A Birmânia está a poucos dias de referendar a Constituição que os ditadores militares elaboraram. O texto que no sábado o regime ditatorial quer apresentar como garante da era democrática que se quer abrir no país, trata-se, na realidade, de uma nova defesa dos interesses dos poderes autocráticos instalados.
Apesar desta pretensão de iludir os incautos, a prioridade destes dias, na Birmânia não é o falso referendo que a Junta Militar quer celebrar no dia 10, mas o estado calamitoso em que o país se encontra, decorrente da catástrofe natural que há poucos dias assolou a Birmânia.
Já morreram cerca de 25 mil pessoas e encontram-se desaparecidas mais de 40 mil. Ao longo das últimas horas, a Junta Militar procurou, por todos os meios, rejeitar a ajuda das Nações Unidas. Militares que são os responsáveis pela morte de milhares de inocentes, pois em vez de encetarem a evacuação das populações, uma vez que era conhecida a passagem de um forte ciclone pelo país, como os meteorologistas alertaram, disseram às pessoas para se manterem nas suas residências, enquanto o tufão assolava o território.
As notícias que chegam, de pilhagens dos mortos por parte de militares, é mais um e triste episódio da indigência em que se encontra mergulhada uma nação rica, e totalmente dominada por uma classe militar corrupta e irresponsável.
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