Caro Pedro,
Importa recordar que o caso cipriota podia ter sido resolvido em 2004, poucos dias antes da adesão da ilha à UE, mas o entendimento não mereceu acordo por parte do lado grego da ilha.
Quanto à intervenção da Turquia nas bases do terrorismo curdo no norte do Iraque, não terá legitimidade Ancara para se defender? Ou é legítimo ao terrorismo curdo continuar a ceifar vidas de civis e militares turcos?
E, por referir os curdos, vale a pena sublinhar como estes têm vindo a receber defesa legal na Turquia. Por exemplo, quer a língua quer o líder do PKK, se hoje têm a sua respeitabilidade garantida isso se deve ao rigor e determinação dos padrões da UE que os turcos seguiram.
Manifestar oposição à entrada da Turquia na UE só porque o país, e com toda a legitimidade, se defende de ataques terroristas?
Devemos distinguir o trigo do joio.
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3 comentários:
Em relação ao problema de chipre noto que geralmente a Turquia é apresentada como a Bruxa má, mas no entanto o seu papel foi o oposto.
Em 1974, o Arcebispo Makários foi derrubado por um golpe dado pelo Partido de extrema-direita Enosys, apoiado pelo regime dos Coroneis. Durante semanas desconheceu-se o paradeiro de Makários, chegando a ser dado como morto. O Golpe, cujo objectivo era a anexação de Chipre pela Grécia destruiu o equilibrio entre as duas comunidades da ilha, iniciando-se uma série de massacres entre as duas comunidades.
A intervenção da Turquia foi motivada pelo facto de a ONU não conseguir (nem tinha meios para tal) travar a escalada dos acontecimentos.
A intervenção Turca, decidida pelo Social-Democrata Bulent Eçevit dividiu a ilha ao meio, mas conseguiu parar a carnificina.
A única razão pelo qual oa divisão se manteve após a queda dos coronéis foi o sempre latente conflito Greco-Turco.
Caro Luís,
Muito bem referido!
Aliás, para quem não sabe, durante o tempo da ditadura dos coronéis a coisa chegou ao ponto de o campeão de futebol de Chipre no ano seguinte jogar na I Divisão da Grécia...
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