sábado, 16 de agosto de 2008

A incógnita paraguaia

Os aplausos repetiam-se. Fernando Lugo soltava decretos, agora presidenciais. “Hoje termina um Paraguai exclusivo, um Paraguai com fama de corrupto.” Com um “sin, juro” gritado, o ex-bispo católico terminou com 61 anos de poder ininterrupto do Partido Colorado. Na véspera, ao prometer “libertar o povo paraguaio”, acrescentou ao juramente um “hasta la muerte”.
A grande incógnita consiste em saber se Lugo alinhará no bloco ligado a Hugo Chávez e Evo Morales, ou se seguirá o modelo dos governos de esquerda moderados da região - Lula da Silva, Cristina Fernandez de Kirchner e a chilena Michele Bachellet.


O fim da dominação do Partido Colorado, no Paraguai, abre um novo capítulo num dos Estados mais pobres da América do Sul. Resta saber, agora, qual é a via do novo Presidente, Fernando Lugo, se do lado populista ou dos moderados.

Ao contrário do que refere esta notícia do Público, a alusão de Cristina Fernandez como pessoa do campo moderado, na esquerda da América Latina, não corresponde à realidade, como não se pode enquadrar a Chefe de Estado argentina no campo do populismo. A peculiaridade argentina (peronismo), no quadro regional, continua a existir.

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