quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Gigante económico e anão político

"A zona euro é o principal parceiro comercial da China: porque é que o yuan se desvaloriza face ao euro?" interrogou-se Juncker, reconhecendo, no entanto, que não esperava resultados imediatos.
Perante a subida de tom dos europeus, os chineses adoçaram o discurso, embora sem grandes concessões. Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês, reconheceu a existência de um problema, mas tratou de o atirar para os ombros dos EUA. "Penso que a principal causa da subida do euro é a grande queda do valor do dólar. Por isso, sugiro que esta questão deve ser colocada às autoridades financeiras dos Estados Unidos", afirmou na conferência de imprensa final.


Enquanto a UE não se afirmar politicamente, dificilmente a sua forte economia passará disso mesmo, um gigante com frágeis pés de barro. Os outros blocos concorrenciais aproveitam-se disso. Como é interessante observar a China a sacudir a água do capote, como se não fosse um "player" mundial, como os Estados Unidos ou a Índia.
É tempo de no espaço europeu se perceber, do cidadão comum ao governante nacional e ao elemento da Comissão, que continuaremos a perder mais enquanto se sobrepuserem os interesses (egoístas) nacionais aos interesses comuns de todos.
A debilidade e vulnerabilidade do maior bloco económico mundial (UE) são a força dos outros concorrentes. Não nos queixemos dos outros, quando não debelamos nem encaramos conjuntamente as nossas falhas e fraquezas.

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