De várias conversas que vou tendo com pessoas amigas, há quem se admire por que não tenho simpatia por Obama.
Como não sou norte-americano, tenho sempre presente, na escolha de um candidato à Casa Branca, o que seria melhor para o mundo e não para a política doméstica.
Se em termos internos um candidato Democrata é, a meu ver, quase sempre melhor do que um Republicano, que está pouco interessado em garantir matérias sociais (Saúde, Educação e Segurança Social), no caso da política externa não vejo em Obama uma garantia de estabilidade. A estabilidade que, em parte, o mundo perdeu por uma política errada do actual Presidente dos EUA.
Ora, os que agora tanto agora se entusiasmam no nosso país com Obama, e criticam ferozmente Bush, por causa da sua intervenção no Iraque, deviam tomar melhor conhecimento do pensamento de Obama em matéria de política externa. E, neste âmbito, Obama não oferece as mínimas garantias de estabilidade, pelo contrário, como é bem explícito no caso do Paquistão:
Democratic presidential candidate Barack Obama issued a pointed warning yesterday to Pakistani President Pervez Musharraf, saying that as president he would be prepared to order U.S. troops into that country unilaterally if it failed to act on its own against Islamic extremists.
Já não bastou o desastre do Iraque, queria abrir-se, de uma vez por todas, a caixa de Pandora?
O Paquistão é um dos pontos mais sensíveis e importantes do globo em termos de contenção do terrorismo e Obama propõe-se fazer o mesmo ou, no caso, pior que Bush fez no Iraque? O Paquistão é uma potência nuclear!
Chega de aventureirismos messiânicos na Casa Branca.
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