quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

À beira da nomeação

McCain tem sido uma surpresa pela positiva. Sinceramente, não tive grandes expectativas do Senador do Arizona estar na pole position dos Republicanos nesta altura das primárias, até porque no início as sondagens indicavam Giuliani como grande favorito (é aqui que se deve empregar a célebre frase: as sondagens valem o que valem).
De facto, McCain é um resistente, como o foi no Vietname, não desiste nem quebra perante as dificuldades.
Quando se poderia pensar que, derrotado em 2000, não mais voltaria ao combate presidencial com as mesma probabilidades de vitória que chegou a ter quando disputou a corrida com George W. Bush, ainda por cima, agora, aos 71 anos, McCain demonstra, neste momento, uma vitalidade invejável. E à medida que ganha, mostra-se mais em forma.
Ontem, com a vitória na Florida, o aspirante à Casa Branca obteve um impulso importante e surge em condições de arrebatar mais Estados na super-terça. E o discurso de vitória, hoje de madrugada, elogiando Romney, Giuliani e Huckabee, pretende já evidenciar que ele se começa a assumir como o nomeado.
Giuliani, que arriscou (quase tudo) na Florida, está à beira de perder o sonho presidencial. Se na próxima terça os resultados nos grandes Estados (Califórnia, New Jersey e Nova Iorque, além dos outros) não forem outros que não a vitória, o ex-Mayor de Nova Iorque termina a sua participação na corrida presidencial, uma semana depois de a ter iniciado (uma vez que praticamente ignorou os primeiros Estados).
Pelo menos, com a vitória de McCain há uma certeza: os Republicanos apresentam um candidato que dá condições de confiança e segurança. Razões que nos últimos oito anos estiveram arredadas da Casa Branca.

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