Al Zawahiri critica a Hamás por insinuar que aceptaría la paz con Israel
Desde que o Hamas teve funções governativas na Palestina que o movimento islâmico começou a mudar a sua postura. A responsabilidade do poder pesa. É evidente que apenas a ala moderada do Hamas manifestou vontade de querer dialogar com Israel, enquanto os radicais sempre se mantiveram opostos à existência do Estado de Israel. Importa não esquecer, todavia, que, enquanto o Hamas esteve no Governo, a ala radical teve pouco protagonismo.
Com o golpe de Estado protagonizado por Abbas, de despejar o Hamas do poder, a ala mais dura começou a ganhar novo destaque. Todavia, como os últimos tempos evidenciam, mesmo não reconhecendo Israel, há já uma referência para o Hamas, em termos de futuro Estado da Palestina: as fronteiras de 1967. Ou seja, mesmo os mais radicais, não abdicando de todo o discurso extremista, aqui e ali, vão começando a ceder. Também, perante as inevitabilidades,
queiram ou não, gostem ou detestem, Israel, de um lado, Fatah e Hamas, do outro, estão condenados a entender-se, isto se quiserem alcançar alguma estabilidade.
Por isso, é natural que a Al-Qaeda veja como um golpe na sua pretensão de expansão e combate a posição dos radicais do Hamas.
Este é, portanto, um bom momento para a Comunidade Internacional trazer para a mesa das conversações o Hamas. Além do nítido contributo para a estabilidade no Médio Oriente, dava-se mais um passo no combate ao terrorismo, tendo o Hamas e a Fatah como parceiros, e isolamento da Al-Qaeda.
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