Enquanto se persiste no erro de convocar eleições legislativas, agora agendadas para 18 de Fevereiro, o Presidente do Paquistão tomou uma boa decisão, ao apelar à participação da Scotland Yard na investigação da morte de Bhutto.
Ao contrário do que várias pessoas consideram, e como referi há dias, julgo que Musharraf, de todos os actores políticos no Paquistão, era, é, o que menos tinha, tem, a ganhar com o desaparecimento de Benazir.
No fundo, o desaparecimento da antiga Primeira-Ministra é também um, mais um, sério aviso para o Presidente.
Ao convocar os peritos britânicos Musharraf dá uma prova de como não está envolvido no seu assassinato. E, enquanto não se apuram os factos, os perpetradores tanto podem da Al-Qaeda como dos talibã, como de grupos do Estado paquistanês. E haverá, nestes últimos, seguramente, pessoas tão ou mais interessadas no desaparecimento de Musharraf como os primeiros ambicionam.
Quanto mais o país se afunda em instabilidade, mais Musharraf perde. Isso é óbvio.
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