Marta Carfagna será a próxima Ministra da Família de Itália, do Governo Berlusconi.
Será uma das poucas mulheres presentes no Governo transalpino.
Porém, parece ser uma mulher com grandes qualidades, segundo o que já li pela nossa blogosfera. A única, para já, visível e inquestionável, é a sua beleza. E também é a única referida.
O que não deixa de ser curioso, nas leituras de certos argumentos que li sobre as mulheres governantes, numa semana em que Zapatero formou um Governo com 9 senhoras, é que, para alguns dos nossos patrícios, vincadamente de direita, as mulheres que Zapatero escolheu par o Governo são meras decorações políticas, enquanto Carfagna, que em termos políticos ainda não demonstrou quase nada, ao contrário das Ministras espanholas que têm quase todas uma vasta experiência política, parece ter grandes qualidades.
Não tenho a leitura das mulheres qualificadas de direita e as decorativas de esquerda, nem o inverso, pois há boas como más políticas em qualquer dos campos. Note-se os casos da qualificada Merkel ou da experiente Alliot-Marie, para referir dois nomes de direita.
O que é triste, é atitude de certas pessoas, bem ao estilo berlusconinano, de que as do meu campo político valem, mas só as bonitas, e essas têm destaque, e as de outros não prestam... bem podiam estar lá uns homens, cinzentos e sem qualificações.
Como ainda se comprova, alguns sectores da sociedade latina continuam agarrados a estereótipos e preconceitos.
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3 comentários:
Sem esquecer os preconceitos do Norte da Europa segundo os quais se as mulheres não tiverem garantias especiais serão sempre discriminadas por natureza porque a sociedade é patriarcal.
As ridículas quotas de género foram inventadas com base nesse pressuposto.
As que por cá conhecemos
militantes do PSD
não devem nada à beleza
e pouco valor se lhes vê
Carlos,eu não diria preconceito, eu diria preconceito do preconceito.
Um mulher é bonita, um homem pode ser bonito, uma mulher tem curriculo e experiencia, um homem a mesma coisa....
Para mim evitar avaliar ou apreciar politicos com reservas mentais é ridiculo.
A unica reserva que deveriamos todos ter tem a ver com a vida pessoal e privada dos politicos e aí, concordo contigo, os latinos são obsessivos em vasculhar a vida privada, e sobre ela emitir julgamentos.
Os anglo-saxónicos são diferentes mas apesar de ser uma sociedade mais baseada na meritocracia e com algum puritanismo à mistura, mais moral na raiz protestante anglicana britânica, mais religiosa na raiz protestante norte americana, não me parece que estejam melhor que nós.
Venham é as mulheres para a politica, pela sua qualidade, pela sua aptência, pela mais valia que trazem à politica e não através de quotas redutoras da sua importancia e mesmo castradoras da sua independencia.
Homens e mulheres são iguais e estas não necessitam duma descriminação positiva.
O exemplo da descriminação positiva, por exemplo em relação à comunidade negra norte-americana, como ferramenta de "compensação",no pós anos 60, acabou por ter efeitos perniciosos.
Se hoje temos homens e mulheres, brancos e negros, em posições de destaque nos EUA, à sua qualidade se deve, claro, tendo em conta a representatividade de cada comunidade que, no caso negro e hispânico, é crescente e como é obvio isso tem reflexos nas opções politicas em termos de candidatos nos diversos cargos sujeitos a sufrágio, o que nos EUA corresponde a uma miríade de candidaturas a um mar de cargos.
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