quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A forte corrida Republicana

A subida de Huckabee nas sondagens compreensível se tivermos em conta o perfil pouco consistente dos principais candidatos e as características das bases conservadoras, mas, vista de fora, uma corrida no GOP reduzida a uma escolha entre Giuliani, Romney e Huckabee é francamente desanimadora e levanta sérias questões sobre o estado do partido.

Onde o André identifica uma fraqueza do Partido Republicano, eu noto uma força. O facto de tudo estar em aberto, quanto ao candidato a disputar a Casa Branca, e são vários, será uma força.
Aos três nomes referidos pelo André, acrescentaria mais dois: McCain e Thompson.
Os primeiros Estados, onde decorrerão as primárias, encarregar-se-ão de fazer uma triagem e é provável que em meados de Fevereiro, a partir de 12 (mapa eleitoral do LA Times), se perceba quem está em melhores condições para vencer a corrida interna.
Por isso a importância de ganhar os primeiros Estados. Na sequência destes resultados, mesmo quem desiste, na sequência dos resultados pouco abonatórios alcançados, não deixa de ter preponderância, pois o apoio a prestar a um candidato em disputa é determinante. São momentos importantes e decisivos e todos os votos contam, como o resultado da Florida, em 2000, serve de exemplo.
Por outro lado, em termos de óptica doutrinária, posso ser conduzido a concordar com a interpretação do André, em termos de valores, pois é mais difícil encontrar um candidato Republicano típico (no que esta designação pode valer nos dias de hoje, mas nos EUA conta, por isso muitos adeptos conservadores não apoiam Giuliani, segundo eles demasiado liberal, ou reconhecem e identificam um perfil Republicano em Thompson, mas este tem um handicap com a sua situação familiar).
Talvez McCain e Huckabee sejam os que transportem melhor o estereótipo do Republicano (aqui deve residir o factor Huckabee, com uma candidatura mais fresca, que a já vetusta e conhecida de McCain, que pode ter no factor idade e estado de saúde um ponto pouco favorável para algumas faixas do eleitorado).
Uma campanha a acompanhar, a par e passo, até porque as diferenças de propostas entre os candidatos Republicanos devem ser maiores do que entre candidatos Democratas, onde o peso da personalidade deve ser o merecedor de maior avaliação, pois programaticamente há poucas diferenças nas questões essenciais.
O Partido Republicano está a entrar na era pós-neoconservadora.

Sem comentários: