No rescaldo da eleição do land de Hamburgo de ontem, que a CDU ganhou, mas com menos votos que há seis anos, conduzindo, por isso, os democratas-cristãos a estabelecer, pela primeira vez na história da política alemã, um acordo com os Verdes (aliados tradicionais do SPD), para governar este land, regista-se, por outro lado, e à imagem do que tem vindo a acontecer em recentes eleições, uma subida da A Esquerda (fusão de comunistas e antigos sociais-democratas).
Este artigo apresenta uma boa radiografia da actualidade política alemã, destacando-se a emergência de A Esquerda e a queda do SPD. Também, não é para menos. Quanto mais os sociais-democratas receiam o seu património e doutrina, sentindo-se obrigados, sem razão, em congresso partidário, virar o partido à esquerda, tal significa que temem os seus princípios.
A Esquerda, e o seu líder Lafontaine (ex-líder do SPD e ex-Ministro das Finanças de Schröeder), que mais não apresenta um conjunto de propostas irresponsáveis (se fossem aplicadas conduziriam os cofres do Estado federal ao seu endividamento e, por conseguinte, com forte carga sobre os contribuintes), continua a sua política demagógica, e na qual parte do eleitorado se começa a rever, uma vez que identificam um SPD titubeante. A diminuição de militantes sociais-democratas que se refere no artigo não é fruto do acaso.
É bom que os socialistas e sociais-democratas europeus aprendam com as lições francesa e alemã. O receio de assumir uma política de inovação assente na Justiça Social não pode ser desprezada, sob pena das esquerdas que apenas sabem protestar e não apresentam nem manifestam qualquer responsabilidade continuarem a granjear apoios no descontentamento.
De qualquer forma, importa sublinhar, quem mais beneficia com esta situação é a direita.
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