Num comunicado divulgado ao final da tarde, o rei Albert II revela que incumbiu Van Rompuy de formar Governo e que “este aceitou a missão” de substituir o ex-primeiro-ministro Yves Leterme, que apresentou a sua demissão há dez dias.
Ives Leterme sai do Governo belga como entrou: sem glória.
Depois de nove tentativas de sair do Executivo federal, em nove meses de mandato, depois de ter esperado nove meses para formar Governo na sequência das eleições, o monarca belga aceitou, ao décimo pedido, a carta de despedida de Leterme.
Apesar do clima de crispação entre as duas maiores comunidades - valã e flamenga - não ser hoje tão áspero como o de há um ano, a crise mundial a isso "ajuda" e o cansaço com o prolongar de uma situação política insustentável a isso conduz, pensei que Verhofstadt, pelas suas qualidades e experiência, assim como pela sua popularidade, regressaria à condução do Governo. Não foi esse o entendimento nem convite do Rei. Veremos o que se segue, mas não creio que van Rompuy seja mais bem sucedido que Leterme. Oxalá me engane.
Continuando presente o cenário de eleições antecipadas, dada a grande fragilidade do próximo Governo, é de verificar o comportamento dos diversos partidos, designadamente dos radicais flamengos, que pugnam pela cisão do país.
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