quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Um pouco de memória

Caro Zé,
Gosto de ver a forma como certos políticos se apresentam a público, de ar impoluto, dando opiniões sobre tudo e nada, de como a democracia devia melhorar e que tal sucederia se eles fossem os responsáveis políticos. Algo não confessado mas que se percebe.
O PS tem no deputado Carrilho esse exemplo. Porém, a coerência que o deputado quer demonstrar nas palavras não corresponde aos actos do próprio.
Tão preocupado está com a vida dos partidos, em especial daquele em que milita, o PS, o deputado Carrilho, que me lembre, foi candidato à Câmara de Lisboa em 2005.
Ora, foi precisamente em Lisboa, onde teve lugar um projecto válido, estruturado pela concelhia de Lisboa do PS, o Fórum Cidade, que reuniu várias centenas de pessoas, militantes e independentes, que ao longo de dois anos contribuíram para a preparação de um programa à autarquia e que, não se esqueça, o candidato socialista fez ouvidos de mercador às propostas e trabalho de muitas pessoas.
O candidato, pura e simplesmente, descartou o trabalho desenvolvido ao longo de dois anos. Um trabalho de militância e, também, entrega de muitas pessoas sem qualquer filiação partidária. o seu desprezo sobre este projecto é manifesto no livro que escreveu sobre a corrida eleitoral de Lisboa, só faltando denominar a iniciativa da concelhia como algo inócuo.
Vem agora o senhor deputado querer dar lições de melhoramento da vida política? Será que o senhor não se envergonha do livro que escreveu há dois anos, no qual refere que não tem culpa nenhuma na derrota e foi tudo uma maquinação contra si?
E, não se deve esquecer o seu mandato como Vereador na autarquia alfacinha, que ficou mais do que a desejar.
Lições políticas do senhor deputado Carrilho? A memória não é curta.

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