Pervez Musharraf vai renunciar ao cargo de chefe das Forças Armadas paquistanesas nos próximos dias e avançar para um segundo mandato na Presidência do país, agora como chefe de Estado civil
A Casa Branca deve ter feito muita pressão sob Musharraf para este libertar Benazir Bhutto, permitir o regresso ao Paquistão de Nawaz Sharif e conduzir o General Presidente abdicar da liderança militar do país, esperando que as eleições legislativas do início de Janeiro demonstrem a exemplar democracia paquistanesa.
Penso que uma vez mais esta Administração está a cometer um erro, a apressar-se com esta pressão toda, que pode conduzir o Paquistão a uma situação ainda mais vulnerável do que a actual.
Bush quer sair da Presidência do país com alguns bons marcos externos, depois do desastre do Iraque. Annapolis, amanhã, deve ser o primeiro tiro falhado. Paquistão, em 2008, pode ser um barril de pólvora pronto a explodir, se o país não for lidado com todas as precauções.
Segundo a experiência mundial destes últimos sete anos, quando esta Administração tem pressa, costuma falhar.
Por outro lado, Musharraf deve estar à beira de caducar politicamente.
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