O PCP da Marinha Grande anunciou hoje a retirada da confiança política ao presidente da câmara, João Barros Duarte, que recusou renunciar ao cargo depois de a concelhia ter anunciado, no início do mês, o seu afastamento.
O afastamento de Barros Duarte é visto pelo PCP como uma «necessidade» para a realização de «um trabalho mais articulado, mais dinâmico e mais colectivo por parte dos vereadores da CDU para dar um novo impulso à gestão autárquica com vista à concretização dos objectivos programáticos e à resolução mais célere dos problemas da população».
No comunicado, os comunistas consideram que há da parte do presidente da autarquia a «sobreposição dos interesses pessoais aos interesses colectivos e de apego desmesurado ao poder».
«João Barros Duarte defraudou a confiança do seu partido e camaradas, de todos quantos confiaram na CDU e no seu projecto e em larga medida as expectativas dos marinhenses», argumentos considerados suficientes para a retirada de confiança política anunciada hoje.
No fundo, o Presidente eleito pelos munícipes da Marinha Grande só defraudou mesmo o PCP. Espera-se que seja fiel ao mandato que as pessoas, e não o Comité Central, lhe atribuíram nas urnas.
O PCP continua a evidenciar o respeito que tem pela soberania das urnas: nenhuma.
Para o PCP só há um órgão legítimo: o Comité Central. A vontade das populações é desprezada e totalmente ignorada. Lamentável.
Pelos vistos, quem tanto fala de Abril por tudo e por nada, continua a verificar-se que está por consolidar os valores de surgidos em 1974 no seio do partido.
O PCP precisa de mais casos como o sucedido em 2005 na Câmara do Redondo para começar a respeitar a vontade soberana das pessoas.
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4 comentários:
O atropelo, ou a tentativa de atropelo, é resultado da incapacidade de perceber a mudança, ou melhor, a casmurrice em a não aceitar.
Mas se o PCP pensar em mudar, se é que no PCP se pensa, desaparecerá, o que não seria mau de todo, pois tem sido um partido reácionário deste sec. XXI.
Para o PCP a vontade do povo, manifestado pelo voto não representa nada. A vontade o CC do Partido é mais importante que o voto popular.
Neste caso, e não é para espantar, é o PSD que suporta o executivo PCP.
O Carlos Alberto que olhe mas é para o que se passa em Matosinhos. Um partido em que uma reunião da concelhia acaba no meio da rua ao soco, já para não falar no caso da lota com os militantes engalfinhados batendo uns nos outros com os paus das bandeiras, tem uma forma curiosa de fazer o debate político. Não é que me importe, mas é melhor o senhor Carlos Alberto olhar mas é para a sua casa. Pelo menos parece que vai haver um presidente de Câmara, que diz que foi corrido pelo PS que se prepara para regressar...como independente.
As coligações PSD/PCP acontecem por todo o país...e há muitos anos.
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