terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O perigoso desleixo da linguagem política

«Acho que o dr. Alberto João Jardim quer eternizar-se no poder seguindo o modelo de Augusto Pinochet», disse o porta-voz do PS-M, Jaime Leandro.

Em política, espera-se que quem tem responsabilidades tenha noção do que diz. Por mais que se discorde das opções e atitudes, sobretudo de quem governa, não se pode comparar alhos e bugalhos. Não sou simpatizante nem considero o modelo do Presidente do Governo Regional da Madeira o melhor, mas, felizmente, o arquipélago da Madeira não vive debaixo de um regime como o que existiu no Chile de Pinochet.
Os actuais responsáveis do PS/Madeira, um pouco dados a frases mais do que arrojadas, devem ter isso presente.
Nota-se, aos poucos, por parte de vários políticos, a utilização de um discurso sem memória e, parece, conhecimento de causa.
A linguagem política não se pode banalizar, sob pena de se relativizar a política e actos de regimes autocráticos.

2 comentários:

Luís Bonifácio disse...

Esse Jaime Leandro é parvo. Pinochet apresentou-se às urnas uma vez, perdeu e retirou-se.

O que Jaime Leandro deveria dizer é que Hugo Chávez se quer eternizar no poder usando o modelo de Alberto João Jardim. Mas isto é coisa que nunca o ouviremos dizer pois o que ele não aceita a Alberto João, aplaude quando se trata de Chavéz

Luís Bonifácio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.