terça-feira, 6 de maio de 2008

Um ano depois

Pouco antes do seu mediatizado divórcio, Cécilia Sarkozy, a ex-Primeira Dama francesa, teve uma conversa reveladora com uma respeitável jornalista política da revista Le Point. Foi o primeiro de vários encontros entre as duas mulheres, antes e durante a penosa separação. Contou tudo. Como o marido, na ressaca da separação, saía todas as noites, como se multiplicava em encontros romântico, enquanto o país era assolado por uma onda de greves sem precedentes.
Cécilia disse tudo. Quando se apercebeu do que tinha dito, já o livro estava a sair para a rua. Tentou impedir que fosse publicado, levou o caso a tribunal, em vão. A obra saiu, e ocupou de imediato o primeiro lugar na lista de best-sellers em França.


Uma leitura recomendada, no dia em que se assinala o primeiro ano da vitória de Sarkozy, nas presidenciais de 2007.
Confesso que a obra fica aquém do esperado. Ainda assim, a ler, em especial a forma como Cécilia se relacionou com Kadhafi aquando da libertação das enfermeiras e médico búlgaros e o modo desinteressado e desapegado do poder que Cécilia faz questão de assumir, como o divórcio foi disso exemplo.
Um livro que se pode dedicar, em Portugal, à Miss Pearls e ao Francisco, os grandes entusiastas da candidatura de Sarkozy e admiradores natos da, na altura, Mme. Sarkozy.

2 comentários:

M Isabel G disse...

Não conte comigo, amigo Carlos.
Gosto muito pouco de obras deste género, o lavar roupa suja. Como se alguém tivesse obrigadao os intervenientes destas histórias a permanecer nelas agrilhoados.
Primeiro, cheira-me sempre a ressabiamento, depois acho uma falta de nível.
Esta gente não é capaz de ficar calada.E logo perante uma jornalista... assim que pôde.. tungas!!!Pôs a conversa a render!
Há uma incontinência verbal generalizada. Neste caso, a troco de alguns euros.
ISABEL

CMC disse...

Cara Isabel,
Pelo que li, devo dizer-lhe que fiquei com melhor imagem do que tinha de Cécilia. Toma-se conhecimento da grande influência de Cécilia na vida, inclusive política, de Nicolas. A tal ponto que a actual Ministra da Justiça, Rachida Dati, entra no Governo pela amizade e pressão de Cécilia.
Compreendo que saindo a obra num momento tão delicado, pois as coisas ainda estão muito frescas, a ex-Primeira-Dama de França não tenha aprovado a sua publicação e por todos os meios tenha procurado impedir a sua venda. Talvez a parte final do livro, que se reporta ao divórcio, pela forma como é descrita, seja mais delicada.