Como disse um alto quadro do Kadima, na terça-feira o "partido ganhou a batalha, mas perdeu a guerra". A direita e respectivos radicais, deverão formar o próximo Governo de Israel, presidido por Netanyahu.
Pelo lado do vencedor, o Kadima, nota-se alguma falta de orientação. Começou por pedir um acordo com Netanhyahu, seguindo-se um apelo ao radical Lieberman, para formar coligação, tendo o Kadima a responsabilidade de liderar. Tudo isto na noite eleitoral. Goradas estas hipóteses, o partido de Livni já se presta a formar parte do Governo do Likud, ficando, para tal, com as pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. O que evidencia sinal de fragilidade, pois o partido mais votado submeter-se-ia a um que recebeu menos voto. Só reforçaria o papel de Netanyahu e tornaria frágil o do Kadima.
Não creio que o próximo Governo de coligação de Israel dure a legislatura, pois os valores, mais ou menos radicais, de cada formação de direita, deverão sobrepor-se aos interesses dos israelitas em determinado momento. E com uma Administração norte-americana, assim se espera, empenhada num entendimento para o Médio Oriente, Tel Aviv sofrerá pressões que irão contra a posição de vários governantes, pouco, ou mesmo nada, interessados num entendimento com os palestinianos e vizinhos árabes.
Talvez seja tempo de preparar baterias, recuperar energias, reestruturar políticas. A começar pelos Trabalhistas, de modo mais profundo, e a acabar no Kadima, que deve saber rentabilizar o excelente resultado que alcançou nesta eleição.
(Publicado no Câmara de Comuns)
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