Simpatizando-se ou não com Vladimir Putin, o Presidente russo foi uma autêntica surpresa para a Comunidade Internacional e o principal artífice da renascida e poderosa Rússia.
Quando subiu ao poder, primeiro ao posto de Primeiro-Ministro, pela mão de Ieltsin, na altura o antigo agente da KGB na antiga Alemanha oriental e ex-assessor do edil de São Petersburgo no início da década de 90, era um desconhecido.
Como diz a máxima: Putin, chegou, viu e venceu. De funcionário de Ieltsin, uma vez chegado à presidência do país passou a dominar a Rússia e os russos.
As fortunas que se criaram durante o período de opróbrio da devastada Rússia, com a queda da decadente União Soviética, terminaram na era Putin. Muitos magnatas tiveram de fugir para o estrangeiro e os que não conseguiram encontraram na Sibéria, tal como no período czarista e soviético, um leito tormentoso, para onde o regime de Putin os conduziu. Na Rússia manda Putin e todos aqueles que se coloquem à sua frente ou procurem obstaculizar o seu percurso têm sido derrubados.
A liberdade de imprensa passou a miragem e os Direitos Humanos merecem pouca atenção. No entanto, para muitos russos, essa coisa da Liberdade é do Ocidente, e Putin deu à Rússia o que muito dos seus autóctones apreciam, o sentimento de pujança e respeito externo, através da reconstituição do orgulho nacional. Por isso, não admira a elevada taxa de popularidade de Putin, que, reconheça-se, erigiu uma nova Rússia, tendo, hoje, importantes instrumentos para a Rússia ser respeitada, como o gás e petróleo... e novos argumentos estão a ressurgir, como o poderio militar.
Amanhã, é dia dos russos escolherem o sucessor de Putin. Mas, mais uma vez, essa coisa da Democracia ocidental não encaixou, ainda, no modo de vida do russo (será que algum dia entrará?) e, por isso, Putin já escolheu o seu sucessor, Dimitri Medvedev. Mudanças substanciais que se podem prever? Nenhumas, para já. Putin deixa de ser Presidente mas será em breve o Primeiro-Ministro, e então sim se poderá ver se a Constituição russa sofrerá alterações, introduzindo, primeiro, mudanças em termos de poder, ou seja, o Chefe do Governo deixar de ser um mero funcionário do Presidente que gere o país administrativamente e, depois, se os mandatos presidenciais deixam de ser limitados, como actualmente está em vigor, por forma em 2012, ou depois, Putin voltar à liderança do Estado, podendo perpetuar-se no controlo do país.
Quanto a Medvedev, tido como um liberal, sê-lo-á como qualquer filosofia liberal na Rússia, a liberdade do líder (Putin) fazer o que quiser e lhe apetecer.
Destes oito anos já se percebeu que Putin quer uma Rússia respeitada e influente no mundo. E nos próximos anos será esse percurso que a Rússia continuará a trilhar.
O urso eslavo volta a rugir e a ser respeitado e temido no mundo. E este feito está profundamente dependente da política de Putin.
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