Khaled Meshaal, the political leader of Hamas, has called for Palestinians to wage a new intifada against Israel, including a return to suicide missions.
In an interview on Al Jazeera, Meshaal said: "We called for a military intifada against the enemy. Resistance will continue through suicide missions."
Meshaal said he was open to reconciliation with Abbas, but demanded that the Palestinian president cease peace negotiations with Israel."Neither rockets nor suicide operations are absure, but negotiations are," he said.
A chegada ao fim do período de tréguas serviu para o Hamas provocar Israel, em vésperas de um período delicado e decisivo tanto para Israel como para a Palestina, pelas eleições no horizonte das duas partes - a legislativa israelita decorre em Fevereiro e as presidenciais e legislativas palestinianas ainda estão por agendar.
O lançamento sucessivo de vários mísseis de Gaza para o sul de Israel ainda levou Livni ao Cairo para pressionar, via diplomática, o Hamas a cessar as suas ofensivas bélicas. Esta deslocação não obteve qualquer resultado e, como esperado e anunciado por Tel Aviv, Israel respondeu, de uma forma pesada, o que revela as marcas da guerra de 2006 no Líbano, na qual o Hezbollah não ficou fragilizado e de Israel não querer repetir o "resultado" desse conflito, desta feita, em Gaza - as realidades e condições também são diferentes.
Agora que Meshaal apela a nova intifada e manifesta disponibilidade para dialogar com Abbas, podem descortinar-se várias preocupações do líder do Hamas e algumas possíveis justificações para o interesse deste conflito por parte do Hamas; caso contrário, mesmo terminado o período de tréguas que motivo tem o Hamas para agredir Israel?
Tendo em conta as eleições que se avizinham, Meshaal quer granjear mais apoios entre palestinianos, nomeadamente na Cisjordânia, onde a Fatah tem o poder e o Hamas não goza de grande liberdade de movimento. Nada como juntar os palestinianos, de Gaza e Cisjordânia, em torno da mesma causa: a Palestina, que com este conflito parece apenas defendida pelo Hamas, grupo que controla o território que está a ser alvo de Israel. Estado que tende a ser encarado como o inimigo do povo palestiniano.
Abbas surge como um actor que tem pouco a ver com Gaza, na qual não tem o mínimo de controlo, enquanto nas ruas da Cisjordânia e em Jerusalém, os palestinianos saem às ruas em solidariedade com os seus irmãos de Gaza e, por consequência, com o Hamas, grupo que, ao fim e ao cabo, está a dar o peito neste confronto, apesar de se resguardar nas costas dos civis de Gaza.
(Publicado no Câmara de Comuns)
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