A dois anos das presidenciais o principal adversário do Presidente é, precisamente, ao que tudo indica, a próxima Primeira-Ministra do país, Yulia Tymoshenko.
A parceira da Revolução Laranja, a adversária aquando da divisão do poder quando se instaurou a democracia e, agora, a aliada destes tempos para derrotar a ala pró-russa, revela-se a grande ameaça política para Yuschenko.
Pretendendo o Presidente renovar o mandato, as suas dificuldades serão muitas em 2009. Yuschenko acaba por personalizar o falhanço da melhoria significativa de melhoria de vida que muitos ucranianos esperavam após o fim da era praticamente autocrática de Koutchma.
De acordo com o previsto, nas próximas presidenciais devem apresentar-se Yuschenko, Tymoshenko e Yanukovich. Só dois passam à segunda volta. Assumindo o resultado de ontem como uma primária, Yuschenko não passará. O seu partido nem chegou a obter 15%. A sua pessoa vale mais do que o partido? Sim. Mas também está mais desgastada junto das pessoas do que a fresca Tymoshenko, que obteve um excelente resultado, mais de 30%, próximo do partido vencedor, e, além disso, teve pouco tempo no poder quando comparado com o Presidente, a quem pode ser assacados alguns falhanços nesta era democrática.
Se fizer um bom mandato à frente do Governo, Tymoshenko terá todas as condições para chegar à presidência do país.
O líder pró-russo Yanukovich chegará, com elevada probabilidade, à segunda volta, pois não tem outro concorrente que reparta os votos junto da população que nutre mais simpatia por Moscovo que pelo ocidente. Do lado pró-ocidental, há uma divisão do eleitorado e, pelo já referido, Tymoshenko apresenta-se, para já, em melhores condições.
A seguir os próximos dois anos com atenção. Tudo valerá para queimar o adversário directo.
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