Para a Ucrânia esta é uma questão complicada. Se por um lado, a adesão à União Europeia é apoiada por 70 por cento da população, a questão da entrada na NATO divide a sociedade ucraniana.
A Primeira-Ministra ucraniana, em visita oficial a Bruxelas, apresentou a pretensão da Ucrância aderir à UE e também à NATO, argumentando que conta com o respaldo maioritário da população para a adesão ao grupo comunitário e um apoio, ainda pouco sólido, à Aliança Atlântica.
Neste momento, a entrada deverá mais rápida e viável na NATO do que na UE, dado o congelamento de adesões decretado por Bruxelas para os próximos anos.
Por outro lado, a adesão à NATO revela-se mais sensível, não só pela sensibilidade da população ucraniana, pouco adepta desta opção, mas sobretudo pela vizinha Rússia, que não apreciará aquilo que considerará mais uma ofensiva da Aliança Atlântica junto da sua fronteira.
Se a presença da NATO na fronteira com os Estados bálticos é considerada uma afronta, o que não considerará a Rússia com a presença da Ucrânia na NATO, país com quem tem a sua maior fronteira terrestre a ocidente.
Moscovo não é parceiro menor nem secundário nesta questão.
Quanto à política interna ucraniana, interessante resposta de Timochenko à Euronews, não dizendo se tem ou não um bom relacionamento com o Presidente Yuschenko, com quem partilha a ambição de no próximo ano ganhar as eleições presidenciais. Eles que foram grandes aliados em 2004, aquando da revolução laranja, e pouco tempos depois se desentenderam, por questões de protagonismo e poder. Agora voltam a estar juntos... mas provavelmente não por muito tempo.
E.N - A senhora e Victor Iuchtchenko eram os líderes da revolução, pois trabalharam juntos formando esse binómio "primeiro ministro e presidente". Como estão as vossas relações?
J.T. - Depois da revolução Laranja não tínhamos maioria no parlamento, a maioria estava com o poder precedente, e eis porque tivémos tantas dificuldades depois da revolução laranja. Hoje, há uma unidade e isso é uma base perfeita para fazer verdadeiras reformas no país. E quero dizer-vos que para mim a revolução laranja não são apenas as cores e as fitas, são os princípios, as ideias, que são o sentido da minha vida e o sentido da vida da minha equipa. Queremos que este seja o tempo em que as pessoas se dêem pro satisfeitas por se terem manifestado naquele tempo. Fizeram isso para que os políticos mudassem É a minha fé e tento aplicá-la na vida de todos os dias.
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