segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um paıs europeu

Uma andorınha não faz a Prımavera. Porém, uma cıdade que acolhe 15 dos 80 mılhões de habıtantes da Turquıa, como Istambul, é um bom testemunho deste paıs: uma terra aberta ´a tolerancıa, respeıto e com um povo hospıtaleıro e humılde.
Quem andar por esta cıdade, que também é um dos berços da nossa cıvılızação ocıdental - e a Hagıa Sophıa é o melhor exemplo dısso, convém não esquecer -, compreende, de modo ınequıvoco, como a sua ıntegração no espaço comunıtárıo é vıável e, acrescento, desejável.
Naturalmente que há pontos aında a ter em conta, como por exemplo os dıreıtos humanos, que progredıram bastante desde que as conversações com Bruxelas teem sıdo empreendıdas, as agrícolas e as comercıaıs.
A adesão não pode, e jamaıs deve ser feıta, sem qualquer preparação de ambas as partes (UE e Turquıa), mas serıa convenıente, e decente por parte da UE, abrır uma perspectıva temporal ao Governo de Ancara, para se consumar esta adesão.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O voto dos emigrantes (galegos)

“Ayuda secreta de la Casa Rosada al triunfo de los socialistas en Galicia“, tituló en el 2005 el diario Clarín. La colaboración no fue tan secreta porque se supo que los Kirchner ayudaron a Zapatero y Blanco a montar una red de 1.200 agentes electorales y les dieron “información” esencial de Correo Argentino. Pese a las supuestas tiranteces recientes entre la Casa Rosada y la Moncloa, la ayuda va a repetirse, aunque esta vez va a ser más discreta. Por eso, en su última gira porteña Touriño no buscó la foto con Cristina Fernández. En el PP están convencidos de que con Menem en el poder, Fraga no habría perdido la mayoría absoluta en el 2005.
Con Blanco a la cabeza, el PSOE bramó desde la oposición contra las maniobras del PP en la emigración y denunció que el sistema permitía el fraude. En el poder, olvidó la prometida reforma de la legislación para implantar el voto en urna y creó una potente maquinaria a fin de aprovechar lo que antes criticaba. El PP, que rechazó todas las propuestas para introducir transparencia, es ahora el paladín de la limpieza, después de haber estado esperando a ver si recuperaba el poder en Madrid para utilizar la emigración como palanca. Y el BNG, que siempre denunció los fraudes, se durmió en la moqueta, dejando pasar los primeros años de la legislatura gallega sin obligar al PSOE a cumplir sus compromisos.
Votarán los muertos y resurgirán las críticas a los emigrantes. Lo único bueno es que esta vez resulta difícil que su sufragio influya en el desenlace final.


Por cá discutiu-se há poucos dias se os emigrantes deviam votar por correspondência ou presencialmente. Sendo certo que presencialmente será difícil para muitos manifestar a sua opção, dado não haver embaixadas ou postos consolares em todos os locais onde há emigrantes, o envio do voto continua a vigorar, e com sentido.
Aqui ao lado, em Espanha, os votos dos emigrantes também merecem o envio por carta. Não fosse a eleição regional de há quatro anos, em que o histórico Fraga Iribarne perdeu as regionais galegas, por causa do voto dos imigrantes, e ainda hoje o assunto seria pouco relevante. Como tudo está em aberto, tanto os socialistas podem perder a renovação do poder em coligação com os nacionalistas galegos - e as notícias dão uma campanha de Touriño com pouca mobilização, como os populares podem ver goradas as expectativas de reconquistar o poder - Feijóo parece estar imune aos escândalos que abalam o PP nacional, de Madrid e Valência, os votos dos emigrantes podem ser, novamente, decisivos.
Na noite do primeiro dia de Março veremos e o episódio de há quatro anos se repete, sendo bastante provável que os socialistas ganhem com os votos vindos do exterior, como o texto de Anxo Lugilde explica.
Maroscas não faltam nesta situação, com responsabilidade de todos, mas mais, naturalmente, de quem exerce o poder, que se reconforta com a situação, dada ser-lhe favorável.

Nacionalistas bascos podem perder o poder

La batalla de las encuestas es bien silenciosa pero ya se sabe que los partidos las manejan no sólo para tener un diagnóstico de la realidad sino también como un arma psicológica de primer orden. Los socialistas disponen de trabajos que muestran que las posiciones están muy igualadas. En su último sondeo del pasado viernes, con una participación del 65% y un 14% de indecisos, el PNV y el PSE obtendrían respectivamente entre 27 y 28 escaños, mientras el PP alcanzaría 11; EB, tres; Aralar, tres; EA, dos o tres, y UPyD, uno. Todo sigue pues muy abierto.

PNV e PSE encomendaram sondagens e ambas não coincidem, mas os resultados que apresentam não se afastam muito um do outro. Isto quer dizer, mesmo num cenário menos favorável para os socialistas, isto é, tendo em conta a sondagem dos nacionalistas bascos, o PNV obteria poucos mais apoios do que o PSE. Isto significa que Patxi López deverá obter o melhor resultado de sempre dos socialistas no País Basco. Ganhe ou não a eleição. E, aqui reside o interesse nesta eleição autonómica, que pode significar o fim do poder dos nacionalistas no Governo de Vitória. Seria, com certeza, um marco histórico para a recente democracia espanhola. E poderia determinar um novo futuro para a região e para o país.
De seguir, também, a postura da ETA, agora que viu as suas formações políticas sem possibilidade de participar.

Obama confirma "investimento" no Afeganistão

Barack Obama, the US president, has approved the deployment of an extra 17,000 troops for Afghanistan, the White House has confirmed.

Mais tropas norte-americanas para o Afeganistão significa que, mais dia menos dia, virá um pedido de ajuda de Washington para que a Europa também assuma a sua quota de responsabilidade. Aí se verá o encanto europeu para com esta nova Administração.

Berlusconi alcança mais uma vitória

Veltroni demite-se após derrota na Sardenha

A esquerda italiana desmorona-se num momento em que devia surgir mais forte. Veltroni, não obstante a derrota nas legislativas no ano passado, prometia muito e acaba por sair pela porta pequena. Berlusconi continua a agradecer a amabilidade da esquerda transalpina.

Aécio a seguir os passos de Obama

ISTOÉ - O sr. é candidato à Presidência da República?
Aécio Neves - Só posso ser candidato a presidente se o partido me indicar candidato. Mas estou disposto a disputar as prévias e discutir com as bases do partido um projeto novo para o Brasil.


se hoje Aécio não tem a preferência da cúpula, todos os tucanos sabem que sem ele o PSDB não ganha a eleição. É por isso que a disputa interna está recheada de declarações diplomáticas em público, enquanto ferve nos bastidores. Os serristas voltaram a defender a tese da "fila", segundo a qual a direção do partido decidiria que este seria o momento de Serra, enquanto Aécio teria de aguardar a vez.

Está lançada a candidatura do Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, nas primárias do PSDB para concorrer como o candidato tucano no próximo ano à presidência do Brasil. José Serra, Governador de São Paulo, tem a vantagem de ter a máquina do partido com a sua candidatura. Mas, no Brasil, tal como nos EUA, a máquina partidária não é centralizada, e como Obama demonstrou no ano passado, a vitória pode acontecer. Tudo depende da tendência de cada Estado. E, neste momento, está tudo em aberto.

(Publicado no Câmara de Comuns)

As FARC continuam a matar

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, prometeu na terça-feira endurecer a luta contra o terrorismo, depois de a guerrilha Farc anunciar que matou oito índios colombianos como punição por terem passado informações ao Exército.

Procurando demonstrar alguma abertura, para entendimentos com o Governo colombiano, com a libertação de prisioneiros, as FARC não deixam, no entanto, de prosseguir com o terror na Colômbia.

Óbvio

Daniel Kurtzer, the former U.S. ambassador to Israel, said on Tuesday that a government led by Benjamin Netanyahu that also included Yisrael Beiteinu chairman Avigdor Lieberman would be a "bad combination for American interests."
"It would be much more difficult for the right-wing even with determined American leadership to advance the peace process," Kurtzer said. "Not impossible, but very difficult."


Ainda dizem que o mundo não gira ao contrário!

Segundo a sondagem ontem divulgada pela La Voz de Galicia, PSG e BNG podem reeditar nova coligação governativa.
Falta semana e meia para a eleição e a indecisão ainda paira no ar. A ter em conta pela campanha que cada formação está a realizar. Não é por acaso que Zapatero, que já se deslocou duas vezes à Galiza, ainda está a procurar espaço na agenda para uma terceira visita.

Começa a campanha presidencial iraniana


Reformador é a principal ameaça à reeleição de Ahmadinejad
Jornal conservador iraniano avisa que Khatami corre risco de ser assassinado


Parece valer tudo para os radicais intimidarem o candidato presidencial reformador iraniano. Veremos o que isto dá.
Só pela ameaça, a candidatura de Khatami já está a valer a pena. Sinal de bastante nervosismo nas hostes de Ahmadinejad.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Retrocesso democrático na Venezuela

Gana el SI con 54,36% frente a 45,63% del NO

Com a vitória do "sim" no referendo de ontem, que permite a Chávez eternizar-se no poder, a Venezuela dá um significativo passo atrás, em termos democráticos, e avança sem freios para a consolidação de um Estado autocrático.
10 anos de poder não chegaram a quem tanto prejudicou um dos países mais ricos do mundo.
Cerca de dois séculos depois, a Venezuela precisa de um novo Bolívar que a liberte da tirania do populismo que a afecta, corrompe e afunda na pobreza.

(Publicado no Câmara de Comuns)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O lapso de Lukashenko

O que a oposição fez, ao longo de mais de 20 anos, foi travar uma batalha para nos colocar longe do centro da Europa.

O Presidente bielorrusso teve um lapso na entrevista cedida à Euronews. Em vez de referir que a oposição tudo tem feito para que haja maior aproximação da Bielorrússia à UE, pois isso também significa mais Liberdade, disse o contrário. Mas este é um lapso interessante. Então, com quase duas décadas de poder, num Estado autocrático, é a oposição, sem voz nem meios na sociedade, que impede o poder de fazer o que quer? Lukashenko podia ser um pouco mais coerente com o que diz.

Do formal e do moral - entradas proibidas

Ontem, o deputado holandês Geert Wilders, que há uns tempos realizou um filme xenófobo, no qual procura insinuar que professar o islão é comungar terrorismo, foi impedido de entrar, pelas autoridades britânicas, em solo de Sua Majestade, uma vez que iria estimular o ódio no Reino Unido, justificou o Governo de Londres. Nestes dias, o antigo líder do sindicato polaco Solidariedade, Lech Walesa, não recebeu permissão para entrar na Venezuela, onde iria contactar com elementos da oposição do regime de Chávez.
Moral da estória: em termos formais, não há qualquer discrepância entre os dois actos, em termos morais, uma significativa diferença. Enquanto um foi, e bem, impedido de provocar, outro foi, e mal, proibido de dialogar.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Um processo democrático invertido

Buteflika se eterniza en Argelia
El presidente se presenta sin rivales de peso a un tercer mandato consecutivo


No país mais democrático do norte de África, a Argélia, o actual Presidente adopta o mesmo estilo dos seus vizinhos, nomeadamente o tunisino e o egípcio. Com a substancial diferença de no caso destas duas repúblicas a democracia ainda está por consolidar (Egipto) e alcançar (Tunísia). A Argélia, que podia amadurecer o sistema democrático, inverte a lógica e afunila.
Bouteflika ganhará, pela terceira vez, a eleição presidencial de Abril, sem grandes dificuldades.
Dado o seu débil estado de saúde e os desafios internos e externos que este gigante do Magreb conta, uma renovação política, que não um regresso ao radicalismo religioso, seria desejável.
O actual Chefe de Estado tem um papel determinante e inquestionável na História do país, com a contribuição decisiva para o fim da guerra sangrenta que se abateu sob o país, no seguimento da democratização empreendida em 1992. Mas tais méritos não são condição para perpetuar-se no poder.

Mais um referendo a Chávez

La oposición hizo un llamado este jueves a todos los electores a sufragar en las urnas el próximo domingo confiados en el secreto del voto.

Nem dois anos passados e novo referendo, no domingo, para perpetuar, ou não, o mandato do pseudo-biblista-bolivarista. Segundo as sondagens, o "não" e o "sim" estão a par e o vencedor deverá ganhar com pouca margem. Para seguir no domingo, com bastante interesse. Até porque, a crise está a afectar a Venezuela e a base de apoio típica de Chávez, as camadas da população mais vulneráveis, não estão hoje tão entusiasmadas como já tiveram com o seu Presidente.

Saída de ouro

O Hamas estaria preparado para assinar, na próxima semana, um acordo que inclua a libertação do soldado israelita Gilad Shalit, segundo uma informação que contradiz uma outra segundo a qual o movimento teria chegado a acordo para uma trégua com Israel que não inclui o soldado Shalit.

Se Gilad Shalit for libertado em breve, pode dizer-se que Ehud Olmert sai do Governo de Israel com chave de outro.
O que é de lamentar nestes dias é o facto de haver, no actual momento, uma nítida vontade de dialogar, por parte do Hamas, e sobe ao poder de Tel Aviv quem pouco aprecia a diplomacia.

A direita à beira de liderar Israel

Como disse um alto quadro do Kadima, na terça-feira o "partido ganhou a batalha, mas perdeu a guerra". A direita e respectivos radicais, deverão formar o próximo Governo de Israel, presidido por Netanyahu.
Pelo lado do vencedor, o Kadima, nota-se alguma falta de orientação. Começou por pedir um acordo com Netanhyahu, seguindo-se um apelo ao radical Lieberman, para formar coligação, tendo o Kadima a responsabilidade de liderar. Tudo isto na noite eleitoral. Goradas estas hipóteses, o partido de Livni já se presta a formar parte do Governo do Likud, ficando, para tal, com as pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. O que evidencia sinal de fragilidade, pois o partido mais votado submeter-se-ia a um que recebeu menos voto. Só reforçaria o papel de Netanyahu e tornaria frágil o do Kadima.
Não creio que o próximo Governo de coligação de Israel dure a legislatura, pois os valores, mais ou menos radicais, de cada formação de direita, deverão sobrepor-se aos interesses dos israelitas em determinado momento. E com uma Administração norte-americana, assim se espera, empenhada num entendimento para o Médio Oriente, Tel Aviv sofrerá pressões que irão contra a posição de vários governantes, pouco, ou mesmo nada, interessados num entendimento com os palestinianos e vizinhos árabes.
Talvez seja tempo de preparar baterias, recuperar energias, reestruturar políticas. A começar pelos Trabalhistas, de modo mais profundo, e a acabar no Kadima, que deve saber rentabilizar o excelente resultado que alcançou nesta eleição.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Acordo com sucesso reduzido


O presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o chefe de Estado sul-africano, Kgalema Motlanthe, felicitou quarta-feira Morgan Tsvangirai e Arthur Mutambara depois da sua investidura respectivamente como Primeiro-ministro e vice-Primeiro-ministro do Governo de coligação do Zimbabwe.

Veremos até quando dura este entendimento entre Mugabe e Tsvangirai. Se chegar ao fim da Primavera será um milagre.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vitória de Pirro?

Com 52% dos votos contados (0:30), o Kadima é o partido com mais eleitos. Resultado evidente da recuperação do partido de Livni nos últimos dias. Porém, tudo indica que não terá as condições de viabilizar um Governo, pois a direita, com o Likud, o Israel Beiteinu e outras pequenas formações deverão obter, pelo menos, 61 deputados, o número suficiente para viabilizar um Executivo.
Livni alcança um bom resultado, mas aquém do desejado.
Pelo lado dos trabalhistas, regista-se, como os últimos dias indiciavam, o pior resultado de sempre do partido.
Para continuar a acompanhar o escrutínio, aqui.

(Publicado no Câmara de Comuns)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Uma ténue, mas ainda assim, esperança


Resta aguardar o veredicto das urnas.

Eleição israelita

Para melhor conhecimento da realidade actual da política israelita, está aqui uma boa e bem sintetizada infografia.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Há esperança na Venezuela

El presidente Hugo Chávez aseguró este domingo que no se debe desestimar la marcha que la oposición organizó contra la enmienda. Sostuvo, sin embargo, que quienes participaron lo que destilaron "es odio".

Chávez tem a Venezuela quase controlada com mão-de-ferro. Não a tem totalmente por que há muitas vontades, como estes milhares de pessoas demonstraram nas ruas de Caracas, que para dominar o país a bel-prazer, o pseudo-biblista-bolivarista terá de derrubar muitos venezuelanos que não estão dispostos a abdicar dos seus princípios para se renderem ao populismo.
Falta uma semana para o referendo que pode permitir a eleição perpétua de Chávez.
O clima político vai subir de tom.
Note-se como Chávez encara e define os seus opositores, pessoas que destilam "ódio". Como se não fosse o Presidente venezuelano o primeiro a estimular o ódio, tanto a nível interno como externo.

Excelente notícia

Mohammad Khatami, ex-Presidente e figura de referência dos renovadores iranianos, anunciou hoje que vai concorrer às eleições de Junho, para defrontar o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, que já tornou pública a sua recandidatura.

Nem tudo é mau neste tempo. Hoje recebemos uma excelente notícia: o anúncio da candidatura de Khatami à presidência do Irão.
A sua vitória, em Junho próximo, será, seguramente, um passo para a Paz e Estabilidade no mundo.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Teerão a engonhar

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, anunciou hoje que Teerão está pronto a discutir com os Estados Unidos, “sem condições prévias” desde que os americanos apresentem “um conceito” para este diálogo.

Os EUA proporcionam a condição de Teerão ganhar mais tempo e eis um dos altos responsáveis políticos de Teerão a manifestar vontade de gastar tempo, com diálogos que não têm ponto de partida, como o Irão faz questão de frisar, e nem quer ter ponto de chegada. Enquanto se gasta tempo, o programa nuclear avança.

O derradeiro trunfo de Livni e Barak

Se Israel conseguir a libertação do soldado Gilad Shalit, detido há mais de um ano pelo Hamas, até terça-feira, Livni e Barak podem obter um trunfo político que deixará o Likud e o Israel Beiteinu em sérias dificuldades.
Veremos se do lado do Hamas há vontade de influenciar as legislativas israelitas. Melhor do que ninguém, o Hamas sabe que um Governo de Netanyahu e Lieberman terá uma postura inclinadamente bélica, em vez de dialogante.

Kadima aproxima-se do Likud

Haaretz Poll: Kadima, Likud are neck-and-neck with 4 days to go
The poll, the last to be published before next Tuesday's election, showed the gap between the two parties continuing to narrow: It is now down to only two seats in Likud's favor.


Livni ganhou um fôlego nestes derradeiros momentos, antes da eleição de terça-feira. Se é um bom sinal, a aproximação do Kadima ao Likud, por outro lado, é preocupante o crescimento do Israel Beiteinu. Não é, portanto, por acaso que o Likud, nos últimos dias tem procurado veicular a ideia que um voto no partido de Lieberman representa um fortalecimento de Livni e enfraquecimento de Netanyahu.
Quanto ao Labor, Barak não descolou, nem mesmo com a bem sucedida intervenção em Gaza, que comandou, e o partido sujeita-se a receber a pior votação de sempre.

São Tomé dirá em que ficará este actual estado de total sintonia

O ministro da Defesa afirmou hoje que os discursos dos principais responsáveis políticos na Conferência de Segurança de Munique estão a marcar "um novo ciclo e uma oportunidade para o relançamento das relações" entre Europa e Estados Unidos.

Severiano Teixeira disse o que muitos governantes europeus, da esquerda e da direita, gostam de expressar neste momento, até pela sintonia entre o gosto que os Governos e povos europeus têm pela Administração Obama. Todavia, esta "oportunidade para o relançamento das relações" entre as duas margens do Atlântico norte deverá merecer algum desconforto dos europeus, quando, em breve, Washington, e com sentido, solicitar mais cooperação militar aos europeus para se envolverem e participarem mais em palcos nevrálgicos, como o Afeganistão.
Num momento de crise económica, aí sim, veremos se a Europa estará disposta a "relançar as relações", empregando mais verbas e meios, em cenários de conflito.
Habituados, desde 1945, à sombra e aos gastos de protecção militar norte-americana, é tempo da Europa assumir as suas responsabilidades, e Obama já prometeu isso. Veremos se estaremos dispostos a pagar uma factura, que, em abono da verdade, também é nossa.

O PCP mente com grande descaramento

A entrega do soldado e dos três polícias é o terceiro gesto unilateral das FARC, depois da libertação da ex-candidata à vice-presidência da Colômbia, Clara Rojas, da ex-deputada Consuelo Gonzáles, da ex-candidata à presidência, Ingrid Betancourt, e de outros 18 sequestrados, entre os quais três norte-americanos.

O PCP continua a defender, sem pudor nem peso na consciência, o grupo terrorista colombiano. A edição do Avante desta semana insinua que as FARC libertaram Ingrid Betencourt e outros sequestrados, como os três norte-americanos capturados pela banda. Mentira! Ingrid Betencourt e outros presos foram libertados pelas Forças Armadas colombianas, numa operação que estas assumiram.
Até quando o PCP nos quer fazer de tolos? E até quando nos continuará a mentir?

(Publicado no Câmara de Comuns)

Biden não traz nada de novo

“A nossa administração está a reexaminar a política relativamente ao Irão, mas uma coisa é clara: estamos prontos para falar”, disse Joe Biden naquele que era o discurso mais esperado da 45ª Conferência de Segurança de Munique. No entanto, a abertura de Washington continua condicionada à renúncia de Teerão ao seu programa nuclear.
“Estamos prontos a falar com o Irão”, insistiu Biden, “e a dar-lhe uma escolha muito clara: mantenham o rumo actual e conhecerão a pressão e o isolamento; renunciem a prosseguir o vosso programa nuclear ilegal e a apoiar o terrorismo e receberão contrapartidas importantes”


O que Joe Biden disse em Munique já as autoridades de Teerão sabem há muito. O mesmo fora dito pela anterior Administração norte-americana.

As falsas posições da extrema-direita israelita

When Israel Beiteinu was founded in 1999, it was with a simple purpose in mind. It was meant to be the voice of all those who wanted something better than politics as usual. We felt there was an important place for a party and a movement that would stand up for working-class men and women who care about their country, who are patriotic and believe in the destiny of the Jewish people. I am proud of what our party has accomplished. In a short period we have become an important voice for change and an essential voice for principles.
We are the voice of the future, we are the voice of the hope and dreams of those who want a government as good as the people it serves. We want to move Israel forward with dignity and respect in the eyes of the world and in the eyes of our citizens.


Este artigo do líder do Israel Beiteinu, Avigdor Lieberman, com muitos traços dos discursos de Obama, merece a concordância de qualquer pessoa. Porém, o que Lieberman não expõe são as suas propostas e ideias acerca de Israel e da sua relação com os países vizinhos, assim como a criação do Estado da Palestina. Aí sim, perceberíamos que além desta linguagem de alguém que confia nos israelitas os que sujeitar a uma posição de conflito contínuo. Isso não representa a "voz do futuro, nem da esperança nem dos sonhos".

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Partido chave para decidir a sucessão de Lula

Nos bastidores, as negociações apontam para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A oposição, capitaneada pelos governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e também governo federal, com Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, à frente, converteram- se nos principais cabos eleitorais do deputado Michel Temer (SP) e do senador José Sarney (AP), candidatos do PMDB na Câmara e no Senado. O PMDB, caso confirme nas urnas o favoritismo, sairá das eleições com um alto cacife, e nem governo e nem a oposição vão prescindir de seu apoio no pleito de 2010.
Hoje, o PMDB, que controla cinco ministérios, faz juras de fidelidade ao governo. Mas ninguém sabe o caminho que o partido, que sempre colocou um pé em cada canoa para manter-se eternamente no poder, vai tomar na sucessão presidencial. A oposição aposta que o PMDB agirá com pragmatismo. Ou seja, vai aliarse com o presidenciável que tiver mais chances de vencer em 2010.


Temos vindo a abordar, nestes dias, a disputa pela sucessão de Lula da Silva, na presidência brasileira, com o devido destaque para os pretendentes: José Serra, Aécio Neves e Dilma Rousseff, e a importância de um partido sem candidato anunciado, mas que pode ser decisivo, caso apoie um dos favoritos, o PMDB.
Ora, nem de propósito, um interessante artigo publicado na revista Isto É, ajuda a compreender melhor o papel deste partido, que tem as suas origens no combate à ditadura militar.

(Publicado no Câmara de Comuns)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As "simpatias" russas

A Rússia está pronta a colaborar com os Estados Unidos na luta contra o terrorismo na Ásia Central. As declarações do presidente Dimitri Medvedev, durante uma cimeira com as antigas repúblicas soviéticas, ocorrem numa altura em que Moscovo reforça a sua influência na região em detrimento de Washington.
A proposta russa visa, sobretudo, manter intactas as relações com os Estados Unidos, depois do Kremlin ter fornecido ajuda económica ao Quirguistão em troca do encerramento da base americana em Bishkek.


Primeiro acenam dinheiro ao Governo quirguize para despejarem os norte-americanos do país. A seguir manifestam a Washington toda a colaboração para o combate ao terrorismo no Afeganistão, que passa, em parte, pelo Quirguistão.
Por muita simpatia que Moscovo transpire, a bota não bate com a perdigota com este gesto.

Aécio sobe a parada

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), voltou a defender nesta quarta-feira a realização de prévias no PSDB para escolher o candidato do partido à Presidência da República em 2010.
"O PMDB é hoje um partido fundamental à governabilidade, talvez até mesmo à eleição. É um partido que se consolidou pela vontade da população brasileira. [...] Eu tenho muito respeito pelos companheiros do PMDB e digo, de forma muito clara, não se governa hoje o Brasil sem a presença do PMDB", afirmou Aécio em entrevista divulgada por sua assessoria.


Aécio volta à carga com as primárias no PSDB e pisca, ao mesmo tempo, o olho ao PMDB, partido, por sua vez, cobiçado pelo PT, para reconquistar a liderança do Brasil, desta feita sem Lula.
Entretanto, em São Paulo, onde o candidato presidencial favorito do PSDB, o Governador José Serra, tem o seu bastião, o seu ex-adversário interno, Gerlado Alckmin, ao contrário da sua tese, já não defende primárias (as denominadas 'prévias') e prefere um entendimento entre Serra e Aécio, que é como quem diz, a candidatura de Serra, na perspectiva de lucrar com a saída deste para a disputa da presidência nacional. Desse modo, Alckmin teria o caminho livre, no PSDB, para concorrer ao Governo federal de São Paulo.
Como em política as voltas são mais do que muitas e Alckmin deu muitas no passado recente e está à beira de dar muitas mais no futuro próximo, em escrito breve regressaremos aos cenários de Alckmin, que são uma boa lição de como se não deve perder o norte em política.

(Publicado no Câmara de Comuns)

A ascensão e queda de Yuschenko

Polls show the nation is ready to relegate Yushchenko to the political scrap heap, with Ukrainians concluding that their lives and the nation’s fate have not improved during his four years of leadership.

O herói da revolução laranja de 2004 é hoje o Presidente que apenas conta com uns residuais 2,5% de apoio entre os ucranianos. A reeleição na chefia do Estado é quase impossível para Yuschenko.

Estranho

El Vaticano exige al obispo que niega el Holocausto que se disculpe públicamente para ejercer
Benedicto XVI "desconocía" la posición del prelado lefebvriano "en el momento de revocar la excomunión"


Profundo conhecer da Igreja Católica, Bento XVI diz que desconhecia a posição do bispo britânico que nega o Holocausto. Mas mesmo que desconhecesse aquando da sua "readmissão" deveria saber quais os motivos.
Seja como for, o Vaticano emenda a mão.

O descalabro dos populares

A Espanha bate recordes, em termos de taxa de desemprego, e o país político está a braços com um escândalo de possível espionagem, dentro do PP de Madrid, com insinuações que alguns populares do Governo da Comunidade de Madrid andaram a espiar governantes da Câmara de Madrid, todos do PP, no já velho e sempre repetido confronto entre Esperanza Aguirre e Gallardón.
O PP está enfraquecido e Rajoy não consegue retirar o partido do poço em que se encontra atolado. As regionais do próximo dia 1 de Março podiam representar um momento de viragem, nomeadamente na reconquista da Galiza aos socialistas e aos nacionalistas galegos, depois de perdida há quatro anos, na primeira e única derrota averbada pela direita, até agora, nesta região espanhola.
Feijóo, o cabeça-de-lista por Pontevedra, podia ser o rosto da reconquista, mas por este andar, será mais um candidato a perder para o socialista Touriño, actual Presidente do Governo regional.
No País Basco, as dificuldades são ainda maiores, se bem que, numa possível vitória de Patxi López, o PSE e o PP basco podem vir a formar Governo em Vitória. No entanto, isso significaria um enfraquecimento para os populares, que a nível nacional combatem o PSOE.
A vida não está nada fácil para os espanhóis, nem para a direita espanhola, mas, neste caso, por culpa própria.

Bibi à beira de regressar ao Governo

Falta cinco dias para as legislativas israelitas e Benjamim Netanyahu está à beira de regressar ao poder. As sondagens dão um Likud consolidado e resta saber se são os Trabalhistas ou os extremistas do Israel Beiteinu que ficam em terceiro.
Tudo indica que Liberman, do Israel Beiteinu, será o parceiro de coligação de Netanyahu. E aqui sim, reside o problema. Este xenófobo está à beira ter poder significativo e representar uma fonte de exclusão social em Israel, com os seus ataques constantes e discriminatórios à comunidade árabe de Israel.
Veremos que Governo e que rumo Bibi dará ao próximo Executivo de Tel Aviv.

Um erro gravíssimo de Obama

Obama propõe redução em 80 por cento dos arsenais nucleares russo e americano

Esta é uma notícia que pode agradar à opinião pública, mas significa, sobretudo, uma ameaça à sociedade.
É tempo de desmistificar que as Forças Armadas são um obstáculo das sociedades livres.
Como a História ensina, e a própria existência do Estado confirma, as Forças Armadas são elementos estruturais e estruturantes de uma comunidade, nos mais diversos campos. Enfraquecê-las representa uma manifestação de debilidade, em termos de defesa nacional, e um aumento de exposição à vulnerabilidade de ataques.
A proposta de reduzir arsenais norte-americanos e russos recria um pouco do clima de Guerra Fria. Mas Obama devia tomar em consideração o novo século, o qual já não conta com a URSS, e o armamento de certos países não é fruto do acaso. Devia, por exemplo, ter em consideração o projecto militar chinês ou o aumento significativo do armamento na América do Sul, sem esquecer o recrudescimento da dimensão bélica na Ásia central, em especial o programa nuclear iraniano e o que este pode provocar na região, com a quase inevitável corrida às armas da Arábia Saudita.
Ao procurar enfraquecer militarmente os EUA, Obama dá um passo no caminho errado e bastante perigoso. Para todos nós.

(Publicado no Câmara de Comuns)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O teste de Putin

now the worldwide financial crisis is abruptly ending an oil-driven economic boom here, and the unspoken contract between Mr. Putin and his people is being thrown into doubt

Pode haver uma conspiração neste texto do NYT, dirão em Moscovo, mas que há pontas de veracidade, isso é indiscutível. Como qualquer outro líder, Putin enfrenta um grande teste perante esta crise.

Liberais sobem e Merkel desce


Continua a verificar-se que o FDP é o partido político alemão que tem granjeado mais apoio nesres meses. A subida de 3%, nas intenções de votos, é mais uma consolidação dos liberais, que obtiveram excelentes resultados nos Lands da Baviera e Hessen, onde se revelaram determinantes para a CDU formar Governo a nível regional.
Merkel, e as suas hesitações nas respostas a dar à crise, paga a factura e desce dois pontos. Já os sociais-democratas, que têm tido um bom desempenho no Governo federal, não descolam. Pelo menos também não descem.
De registar, neste mês, a descida do Linke. Parece que na Alemanha se começa a perceber a irrealidade das suas bandeiras, de dar tudo a todos.
A perspectiva de um futuro Governo CDU/FDP ganha mais sentido. Resta saber se o partido de Guido Westerwelle terá condições de alcançar mais postos governativos. Com esta subida bem pode apresentar uma "factura" mais elevada a Angela Merkel.
Faltam oito meses para as eleições legislativas.

Saudades de outros tempos

Raúl arribó a la histórica Plaza Roja para rendir tributo a Lenin en el Mausoleo que guarda sus restos, y ante el monumento al Soldado Desconocido. El intenso frío no fue obstáculo para recorrer también los nichos que conservan las cenizas de otros insignes patriotas.
Concluido este especial momento de homenaje, el Presidente de los Consejos de Estado y de Ministros de Cuba se dirigió al cercano Gran Palacio del Kremlin, donde su anfitrión lo esperaba al final de la gran escalinata.


Na recente deslocação oficial à Rússia, a primeira do Presidente cubano depois do fim da URSS, Raúl Castro começou por prestar homenagem a Lenine, só depois reuniu-se com Medvedev.
Primeiro, as questões partidárias, a seguir as de Estado. Prioridades!

O regresso da latente guerra civil palestiniana

Sem nunca nomear o Hamas, Mahmoud Abbas acusou o grupo de agir às custas dos palestinianos “em nome de agendas que não são a dos palestinianos”. O diálogo com o Hamas é impossível, afirmou ainda, se os islamistas não reconheceram a Organização da Libertação da Palestina. “Eles têm de reconhecer que a Organização é o único representante legítimo do povo palestiniano e depois disso, [poderá haver] diálogo.”

Enquanto em Gaza se trocam os mimos bélicos que infelizmente fazem parte do dia-a-dia da população daquela região, Abbas começa a marcar posição no seio da sociedade palestiniana, de se afirmar como o líder da Palestina, num momento em que o Hamas, com a manifestação de dialogar e a iminente abertura da Comunidade Internacional a esse propósito. É o regresso do confronto interno, que enfraquece a causa palestiniana.

As más respostas

Protestos contra contratação de italianos e portugueses
Gordon Brown criticou greves contra o emprego de trabalhadores estrangeiros


Ao procurar nos imigrantes bodes expiatórios para a crise, alguns britânicos consideram que estão a proteger os seus empregos. Não só não o estão, como indirectamente os colocam em risco, pois a crise não se resolve com a criação de mais problemas, como procuram provocar, com greves sem sentido.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Opções pessoais e responsabilidades nacionais

A coalizão que governa a Islândia anunciou neste domingo que escolheu uma homossexual assumida para o cargo de primeiro-ministro.
Com isso, o país passa a ser o primeiro na história a ser governado por uma pessoa assumidamente com tal orientação sexual.
Segundo analistas, a indicação de Sigurdardottir representa um feito histórico no movimento pelos direitos dos homossexuais.
Entretanto, para muitos islandeses, trata-se de algo que não surpreende. "Eu não acho que a orientação sexual dela importa. Nossos eleitores são bem liberais, eles não se importam com isso", disse à BBC Skuli Helgeson, secretário-geral da Aliança Social Democrática, o partido de Sigurdardottir.


No mundo preconceituoso em que vivemos, é mais notícia a orientação sexual do que as políticas que a próxima Primeira-Ministra islandesa pode implementar. E referimo-nos a um país que está na bancarrota.

Mais uma libertação

Três polícias e o soldado colombianos sequestrados pelas FARC já estão livres e em poder da missão humanitária, que os recebeu num local previamente combinado na selva do sul da Colômbia, indicaram rádios e televisões locais.

A libertação de presos das FARC correu bem, sem acidentes nem sangue derramado. Uma boa notícia, nestes tempos tão conturbados.

Retomar conversações

Syrian President Bashar Assad says he would be willing to resume negotiations with Israel after its elections, according to two American delegations that visited him in Damascus recently.

Depois da típica postura de romper negociações de Damasco com Tel Aviv, devido à intervenção militar de Israel em Gaza, a Síria volta a pretender diálogo com Israel. Ainda bem. Resta saber se o próximo quadro político é favorável, a nível interno, tanto em Israel como na Palestina. Tudo dependenrá de como se ajustar a liderança política e estabilidade interna em cada um dos lados.

Bom senso

El presidente colombiano Álvaro Uribe dijo que no tiene interés en postularse a un tercer período al finalizar el actual en 2010.

Álvaro Uribe acaba por mostrar bom senso, ao não forçar uma mudança constitucional para uma terceira candidatura à presidência da Colômbia.
Respeitadas e cumpridas as regras, o actual Presidente colombiano dá um bom exemplo.

Tempo de combater a crise e outros inimigos da sociedade aberta

Los expertos del Foro Económico concluyen que la crisis conllevará consecuencias "negativas" como el "resurgimiento del nacionalismo y proteccionismo en favor del sálvese quién pueda"

Davos apresenta uma resposta que a História há muito ensinou: em tempo de crise, a emoção tende a inclinar-se para a pior escolha, leia-se, proteccionismo e nacionalismo.
Os tempos são, por isso, de combate, não só à crise, mas também a esta enfermidade social e económica que destrói as sociedades, como são os princípios proteccionistas e nacionalistas.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Finalmente passos no bom sentido

In an interview published in The Times of London, Blair said that Hamas must be involved in the Middle East peace process.

Já era tempo de se darem sinais concretos ao Hamas para que faça parte da solução do Médio Oriente, tal como a Fatah.
Esta declaração de Blair vai no sentido de envolver as partes.
Parece que a Comunidade Internacional percebeu que sem o Hamas, não é possível encontrar estabilidade mínima no Médio Oriente.

Aquece a luta para suceder a Lula

As últimas articulações em Brasília indicam que o PMDB deverá conquistar amanhã as presidências das duas Casas do Congresso. O presidente do partido, deputado federal Michel Temer (SP), tende a vencer a disputa pelo comando da Câmara. O ex-presidente da República José Sarney (AC) deverá conquistar a direção do Senado.
Se confirmados, esses resultados fortalecerão a chance de uma aliança formal entre PT e PMDB para apoiar a eventual candidatura ao Palácio do Planalto da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha arduamente por essa união em 2010.


Se o PSDB está à beira de uma eleição primária, para escolher ou o favorito José Serra ou Aécio Neves, na corrida ao Palácio do Planalto, no lado do PT trabalha-se para Dilma Rousseff suceder ao seu camarada de partido, Lula, que quer deixar a sua marca, e influência, na próxima presidência. Para isso, está em causa a conquista do PMDB para a união de forças.
Porém, como as formações partidárias no Brasil não têm a mesma estrutura rígida da europeia, grande parte do PMDB pode apoiar a candidata do PT, mas outras organizações estaduais do PMDB, como a de São Paulo, forte aliada de Serra, não estarão com Rousseff. A isto pode acrescentar-se o facto de Aécio poder perder a corrida interna, no PSDB, com Serra e ser o candidato à presidência do Brasil pelo PMDB.
A batalha está a aquecer.

(Publicado no Câmara de Comuns)

Recessão humana

Au Zimbabwe, l'épidémie de choléra évoque "celles du Moyen Age"

Como é que perante uma realidade trágica, provocada por Mugabe, a UA ainda pede o levantamento das sanções, sem um único pedido de condenação de Mugabe?
Será que alguém acredita no acordo entre Mugabe e Tsvangirai? Nem eles próprios devem acreditar.

Marcas de uma década de populismo

Desde sua chegada à presidência, Chávez parece estar eternamente em campanha. As eleições no país se repetiram praticamente uma vez por ano desde 1998, e em cada uma delas ele centralizava mais o poder, fortalecendo-se.

Entre o que diz ter feito:
"Sólo en 2008 dejaron de ser pobres 94.030 personas. La pobreza extrema, que abarcaba 42 por ciento de la población en 1990, se redujo ahora a 9,1 por ciento. Los hogares pobres pasaron de 55,1 por ciento a 26 por ciento en diez años", aseveró.

E o que se verificou:
Su gobierno, al que le restan cuatro años, no ha podido sin embargo contener la inflación ni los niveles de criminalidad e impunidad. En una década la moneda nacional sufrió una devaluación de un 275 por ciento y los precios aumentaron 542 por ciento. Sólo en los últimos dos años la inflación acumuló una tasa de más de 50 por ciento.

E como se não bastasse a política de exclusão que promove, ontem, no seguimento da sua política extremista:
La comunidad judía de Venezuela hizo pública su indignación ante la agresión a la Sinagoga Tiferet Israel "producto del clima antijudío que se ha desatado en el país como consecuencia del discurso incitador al odio del Gobierno Nacional"

Com tantas condições para desenvolver um dos países mais ricos da América Latina, a Venezuela hipotecou uma década de potencial crescimento.

Dia histórico na Pérsia

Desde que el 31 de enero de 1979 el imán Jomeini regresara de París aclamado por el pueblo musulmán, hasta el 10 de febrero, fueron denominados aquellos diez días como “Dahe-ye-fajr” (Los diez días del amanecer) y fue entonces cuando se declaró la victoria.
Los niños gritaron en todos los colegios "Alahu Akbar" (Dios es grande) y "muerte a EE.UU." a las 09.30 exactas, la hora en la que hace 28 años el Imán Jomeini aterrizó en el aeropuerto de Mehrabad, Teherán.


Assim começou o primeiro de 10 dias de festa no Irão, a propósito da chegada de Khomeini há 30 anos, depois de década e meio no exílio em França, e derrube da monarquia iraniana e instituição de um Estado teocrático.
Nas ruas, as inocentes crianças ao mesmo tempo que apelavam a Deus desejavam a morte dos EUA. É com este regime que Obama quer dialogar!
A pior resposta que Teerão podia dar, aí está. Usando inocentes como mensageiros daquilo que sempre se percebeu, o regime de Teerão não quer diálogo, nem entendimento, nem compromissos.
A esperança reside na denominada geração K (de Khomeini), pessoas nascidas com e após a ascenção do aiatola e representam, em termos demográficos, 70% do país. Pretendem uma profunda mudança, tanto social como cultural e, por inerência, política. Merece leitura esta peça do El País, a propósito dos jovens iranianos:
A las puertas de la Universidad de Teherán, la mayor y más antigua del país, los colores pardos que impone la estética oficial uniformizan a sus estudiantes. Pero en las calles de la ciudad, la paleta de colores es mucho más amplia. Conformistas o rebeldes, socialmente activos o pasotas, trabajadores o estudiantes, los jóvenes iraníes todavía se permiten soñar con la libertad, aunque vean su futuro sombrío. Y a diferencia de sus vecinos de Oriente Próximo, ya están vacunados contra el radicalismo religioso.

A progressiva desmilitarização das FARC?

Los dos helicópteros brasileños que recogerán el domingo a tres policías y un militar que serán liberados por la guerrilla de las FARC, llegaron la noche de este sábado a la ciudad colombiana de Florencia (sur).

Encurraladas, pelo cerco do Estado colombiano, as FARC começam a libertar, por própria vontade, presos que se encontram detidos há vários anos.
Aos poucos percebe-se que Alfonso Cano, o novo líder do grupo terrorista, está a ceder nas antigas posturas e pretensões das FARC.
Veremos se terá o arrojo e capacidade para mudar a missão do grupo.

A proposta triangular de González

es difícil hablar del futuro de la gestión Obama, aunque, sin duda, hay que moderar unas expectativas exageradas.
Estados Unidos es, y va a seguir siendo, la primera potencia del mundo, y como tal seguirá teniendo intereses y prioridades globales. Pero la dimensión y complejidad de las crisis que atravesamos hacen imposible que EE UU pueda afrontarlas en solitario. Esto marca el fin de un unilateralismo que ha agravado la situación. Así parece haberlo reconocido el nuevo presidente.
Sin embargo, a los que sienten satisfacción al comprobar que EE UU no puede seguir considerándose como un superpoder en solitario, y anuncian los albores de su decadencia, conviene advertirles que nosotros, europeos o latinoamericanos, tampoco podremos prescindir de Estados Unidos para afrontar los desafíos que tenemos por delante. La ecuación es simple: EE UU no puede solo; sin EE UU no podemos.


Felipe González continua a demonstrar uma grande lucidez política. Sem cair na tentação de endeusar, mas não renegando a oportunidade que a eleição de Obama representa, o antigo Presidente do Governo espanhol lança um desafio a norte-americanos, europeus e latino-americanos, para enfrentar os novos desafios globais.
Uma boa proposta que peca por não merecer o eco que devia, seja em certas chancelarias europeias, mais apostadas no proteccionismo, seja em alguns países latino-americanas, mais preocupados em valorizar o populismo e agitar fantasmas imperialistas, como isso acabasse com a miséria em alguns Estados.

(Publicado no Câmara de Comuns)