Com a chegada ao poder do pseudo-biblista-bolivarista, temeu-se que a onda de populismo que inunda a Venezuela se alargasse à América Latina.
É bem certo que a Bolívia foi o país mais "afectado" por esta onda, que muito promete, mas só aprofunda a miséria.
O Equador era encarado, há um ano, aquando da eleição presidencial, como mais um país, para juntar à Venezuela e Bolívia, no mergulho da irresponsabilidade política, económica e social.
A campanha populista e de traços análogos ao discurso do señor de Caracas, assumida por Rafael Correa (actual Presidente do Equador) deixava prever mais um país liderado pelo populismo sul-americano.
Pelo que se tem assistido, percebe-se que o estilo populista deu lugar a uma atitude de maior realismo. Não que não haja traços semelhantes ao estilo em voga em Caracas, que há, alguns, porém o "socialismo do século XXI" que se apregoa na América Latina e procura implementar no Equador não é o mesmo da Venezuela, tal como já se percebera que não é, nem de perto nem de longe, o que se desenvolve no Uruguai ou no Chile (as que me parecem as mais sensatas e dignas da América Latina).
No Equador perceberam que o modelo venezuelano não tem traduzido qualquer benefício para o país, antes pelo contrário, tende a agravar as condições. A realidade também não deixa espaços para muita ilusão quanto ao que existe na Venezuela.
Felizmente, a esquerda em muitos países na América do Sul não é igual à Venezuela. É um bom sinal.
Porém, não basta não ter muitas afinidades com o populista-mor. Importa salvaguardar Direitos e Garantias de todos, não fazendo do Estado, ou melhor, de quem exerce funções no Estado, dono e senhor de tudo.
Vem este texto a propósito da eleição que se realizou no último fim-de-semana no Equador e que vai permitir mudar a Constituição do país, reforçando os poderes presidenciais.
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