Sobe de tom o aviso de Israel ao Irão

"if Iran continues with its program for developing nuclear weapons, we will attack it. The sanctions are ineffective."
"Attacking Iran, in order to stop its nuclear plans, will be unavoidable"

As palavras de Saul Mofaz têm dois sentidos: um externo e outro interno. A nível externo, está a dizer ao regime de Teerão que a paciência para ouvir as ameaças de Ahmadinejad Israel estão para acabar, como o seu programa nuclear, que continua a ser prosseguido, não obstante as sansões e constantes avisos da Agência de Energia Atómica Internacional para parar o processo.
A nível interno, Mofaz pode estar a dar sinais, num momento de iminente queda do Governo de que faz parte, de disponibilidade e vontade de disputar a liderança do Kadima com Livni, assim Olmert caia e as eleições antecipadas sejam uma inevitabilidade.
Por outro lado, a resposta da Administração de Bush a estas palavras de Mofaz, acerca de uma 'inevitabilidade' de intervir cirurgicamente no Irão, em nada parecem com aquela Administração que em 2003 decidiu intervir no Iraque. Parecem pombinhos, com o apelo reiterado ao multilateralismo.
No discurso de posse do segundo mandato de Bush, uma das possibilidades a cumprir no mandato 2004/08, como foi destacado, seria um ataque ao Irão.
Quem o viu e quem o vê.