sábado, 30 de maio de 2009

A cobardia de Chávez

Chávez se diz um ‘soldado’ e recua de debate com escritor

Nas celebrações do 10º aniversário do programa "Alo Presidente", Hugo Chávez desafiava, há dias, oponentes para debaterem com ele o seu modelo de socialismo e rumos revolucionários que o Presidente venezuelano tem imprimido na Venezuela.
O escritor e ex-candidato presidencial peruano, Mario Vargas Llosa, manifestou disponibilidade para esse debate, garantidas as condições de igualdade.
Afinal, a disposição de Chávez para dialogar não era tanta e recuou, apresentando um argumento descabido, de que ele era de uma liga superior. Se Vargas Llosa quer debater com Chávez tem, primeiro, de ser Presidente.
Há gestos que valem por muitas palavras. E a desistência de Chávez diz muito.

(Publicado no Câmara de Comuns)

terça-feira, 19 de maio de 2009

O escrutínio da saúde de Dilma

Dilma passa mal em reação a tratamento e viaja para São Paulo

Não bastava o tratamento de quimioterapia a que está sujeita, Dilma Rousseff está sujeita ao tratamento dos media, que acompanharão, ainda com maior pormenor, a vida privada da Ministra de Lula e potencial candidata do PT à presidência do Brasil.

(Publicado no Câmara de Comuns)

O fim da guerra no Sri Lanka

El ejército de Sri Lanka proclama la "derrota militar" de la guerrilla tamil

A ajuda chinesa, ao Governo de Colombo, pode ter sido determinante para o desfecho desta batalha que parece ter terminado agora, depois de 30 anos de combate.

Desentendimento entre Washington e Tel Aviv

Israel's prime minister has refused to commit to an independent Palestinian state during talks with Barack Obama, the US president, at the White House.

Na primeira reunião de trabalho de Obama e Netanyahu, na Casa Branca, ficou patente o desentendimento das duas partes quanto ao futuro da região. Obama, e bem, defende a existência de dois Estados. O actual Primeiro-Ministro israelita afasta, para já, essa tese.

Quando mais se podia esperar por uma oportunidade de entendimento de todos, com os EUA empenhados, com os palestinianos (Fatah e Hamas) a entenderem-se, só Israel surge a bloquear o diálogo.

Do óbvio

A change in leadership in Teheran would be one of form and not substance, according to the latest IDF assessments, which rule out the possibility that a new president would be open to the possibility of freezing the Islamic republic's nuclear program.

A desistência de Kathami, apenas confirmou que o resultado das presidenciais de Junho, que devem ser ganhas por Ahmadinejad, nada irá alterar no Irão.

Teerão agradece

Obama dará até final do ano para avaliar negociações com o Irão

O mundo continua a demonstrar total impotência para travar o processo nuclear iraniano. Com esta postura, Obama continua a dar incentivo a quem, no Irão, pretende armar o país com poderio nuclear.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O entendimento com o mundo pouco interessa ao aiatola Khamenei

O guia espiritual supremo ayatollah Ali Khamenei instou hoje os eleitores iranianos a não votarem nos candidatos em corrida para as presidenciais alinhados com o Ocidente. Num discurso feito no Curdistão, transmitido pela televisão estatal, o muito influente Khamenei defendeu que “não deve ser permitido chegar ao poder aqueles que se rendem face ao inimigo ocidental e desonram o povo iraniano”.

Alguém ainda espera qualquer grau de abertura do Irão, quando a pessoa com mais poder no país defende que o entendimento com o Ocidente não deve ter lugar?

Brown à beira de um grande tombo

The BPIX figures for Westminster give the Conservatives 42% (-3), Labour 20% (-3) and Lib Dems 15% (-2%). That's a 22 point lead and if repeated in a general election a Tory majority in the region of 200 seats would result.

On voting intentions for the European elections, the movement away from the main parties is more pronounced. In just a week the Tories are down 6 points at 30%, UKIP is up 7% at 17% and level pegging with Labour (down 6 points). The Lib Dems are at 15%, down 1 point.


Com mais do dobro das intenções de voto, parece quase irreversível Brown derrotar Cameron nas próximas legislativas. Nas europeias, a grande surpresa pode ser o aumento de eleitos do UKIP, liderado por um dos demagogos-mor do Parlamento Europeu, Nigel Farage.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O extremismo anda à solta pela Europa

KKK leader detained in Prague
Ironically, in his interview with Právo minutes before his arrest, Duke mentioned that he had given speeches all over Europe, including Germany, the Netherlands, Belgium, Sweden and France, without running into problems with the authorities.


A República Checa tem sido um dos palcos europeus onde o extremismo mais se tem manifestado. Ainda há poucos dias, várias de dezenas de neonazis organizaram várias manifestações e provocaram distúrbios em localidades checas. E referimo-nos a um país onde os comunistas defendem a pena de morte. Tudo isto na Europa dos Valores e Direitos Humanos!
A detenção e expulsão do líder do Klu Klux Klan, num restaurante em Praga, no dia 24 de Abril, é mais um testemunho de como o extremismo anda à solta, não só na pátria de Havel mas também na Europa, pois, como a notícia indica, David Duke já deu várias palestras em vários países europeus.
O actual momento, de crise, é propício à mensagem que os extremismos, de direita e esquerda, veiculam. Apelando, sempre pela via da emoção, o irracional, com a promoção do ódio e da xenofobia.
Estas são velhas "receitas" que a Europa tragicamente conhece e os europeus não podem esquecer as nocivas experiências do passado recente.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Dois anos depois... e quase nada de Sarkozy

Sarkozy foi eleito Presidente da República francesa há precisamente dois anos. Um pouco por toda a Europa, a direita sorria e esperavam, muitos, em França como no Velho Continente, um novo futuro para os franceses e europeus.

Volvido este tempo, dois em cada três franceses estão desiludidos com o seu Chefe de Estado. Caso para dizer: só se iludiu quem quis.

Todas as promessas de Sarkozy modernizar a França estão na gaveta. Não é por acaso que os sarkozistas entusiastas de há dois anos nunca mais se pronunciaram. Sarkozy continua a ser o que sempre foi: um político de muita parra e pouca uva.

(Publicado no Câmara de Comuns)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dia histórico e anos decisivos para o País Basco

El socialista Patxi López ha sido investido como lehendakari del Gobierno vasco, el primero no nacionalista en 30 años, con el apoyo de su grupo, del PP y UPyD, con lo que ha sumado 39 de los 75 votos del Parlamento Vasco. Por su parte, el lehendakari saliente, Juan José Ibarretxe, ha obtenido 35 votos.

Tras la investidura, el nuevo lehendakari ha afirmado que "hoy es un día muy especial para mucha gente a la que yo represento, pero a partir de ahora quiero representar a todo el país".


A investidura de Patxi López como novo lehendakari representa um momento histórico para a democracia espanhola. Pela primeira vez, o líder do Governo basco não é um nacionalista e tal só podia suceder, como aconteceu, e bem, com um entendimento entre o PSOE e o PP bascos.
Da intervenção de López, no Parlamento de Vitória, merece destaque a sua profunda determinação em contribuir para o "fim da ETA", o que sendo um objectivo difícil de concretizar, tem, pelo menos, a grande virtude de contribuir para mais uma instituição, o Governo basco, estar em total sintonia com o Governo de Madrid e, em conjunto, dar um golpe sem misericórdia na banda terrorista.
Por outro lado, estes serão anos decisivos. Se Patxi realizar um bom mandato, o País Basco pode respirar um novo ar, em que a vida política e social terá uma dimensão salutar, sem as tensões que os grupos nacionalistas procuram amiúde instar.
Não será fácil, pois o PNV (partido que venceu as eleições mas não obteve apoios suficientes para reeleger Ibarretxe à frente do Governo) procurará cobrar caro a sua queda do poder e, factor a não descurar, as disputas entre o PSOE e o PP a nível nacional.
Espera-se, por isso, que socialistas e populares bascos não quebrem a "lealdade", que o líder do PP basco, Antonio Basagoiti, hoje prometeu, sob pena dos dois perderem e, desse modo, reforçar, o radicalismo basco.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sábado, 2 de maio de 2009

Quando a doença é o centro das atenções na política

É difícil os políticos assumirem a doença, muito menos em público e durante uma campanha eleitoral. Mas a ministra Dilma Rousseff acredita que pode vencer esse estigma e convencer os eleitores de que tem condições de disputar a sucessão de Lula

O PT e Dilma Rousseff parecem querer fazer da fraqueza força e fazer valer o actual momento de saúde da hipotética candidata do partido de Lula à presidência, com linfoma, uma das mais-valias da sua candidatura.
Será que esta postura passa e colhe apoio? Para já, é o tema central da vida política brasileira.
O artigo da Isto É, sobre os pontos fortes e fracos, bem como outros exemplos, de candidatos que se encontraram na mesma circunstância de Dilma merece ser lido.
(Publicado no Câmara de Comuns)