Se fosse norte-americano seria Democrata. Apesar disso, nunca tive grande simpatia pelo Senador do Illinois e agora candidato Democrata à Casa Branca, de tal modo que desejo a vitória de John McCain no próximo dia 4 de Novembro. Porém, isso não anula o respeito que Obama merece e é por esse motivo, mas também pela política com elevação, que considero esta capa do The New Yorker do mais pútrido que pode haver.
Procurar caricaturar Obama, na Casa Branca, como um terrorista, pelos trajes análogos a Bin Laden, que surge em imagem num quadro de parede - qual ícone!-, por cima da lareira na qual arde uma bandeira dos EUA, ao mesmo tempo que se pretende mostrar a mulher de Obama como uma facínora, é algo do mais desprezível que há em política e do mais rasteiro de que tenho memória.
Uma coisa é não concordar com as políticas e propostas apresentadas por Obama. Outra, completamente diferente, é insinuar que o Senador do Illinois não é um patriota e representa um autêntico atentado aos EUA.
A terra do Tio Sam tem tanto de admirável como de lamentável e esta capa, mais do que lamentável, é totalmente desprezível e com finalidades de manipulação muito bem explícitas. Até porque, como se costuma dizer, e adaptando a máxima, um cartoon vale mais que mil palavras. Simplesmente abjecto.
Publicado no Câmara de Comuns
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1 comentário:
O mais incrível é que o New Yorker é tido como uma publicação de esquerda e "defendeu-se" dizendo que estava a tentar caricaturar a imagem que a direita mais conservadora tenta fazer passar do senador do Illinois
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