Confesso que não me agrada ver o Primeiro-Ministro do meu país dizer ao actual Presidente venezuelano que ele está, em Portugal, como em sua casa.
Ele não está, felizmente para nós, portugueses, em sua casa, onde o respeito e tolerância democráticas estão a ser comprimidos.
Aliás, respeito, como os últimos dias têm provado, é o que o próprio líder venezuelano não tem em consideração cimeira na sua actuação política e pessoal.
Ontem, o pseudo-biblista-bolivarista exigia desculpas ao Rei de Espanha, mas o líder venezuelano não deve a Aznar?
Como referi, receber e ter relações com o poder político venezuelano são importantes para Portugal, desde logo pela nossa grande comunidade radicada na pátria de Bolívar. Mas daí a tecer elogios rasgados a quem não tem uma atitude digna, há uma significativa diferença.
O Governo fez bem em receber o líder venezuelano, exagerando o Primeiro-Ministro nas considerações tecidas sobre o Presidente venezuelano. Bem também esteve o Presidente da República portuguesa, ao dar-se ao respeito, não recebendo nem se encontrando com o seu homólogo.
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4 comentários:
Chávez vai ser como o Mobutu. Quando cair todos em Portugal vão negar alguma vez tê-lo conhecido.
Sócrates cometeu uma gaffe ao dizer que Chavés estava no seu país e tentou corrigir a mão a dizer que está em Portugal como na sua casa. Se conseguires rever a gravação, vê lá se não há uma hesitação na voz do Primeiro-Ministro depois de dizer que Chavez estava no seu país...
Se Sócrates exagerou, comparar Chávez a Mobutu também é um manifesto exagero...
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