidade do que a de Fidel.


Decrépito – Robert Mugabe
O ditador do Zimbabué faz de conta que nada se passa no país que desgoverna. À inflação que perdeu norte junta-se, agora, um surto de cólera incontrolável. Enquanto isso, diz que só sai quando Deus quiser. Trágico.


Bluff do ano – Mikail Saakashvili
O Presidente da Geórgia provocou um conflito no Cáucaso, instigando a Rússia a intervir militarmente, sem necessidade. Há pouco tempo admitiu que tinha desencadeado o confronto, apesar de ao longo de muito tempo ter culpado Moscovo. De rosto da mudança, na Revolução das Rosas em 2003, tornou-se o coveiro do desenvolvimento georgiano, com métodos democraticamente duvidosos, quando foi reeleito Chefe de Estado nos primeiros dias de 2008.

Derrotado do ano – Pervez Musharraf
Saiu da presidência do Paquistão sem honra nem glória. O militar que podia ter devolvido a estabilidade a um dos principais centros nevrálgicos do mundo acabou por não ter a mão de ferro forte que o acusavam de ter. Hoje não se sabe ao certo para onde caminha o Paquistão, com graves e imprevisíveis consequências para o mundo.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Quem terá ganhos internos?

Caro Joshua,

As últimas horas devem ter provocado um repensar no sentido de votos de muitos israelitas. Os Trabalhistas podem ter ganho um novo fôlego. Apesar de considerar que não terão hipóteses de ganhar a eleição de Fevereiro, um bom resultado de Barak, a par de uma possível vitória do Kadima podem ser determinantes, pelo menos para ter um Governo em Tel Aviv que mantenha o interesse em manter vias de diálogo, em vez de um Governo do Likud, e de Netanyahu, que é menos dado a conservsações, ainda por cima se tiver, como é provável, a aliança e ajuda dos extremistas religiosos. Para acompanhar!

Caro José,

Naturalmente que o recuar prende-se com o parar da intervenção em Gaza. Como bem refere, com os radicais do Hamas todos os cuidados são poucos.

A ler

Num esforço para impedir que rockets artesanais atormentem os residentes de algumas das suas cidades no Sul, Israel parece ter insuflado nova vida ao decadente movimento islâmico na Palestina.
Há dois anos que o Hamas vinha a perder apoios, internos e externos.
Uma sondagem levada a cabo pelo Jerusalem Media and Communications Center, e patrocinada pela Fundação alemã Fredrich Ebert, mostra que, em Novembro, só 16,6 por cento dos palestinianos apoiavam o Hamas – 40 por cento eram mais favoráveis à Fatah. Por isso, quando os seis meses de cessar-fogo com Israel chegaram ao fim, o Hamas calculou – e bem – que nada tinha a ganhar em continuar a trégua


Já se percebera como este conflito interessava, em primeiro lugar, ao Hamas.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Israel deve começar a recuar

As tréguas não são um processo unilateral de Israel mas baseiam-se numa iniciativa originalmente proposta pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner. Este e o ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, debateram hoje a proposta por duas vezes, em dois telefonemas, precisou um responsável da diplomacia francesa.

A proposta de Kouchner vai ao encontro das pretensões israelitas, que em momento algum devem ter equacionada a invasão de Gaza, ainda que tivesse feito questão de manifestar essa hipótese. E são várias as razões para essa não missão terrestre. A primeira, pelo confronto, em terra, com a demografia de Gaza. A segunda, pela impossibilidade de numa intervenção militar terrestre justificar mais mortes de civis, quando apenas se pretende combater o Hamas. A ter lugar, o número de mortes dispararia. A terceira, e mais sensível para Israel, em particular para os seus governantes, a forte eventualidade de haver baixas. A poucas semanas das eleições, a morte de soldados israelitas seria o desacreditar das candidaturas do Kadima e Trabalhistas, que presentemente conduzem o Governo, e um claro reforço do já liderante Likud. Não creio, por isso, que haja uma intervenção terrestre.
De assinalar que nas últimas horas o Ministro da Defesa e líder trabalhista, Ehud Barak, tem recuperado algum do muito crédito político perdido, fruto dos conhecimentos da sua carreira militar a par da vasta experiência governativa que já tem (que diferença com Peretz, o sindicalista que liderou os trabalhistas e conduziu, na qualidade de Ministro da Defesa, a intervenção desatriculada e desastrada no Líbano há pouco mais de dois anos).
Israel já ultrapassou muito dos seus objectivos, de derrubar pontos estratégicos do Hamas em Gaza. Mostrado e sentido o rugido do leão, é hora de este abrandar, sob pena da sua intervenção poder meter água.
O tempo, em termos de política interna israelita, é de colher frutos por parte de cada um dos candidatos e, aqui, Livni e Barak têm mais argumentos do que Netanyahu.
Devo reconhecer que a Presidência francesa da UE actuou bem neste caso, surgindo com uma proposta concreta e atempadamente, ao contrário do que sucedera no conflito do Cáucaso, no Verão passado, quando apareceu tarde.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Um Estado apenas formal

Caro Luís,

Parece mentira, mas é verdade, a Somália tem Parlamento. Note qual a próxima tarefa parlamentar somali:

Somalia's Parliament has 30 days to elect a new president by secret ballot and the Parliament speaker will be president until a new leader is elected.

O futuro imediato do Brasil

Para Lula, un presidente saliente debe retirarse de la vida pública sin caer en la tentación de dar consejos a su sucesor. ¿Volverá a disputar las elecciones presidenciales en el futuro? Ahí, el ex tornero ha dejado la puerta abierta. Ha dicho que el tiempo dirá. Va a depender de la aprobación, aún durante su mandato, de una reforma constitucional que impida la reelección al mismo tiempo que alargue de cuatro a cinco los años de la presidencia. En ese caso, Lula podría presentarse en 2015 si para entonces siguiera viva su popularidad.
Las elecciones de 2010 serán las primeras que se disputen en 20 años y en las que Lula no aparecerá como candidato, algo que supone, políticamente, mucho para Brasil.


No ano em que o Brasil se afirmou como a grande potência emergente a actuar globalmente, o futuro imediato coloca vários desafios para as terras de Vera Cruz. E o futuro político é decisivo para a consolidação da potência regional sul-americana no quadro global. A ano e meio da eleição presidencial, Juan Arias apresenta uma interessante tese, no El País, com três cenários possíveis, para o futuro imediato do Brasil na era pós-Lula.
Não creio que Lula regresse mais tarde às lides políticas, não só por parte da reforma constitucional brasileira, a ter lugar, seja tão permissiva como o texto de Arias indica, mas também porque provavelmente o Brasil entrará num ciclo que será marcado por um duplo mandato de José Serra. Naturalmente, Serra terá de ganhar e não bastam as sondagens a dá-lo como sucessor de Lula, como na edição desta semana a revista Veja adiantava.
Por outro lado, noto como aqui ao lado, em Espanha, há um grande interesse com o gigante latino-americano e aqui, em Portugal, o destaque, por razões óbvias, mas também globais, o Brasil não mereça a mesma atenção dos media.

(Publicado no Câmara de Comuns)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Raúl a destruir o comunismo em Cuba

El presidente de Cuba, Raúl Castro, se pronunció a favor de la erradicación de las gratuidades indebidas y los subsidios excesivos para disminuir las distorsiones en el sistema salarial.
el mandatario cubano insistió este domingo en la necesidad de producir más para aumentar los aportes al presupuesto, ya que "de lo contrario, sencillamente las cuentas no cuadran".
"Dos más dos siempre suma cuatro, jamás cinco; hay que actuar con realismo y ajustar todos los sueños a las verdaderas posibilidades. Esto significa cumplir con el principio socialista de que cada cual reciba según su trabajo", subrayó el presidente cubano


O Camarada Raúl Castro está a destruir os princípios doutrinários do comunismo, do a cada um mediante a sua necessidade. E disse algo que se percebe, apesar dos comunistas portugueses, por exemplo, não querem entender, que há gratuitidades indevidas e subsídios excessivos que distorcem o sistema salarial.
Por outro lado, ao rasgo de lucidez, não podia haver ponto sem nó, de um regime que continua a preservar as amarras do regime autocrático. Assim, vai ser criado o Controlo Geral da República. Um organismo que ter poderes de controlo social.

A velha tese de Teerão

The final count down has started for the collapse of the Zionist regime, government spokesman, Gholam-Hossein Elham said on Monday.

Não tem muitos anos, mas já é velha no discurso do actual regime de Teerão, a tese segundo a qual Israel está à beira de desaparecer.
No Ocidente, em que tantos condenam os ataques israelitas, esquecem-se, por outro lado, destas palavras, e pretensões, bem nocivas, de alguns iranianos, a de exterminar um povo, ao mesmo tempo que negam o Holocausto.
Ainda se considera que o projecto nuclear iraniano é inócuo?

Último mandato de Saakashvili?

Mikhail Saakashvili will not run for the presidency any more, but does not intend to bow out now. Speaking on Sunday at a government meeting, dealing with social and economic development of the country, he said that “the term his powers at the presidential post expires early in 2013”.

Veremos se Saakashvili cumpre com a sua promessa. Até 2013 muita água vai correr debaixo da ponte e os avisos lançados há poucos dias por Moscovo, de poder recorrer à força militar, se a isso se sentir "necessitada", também podem ter a Geórgia como um dos alvos. A este propósito, da relação georgiana/russa, ler a entrevista dada há dias pelo antigo Presidente georgiano, Eduard Shevarnadze à Euronews.
Quanto ao actual Chefe de Estado da Geórgia, creio que cairá mais pelos insucessos internos do que pelos espasmos externos.

Um Estado de terror

El presidente de Somalia, Abdullahi Yusuf Ahmed, anunció en el Parlamento que dimitía "después de haber recibido presiones por parte de la comunidad internacional".

A Somália continua a ser um país falhado e ao total dispor do terrorismo, actualmente, tão presente na terra como no mar.

Israel continua a reforçar o Hamas

O objectivo da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, hoje no terceiro dia consecutivo, é fazer cair o regime do Hamas, anunciou hoje o vice primeiro-ministro israelita Haim Ramon na estação de televisão privada 10.

Tel Aviv sabe que está a pedir o impossível. O Hamas não vai cair na Faixa de Gaza e sujeita-se a conquistar a popularidade na Cisjordânia, com o enfraquecimento da Fatah.
Se o objectivo de Israel é procurar legitimar mais dias de intervenção em Gaza, não é com o argumento da defesa da queda do Hamas que vai merecer reconhecimento para continuar a intervir.
O enfraquecimento das respostas bélicas do Hamas por parte de Israel acaba por ser inversamente proporcional, no seio da comunidade muçulmana, ao apoio à causa do grupo que controla a Faixa de Gaza.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Abbas disse o que nas ruas do mundo não se quer entender

Mahmoud Abbas, the Palestinian president, has blamed Hamas for triggering Israel's deadly raids on Gaza, by not extending a six-month truce with the Jewish state.
He also blamed Hamas, which controls the coastal Gaza Strip territory, for disrupting national unity talks that could have paved the way for general and presidential elections.
"We have warned of this grave danger," he said in Cairo, Egypt, on Sunday.
"We talked to them [Hamas] and we told them, 'please, we ask you, do not end the truce. Let the truce continue and not stop", so that we could have avoided what happened."


Foi um Abbas, no Cairo, sentado junto de Mubarak, impotente perante a escalada bélica e a morte de muitos civis inocentes, que disse o que não se quer perceber em muitas ruas do mundo muçulmano e ocidental: ao não renovar a trégua e ao atacar Israel, o Hamas ia desencadear esta situação calamitosa.
O Hamas é o culpado da presente situação, da morte de centenas de pessoas.
Naturalmente, a ala radical do movimento que controla Gaza é isso que quer e os resultados que pretende estão a ser atingidos. Uma vez mais, e como sempre, à custa dos inocentes.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Mais um remendo

Num comunicado divulgado ao final da tarde, o rei Albert II revela que incumbiu Van Rompuy de formar Governo e que “este aceitou a missão” de substituir o ex-primeiro-ministro Yves Leterme, que apresentou a sua demissão há dez dias.

Ives Leterme sai do Governo belga como entrou: sem glória.
Depois de nove tentativas de sair do Executivo federal, em nove meses de mandato, depois de ter esperado nove meses para formar Governo na sequência das eleições, o monarca belga aceitou, ao décimo pedido, a carta de despedida de Leterme.
Apesar do clima de crispação entre as duas maiores comunidades - valã e flamenga - não ser hoje tão áspero como o de há um ano, a crise mundial a isso "ajuda" e o cansaço com o prolongar de uma situação política insustentável a isso conduz, pensei que Verhofstadt, pelas suas qualidades e experiência, assim como pela sua popularidade, regressaria à condução do Governo. Não foi esse o entendimento nem convite do Rei. Veremos o que se segue, mas não creio que van Rompuy seja mais bem sucedido que Leterme. Oxalá me engane.
Continuando presente o cenário de eleições antecipadas, dada a grande fragilidade do próximo Governo, é de verificar o comportamento dos diversos partidos, designadamente dos radicais flamengos, que pugnam pela cisão do país.

domingo, 28 de dezembro de 2008

As "raízes" de Chávez

A partir de entonces, mezclando reflexiones propias con lecturas de Marx, Lenin y panfletos revolucionarios latinoamericanos, al mismo tiempo que a su devoción por Bolívar añadía la fascinación por Fidel Castro, irá construyendo su peculiar ideología, una alianza de militarismo, marxismo y fascismo (...)
aunque se promueve a sí mismo con una retórica revolucionaria y marxista, tiene, por su componente militarista, vertical y sobre todo el culto irracional del héroe, una entraña fascista, y su semejanza mayor, en América latina, son Perón y el peronismo. (...)
No es menos extraordinario que en la resistencia a Chávez militen, en la vanguardia, los estudiantes universitarios, en su gran mayoría, y, sobre todo, los de las universidades públicas, es decir, los de origen social menos próspero.


Este artigo, do consagrado Mario Vargas Llosa, relativo à obra publicada pelo historiador e ensaísta mexicano Enrique Krauze: "O poder e o delírio", ajuda a compreender melhor a personalidade do Presidente da Venezuela, bem como a actual situação política e social deste país da América do Sul.

Atacar Israel para conquistar a Cisjordânia?

Khaled Meshaal, the political leader of Hamas, has called for Palestinians to wage a new intifada against Israel, including a return to suicide missions.

In an interview on Al Jazeera, Meshaal said: "We called for a military intifada against the enemy. Resistance will continue through suicide missions."

Meshaal said he was open to reconciliation with Abbas, but demanded that the Palestinian president cease peace negotiations with Israel."Neither rockets nor suicide operations are absure, but negotiations are," he said.


A chegada ao fim do período de tréguas serviu para o Hamas provocar Israel, em vésperas de um período delicado e decisivo tanto para Israel como para a Palestina, pelas eleições no horizonte das duas partes - a legislativa israelita decorre em Fevereiro e as presidenciais e legislativas palestinianas ainda estão por agendar.
O lançamento sucessivo de vários mísseis de Gaza para o sul de Israel ainda levou Livni ao Cairo para pressionar, via diplomática, o Hamas a cessar as suas ofensivas bélicas. Esta deslocação não obteve qualquer resultado e, como esperado e anunciado por Tel Aviv, Israel respondeu, de uma forma pesada, o que revela as marcas da guerra de 2006 no Líbano, na qual o Hezbollah não ficou fragilizado e de Israel não querer repetir o "resultado" desse conflito, desta feita, em Gaza - as realidades e condições também são diferentes.
Agora que Meshaal apela a nova intifada e manifesta disponibilidade para dialogar com Abbas, podem descortinar-se várias preocupações do líder do Hamas e algumas possíveis justificações para o interesse deste conflito por parte do Hamas; caso contrário, mesmo terminado o período de tréguas que motivo tem o Hamas para agredir Israel?
Tendo em conta as eleições que se avizinham, Meshaal quer granjear mais apoios entre palestinianos, nomeadamente na Cisjordânia, onde a Fatah tem o poder e o Hamas não goza de grande liberdade de movimento. Nada como juntar os palestinianos, de Gaza e Cisjordânia, em torno da mesma causa: a Palestina, que com este conflito parece apenas defendida pelo Hamas, grupo que controla o território que está a ser alvo de Israel. Estado que tende a ser encarado como o inimigo do povo palestiniano.
Abbas surge como um actor que tem pouco a ver com Gaza, na qual não tem o mínimo de controlo, enquanto nas ruas da Cisjordânia e em Jerusalém, os palestinianos saem às ruas em solidariedade com os seus irmãos de Gaza e, por consequência, com o Hamas, grupo que, ao fim e ao cabo, está a dar o peito neste confronto, apesar de se resguardar nas costas dos civis de Gaza.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Leitura sensata de Dacar

Em Paris o presidente do Senegal foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a apoiar os golpistas explicou que “eles pretendem criar as condições para eleger um novo presidente e voltar às casernas”.

O Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, emprestou às diversas leituras internacionais do golpe de Estado na Guiné Conacri uma voz sensata.
Enquanto UE e EUA surgem sobressaltados, Dacar encara uma oportunidade para o desenvolvimento do seu país vizinho.

Quem ganhará internamente com o conflito?

O Hamas provocou Israel nestas últimas horas com vários ataques lançados de Gaza. Outra resposta não se esperaria de Tel Aviv. Convém reconhecer que Olmert e Livni procuraram, pela via diplomática, anular os ataques de Gaza. Em vão.
Perante a pressão interna, Israel interveio em Gaza, no sentido de repelir mais ataques do Hamas.
Resultado deste novo conflito, o mesmo de sempre: a morte de inocentes.
A pouco mais de um mês das legislativas israelitas, resta saber, em termos internos, quem ganhou neste confronto, se Livni (Ministra dos Negócios Estrangeiros e candidata do Kadima), Barak (líder dos Trabalhistas ex-Primeiro-Ministro e actual Ministro da Defesa) ou Netanyahu (ex-Primeiro-Ministro, candidato do Likud e pouco propenso a negociações – de acordo com as sondagens está mais perto de alcançar o poder).
Sendo quase certo que os Trabalhistas terão um resultado muito fraco, é a disputa entre Netanyahu e Livni que centra as atenções. Quem terá, para os israelitas, um perfil adequado chefiar um Governo que será de minoria e obrigará a acordos pós-eleitorais.
Para o futuro da região, em termos de diálogo e compromissos, e para evitar o que se passa nestes dias, Livni, seria, de longe, a melhor resposta.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Bons sinais vindos de Damasco

Syrian President Basher Assad on Wednesday expressed his hopes that the incoming administration of President-elect Barack Obama would bring about a change to U.S. policy on the Middle East, to allow it to pursue peace throughout the region "sincerely."

On Tuesday, Assad expressed his desire for indirect talks with Israel, saying that they called for "more time and effort", adding that the talks had the potential to lead to direct negotiations between the two countries.

Assad also said Monday he believes direct peace talks with Israel are possible and that they will eventually take place.

Não obstante o conflito aberto nestes dias entre Israel e o Hamas (e importa perceber o alcance desta relação bélica, uma vez que estamos a escassas semanas de eleições legislativas em Israel), há bons sinais vindos do Médio Oriente, em especial da Síria, um dos principais actores da região.
Continua a verificar-se que quanto mais Ahmadinejad fica enfraquecido, mais Assad se aproxima do Ocidente. Uma derrota de Ahmadinejad nas presidenciais iranianas do próximo Verão, com o triunfo da ala moderada iraniana, pode representar uma grande oportunidade para encontrar sólidas vias de diálogo e comprometimento da Paz em todo o Médio Oriente.
O Presidente sírio sabe que tem um papel importante a desempenhar na estabilidade da região, dadas as ligações e relacionamentos, quer no Líbano quer em Gaza, sem esquecer o vizinho Iraque. O envolvimento e participação dos EUA são fundamentais. Se a próxima Administração norte-americana estiver apostada em encontrar a Paz, esta pode estar mais perto de alcançar.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Enquanto a UE dorme a Rússia avança

Russia and Serbia signed a controversial energy deal Wednesday for Russian state gas monopoly Gazprom to acquire Serbia's oil monopoly in exchange for building a gas pipeline through Serbia

Inteligentemente, a Rússia, pela Gazprom, continua a fazer magníficos negócios na Europa.
A UE, por seu turno, continua, de forma calma e passiva, a pagar uma factura energética elevada que, se não for precavida, poderá ser ainda mais cara dentro de alguns anos para todos nós.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Esperar para ver se há futuro

O primeiro-ministro da Guiné Conacri, Ahmed Tidiane Souaré, e vários dos seus ministros, entregaram-se hoje aos revoltosos que puseram em marcha um golpe de Estado após a morte do Presidente Lansana Conté, na terça-feira. O chefe do Executivo e cerca de 30 membros do seu gabinete encontraram-se com o capitão Moussa Dadis Camara, que se auto-proclamou ontem o novo Presidente do país, numa base militar da capital.
O capitão Camara terá prometido aos membros do governo a sua segurança, pedindo-lhes igualmente que colaborem com o novo regime, que ficará em funções – de acordo com Camara – até que se possam levar a cabo novas eleições, prometidas para 1010.
Citado pela Radio France Internationall, Camara garantiu igualmente não querer apresentar-se como candidato. "Não tenho a ambição de ser candidato às eleições presidenciais", disse. "Nunca tive a ambição do poder", acrescentou.
Cerca de 53 por cento dos guineenses vivem abaixo do limiar mínimo da pobreza.
Várias organizações não-governamentais denunciam há anos a corrupção e a “gestão calamitosa” que se vivem no país, apesar da riqueza em ferro, ouro e diamantes que jaz no subsolo.


O golpe de Estado perpetrado na Guiné Conacri, na sequência da morte Conté, é um resultado quase inevitável do sistema de um Estado autocrático e cleptocrático que se mostra extremamente vulnerável quando o rosto máximo perece.
São muitas tensões e agravos acumulados ao longo de anos que encontram a possibilidade de vingar. O momento surgiu na terça-feira com a morte do Presidente da República.
Muitos se mostram preocupados, como a UE e os EUA, mas a verdade é que o regime vigente em pouco servia a população.
Veremos se Camara cumprirá a sua palavra e proporcionará uma oportunidade de futuro a este país da África ocidental. Caso contrário, será um triunfo dos porcos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Para registar

Likud leader Binyamin Netanyahu, who told EU ambassadors last week he would continue with the Annapolis process - albeit with some red lines - were he to become prime minister, is taking that message on the road, going to France Wednesday for a meeting with French President Nicolas Sarkozy.

Resta saber se, uma vez eleito Primeiro-Ministro, Netanyahu vai seguir mesmo o traçado em Annapolis e quais são as "linhas vermelhas" que quer traçar.
Por outro lado, também importa verificar o empenho dos EUA no Médio Oriente. Obama já assegurou que desde a tomada de posse o Médio Oriente estará nas prioridades. O facto de Hillary suceder a Rice e estar a par dos assuntos facilita, e em muito, as árduas tarefas que os EUA terão pela frente.

Uma perda no combate ao terrorismo

Le Kirghizstan prépare "les documents nécessaires" pour fermer la base militaire américaine de Manas, située à l'aéroport de Bichkek et servant de soutien aux troupes engagées en Afghanistan, a appris mercredi l'AFP auprès de sources gouvernementales.

Com a situação a agudizar-se no Afeganistão e Paquistão, o encerramento da base militar norte-americana no Quirguistão, perde-se mais uma base de apoio no combate ao terrorismo.
As coisas não estão a ficar nada fáceis.

Boa decisão do Parlamento colombiano

El Congreso colombiano rechaza la posibilidad de reelección inmediata de Uribe

Ao não permitir uma terceira candidatura presidencial consecutiva de Álvaro Uribe, o Parlamento colombiano dá um bom sinal de não viciar o sistema democrático.

Escravidão no século XXI

According to data released by the International Organisation on Migration in 2003, the latest report on human trafficking in Mozambique, at least 1,000 Mozambican women and children are being trafficked every year.

Most of them are taken to South Africa where they are forced into prostitution or poorly paid labour.

O caso assume contornos de maior relevância para nós, dado ser um país lusófono, onde se assite a tráfico humano, que violenta os mais vulneráveis, como mulheres e crianças.

Redefinição política na maior potência africana

Disgruntled members of South Africa's ruling African National Congress (ANC) have named Mosiuoa Lekota, the former defence minister, the president of their new party, the Congress of the People (Cope).

Cope, which is mainly made up of ANC members loyal to Thabo Mbeki, the former South African president, has attracted scores of ANC supporters.


Jacob Zuma, afinal, pode não ter um passeio triunfal nas presidenciais sul-africanas do próximo ano.
Com o redesenhar do sistema partidário da África do Sul, a democracia começa a ganhar mais consistência na grande potência africana.
Oxalá as questões e confrontos étnicos não surjam com esta transformação. A África do Sul pode estar a dar mais um exemplo a África.

CDU continua a liderar de pedra e cal


Apesar de não ter apresentado ainda qualquer solução para a actual crise, e depois do seu congresso partidário, a CDU continua de pedra e cal.
O SPD sobe ligeiramente. Para observar até onde a liderança de Steinmeier consegue ir.
Nos mais pequenos, de registar a mudança de líder dos Verdes, agora comandados por um turco naturalizado alemão, Cem, e a primeira sondagem não foi a mais favorável.
No quadro actual, continua a prever-se uma futura coligação federal entre CDU e os liberais do FDP.
Faltam nove meses para as eleições legislativas.

A preocupante ascensão do Likud ao poder

Todo parece estar a punto de caramelo para que el partido conservador Likud arrase en las elecciones legislativas del 10 de febrero. Pero a la fuerza que ha gobernado durante 20 de los últimos 31 años le ha salido un quiste: las primarias del Likud han arrojado unos resultados inesperados para su presidente, Benjamin Netanyahu, en las que varios candidatos se alinean con posiciones que lindan con el fascismo.

Moshe Feiglin, líder de los rebeldes extremistas en el Likud, y sus partidarios se erigieron en auténticas estrellas de la campaña y lograron posiciones que les garantizan escaños en el Parlamento.

Feiglin es un dirigente al que muchos califican sin tapujos de "fascista". Hace más de una década, en entrevistas en los medios hebreos, se declaró admirador de Hitler. A su juicio, el líder nazi era un "genio militar incomparable" que "dotó a Alemania de orden público y de un régimen ejemplar con un sistema judicial apropiado". Añadía Feiglin que el sionismo es "racista" y que los palestinos son "inferiores" porque fracasaron a la hora de lograr su Estado a lo largo de la historia.


Se estes senhores terão, em breve, como tudo indica, poder em Israel, a preocupação será enorme pelo futuro da região.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O trabalho da secreta marroquina

La sorprendente conclusión de las averiguaciones de los espías marroquíes fue que el progenitor es el ex presidente José María Aznar, probablemente el político extranjero más abominado por el palacio real en Rabat.

A gravidez da Ministra da Justiça francesa, Rachida Dati, continua a ser alvo de atenção. Filha de argelina e marroquino, a secreta do Reino de Marrocos procurou saber quem é o pai do filho da governante gaulesa e a resposta dada vai, uma vez mais, dar a Aznar.
Uma novela que continuará a dar pano para mangas, enquanto Dati não revelar quem é o pai da sua esperança.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

A ler

Cuando pase la actual crisis mundial, nada volverá a ser igual que antes. Occidente -Estados Unidos y Europa- sufre un declive relativo, mientras que las potencias emergentes de Asia y Latinoamérica estarán entre los ganadores.

una mala noticia para Europa, porque, cuando la crisis mundial quede atrás, los europeos, sencillamente, habrán perdido importancia. Y, por desgracia, Europa no sólo no está haciendo nada para evitar o invertir ese declive, sino que está acelerando el proceso con su propia conducta.


Joshcka Fischer continua a demonstrar uma lucidez que infelizmente os líderes europeus não estão a tomar em conta, desde logo a sua Chanceler alemã, Merkel.
Menos UE, neste século XXI, representa perda de competitividade e, por resultado, bem-estar.

Sem justificações

Más de 3.000 funcionarios del Ejército están siendo investigados por la Fiscalía General de la Nación y la Procuraduría General de la Nación en relación con los cientos de casos que han sido denunciados. El Gobierno ha destituido a 40 militares hasta ahora. Dos centenares de ONG afirman que los crímenes han aumentado y su impunidad.

Com a debilidade das FARC e dos outros bandos terroristas de extrema-direita colombiana, já não há justificação para os milhares de desaparecidos e mortos, como se tivessem sido alvo destas bandas terroristas.
Sabe-se que elementos das Forças Armadas têm sido os executores destes actos e a Justiça colombiana começa a dar resposta a esta maleita. E o caminho parece longo. Para já, evidencia-se um começo, para que a Colômbia alcance, finalmente, a estabilidade merecida.

Começar bem

Incoming U.S. Secretary of State Hillary Clinton told Prime Minister Ehud Olmert by telephone Saturday evening that she will work "to bring peace and stability to the Middle East."

Caso para dizer: até que enfim uma Administração norte-americana, que toma posse, e assume, desde o primeiro momento, a Paz do Médio Oriente como uma prioridade.

sábado, 6 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Preocupante


A propósito das eleições legislativas israelitas de Fevereiro próximo, as sondagens atribuem ao Partido Trabalhista menos de 10% de votos. Entretanto, o Likud e Netanyahu mantém a vantagem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A ler

En los próximos dos años, los conflictos en África, la piratería en las costas somalíes y la necesidad de reiniciar el proceso de paz en Oriente Medio serán sólo algunos de los problemas que pesarán sobre los líderes de Estados Unidos y de Europa.
Pero eso no significa que tengamos que pensar en abandonar a los afganos al caos y la violencia en los que gran parte de su país está sumido en la actualidad. Sería una estrategia de consecuencias funestas. Si nos retiráramos precipitadamente, sin duda el Gobierno afgano se derrumbaría y, a continuación, vendría una guerra civil entre los insurgentes talibanes y quienes ostentan el poder local. Un millón o más de afganos abandonarían de nuevo el país, y muchos de ellos terminarían en Europa como refugiados.
Prometer poco y dar mucho es una preciosa virtud; lo contrario, un pecado mortal. Eso significa que hay que abandonar la idea de que podemos convertir Afganistán en un Estado bien gobernado que respete la igualdad entre los sexos y los derechos humanos a la manera europea, porque suscita expectativas que no podemos cumplir y malgasta recursos que mejor sería destinar a otras cosas. El límite de lo factible está en un Estado mejor gobernado, no necesariamente bien gobernado.
Desde el punto de vista militar, hay que aceptar que probablemente no podamos derrotar a los talibanes -sólo el pueblo afgano podrá hacerlo- y que, en este momento, sobre todo en el sur, no parece que eso vaya a ocurrir. Tampoco podemos obligar a los afganos. Si cambian de opinión al respecto, será a su tiempo, no al nuestro. Lo único que podemos hacer es proporcionarles espacio, ayudarles en lo que podamos y esperar que todo salga lo mejor posible. Eso significa incrementar el apoyo al ejército y a la policía del país, que son los que tendrán que hacer el trabajo.


Um artigo interessate sobre o Afeganistão, onde hoje se joga parte da segurança mundial.

Pior a emenda que o soneto

As medidas mais visíveis do plano de combate à recessão de Durão Barroso foram ontem fortemente contestadas pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE), que exigiram mesmo a sua eliminação.

Como aqui se referiu, Barroso reagiu e actuou tarde face à crise mundial. Desta feita, na tentativa de marcar a agenda europeia, o plano do Presidente da Comissão, em grande parte feito à custa dos Orçamentos nacionais, mereceu a reprovação do Ecofin.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Saakashvili admite que desencadeou a guerra do Cáucaso

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, reconheceu hoje que foram as tropas georgianas as que iniciaram as ações armadas na separatista Ossétia do Sul

Li na página de João Soares que o Presidente georgiano reconheceu há poucos dias que fora a Geórgia, e não a Rússia, a espoletar a guerra do Cáucaso. Algo há muito percebido, houve quem no Ocidente não quisesse entender. Agora resta saber o porquê. Será a Polónia, e a sua base de mísseis, a resposta? Por apurar.

Impreterível

Atentados em Bombaim: Condoleezza Rice apela ao Paquistão para uma cooperação “total”

Rice disse o inevitável e indispensável: é tempo de Nova Deli e Islamabad unirem esforços, pois ambas são alvo do mesmo objectivo traçado pelo terrorismo.

Roménia vira à esquerda

La oposición socialdemócrata vence en las legislativas rumanas, según los sondeos

O PSD ganhou a eleição, mas a estabilidade política na Roménia pode não avistar-se.
Veremos como se constituirá o próximo Governo, pois o PDL e o PNL, segundo e terceiro partidos mais votados, podem reeditar a actual coligação governativa, com o beneplácito de Basescu, o Presidente da República, do PDL, e assegurar o poder em Bucareste.

As escolhas de Obama

Obama tem vindo a anunciar as pessoas que trabalharão na sua Administração.
Dos nomes já divulgados, percebe-se que Obama terá dos melhores quadros norte-americanos. Elementos com vasta e reconhecida experiência, sendo a maioria oriunda da Administração Clinton.
Longe vão os tempos em que o Presidente eleito, então nas primárias, condenava o sistema de Washington, com a tão anunciada "mudança", pois agora é neste que se sustenta e espera superar a crise.
Ainda há poucos dias, a propósito das nomeações para a sua equipa, perguntaram a Obama onde estava a "change", ao que respondeu que ele era a mudança. De facto, só ele é a mudança, pois pode chegar-se ao ponto de se dizer que a Obama só falta convidar Bill para ser Presidente.
De qualquer modo, se hoje se confirmar o nome de Hillary para suceder a Rice no posto de Secretária de Estado, é dado mais um bom passo, no sentido da próxima Administração norte-americana contar com grande qualidade. Faltará, depois, corresponder às expectativas que se criam.

(Publicado no Câmara de Comuns)

O recrudescer do terrorismo

O terror que se fez sentir nos últimos dias em Bombaim é resultado de um recrudescimento dos grupos terroristas que se estão apresentar mais letais e imprevisíveis.
Tal como em Setembro de 2001, em 2008, os serviços secretos, no caso, os indianos, falharam. Quanto aos serviços secretos paquistaneses, ISI, a natureza é distinta e em texto breve o tema merecerá destaque.
A escalada do terror oriundo do Paquistão na Índia, hoje já se sabe isso, é mais um sinal de que o terrorismo está a ganhar terreno na Ásia Central. E as suas conquistas são mais do que preocupantes.
Talvez seja tempo de reestruturar a intervenção militar no Afeganistão, ao mesmo tempo que é preciso focar atenções no Paquistão, no sentido de conter e inverter o cancro do terrorismo no aparelho do Estado.
Os tempos dirão, mas a saída de Musharraf está a fazer-se sentir, uma vez que militares e demais forças de segurança começam a operar por si no Paquistão, ainda mais à margem do poder político.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Coragem

Calderón reconoce que la mitad de los policías mexicanos son "no recomendables"
El Gobierno envía a la ONU un informe que admite que su sistema de justicia requiere "urgentemente" una depuración


Num país assolado por corrupção, em que as forças da autoridade estão minadas e muitos dos agentes estão comprados pelas longas e fortes teias dos grupos narcotráfico, é preciso coragem para reconhecer isso em público.
Desde que tomou posse, Felipe Calderón tem demonstrado ser um político determinado na sua missão de melhorar o México.
O combate aos traficantes tem sido feito sem tréguas e já resultaram várias mortes de inocentes.
Não obstante a realidade mexicana enfrentar e debilitar o Estado, o Estado tem assumido as suas funções e Calderón tem sido o rosto da mudança.
O documento enviado à ONU, com base num estudo realizado, e tornado público, que reconhece a desonestidade de muitos polícias, é uma pedrada no charco e mais uma prova de que o Presidente mexicano está determinado em combater os cartéis que desacreditam e empobrecem o país.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A actualizar

No próximo fim-de-semana:

- Atentado em Bombaím;
- As escolhas de Obama;
- Eleições autárquicas venezuelanas;
- PS francês;
- Novo Governo austríaco;
- Gronelândia, novo Estado.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cessar-fogo não faz calar as armas no Congo

Well-armed Tutsi rebels in eastern Congo have pushed back demoralized army troops and advanced north despite their leader's pledge to support a ceasefire and peace talks, witnesses said on Monday.

O líder dos rebeldes, Nkunda, assegurara um cessar-fogo, no fim-de-semana, no momento em que o ex-Presidente da Nigéria, Obasanjo, enviado do Secretário Geral da ONU para a RD do Congo visita a região e tem falado com os diversos interventores, no sentido de cessar os confrontos.
Pelos vistos, hoje, os avanços militares dos rebeldes continuam.

O respeito chavista assume-se com grades

El presidente venezolano busca el modo de llevar a la cárcel a Manuel Rosales

O respeito de Chávez pelos adversários políticos é assumido com grades. Qual é o pecado de Manuel Rosales? Ser opositor de Chávez. Logo, no pensamento do pseudo-biblista-bolivarista, é alguém que quer atentar fisicamente contra ele.
A paranóia política ganha contornos políticos na Venezuela.
Veremos se no domingo, dia das autárquicas venezuelanas, haverá muitos presos.

domingo, 16 de novembro de 2008

Congresso ao rubro

Num congresso bastante participado e aceso, a questão essencial e que tem dominado os trabalhos prende-se com o rumo para o socialismo francês e a disputa da liderança traduz isso.
Delanoë, apontado até há pouco tempo como o mais provável sucessor de Hollande à frente do PS francês, desistiu da candidatura à liderança, que será disputada por Ségolène, Aubry e Hamon.
Apesar das poucas hipóteses de triunfar, Hamon, e os seus partidários, é tão decisivo como Delanoë para o desfecho, uma vez que os votos de cada grupo serão determinantes na escolha do próximo Secretário-Geral. Sendo quase certo que será uma mulher, a dúvida que vai prolongar-se até quinta-feira, dia da eleição do líder. Quem sairá vencedora? A ala mais moderada ou mais à esquerda, assumidas por Ségolène e Aubry respectivamente.
A conjectura interna, ou seja, dos militantes, é mais favorável a Aubry, uma vez que pode colher muitos apoios na ala de Delanöe, enquanto a externa, isto é, dos franceses, está mais inclinada para Ségolène. Mas o que conta é a escolha dos militantes. Veremos o que dará.
Oxalá o PSF possa virar a página e isso só com a candidata socialistas das últimas presidenciais.
Bonne chance Ségo!

(Publicado no Câmara de Comuns)

Turco lidera Verdes alemães

Los verdes alemanes eligen a un líder turco
Cem Özdemir, diputado europeo de 43 años de edad, es hijo de emigrantes de Anatolia y obtuvo la nacional alemana en 1992


Confirmou-se a eleição de Özdemir como líder dos Verdes alemães. Nascido na Turquia e naturalizado alemão, o novo líder do partido que ascendeu há uma década ao poder federal, pela mão de Joschka Fischer, torna-se um novo modelo daquilo que acabará, mais cedo ou mais tarde, por consagrar-se na realidade política europeia, a participação e elevação a cargos liderança de cidadãos de outras proveniências que não as nacionais.
O espaço político europeu começa a representar a realidade social dos países que a compõe.
Veremos qual o resultado de Özdemir nas eleições legislativas do próximo mês de Setembro.

sábado, 15 de novembro de 2008

Congresso da mudança

Os socialistas franceses estão à beira de confirmar, neste fim-de-semana, em Reims, a ruptura com o passado cinzento e nada vitorioso do partido.
Três nomes são indicados para suceder a François Hollande à frente do PS gaulês.
Para já, só Ségolène Royal anunciou a candidatura. Facto também impulsionado por há dias a sua moção ter obtido mais votos, 29%.
Resta esperar a apresentação da candidatura de Bertrand Delanoë, até há pouco tempo o grande favorito, caso obtivesse o apoio de Martine Aubry, outro dos nomes que pode disputar a liderança. A Maire de Lille, também conhecidapela Ministra (de Jospin) das 35 horas, parece apostada em querer levar a sua candidatura às urnas. Na votação das moções, a de Aubry alcançou 25%, a mesma percentagem da de Delanoë. De contar, também, com a participação de Benoit Hamon, eurodeputado, que granjeou 19% dos votos.
Na quinta-feira, quando for escolhido o líder, termina um capítulo dos socialistas franceses e inaugura-se outro, que surge com melhores condições para conduzir a esquerda à governação do país. Seja Ségolène ou Delanoë o próximo líder, o partido sairá vencedor, pois contará com uma nova e forte liderança, desligado das propostas e posturas anacrónicas do PSF do últimos anos. E isso é o mais importante!

(Publicado no Câmara de Comuns)

À margem de Putin

Caro Nuno,

Também me parece que Medvedev está a fazer o seu próprio caminho, sem ser à sombra de Putin.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Uma grande oportunidade perdida por Bush

In 2006 letter to Bush, Haniyeh offered compromise with Israel

Com reiteradamente destaquei, houve oportunidade de estender pontes com a ala moderada do Hamas.
Israel e os EUA nunca quiseram apoiar o lado moderado do movimento palestiniano, no sentido de isolar e diminuir a facção radical.
Hoje comprova-se o que se percebia da actuação de Haniyeh, a vontade de dialogar e procurar soluções para o conflito. Lamentavelmente, a Administração Bush nunca respondeu a quem procurava acordos.
Uma oportunidade perdida e um grave erro da Administração norte-americana.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mudanças constitucionais na Rússia

Medvédev remite a la Duma enmiendas para aumentar a 6 años el mandato presidencial

O Presidente russo fez o que Putin não ousara alterar: a Constituição.
Das propostas mais significativas propostas pelo Chefe de Estado russo destacam-se duas: o aumento do mandato presidencial, de quatro para seis anos, e a determinação do Primeiro-Ministro ter de responder na Duma às questões dos parlamentares.
O que quererá Medvedev?
Não creio que seja a facilitação da vida de Putin.

O Brasil dá cartas ao mundo

Depois do encontro há poucos dias em Nova Deli, que juntou Índia, Brasi, e África do Sul (grupo Ibas), no qual Lula foi figura cimeira, a realização do encontro do G-20 (países emergentes) em São Paulo, no último fim de semana, com a presença de representantes do FMI, BM e UE, é mais uma prova de como a potência sul-americana surge como o país liderante desta nova era.
A poucos dias do encontro de Washington, que juntará as principais economias mundiais no sábado, o Brasil é a grande potência emergente e o único grande país do mundo firmemente apostado na construção de uma nova era.
Não sou grande fã do actual Presidente brasileiro, mas devo reconhecer que Lula tem a sua quota-parte de responsabilidade na projecção mundial que o Brasil assume nestes tempos. Depois da consolidação dos alicerces democráticos e económicos da era Henrique Cardoso, Lula consolida a agenda internacional brasileira.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Depois do apartheid nova mudança política

São autênticos momentos de mudança política que se vivem na África do Sul, com a saída de muitas pessoas do ANC para criarem novas formações políticas.
As presidenciais do próximo ano serão um bom testa para verificar o grau de maturidade da jovem democracia sul-africana.
Se no México a "prização" do país demorou quase um século a desmantelar, até que alguém não vindo das fileiras do PRI conquistasse o poder, na África do Sul o todo-o-poderoso-ANC está à beira de conviver com formações que vão contribuir, assim singrem, para uma nova e mais saudável dinâmica democrática. Em menos de duas décadas, é um bom sinal.
Oxalá outras questões, como as étnicas, não perturbem o natural desejável confronto político.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

1 milhão de refugiados

África continua a dar um triste exemplo de tragédia Humana.
O líder rebelde, Nkunda, diz querer avançar até à capital da da RD do Congo, ou seja, propõe-se avançar da costa oriental até à ocidental.
Veremos se a intervenção da UE (leia-se França e Reino Unido) e outros actores regionais conseguem evitar mais um atentado, que já fez deslocar um milhão de pessoas.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A 11 meses das legislativas

Passada a eleição bávara, que abalou a direita alemã, pela queda significativa, e o período de crise financeira mundial, à qual Merkel respondeu mal, CDU e SPD perdem pontos.
Das restantes formações, só os liberais saem com um Outubro positivo. Subiram na eleição bávara e nas intenções nacionais.
A tendência de coligação federal CDU/FDP mantém-se.

Novos tempos, velhas compras

Gaddafi in Moscow for arms talks

As voltas que o mundo dá! Depois de mais de duas décadas sem pisar solo russo, o líder líbio vai a Moscovo negociar armamento.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O outro lado da intervenção russa na Geórgia

La guerra de los cinco días, como llaman en Rusia al conflicto con Georgia, ha mostrado que el sistema de dirección del Ejército está obsoleto y ha impulsado al Kremlin a abandonar el sistema de cuatro eslabones de la época soviética -distrito militar, ejército, división, regimiento- y reemplazarlo por uno de tres, más moderno: distrito militar, mando operativo, brigada.

A descrição apresentada pela notícia, da intervenção russa na Geórgia, em Agosto último, demonstra as grandes fragilidades por que passam as Forças Armadas russas.
Dando seguimento à política de renovação das FA russas iniciada por Putin, os próximos anos deverão reestruturar, de alto a baixo, o poder militar, ao ponto de se considerar a mais radical, desde a empreendida por Krushov.

Queda de tabus

O Congresso mexicano aprovou nesta terça-feira uma polêmica reforma energética que permite uma maior participação do setor privado na exploração e extração de petróleo para conter a constante queda na produção.

aludira aqui há uns meses aos dogmas que existiam no México quanto à forma como lidar com o problema petrolífero, que se estava a agravar.
Ontem, o Congresso mexicano fez cair um dogma que pode proporcionar mais condições ao México.

A debilidade das FARC

"As Farc nesse momento são um grupo já muito reduzido, uma guerrilha sem orientação política, que vai desaparecer. São uns guerrilheiros sem moral e com uma decomposição interna", afirmou o ex-guerrilheiro, em entrevista coletiva concedida no ministério de Defesa colombiano.

Wilson Largo, o dissidente das FARC que conduziu à liberdade o preso mais antigo do grupo terrorista colombiano, o antigo congressista Óscar Lizcano, afirmou que as FARC estão desorientadas, enfraquecidas e à beira de desaparecer.
Posso crer nas duas primeiras, até porque os últimos tempos isso demonstram, daí a considerar que as FARC vão desaparecer, vai um passo gigante. Aliás, na América do Sul está a ter lugar uma mudança de paradigma das antigas guerrilhas.
Se na Colômbia as FARC já assumiram, de certo modo, a transformação, no Peru, o Sendero Luminoso, está a deixar cair os princípios ideológicos, assumindo o tráfico de droga como motor da sua causa. São milhões de dólares que estão em jogo.
Depois dos grupos ideológicos do passado século, estão a surgir os bandos narco-traficantes. Um novo desafio para os diversos Estados sul-americanos.

Coreia do Norte à beira de ter novo líder

Depois de vários rumores, o Primeiro-Ministro japonês, Taro Aso, disse ontem que o grande timoneiro norte-coreano, Kim Jung Il, sofreu um derrame cerebral e está a ser acompanhado por um médico francês.
Esta constatação acaba por indicar que o regime de Pyongyang vai mudar de líder. O que sucederá: abertura ou não de regime? É uma questão que merece ser tida em conta. Pode abrir-se uma janela de oportunidades, como se podem agravar as dificuldades.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

RD Congo: um país em que as armas falam mais alto

El avance de la guerrilla encabezada por el militar congoleño tutsi Laurent Nkunda provocó ayer una ola de desplazados en el este de la República Democrática de Congo. El ex general Nkunda se atrincheró en 2004 en la provincia de Kivu Norte con unos 8.000 soldados con la excusa de defender a la minoría tutsi de la provincia. Desde allí lanzó el desafío al Gobierno de Joseph Kabila, hijo del célebre líder rebelde Laurent Kabila. El presidente trató de controlar la revuelta con el envío de 20.000 soldados. Al ya de por sí explosivo cóctel se añade que la provincia de Kivu Norte es fronteriza con Ruanda, que cuenta con una guerrilla hutu, la etnia que perpetró en 1994 el genocidio de 800.000 tutsis. La frontera dista bastante de ser segura, por lo que Ruanda acusa a Kabila de apoyar a los hutus contra la guerrilla de Nkunda y el Gobierno del Congo acusa al de Ruanda de apoyar al ex general rebelde.
El caso es que los fuegos cruzados entre etnias y guerrillas han causado decenas de miles de desplazados y refugiados en los últimos meses. El conflicto entre el Gobierno de Kabila y la guerrilla de Nkunda se reavivó en agosto, cuando saltó por los aires el alto el fuego que habían alcanzado en enero. Desde entonces, más de 100.000 civiles han tenido que abandonar sus hogares.


Outrora denominada Zaire, no tempo de Mobutu, hoje denominada em República Democrática do Congo, com a chegada de Kabila ao poder, este grande país africano continua a não ter estabilidade no horizonte.
O conflito continua e milhares de pessoas ficam na situação de abandonar as suas terras e muitas já pereceram por causa da guerra. O cenário não é do passado, é bem presente.
Do actual conflito, entre Kabila (jr.) e Nkunda, fica o bom entendimento entre os filhos dos principais protagonistas das últimas décadas do Congo. O filho do homem que derrubou Mobutu, Kabila, e actual Presidente da RD do Congo, nomeu o filho de Mobutu para número três do Governo. Quem diria!

Maturidade da democracia chilena

La derecha chilena gana por primera vez tras la salida del poder de Pinochet

O El País preferiu dar destaque ao marco histórico da democracia chilena. Pela primeira vez, depois da saída de Pinochet, a direita ganha. Os resultados são aceites por todas as forças democráticas e Michell Bachelet, a líder da esquerda e Presidente da República, reconheceu que a esquerda, no poder, precisa de corrigir o rumo.
A um ano da eleição presidencial, este resultado significa uma disputa renhida.
O Chile demonstra estar mais preocupado com o futuro do que com os sinais do passado. Um bom exemplo!

A barbaridade continua a ter lugar

Los islamistas somalíes han ocasionado la muerte a una mujer de 23 años después de lapidarla por cometer adulterio, según han informado testigos presenciales. Esta es la primera ejecución pública perpetrada por las milicias islámicas desde hace dos años. De acuerdo a los testimonios un niño murió también por disparos cuando los guardias trataban de controlar la ejecución.

Pior do que um mundo desigual, é um mundo bárbaro.

domingo, 26 de outubro de 2008

Eleições israelitas

Tzipi Livni apela à realização de eleições antecipadas em Israel o “mais depressa possível”

Como se referiu aqui amiúde, mais concretamente há pouco mais de um mês, o cenário de eleições legislativas antecipadas era inevitável.
Estando previstas para Fevereiro próximo, várias questões podem suscitar-se: prevendo-se (1) a vitória do Likud e o regresso de Netanyahu ao poder, resta saber qual sua expressão e com quem manterá entendimentos para viabilizar um Governo, pois a maioria absoluta está fora do horizonte, uma vez que o sistema político israelita a isso convida; (2) qual o resultado do Kadima e, muito em particular, de Livni, depois deste mês de frustradas negociações; (3) perdendo o poder sobreviverá politicamente o Kadima?, Mofaz sucederá na liderança caso Livni sofra uma pesada derrota?; (4) que resultado obterão os trabalhistas e que destino para Barak?
Se algumas respostas podem ser encontradas na noite eleitoral, outras apurar-se-ão posteriormente. Uma eleição para acompanhar.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Uma cidade dinamica

Longe vao os tempos da Berlim dividida. Hoje, a marca do Muro, apenas se apresenta, em muro, na 'area envolvente do checkpoint Charlie -autentica zona comercial alusiva aos tempos da Guerra-Fria, e, da restante marca, ha' uma linha, inscrita no chao, que atravessa toda a cidade, nao deixando esquecer o que ali estava ha' sensivelmente duas decadas.
De resto, Berlim surge como uma urbe pujante. Disposta a competir com Paris e Londres, como um dos grandes centros europeus. A diversidade urbana/cultural/social da cidade a isso ajudam e a sua Historia, a melhor e a pior, tambem contribui para a sua projeccao internacional.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As escolhas de Chávez*

Consulto a página do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), afecto a Hugo Chávez, e verifico que no topo da página estão nomes de várias pessoas, através dos quais se acede à informação actualizada das personalidades em causa.
Dos vários nomes, quase todos políticas, realçam-se três, por escaparem ao mundo político: Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Robinho.
Assim se fazem as escolhas do regime de Caracas.
Na bola o gosto é bom, reconheça-se!

* Afinal a página acima indicada não é a oficial do PSUV. Agradeço a correcção referida no comentário. Fica, então, o link oficial do partido de Chávez.

O caudilho venezuelano

En las elecciones regionales del próximo 23 de noviembre, los venezolanos elegirán un total de 603 cargos entre gobernadores, alcaldes, legisladores regionales y concejales. Pero el oficialista Partido Socialista Unido de Venezuela se ha propuesto promocionar a un solo candidato, que ni siquiera está inscrito en las listas de la contienda: el presidente Hugo Chávez.

Mais um exemplo da postura do pseudo-biblista-bolivarista. Do partido do poder não há candidatos nem programas às regiões venezuelanas, só um nome, só um rosto, de modo a que seja omnipresente, com ambições de omnipotente em toda a Venezuela.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Os bons pilares do sistema peruano

El presidente de Perú, Alan García, ha tomado juramento este martes al nuevo primer ministro del Gobierno, el político independiente de izquierdas Yehude Simon, nombrado el pasado fin de semana tras la renuncia de Jorge del Castillo, que dimitió junto a su Gabinete en pleno por el escándalo de corrupción bautizado como Petrogate, que investiga la presunta entrega irregular de lotes para la exploración petrolera.

Apesar da crise política que o Peru atravessa, o sistema político e o judicial estão a funcionar com pilares sólidos, impedindo que as crises endógenas do sistema não coloquem em causa a estabilidade nacional.
Um bom exemplo de uma área do mundo onde os poderes tendem a estar cada vez menos separados por imposição política.

Espanha aposta nos biocombustíveis

El uso de biocombustibles se multiplicará por seis en España antes de 2010

Apesar da polémica que tem provocado, em praticamente todo o mundo, pela excessiva exploração do campo e pelas perdas de consumos de produtos alimentares básicas, Espanha investe no biocombustível, como meio de fornecer energia aos automóveis.
Por outro lado, importa constatar os protecionismos que vigoram neste mercado:
es necesario proteger a la industria española del biodiésel procedente de países como Estados Unidos o Argentina, donde se conceden "beneficios fiscales desleales a su producción y exportación".

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Até quando?


Kadima e trabalhistas chegam a acordo para governo de coligação em Israel

Com receio de sofrerem uma derrota nas urnas, Kadima e trabalhistas preferem conservar o poder, ainda que com pés de barro.
Veremos se esta pretensão de poder, pelo poder, não irá favorecer o Likud.

domingo, 12 de outubro de 2008

Que futuro para a extrema-direita austríaca?

Depois de há poucas semanas a extrema-direita austríaca ter abalado, outra vez, a Europa, com um resultado significativo nas legislativas, com trágica e prematura morte de Jörg Haider, Heinz-Christian Strache fica como o único líder da extrema-direita austríaca.
Terá futuro? Em termos políticos, oxalá não tenha! Mas muito dependerá do que os principais partidos fizerem.

231 milhões

Enquanto se vai noticiando que o entendimento entre Mugabe e oposição no Zimbabué está quase a cair - algo bastante esperado, a inflação do país alcança novo patamar: 231.000.000%.

Vitória parcial de Timoshenko

Um tribunal de Kiev suspendeu ontem o decreto do Presidente ucraniano, Victor Iuschenko, determinando a dissolução do Parlamento e ordenando a realização de eleições antecipadas. A decisão do tribunal foi anunciada aos jornalistas pelo partido da primeira-ministra, Iulia Timochenko, parceira de coligação e antiga aliada de Iuschenko.

O poder judicial tenta travar a posição do poder político. Veremos se é consequente.
Para já, uma pequena vitória para Timoshenko, que vê adiado, por mais um tempo, a eleição, que lhe pode causar graves penalizações.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ucrânia outra vez ao rubro

Não conseguindo formar Governo, Timoshenko sai como derrotada, para já, da convocação de eleições antecipadas determinada por Yushenko.
O próximo acto será, de certo modo, o primeiro teste das presidenciais de 2009.
Se é bastante provável que Yanukovich e o seu partido pro-russo triunfem nas legislativas, a maioria absoluta não deve ser arrebatada e, por isso, importa ter em conta o resultado das formações da ex-Primeira-Ministra e do actual Presidente.
Se o partido de Yushenko tiver menos de 15%, a sua reeleição fica seriamente comprometida. Já Timoshenko, pode ter uma agradável surpresa ou um péssimo pesadelo.
Para seguir.

Tenho pena

Tenho pena que John McCain tenha aderido ao tipo de campanha que a ala mais radical do seu partido promove, de injúria e ofensa pessoal a Obama.
Palin já insinuara que Obama era dado a terroristas, por ter como vizinho, aos oito anos, alguém que colocara bombas em edifícios estatais. Agora também McCain insta insinuações contra Obama.
Os ventos não sopram a favor dos Republicanos, mas nem tudo pode valer, como McCain devia saber.
Bem sei que está em causa o lugar mais poderoso do mundo, mas chegar lá por meios pouco dignos não é decente.
A política também tem lixo e, por vezes, é suja. Não esperava que McCain se deixasse levar. É pena.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

De pouco valerá

Peter Mandelson deverá regressar ao Governo britânico

Apesar de ser um peso político, dificilmente o regresso de Mandelson ao Governo de Londres trará o impulso que Brown pretende.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sondagens de cada Estado

Mais um link, do lado direito, sobre as presidenciais norte-americanas. Desta feita, um sobre as sondagens, Estado a Estado, apresentada pelo jornal francês Le Monde.

Como se denigre Simón Bolívar

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) agradeceram na quarta-feira a um grupo de venezuelanos a construção em Caracas de uma praça em homenagem ao falecido líder guerrilheiro Manuel Marulanda Velez.

Num país que tanto se faz questão de enaltecer Simón Bolívar, como na Venezuela, ter a imagem pública do libertador de parte da América Latina ao lado de um terrorista que se viria a readaptar em narco-terrorista é, e em muito, diminuir e denegrir o espírito de um libertador.

O esquecimento da 'eleição exemplar'

Afinal o Avante desta semana não refere nada da eleição bielorrussa.
O PCP que tanto aprecia certos modelos, nos quais se enquadra o bielorrusso, foi omissão quanto a mais essa tentativa de democratizar a última autocracia da Europa. Refiro tentativa, pois não passou disso mesmo. Tentaram e falharam.

Mas destaca mais um avanço em direcção ao desastre, quer dizer, ao desenvolvimento do populismo na América do Sul, com a aprovação do projecto de Constituição defendido por Rafael Correa, no Equador.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A ler

el problema de gobernar consiste en conocer la naturaleza humana y actuar para controlarla, encauzarla, llevarla por caminos decentes, de solidaridad, de justicia, de progreso auténtico.

Um artigo pertinente do escritor chileno, Jorge Edwards, sobre os tempos que correm.

Para apurar

No domingo, os bielorrussos (a priori) escolheram os seus parlamentares. Todavia, mantendo a tradição autoritária do regime de Minsk, nenhum candidato da oposição foi eleito e a OSCE já se manifestou quanto à falsidade da eleição.
Será que na edição desta semana do Avante poderemos ler alguma apologia à eleição bielorrussa? Nada que não surpreenda.

domingo, 28 de setembro de 2008

A elevada subida da extrema-direita austríaca

Referência ao resultado da eleição legislativa austríaca no Câmara de Comuns,
aqui e aqui.

A queda da direita bávara

Apesar de ganhar a eleição bávara, a CSU tem uma queda abissal. Pouco mais de 17%.
O SPD também não obteve melhor percentagem. Nem chega aos 20%.
De registar a subida, em mais de 5%, do FDP. Um resultado importante para os liberais, que no próximo ano podem alcançar condições para voltar a fazer parte do Governo federal, assim obtenham um resultado positivo nas legislativas de Setembro de 2009.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Os entendimentos do agrado iraniano

As seis potências mundiais, incluindo os Estados Unidos e a Rússia, concordaram com o esboço de uma resolução sobre o programa nuclear iraniano, mas que não inclui nenhuma nova sanção, informaram autoridades européias nesta sexta-feira.

Com estas posturas, o Irão nem precisa de se incomodar muito, pois nada fará parar a sua ambição nuclear.

A Rússia continua a responder à ofensiva do Ocidente

Rusia modernizará su capacidad de disuasión nuclear para 2020
El primer ministro ruso, Vladímir Putin, anunció recientemente un aumento del 27% del gasto asignado a seguridad y defensa en 2009, que ascenderá a 2,4 billones de rublos (70.000 millones de euros). El nuevo programa de rearme ruso incluye la puesta en servicio de misiles balísticos intercontinentales, submarinos nucleares y aviones estratégicos, la conocida como tríada nuclear, en un intento de mantener la paridad con Estados Unidos.


A obsessão de Washington instalar, a todo custo, as bases anti-mísseis na Polónia e República Checa receberia, como se esperava, a resposta russa. Ela aí está.

Os falsos liberalismos dos mercados

Intensifica-se o braço-de-ferro entre Volkswagen e Comissão Europeia. A companhia alemã beneficia de um forte apoio do executivo de Berlim. Esta terça-feira, Angela Merkel voltou a afirmar que está disposta a defender a “lei Volkswagen” junto de Bruxelas.
Perante os empregados da empresa, na sede em Wolfsburgo, a chanceler alemã defendeu que o seu executivo aplicou a sentença do Tribunal Europeu de Justiça, “a decisão foi tida em conta, mas considero que quando se trata de decisões importantes da empresa, a minoria de bloqueio deve persistir.”
O maior accionista da Volkswagen é a Porsche que defende a abolição da lei que protege a companhia de uma OPA hostil. No outro lado da barricada encontra-se o Estado da Baixa-Saxónia, segundo maior accionista e que pretende manter o mecanismo de bloqueio.
Em Maio, Berlim aprovou uma nova versão da chamada “lei Volkswagen” que até então protegia a companhia de uma OPA hostil, através da proibição de que um mesmo accionista pudesse ter mais de 20% de direitos de voto no conselho de administração. A nova versão da lei obriga a que haja pelo menos 80% de votos favoráveis a qualquer operação corporativa importante.
Ora esta alteração à lei continua a dar ao Estado da Baixa Saxónia o direito de veto já que detém uma fatia de 20,3% da Volkswagen.


Quando convém, há que defender o funcionamento do mercado. Quando não interessa, importa protegê-lo.
Quem há pouco mais de um ano se sentia indignada pelas restrições do Governo espanhol à opa da empresa alemã E.on à espanhola Endesa, é a mesma pessoa que agora se opõe a uma OPA à Volkswagen.
Merkel não é uma excepção à regra, no quadro dos proteccionismos estatais.

A pomba Bush e o falcão Olmert?

Report: U.S. said no to Israeli strike on Iran
The sources reportedly attributed the American rejection of an Israeli attack to two factors: fear of Iranian retaliatory attacks on American targets, and concern that an Israeli strike would not successfully take out Iran's nuclear facilities, which are not concentrated in a single area, and some of which are subterranean.


Perante esta notícia fica-se com a sensação que Bush é um pacifista nato e Olmert um guerrilheiro obsessivo. Quando o currículo dos dois revela o inverso.
Parece que na Casa Branca o trauma iraquiano ficou, mas é o projecto nuclear do Irão o verdadeiramente preocupante, não as hipotéticas armas de destruição maciça do Iraque.

Acordo com ganhos mútuos

O primeiro-ministro Vladimir Putin propôs ao presidente da Venezuela Hugo Chavez uma cooperação na “utilização da energia atómica” e defendeu um mundo “multipolar”.

A posição hostil dos EUA para com Moscovo dá neste tipo de entendimentos.
A Rússia ganha por que vai passar a intervir em mais um local do mundo. A Venezuela ganha por que conta com um gigante qualificado na exploração da energia. E ambas as partes sorriem pelo incómodo que causam a Washington.
E ainda diz Rice que Moscovo está cada vez mais isolada. O que seria se não estivesse.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Franceses 'nuclearizam' Reino Unido

France's EDF buys UK energy firm
"This deal is good value for the taxpayer and a significant step towards the construction of a new generation of nuclear stations to power the country,'' Gordon Brown, the British prime minister, said in a statement.
The British government said EDF had agreed to continue operating British Energy's eight existing nuclear power stations as well as invest in four new reactors.


Percebe-se porque a poderosa EDF adquire um grupo de energia britânico. A missão gaulesa em terras de sua Majestade é construir novas centrais nucleares, além de manter as já existentes.
O Reino Unido aposta no nuclear, como forma de responder aos desafios energéticos.
Infelizmente, a política energética comum que devia estar a ser construída na UE está na gaveta e cada Estado procura, por si, dar os passos neste campo.
Como perdemos todos e nos enfraquecemos ainda mais.

Por falar em nuclear

Coréia do Norte reabre usina nuclear

Volta não volta, o país que não se sabe se ainda tem o Presidente vivo, à excepção do Politburo que sabe em que estado se encontra Kim Jong Il, volta às actividades nucleares.

Irão à beira de deter poderio nuclear

Iran is moving closer to the point of being able to arm a warhead with a nuclear core even if it insists its atomic activities are peaceful, the European Union warned Wednesday.
The U.S. estimates that Iran is at least two years away from that stage, and some experts say Iran could reach that stage in as little as 6 months through uranium enrichment.


O Irão caminha, impoluto, para a aquisição de poderio nuclear, perante a inércia da Comunidade Internacional.
Talvez este seja o maior feito do mandato presidencial de Ahmadinejad, que termina no próximo ano: deter força nuclear, dado que as condições económicas do país não melhoraram muito, em especial dos desfavorecidos.
Mais um foco de tensão no globo. Algo que se podia (ainda pode?) prevenir.

CSU com uma queda percentual acentuada mas que não lhe retira a vitória

De acordo com a sondagem do último dia 18, do Die Zeit, a CSU vencerá a eleição bávaro do próximo domingo.
Apesar da nítida queda, prevê-se superior a 10%, a formação irmã da CDU deve manter a maioria absoluta.
A confirmar no domingo.

A caminho do desastre

I want to talk with you today about who I am, what I believe, what I am determined to lead this party and this great country to achieve.

Quando este blogue começou, há um ano, o primeiro post versava sobre a posição de Gordon Brown na Convenção trabalhista. Iria ou não ou sucessor de Blair convocar eleições antecipadas, assumindo-se, desse modo, como o principal mentor e rosto do Labour.
Como sempre, Brown teve receio de avançar e um ano depois, o Labour encontra-se na pior das situações, com um Governo a merecer a menor das confianças e a prognosticar-se uma pesada derrota dos trabalhistas nas próximas eleições legislativas.
Sinal destes tempos foram as primeiras palavras de Brown na Convenção deste ano, tendo o líder necessidade de dizer quem é e no que acredita.
Quem está há mais de 1o anos nos principais palcos da política dispensa auto-apresentações.
Talvez seja tempo de se começar a pensar em quem foi e o que fez Brown. Um magnífico Ministro das Finanças e um Primeiro-Ministro com muito pouco sucesso.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Haja dinheiro para armas

Desde 2005, os contratos de compra de armamentos firmados entre a Rússia e a Venezuela já superaram 4 bilhões de dólares. E Chávez está em negociações para aumentar essa cifra.

Enquanto a armada russa navega para mar do Caribe, percebe-se melhor, dado dinheiro envolvido, como Caracas é um bom parceiro comercial de Moscovo.
E ainda dizem, algumas vozes de Washington, que Moscovo está mais isolada no quadro internacional.
Em três anos, e ao mesmo tempo que escasseia leite na Venezuela, o regime chavista já gastou quatro mil milhões de dólares em armamento e estas compras não ficaram por aqui. Prioridades!

Tudo em aberto

O resultado das legislativas austríacas de domingo é uma incógnita. Tanto sociais-democratas como conservadores podem ganhar. Quem quer que triunfe não obterá uma vitória suficiente para alcançar as condições para governar sem coligação.
Há dois e quatro anos os resultados foram estes.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um Governo com os dias contados

O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, entregou hoje o seu pedido de demissão ao Presidente Shimon Peres, abrindo caminho à actual ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, para o suceder.

Olmert cumpriu com a palavra dada. Após a eleição do líder do Kadima, sairia da chefia do partido e do Governo. Sucede-lhe Livni, para já, no partido e, ao que tudo indica, no Governo.
Resta saber até quando a presente legislatura durará em Israel. E não antevejo que dure muito. Se chegar a Janeiro Livni logrará um grande feito. No entanto, sujeita-se a reforçar, ainda mais, o seu grande adversário, Netanyahu, pois as eleições antecipadas são quase inevitáveis.

ANC abre caminho para Zuma

Faltava o tribunal sul-africano absolver Jacob Zuma dos crimes de que era acusado. Há pouco mais de 10 dias, as acusações cairam por terra, com a decisão final da Justiça e pouco tempo volvido, o grande partido da África do Sul retirou a confiança ao Presidente da República, Thabo Mbeki.
O ANC estende, assim, a passadeira vermelha ao Presidente do partido assumir, a breve trecho, a Chefia do Estado, numas eleições que Zuma ganhará, estou em crer, sem grande dificuldade.

sábado, 20 de setembro de 2008

A desfaçatez de Chávez

El informe dedica un amplio espacio a describir cómo el Gobierno de Chávez "ha socavado el derecho de los trabajadores de elegir a sus representantes, al ordenar que una institución estatal se encargara de la organización y el reconocimiento de las elecciones sindicales". "Más de la mitad de los sindicatos de Venezuela están en la actualidad en mora electoral y, por consiguiente, no pueden negociar convenciones colectivas. Mientras, el Gobierno ha fomentado negociaciones con nuevos sindicatos alineados con el Gobierno", señala el informe. En cuanto a los medios de comunicación, Human Right Watch asume que en Venezuela se dan las condiciones para el debate político, "pero el Gobierno ha fortalecido la capacidad del Estado de restringir la libertad de prensa y ha creado incentivos fuertes para la autocensura. Hay como 10 u 11 casos de procesos contra periodistas".

Para quem aprecia os métodos de Chávez, eis mais uma análise demonstrativa dos efeitos da política do pseudo-biblista-bolivarista.
Como o respeito e tolerância é algo que o actual regime venezuelano não tem, o resultado do estudo apresentado é este:

El Gobierno de Venezuela ha expulsado del país al director para América de la ONG Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, después de que presentara un informe crítico sobre la situación de las libertades en el país durante los 10 años de mandato del presidente, Hugo Chávez.
El comunicado oficial del despacho del Exterior indica: "Se ha violentado la Constitución y las leyes de la República Bolivariana de Venezuela, agrediendo a las instituciones de la democracia venezolana, inmiscuyéndose ilegalmente en los asuntos internos de nuestro país".


Facto bastante revelador desta postura populista. Referem as autoridades venezuelanas que nada nem ninguém se pode imiscuir nas questões internas do país, mas a Venezuela já pode intervir na Bolívia, sem para isso ter de pedir autorização.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O bluff de Rice

Rice: Rússia está encaminhada a «isolamento e irrelevância»
Num discurso que pronunciará hoje e de que alguns trechos foram divulgados pelo Departamento de Estado norte-americano, Rice afirma que o «mais preocupante» sobre a Rússia «é que estes actos formam um modelo de comportamento cada vez pior nos últimos anos».


Como Rice sabe melhor do que ninguém, a Rússia não está a isolar-se nem a tornar-se irrelevante. Aliás, irrelevância é o que a Rússia não tem, desde logo para a Europa, à qual fornece um terço do petróleo e 40% do gás que o Velho Continente consome.
Por outro lado, há outras relações que não passam só pelo norte do hemisfério e os russos têm desenvolvido vários elos com outros pontos do globo.
E quanto a dar lições de comportamento, como a Secretária de Estado norte-americana bem percebe, uma hiperpotência não dá lições de atitude e postura a superpotências.
O bluff de Rice bem se dispensava nestes dias.