Benazir Bhutto faleceu após um atentado num comício em Rawalpindi, no Paquistão. A morte da ex-presidente paquistanesa, que fazia campanha para as eleições gerais de 8 de Janeiro, aconteceu horas depois de um tiroteio num comício de um outro dirigente da oposição paquistanesa.
Há pouco mais de um mês escreveu-se por aqui:
Brincar às eleições. É o que se pode dizer do que irá acontecer no dia 8 de Janeiro próximo.
Sem condições de segurança e estabilidade, como se pretende realizar um acto eleitoral?
Normalmente quem brinca com o fogo queima-se.
A morte de Benazir Bhutto, num atentado suicida, é resultado de uma circunstância que proporciona(va) a eliminação de figuras proeminentes que contam com o apoio de Washington.
As eleições legislativas do próximo dia 8 de Janeiro (se tiverem lugar) são apenas uma mera formalidade que em nada contribuirá para a melhoria do país.
Perde a vida quem podia contribuir para a estabilidade e desenvolvimento do Paquistão. Porém, quando se quer apressar momentos que têm de ser tratados com pinças, dá no que, infeliz e tragicamente, aconteceu.
Depois de ter sido alvo de um atentado há poucas semanas, o de hoje foi fatal.
Quem mandou perpetrar o atentado? Quem beneficia com a morte de Bhutto?
As questões serão muitas e as teses também, mas a resposta à realidade continua a ser a mesma: o Paquistão continua numa situação bastante vulnerável e somos todos nós que nos encontramos em risco. Mesmo os que estão longe geograficamente do Paquistão.
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2 comentários:
O único que beneficia com a morte de Bhutto é Musharraf. Desde logo porque elimina o seu concorrente mais perigoso e insinua-se junto do Ocidente como a única barreira contra o terrorismo (nomeadamente aquele que ele instrumentaliza)
Caro Nicodemus,
Considero que a pessoa a quem menos interessaria esta situação seria Musharraf. Até porque a morte de Bhutto é mais um sinal que o Presidente recebe, de que também ele está na mira do radicalismo.
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