segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Posição sensata

O primeiro-ministro do pequeno arquipélago já assegurou não se juntar às posições extremas da Zâmbia e Moçambique.

Neste imbróglio que se gerou, pela vinda ou não do Presidente do Zimbabué a Lisboa, para participar na Cimeira UE/União Africana, foram várias as vozes em África que fizeram questão de dizer que se Mugabe não vem, então os seus países não se farão representar ao mais alto nível.
Primeiro a Zâmbia, depois Moçambique. Este último causa mais espanto, dado ser um Estado lusófono, e vizinho do Zimbabué, e poder, neste caso concreto, desempenhar um papel importante, de mediador, no sentido de solucionar, não complicar.
A Cimeira é tão importante para a UE como é para a UA. Se calhar, atendendo à personalidade do actual Presidente moçambicano até se pode perceber. Não estou a ver Chissano actuar deste modo. Se calhar procederia no sentido de resolver este conflito e seria um dos políticos africanos mais interessados no sucesso da Cimeira. A Lusofonia podia ganhar uma dimensão mais relevante. Mas, enfim, um é Estadista, outro não!
De Cabo Verde veio, até ao momento, a posição mais sensata. É preciso realizar um encontro que não tem lugar há sete anos e está muito em causa.
O encontro é importante para todas as partes. Houvesse, pois, interesse em encarar a Cimeira como um ponto de união e procura de respostas conjuntas para as múltiplas e complexas questões que se apresentam aos dois lados, e não de discórdia, a Cimeira não estaria, neste momento, à beira de falhar nos seus objectivos.
A atitude dos responsáveis políticos cabo-verdianos dá, por outro lado, em termos lusófonos, um sinal de manifesta ajuda e cooperação a Lisboa. Pena que em Maputo a lusofonia não diga muito a quem tem responsabilidades.

5 comentários:

Luís Bonifácio disse...

Moçambique beneficia, e muito, com Mugabe no Zimbabué

Pedro Sá disse...

Devias fazer como eu e concluir que isso da lusofonia não serve para rigorosamente nada..

CMC disse...

Pois é Luís...

CMC disse...

Caro Pedro,
Mas deve servir, e para muito.

Pedro Sá disse...

É que não vejo mesmo para quê. É daquelas coisas que se quer fazer só porque a França faz. Mais uma, aliás.