uma vez mais esta Administração está a cometer um erro, a apressar-se com esta pressão toda, que pode conduzir o Paquistão a uma situação ainda mais vulnerável do que a actual.
Bush quer sair da Presidência do país com alguns bons marcos externos, depois do desastre do Iraque. Annapolis, amanhã, deve ser o primeiro tiro falhado. Paquistão, em 2008, pode ser um barril de pólvora pronto a explodir, se o país não for lidado com todas as precauções.
Esta Administração norte-americana devia ter aprendido com a lição do Médio Oriente, que a Democracia não se estabelece por lei, mas sim por vontade interna. Não aprendeu e, uma vez mais, falhou. Com uma trágica factura, a morte de Bhutto.
A pressão depositada em Musharraf, para convocar eleições legislativas quanto antes, foi um erro, como aqui se referiu. O país não reunia, reúne, nenhumas condições para o acto. Tal como o Iraque não tinha em 2005.
Não se pode andar a brincar às eleições, enquanto o sangue continua a correr, a estabilidade é uma miragem e as condições de segurança indispensáveis não estão alcançadas.
O tempo passa e em vez do risco do terrorismo diminuir, que já é vasto e está presente em várias frentes, Washington ateia, ainda mais, o risco.
Não basta proclamar discursos contra o terrorismo, é preciso adoptar medidas que o cerquem, em vez de o franquear.
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2 comentários:
Não é de facto nada democrático este PPP. O fundador foi o pai da Benazir, que deixou o partido de herança à viúva; quando a Benazir era PM, afastou a mãe da liderança do PPP e apossou-de dele tendo-se coroado líder para o resto da sua vida e agora deixou a liderança ao viúvo que resolveu apontar o filho ficando ele como regente! Mas contudo, os “democratas” ocidentais a começar no W. Bush e a acabar no Brown, consideram agora a Benazir o supra-sumo da democracia paquistanesa. Acho tudo isto espantosamente hipócrita e medieval, ou melhor totalmente feudal.
Resta lembrar que o PPP é membro de pleno direito da Internacional Socialista.
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