A vice-secretária-geral da ONU entende que a crise no Zimbabué é o «momento da verdade» para os líderes africanos. Também na abertura da cimeira dos chefes de Estado e Governo da União Africana, o presidente da comissão desta organização disse que é o momento de África «assumir as suas responsabilidades».
Bem podem os altos representantes da UA manifestar intenção de querer assumir responsabilidades em relação ao que se passa no Zimbabué. Se vários líderes africanos nada fizeram, ou seja, forem complacentes com Mugabe, este continuará dono e senhor do seu país. Afinal, tomar uma decisão em relação ao Zimbabué, provocaria um salutar efeito dominó em todo o continente, pois outros países africanos, e não são poucos, carecem tanto como o Zimbabué de uma intervenção humanitária.
Por isso, não me admiro muito que o encontro de hoje em Sharm el-Sheikh transpire muita vontade de querer intervir e pouca ou nenhuma decisão de concretizar os desejos de quem está realmente preocupado com os zimbabueanos.
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