quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Justiça vai funcionando na Colômbia

El presidente colombiano informa de que es investigado por una acusación de que estuvo implicado en una matanza

A realidade colombiana é uma das problemáticas do mundo, em termos de segurança.
Além da instabilidade social, decorrente da falta de segurança, o país está corroído pela corrupção há várias décadas, muito por causa do tráfico de droga.
Se nos recordarmos por um instante, foi por uma Colômbia melhor que em 2002 Ingrid Betancourt concorreu à presidência do país. Antes, como deputada, Ingrid tinha lutado contra a corrupção que minava o aparelho do Estado, mas também os seus protagonistas políticos, desde o Chefe de Estado, passando pelo Parlamento. Entretanto, por ter um gesto arriscado, mas bravo, de querer aventurar-se no mato controlado pelas FARC, este grupo deteve a candidata que a tem refém em condições sub humanas há mais de seis anos. Na eleição de então, Álvaro Uribe foi o vencedor, tendo sido, quatro anos depois, após uma reforma constitucional para permitir novo mandato, renovado a liderança da chefia do Estado.
Agora, Uribe está a braços com a Justiça. O Presidente diz-se limpo de uma ligação a uma matança a que é associado. Seja como for, a Justiça está a decorrer e Uribe devia procurar esclarecer, quanto antes, o caso. E, além da dimensão judicial, o Presidente não devia candidatar-se a novo (terceiro) mandato presidencial, como limitam as democracias do continente americano.
Uribe pode, e bem, referir que muito fez no combate aos grupos terroristas, tendo diminuído a criminalidade e a extorsão, ao mesmo tempo que tem enfraquecido as FARC. Mas o seu trabalho, por si só, não justifica nem legitima todo o resto. Por isso, não só é errado querer antecipar eleições presidenciais, mas também querer reassumir nova candidatura.
Uribe devia ter presente que o seu país não tem um regime como por exemplo a sua vizinha Venezuela.
Para já, e apesar da corrupção que ainda mina o país, nota-se que a Justiça colombiana tem o seu próprio poder, independente dos outros poderes. O que não deixa de ser um bom sinal.

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