Caro André,
Temos interpretações e simpatias diferentes quanto aos políticos em causa da direita espanhola. Mas, para já, tendo em conta a realidade do actual cenário político, esta disputa entre Gallardón e Aguirre, que continuará naturalmente latente, pois as duas personalidades não saem de cena, deve arrefecer um pouco, em termos de protagonismo. Se não vejamos, do lado do PP, Rajoy está a proceder a uma autêntica varridela no partido. Grande parte dos seus colaboradores da legislatura anterior estão a sair de cena para dar lugar aos trintões, como são designados os novos nomeados por Rajoy. Uma das grandes apostas de Rajoy na campanha, o empresário Manuel Pizarro, ao que consta, está muito perto de abandonar a sua experiência política e regressar ao mundo dos negócios, uma vez que não lhe foi atribuído qualquer destaque político no PP.
Mas a grande atenção vai recair no Governo de Zapatero. De acordo com dados ontem avançados, o crescimento vai abrandar e o desemprego aumentar, para a ordem dos 9 a 10%.
Isto é, o segundo mandato de Zapatero afigura-se mais difícil do que o primeiro.
Será, portanto, muito interessante observar o próximo mandato, que exigirá aos governantes novas respostas para os novos desafios.
Rajoy deverá poupar-se, na primeira metade do mandato, para ver como Zapatero conduzirá o país. Assim sendo, Gallardón e Aguirre deverão passar para um plano de atenção secundário.
Naturalmente, quando chegarem as autonómicas e municipais de Madrid, os seus nomes deverão surgir, mas não com o mediatismo que tiveram recentemente, quando Aguirre conseguiu que Gallardón ficasse de fora da lista de candidatos a deputados.
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