A presidência ucraniana acusou hoje a primeira-ministra Iulia Timochenko, que mantém relações tensas com o chefe de Estado, Viktor Iuchtchenko, de “alta traição” em benefício de Moscovo, nomeadamente por não ter condenado a intervenção russa na Geórgia.
Como se escreveu aqui, há poucos dias:
Em relação à Ucrânia, talvez o poder de influência de Moscovo sobre Kiev surja e o Kremlin nem precisa de se mexer muito, pois basta o frágil entendimento entre Yuschenko (Presidente da República) e Timoshenko (Primeira-Ministra) romper, para o partido pró-russo, de Yanukovich, neste momento o maior, mas não o maioritário, conquistar o poder ucraniano. E a eleição presidencial tem lugar no próximo ano.
O que não se entende, desta postura de Yuschenko, é o que ele quer gerar com este desentendimento, pois dos dois envolvidos, Presidente e Primeira-Ministra, só o terceiro elemento, o pró-russo Yanukovich, é o beneficiado.
Timoshenko até é conhecida por ter uma relação muito pouco amistosa com Moscovo. Aos poucos, o poder ucraniano está a ser entregue aos adeptos de relações mais estreitas com os russos.
Como se esperava, o entendimento não duraria muito. À questão de quanto tempo, sabe-se hoje que nem um ano durou.
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