O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta sexta-feira que os petistas estão dispostos a "casar" com o PMDB, mesmo sem mencionar explicitamente a aliança nas diretrizes de governo.
"Numa resolução como essa, não cabe você ficar nominando os partidos. Por que não cita o PDT, o PTB, todos os partidos? A ação com os partidos não acontece em função do tipo de resolução. Nós queremos casar, sim, com o PMDB. Estamos casados hoje sob o governo Lula. E queremos continuar casados sendo governo Dilma", disse Dutra.
Para o petista Marcos Sokol, que disputou a presidência do PT, a aliança com o PMDB é um erro na história do partido. "Questiona aliança com o PMDB. "Aliança para que? Para continuar o balcão de negócios que resultou no mensalão?", questionou.
Dutra manifesta querer a manutenção do casamento com o PT. Sokol diverge, e aponta o caso do "mensalão" como erro desta aliança.
Ao mesmo tempo, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não haverá "palanque duplo" na campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil e provável candidata do PT, Dilma Rousseff, nos Estados onde PT e PMDB não chegarem a um acordo para lançar um candidato único ao governo. A declaração foi dada ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), que é candidato à reeleição e pode enfrentar José Orcírio dos Santos, conhecido como Zeca do PT.
Lula, como se percebe, também quer a aliança com o PMDB, mas a realidade nacional está muito dependente da pressão estadual e em todos os Estados as alianças não são fáceis.
É provável que uma aliança tácita entre as duas formações ajude a dissipar os ataques que podem surgir por causa do "mensalão". A unidade de esforços tende a favorecer as críticas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário